segunda-feira, 30 de março de 2015

SEITAS MODALISTAS E UNICISTAS

                      

                                        Seitas Modalistas


O gnosticismo não obteve êxito. Os membros deste movimento ensinavam a salvação através do conhecimento místico, e não pela fé em Jesus. Eles constituíam grupos muito diversificados em suas doutrinas, pois diferiam de lugar para lugar, e em seus períodos. Essa doutrina era nada mais que um enxerto das filosofias pagãs nas doutrinas cristológicas. Negava o Cristianismo histórico (segundo ela, o Senhor Jesus não teve um corpo, isto é, não veio em carne, e seu corpo seria mera aparência, que chamavam de corpo docético). Seu período áureo foi entre 135-160 d.C., mas o gnosticismo já dava trabalho às igrejas na época dos apóstolos. O evangelista João enfatiza que “o Verbo se fez carne” (Jo 1.14); e “todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus…” (1 Jo 4.3). É bom lembrar que os escritos joaninos são do final do primeiro século, escritos na cidade de Éfeso, então capital da Ásia menor, de onde surgiu o gnosticismo.
A Igreja saiu ilesa nessa batalha contra o gnosticismo, mas deixou de saldo a preocupação dos cristãos sobre a divindade do Logos e o monoteísmo. Os pais da Igreja se empenharam muito nessa luta contra as heresias. Se Jesus é Deus absoluto, como fica o monoteísmo judaico-cristão? Por outro lado havia outra questão:
se o Logos é subordinado ao Pai, não se com­promete a divindade absoluta de Jesus? Havia na época os alogoi e os ebionitas.
Os alogoi eram contra a doutrina do Logos: negavam a divindade de Jesus. Os ebionitas constituíam a seita do segundo século, que negava a deidade absoluta de Cristo. Formavam uma comunidade de judeus-cristãos. O nome vem do hebraico e significa “pobre”. Eles criam em Jesus como o seu Messias, mas negavam sua deidade — o embrião da doutrina cristológica das Testemunhas de Jeová. Os ebionitas tinham horror aos escritos paulinos, pois Paulo colocava judeus e gentios no mesmo bojo: “to­dos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23), e pelo fato deste apóstolo pregar a divindade de Cristo (Rm 9.5; Cl 2.9; Tt 2.13, etc.). Viviam o ritual da Lei e os costumes judaicos, e eram hostilizados tanto pelos judeus como pelos cristãos. Eram numerosos no final do primeiro século, mas aos poucos foram de­saparecendo do palco, sumindo de vista no cenário da história da Igreja. Hoje estão mani­festos com nova roupagem.

*Monarquianismo

Nessa época surgiram os que Tertulíano chamou de monarquianistas (do grego monarchia – governo exercido por uma única pessoa). Os monarquianistas dinâmicos (do grego dyna­mis “força, poder”, pois diziam que Deus deu força e poder a Jesus, adotando-o como Filho), negavam a divindade absoluta de Jesus, e também a Trindade. Esta heresia era o prenúncio do arianismo, que, no início de terceiro século, negava a eternidade de Jesus, pois considerava Cristo um deus de segunda categoria, igual ao ensino das Testemunhas de Jeová. Essa doutrina dos dinâmicos era defendida por Teodoro de Bizâncio, Artemão e Paulo de Samosata.

