Evangelho de Márcion
O escritor do livro de Eclesiastes declara que não existe nada
de novo debaixo do sol. “O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez,
isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de
que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram
antes de nós” ( Ec 1.9-10 ).
Infelizmente,
doutrinas que no passado foram condenadas com heréticas estão ressurgindo, em
certas igrejas que se dizem evangélicas, como revelações dadas por Deus para os
nossos dias. É caso do reaparecimento do marcionismo, um outro evangelho de que
fala Paulo em Gálatas 1. 8-9. O “Evangelho de Márcion” era uma forma modificada
do evangelho de Lucas com cortes do que ele ( Márcion ) não aceitava e
acréscimos do que ele bem quis.
Márcion
de Sinope
Nascido
em Sinope, no ponto, Ásia Menor, Márcion foi um influente mestres cristão
fundador de uma escola gnóstica rival do cristianismo. Foi excluído 144 A. D.
Seu movimento desapareceu, no Ocidente, no século IV A.D., aproximadamente.
Mas, no Ocidente, persistiu até o século VII A.D. Embora a data de seu
nascimento seja desconhecida, a de seu falecimento não: cerca do ano 165 A.D. A
seguir, algumas idéias heréticas pregadas por Márcion que hoje são aceitas como
novas revelações:
a )
Márcion rejeitava o Antigo testamento como se o mesmo tivesse sido produzido
pelo “demiurgo”, um deus justo iracundo que pôs o seu povo sob o império da
lei. Esse demiurgo, em nenhuma hipótese, seria o poder divino mas alto, somente
o Deus do Antigo Testamento. E este mundo, como sua criação, naturalmente tinha
seus problemas, porquanto não fora criado pelo poder divino maior. O Deus do
Antigo Testamento, segundo Márcion, precisa ser distinguido do Deus mais alto e
desconhecido da revelação neotestamentária.
b ) O
Deus mais alto do Novo Testamento, ao observar a miserabilidade do homem,
enviou seu Filho para redimir a raça humana. Mas o “demiungo”, o Deus do Antigo
Testamento, irado, cuidou para que Cristo fosse crucificado.
c )
Paulo seria o único verdadeiro apóstolo de Cristo; e sobre Paulo repousa toda a
autoridade escriturística. Paulo pregou o verdadeiro evangelho, fazendo
contraste com a versão judaizante dos outros pseudo-apóstolos. Márcion autonomeou-se
representante de Paulo para levar avante a sua obra.
d )
Márcion pregava que a salvação vem mediante a renúncia quanto ao demiurgo e seu
tipo de mensagem contida na ira e na lei mosaica. O Deus bom do Novo Testamento
agiu de modo inteiramente diferente. Ele opera através da graça, por meio de
seu Filho. A vida cristã sincera é melhor cumprida quando o indivíduo segue o
ascetismo. É recomendável não só que o homem evite a sensualidade, mas também o
casamento que, inevitavelmente, é corruptor.
e ) O
cânon marcionista consistia em dez epístolas paulinas e em uma forma modificada
do evangelho de Lucas. Nesse evangelho, Cristo simplesmente teria aparecido, e
não nascido. De fato, esse foi o mais primitivo cânon cristão do Novo
Testamento.
f ) O
batismo pelos mortos foi praticado pela primeira vez entre os marcionistas.
O Deus
irado do Antigo Testamento
Esse
ensino de Márcion repete-se hoje entre os espíritas. O codificador do
espiritismo, Allan Kardec, escreveu o seguinte: ” A parte mais importante da
revelação do Cristo, por ser a fonte primitiva, a pedra angular de toda a sua
doutrina, é o ponto de vista inteiramente novo sob o qual ele faz encarar a
divindade. Não é mais o deus terrível, ciumento, vingativo, de Moisés; o deus
cruel e implacável, que rega a terra com o sangue humano, que ornamenta a
tortura e o extermínio dos povos, sem exterminar as mulheres, as crianças e os
velhos, e que castiga aqueles que poupam as vitimas; o Deus que Jesus nos
revela não é mais o deus injusto, que pune um povo inteiro pela falta do seu
chefe, que se vinga do culpado na pessoa do inocente, que fere os filhos pelas
faltas dos pais; mas Deus clemente , soberanamente justo e bom, cheio de
mansidão e misericórdia, que perdoa ao pecador arrependido e dá a cada um
segundo as obras; não é mais o Deus de um povo privilegiado, o Deus dos
exércitos, presidindo aos combates para sustentes a sua própria causa contra o
Deus dos outros povos ; mas o Pai comum do gênero humano, que estende a sua
proteção por sobre todos os seus filhos e os chama a todos a si…” …”Mas era
possível amar o Deus de Moisés? Não; só se podia temê-lo” (A Gêneses, p.908,
Allan Kardec, Obras Completas, 2ª edição, 1985, Opus Editora Ltda.) O
espiritismo de Kardec se coloca na mesma posição de Márcion quanto à existência
de dois deuses: Um dos deuses é o ” Deus terrível, ciumento, vingativo, de
Moisés ” ; “o deus cruel e implacável que rega a terra com o sangue humano, que