Monarquianistas modais ou modalistas ensi­navam que as três pessoas da Trindade mani­festavam-se de vários modos, daí o nome mo­dalista. Defendidos por Noeto de Esmirna e Práxeas de Cartago, ensinavam que o Pai nas­ceu e sofreu, e que Jesus era o Pai. Por essa razão, no Ocidente, eles eram chamados de patripassianistas (do latim Pater “Pai” e passus de patrior “sofrer” – o Pai encarnou-se em Cris­to e sofreu com Ele). No Oriente eram chama­dos sabelianistas, pois o heresiarca Sabélio foi quem mais se destacou na propagação dessa heresia. Segundo essa doutrina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são apenas três aspectos da Divindade, sendo, portanto, uma só Pessoa. Esse ensinamento do bispo Sabélio é hoje chamado de sabelianísmo ou modalismo.
Sabélio usava a palavra “pessoa” para cada Pessoa da Trindade, mas para ele essa “pessoa” tinha o sentido de máscara ou manifestações diferentes de uma mesma Pessoa Divina. Na sua concepção o Pai, o Filho e o Espírito Santo são nomes de três estágios ou fases diferentes. Ele era Pai na criação e na promulgação da Lei; Filho na encarnação, Espírito Santo na regeneração. Essa doutrina foi combatida por Tertuliano em Contra Prãxeas, quando pela primeira vez este apologista usa o termo Trinitas (“Trindade”) para a Divindade:
“Todos são de um, por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que distribui a unidade em uma Trindade, colocando em sua ordem os três: Pai, Filho e Espírito Santo; três contudo,… não em substância, mas em forma, não em poder, mas em aparência, pois eles são de uma só substân­cia e de uma só essência e de um poder só, pois é de um só Deus que esses graus, formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai, Filho e Espírito Santo.”

*Modalismo moderno

Restauração do modalismo. O sabelianismo ganhou espaço por mais ou menos cem anos em Roma, Ásia Menor, Síria e Egito. Em 263 A.D., Dionísio de Alexandria enfrentou o pró­prio Sabélio, derrotando o sabelianismo. De­pois disso o cristianismo passou a repudiar o sabelianísmo, e o combate a essa heresia conti­nuou até que ela desapareceu completamente da história. Depois de muitos séculos, esse en­sinamento retornou das profundezas do Infer­no, por John G. Schepp, fundador da seita “Só Jesus”, em 1913. Temos no Instituto Cristão de Pesquisas (ICP) uma lista de mais de quinze seitas modalístas. Não é possível, aqui, um co­mentário sobre todas elas, mas apresentaremos apenas as principais:


*Só Jesus

Fundada por John 8. Schepp em 1913, ensi­na que o batismo salva, igual à doutrina da Congregação Cristã no Brasil, e deve ser realizado só em nome de Jesus. Seus adeptos não seguem a fórmula batismal de Mateus 28.19:

“Em nome do Pai, e do Filho, e do Espfrito San­to”. Essa seita provocou muitas divisões nas igre­jas evangélicas da época. Ela mesma depois se dividiu em várias facções, entre as quais a Igre­ja Pentecostal Unida do Brasil, presente em outros países, que também é modalista e batiza só em nome de Jesus. (Não confundir com a Igreja Unida.)

*Tabcrnáculo da Fé

Fundado por William Marrion Branham (1906-1965), chamado por seus adeptos de “o profeta do século e mensageiro do Apocalipse”, Willi­am Marrion Branham, como os demais funda dores de seitas, arroga para si a mesma autori­dade dos profetas e apóstolos da Bíblia e nega a doutrina bíblica da Trindade. Seus adeptos são modalistas, pois seguem o ensino de seu líder, e o batismo nas águas é realizado só em nome de Jesus.


*Voz da Verdade

Igreja que utiliza o mesmo nome do conjunto Voz da Verdade. Suas músicas são cantadas sem restrição alguma na maioria de nossas igrejas. Muitos ainda não se deram conta dessa gravidade. Eles são uma seita e atacam a doutrina bíblica da Trindade, e seu batismo nas águas é realizado em nome de Jesus. Seus hinos que enfatizam a divindade de Jesus constituem a doutrina unicista, e estão “sacrificando o Pai”, como disse Tertuliano, dos modalistas de sua época.


*Igreja Local de Wltness Lee

Conhecida por seu ônibus “Expo-livro” e por

seu jornal Árvore da Vida. É a que mais suscita problema entre os evangélicos, por causa de seu proselitismo sectário e desleal. Eles per­turbam nossas igrejas e camuflam-se facilmente em nosso meio. Dizem que não são modalistas porque Sabélio dizia que Pai, Filho e Espírito Santo são três aspectos temporários da Divindade, ao passo que a Igreja Local afirma que são três aspectos eternos da Divindade. O ponto divergente entre eles é que ambos declaram ser a Divindade uma só Pessoa. Como Sabélio, usam com freqüência a palavra “pes­soa” para cada Pessoa da Trindade, mas com outro sentido. Empregam até o nome Trindade, mas não é o mesmo trinitarianismo do Credo Atanasiano.

*Testemunhas de Ierrochua.

Fundado em 1987, em Curitiba, PR. Além de modalistas, pregam que o nome do Salvador não é Jesus, mas Yehoshua, forma hebraica do nome “Josué”. Os manuscritos gregos do Novo Testamento destroem completamente essa teoria das Testemunhas de Ierrochua. Há diversos disparates em sua doutrina.


*Refutando o sabelianismo

A Bíblia apresenta o Deus verdadeiro como Pessoa, muito longe das idéias do panteísmo, mas não há nas Escrituras uma referência se­quer de que Deus seja uma Pessoa única. Falam de um só Deus (Dt 6.4; Mc 12.29; 1 Co 8.6; Ef 4.6).


*No batismo de Jesus

Jesus é o Filho do Pai (2 Jo 3) e não próprio Pai. Basta uma leitura simples da Palavra de Deus, principalmente dos quatro evangelhos, para descobrir o absurdo dessa doutrina sabelianista. No batismo de Jesus manifestam-se as três pessoas distintas da Trindade – o Pai falan­do do Céu, o Filho saindo das águas do Jordão, e o Espírito Santo repousando sobre Ele (Mt 3.16,17). Como os três podem ser uma só Pessoa? Nos evangelhos encontramos com freqüência Jesus referir-se a seu Pai como outra Pessoa. Muitas vezes Ele se dirigiu ao Pai em oração (Jo 17). Afirmar que Pai e Filho são uma mesma Pessoa é um disparate.

*Jesus disse que o Pai era outra Pessoa

Jesus disse que era uma Pessoa, e o Pai outra (Jo 8.17,18). Cristo declarou: “E na vossa lei também está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou” (Jo 8.17, 18). Jesus falava de duas pessoas, e não de uma. Ele afirmou que veio do Pai e voltava para Ele (Jo 8.42; 16.5; 17.3, 8). Mais de 80 vezes Cristo afirmou que não era o Pai.

*Batismo em nome do Jesus

Os adeptos das seitas unicistas defendem o batismo somente em nome de Jesus. Essa prática é um desvio da Palavra de Deus. A Bíblia não nos autoriza esse procedimento. A fórmula determinada por Jesus foi “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

O Didache, palavra grega que significa “ensino”, pronuncia-se “didaquê”, também chama­do “Ensino dos Doze Apóstolos”, documento encontrado em Constantinopla em 1785 e data­do de 150 A.D., que, juntamente com todos os pais da Igreja, fala do batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Reconhecemos que a Bíblia é a palavra final. A patrística pode, às vezes, servir como jurisprudência. Longe de fundamentar nossa doutrina em outra fonte que não seja a Palavra de Deus. Essas citações ser­vem para mostrar que a Bíblia é confirmada pela história da Igreja.
Esses unicistas apelam para quatro passagens no livro de Atos, as quais fazem menção do batismo em nome de Jesus (At 2.38; 8.16; 10.48, 19.5). A inconsistência dessa doutrina unicista é que essas passagens bíblicas não nos concedem a fórmula batismal. A prova disso é que em Atos 2.38 se diz: “em nome de Jesus Cristo”; 8.16: “em nome do Senhor Jesus”; 10.48: “em nome de Jesus Cristo”; 19.5: “em nome do Senhor Jesus”. As versões que seguiram o texto grego de Erasmo (Textus Receptus) trazem Atos 10.48: “em nome do Senhor”, como a Almeida Corrigida. Dessas quatro passagens três são diferentes, ou duas, dependendo da versão. Se elas revelassem a fórmula batismal, seriam
iguais, pois o método é padronizado. Isso mostra que não se trata de uma fórmula batismal. Revela que essas pessoas eram batizadas na autoridade do nome de Jesus.
A Bíblia diz que negar o Pai e o Filho traz a condenação (1 Jo 2.22, 23). Os sabelianistas mutilam a personalidade do Pai e do Filho, com a doutrina das “manifestações”, que é uma maneira camuflada de negar Jesus como o Filho de Deus (1 Jo 5. 5, 9). O “Jesus” dos sabelianis­tas não é o Jesus da Bíblia (1 Co 11.4).

*Explicando os textos usados pelos sabelianistas

Todas as seitas pinçam a Bíblia aqui e ali em busca de subsídios para consubstanciar suas heresias e assim poderem dar às suas doutrinas uma roupagem bíblica. A expressão “Pai da eternidade” (Is 9.6) não afirma que o Filho seja o Deus-Pai, mas que Ele tem si mesmo a eternidade, pois é o Senhor da mesma. Assim Ele pode dar a vida eterna aos que nele crêem. Costumam citar João 10.30: “Eu e o Pai vida eterna aos que nele crêem. somos um; no grego é (Ego kai ho pater hen esmen). O texto prova que Jesus é Deus absoluto igual ao Pai, e não a mesma Pessoa do Pai. “Um” no grego, nesse versículo, está no neutro, hen, e não no masculino, heis, e mostra assim duas pessoas numa só Deidade. Além disso, o verbo está no plural “somos” e não no singular “sou~ não pode, portanto, Pai e Filho serem a mesma Pessoa. O Espírito Santo é assunto registrado em outras passagens, principalmente nos capítulos 14,15 e 16 de João.

Jesus disse a Filipe: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.8, 9). Isso foi usado pelo próprio Sabélio para consubstanciar o seu unicismo. Esta passagem, como a de João 10.30, é ainda hoje usada pelos modernos sabelianistas para justificar a sua falsa doutrina, O versículo seguinte destrói completamente os argumentos sabelianistas: “As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras” (v. 10)
Fonte de Pesquisa:
Revista Defesa da Fé

 

 

HUnicismo

Dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estes três compartilham da mesma natureza e atributos; então, com efeito, estes três são o único Deus.
Há muitos cristãos evangélicos que consideram o movimento Pentecostal Unicista (também conhecido como “Só Jesus”) como um movimento cristão evangélico. A realidade é que este movimento está muito longe de ser considerado como cristão; está mais para uma seita. Uma das definições teológicas de seita é: Qualquer grupo que se desvia das doutrinas fundamentais do cristianismo, como a Trindade, a divindade de Jesus Cristo e a salvação pela graça, através da fé em Jesus Cristo somente.
Os maiores grupos o melhores conhecidos que compõem o movimento Pentecostal Unicista são:

• Igreja Apostólica da Fé em Cristo Jesus
• Igreja Pentecostal Unida
• Igreja Pentecostal da Fé Apostólica
• Igreja Evangélica Cristo Vive (Miguel Angelo)
• Outros grupos independentes que também crêem na unicidade de Deus, como por exemplo, a Igreja Voz da Verdade, Pentecostal Unida do Brasil, Tabernáculo da Fé, Igreja de Deus do Sétimo Dia etc.

Os pentecostais unicistas negam uma doutrina fundamental do Cristianismo: a doutrina da Trindade.

Este artigo foi escrito exclusivamente para alertar ao corpo de Cristo acerca deste movimento sectário e demonstrar à luz das Escrituras como os Unicistas estão equivocados sobre a verdadeira natureza de Deus. Seguimos a orientação de Judas 3, que nos exorta a lutar ardentemente pela fé que uma vez por todas foi dada aos santos.


O ARGUMENTO UNICISTA
A doutrina unicista está baseada no entendimento de duas verdades bíblicas. Estas bases bíblicas são usadas como fundamentos sobre o ponto de vista que tem de Deus e Jesus Cristo. A primeira verdade bíblica é que há somente um Deus e que Jesus é Deus. Destas duas verdades, os Unicistas deduzem que Jesus Cristo é Deus em sua totalidade, sendo assim, Jesus tem que ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo, rechaçando a doutrina da Trindade.
O ARGUMENTO TRINITÁRIO

A Igreja, através dos séculos, sempre ensinou que dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estás três pessoas compartilham da mesma natureza e atributos; então, com efeito, estas três são o único Deus.

A teologia unicista ensina que Jesus Cristo é o Pai encarnado, e que o Espírito Santo é Jesus Cristo também. Estes ensinamentos são o pilar da teologia unicista. Vejamos se esta noção está em harmonia com as Escrituras.


É JESUS O PAI? 
Versículos que os Unicistas usam para provar que Jesus é o Pai.
Isaías 9:6 – o “Pai Eterno”

Este versículo não ensina que Jesus é o Pai. O título “Pai eterno”, refere-se ao fato de que Jesus é o Pai da eternidade; em outras palavras, Jesus sempre existiu (João 1:1); Ele não foi criado, não teve princípio (João 17:5).

O termo “Pai” não era o título que se costumava usar para dirigir-se a Deus no Antigo Testamento. Assim, este versículo não ensina que Jesus é o “Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (1ª Pedro 1:3); em outras palavras, Jesus não é seu próprio Pai.

João 10:30 – “Eu o Pai somos um”

Se Jesus houvesse querido dizer que ele é o Pai, haveria dito: “Eu e o Pai sou um” ou “Eu sou o Pai”, que seria a expressão gramatical correta. Jesus não pode ser acusado de ter sido um mal comunicador.
“Somos” (gr. esmen), a primeira pessoa do plural. Jesus e o Pai são um em natureza e em essência, porque Jesus é Deus, como o Pai, mas não é o Pai.

João 14:8, 9 – “Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Jesus respondeu: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê ao Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?”

Jesus NÃO disse a Filipe que era o Pai.

Jesus veio como representante do Pai; veio demonstrar-nos o caminho ao Pai (v.6). Em João 5:43, Jesus disse: “Eu vim em nome de meu Pai [na autoridade do Pai, com as credenciais do Pai], e vós não me recebeis; se outro viesse em seu próprio nome [em sua própria autoridade, com suas próprias credenciais; como o anticristo], a esse receberíeis”.
Quantas vezes temos orado: “Pai, ajuda-me para que as pessoas te vejam em mim”. Acaso isso quer dizer que quando as pessoas virem você, estarão vendo literalmente ao Pai? Certamente que não, nem tampouco você estaria realmente pensando nisso, mas sim, estaria pedindo que Deus o ajude a representá-lo corretamente diante das pessoas para que possam ver a Deus através de sua vida. Por isso Jesus disse a Felipe: “O que me viu, viu ao Pai”, porque ver a Jesus, quem representou ao Pai foi como se estivesse vendo ao Pai. Mas Jesus NÃO estava dizendo que ele era o Pai.

QUE DIZ A BÍBLIA ACERCA DE JESUS E O PAI?

Jesus é referido como “Filho” mais de 200 vezes no Novo Testamento e nunca é chamado de “Pai”.
Jesus referiu-se ao Pai mais de 200 vezes como alguém distinto dele.
Em mais de 50 versículos podemos observar o Pai e a Jesus, o Filho, lado a lado.
No Novo Testamento repetidamente encontramos expressões como estas:

Romanos 15:5-6 — “O Deus que concede perseverança e ânimo lhes dê um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só boca vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.

2ª Coríntios 1:3 — “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação…”
Filipenses 2:10-11 — “…Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”.
1ª João 1:3b — “Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo”.
1ª João 2:1 — “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”.
2ª João 3 — Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, estarão conosco em verdade e amor”.

No Evangelho de João, Jesus refere-se a si mesmo como enviado pelo Pai, mas nunca referiu-se a si mesmo como o Pai que enviou ao Filho.

O Pai enviou a alguém separado dele, chamado Filho.

1ª João 4:9-10,14 — “Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação por nossos pecados. (…) E vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo”.


É JESUS O ESPÍRITO SANTO? 

Versículos que os Unicistas usam para provar que Jesus é o Espírito Santo.

2ª Coríntios 3:17 — “Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade”.

O texto não diz que “Jesus é o Espírito”. Se a passagem dissesse isto, talvez os Unicistas tivessem um ponto forte, mas como não diz isto, eles assumem que a palavra “Senhor” se refere a Jesus Cristo.

O “Espírito” aqui é chamado de Senhor no sentido de identificá-lo com Javé (Jeová) ou Deus, e NÃO com Jesus, já que o versículo 16 diz: “Mas quando alguém se converte ao Senhor, o véu é retirado”. Trata-se de uma referência a Êxodo 34:34: “Porém, vindo Moisés perante o SENHOR [Javé] para falar-lhe, removia o véu até sair; e, saindo, dizia aos filhos de Israel tudo o que lhe tinha sido ordenado”.
O contexto sempre é que determina a quem se está referindo quando a palavra “Senhor” é usada. No versículo 17 a palavra “Senhor” está referindo-se a Javé e não a Jesus, já que o versículo 16 e todo o contexto assim demonstra.
Se os Unicistas estivessem sempre corretos ao interpretar “Senhor” como “Jesus”, como ficaria Filipenses 2:11? O texto diz: “E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”. Seguindo a linha de raciocínio dos Unicistas, teríamos de concluir erroneamente que: “E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Jesus…”. Isto não é o que este versículo está dizendo, mas o que está ensinando é que: “E toda língua confesse que Jesus Cristo é Deus. Porém, não Deus, o Pai, porque no mesmo versículo diz que isso será feito “para a glória de Deus Pai”.

Romanos 8:9 — “Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo”.

Este versículo NÃO mostra que Jesus é o Espírito Santo. A única coisa que está dizendo é que se alguém não tem o Espírito que produz fé em Cristo e demonstra o caráter de Cristo ou seja “o Espírito de Cristo”, ele não é parte do corpo daquele que morreu por nossos pecados. Ele é todavia controlado pela “natureza pecaminosa”.

O versículo 11 faz distinção bem clara entre o Pai que levantou a Jesus dos mortos, o Espírito pelo qual Jesus foi levantado e Jesus, quem foi levantado. Não se pode ignorar a distinção de pessoas apresentada neste versículo.

QUE DIZ A BÍBLIA SOBRE JESUS E O ESPÍRITO SANTO?

Mateus 12:31-32 — O texto fala da blasfêmia contra o Espírito Santo. A conclusão lógica que é extraída deste texto é que se a blasfêmia contra o Espírito Santo não vai ser perdoada, mas a blasfêmia contra o Filho vai ser perdoada, então o Filho NÃO é o Espírito Santo.

João 14:16 — O Espírito Santo é o “outro Consolador”.
João 15:26 — Jesus enviou o Espírito Santo.
João 16:13 — O Espírito Santo demonstra humildade e busca glorificar a Jesus.
Depois de termos visto que Jesus não é o Pai nem tampouco o Espírito Santo, podemos nos dar conta de que os Unicistas têm um conceito equivocado da verdadeira natureza de Deus.
Se Jesus não é o Pai, mas é Deus, e o Pai não é Jesus e é Deus, e o Espírito Santo não é Jesus e é Deus e a Bíblia diz que somente há um Deus, então isto significa que dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estas três compartilham a mesma natureza e atributos; então, com efeito, estas três são o único Deus.

Uma coisa é dizer “Eu não entende a doutrina da Trindade” e outra coisa é dizer que “a doutrina da Trindade é falsa”, “pagã”, “diabólica”, “antibíblica”. A Bíblia faz uma advertência muito forte para esta classe de pessoas quando nos diz: “…Este é o anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho. Todo o que nega o Filho também não tem o Pai; quem confessa publicamente o Filho tem também o Pai” (1ª João 2:22b-23).

FONTE CACP 


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