ordena a tortura e o extermínio dos povos, sem excetuar as mulheres, as
crianças e os velhos, e que castiga aqueles que poupam as vítimas…”. Esse “Deus
de Moisés” jamais era possível amar, pois só podia ser temido. Já o Deus que
Jesus revela “não é mais o deus injusto”. Antes, é “o Pai comum do gênero
humano, que estende a sua proteção por sobre todos os seus filhos e os chama a
todos a si…”.Essas duas representações de Deus são incompatíveis. O caráter de
Deus revelado na Bíblia é coerente do principio ao fim. O Antigo Testamento não
descreve um deus injusto, terrível, iracundo, que tem prazer em destruir seu
povo. O Novo Testamento também não apresenta um Deus de amor que se recusa a
julgar o pecado. O livro de Hebreus 10.31, declara: “Horrenda coisa é cair nas
mãos dos Deus vivo”. Quando lemos o livro de Mateus, encontramos o Senhor Jesus
se dirigindo aos fariseus e doutores da lei de modo severo: “Serpentes, raça de
víbora! Como escapareis da condenação do inferno” ( Mt 23.33 ). Paulo escreveu
aos tessalonicenses: “E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando
se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como
labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não
obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais por castigo,
padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder” (2 Ts
1. 7-9). Tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos fazem uma descrição coerente
de Deus. Seu amor e compaixão, bem como seu julgamento, podem ser encontrados
no Antigo Testamento, enquanto o julgamento do pecado, a compaixão de Deus e o seu
amor são claramente evidenciados no Novo Testamento (103 perguntas que as
pessoas mais fazem sobre Deus, pp. 117-118, 5ª edição, Juerp ) Jeová, falso
Deus?
Seguindo
a mesma linha de Márcion, surge um livro controvertido que tem escandalizado os
meios evangélicos brasileiros. Trata-se da obra intitulada “Jeová, falso Deus?
“. Não é uma afirmação, certamente. Mas, lendo-a, ficamos espantados com a
arrogância de seus autores ao responderem à pergunta do título com a enfática
afirmação de que realmente existem dois deuses: o do Antigo Testamento,
identificado como um deus falso e cruel com o nome de Jeová, e o do Novo
Testamento, conhecido como o Pai de Jesus. Consideraremos, em primeiro lugar,
as declarações do autor ou autores anônimos do citado livro. No texto da
contracapa, eles afirmam: ” Durante 40 anos de leituras, pesquisas e debates
fomos estudando cada trecho das Sagradas Escrituras, o que resultou neste livro
que escrevemos sob o título Jeová, falso Deus ? “… ” Este livro é o resultado
de uma minuciosa e demorada pesquisa dos textos bíblicos do Velho e do Novo
Testamentos. Pesquisa esta feita por estudiosos associados à ABIP e fornecida à
Editora Códice para publicação “.
Declarações
comprometedoras do livro
As
Testemunhas de Jeová tratam o Senhor Jesus como um segundo deus, inferior ao
Pai, cujo nome, para elas, é Jeová. Segundo as Testemunhas de Jeová, o nome
Jeová aparece quase sete mil vezes nas Escrituras hebraicas; ou seja, no nosso
Antigo Testamento:” 6.827 o tetragrama foi vertido para Jeová; 146 vezes de
restabelecimentos adicionais, num total de 6.973 vezes “. As Testemunhas de
Jeová preocupam-se tanto com o nome Jeová que o transferiram nada menos do que
237 vezes para a “Tradução do Novo Mundo”, versão da Bíblia usada por essa
seita. E fizeram isto onde aparecem as palavras gregas Kurios e Theos quando
relacionadas com o texto do Antigo Testamento que traz o tetragrama JHVH. Esse
grupo religioso, a fim de rebaixar o Senhor Jesus Cristo, interpreta
erradamente os nomes Apolion e Abadon (citados em Ap 9.11 como o anjo do
abismo, com aplicação corretíssima a Satanás) como sendo aplicados ao Senhor
Jesus. Tal interpretação é encontrada no livro Revelação, seu grandioso clímax
está próximo!, p.148 (STV), que diz: “Jesus, como ‘anjos do abismo ‘ e
‘destruidor’, deveras soltara um aí atormentador sobre a cristandade “. À luz
da Bíblia, identificamos Satanás como sendo esse anjo do abismo, e não Cristo,
porque Apolion ou Abadon significam destruidor, aquele que veio para matar,
roubar e destruir. O Senhor Jesus Cristo não, Ele veio para dar vida, e vida
com abundância (Jo 10.10). Jesus veio para desfazer as obras do diabo (1Jo
3.8-10). Além disso, Apocalipse 9.1declara : ” vi uma estrela que do céu caiu
na terra… “. Essa estrela que caiu do céu foi Lúcifer (Is 14.12-14; Ez
28.14-16). O livro Jeová, falso Deus ? identifica Apolion ou Abadon como sendo
o Jeová do Antigo Testamento. Vejamos o que afirma nas páginas 96 e 97: “O
apóstolo João conta que uma estrela caiu do céu na terra e foi-lhe dada a chave
do poço do abismo. Aberto esse poço do abismo, subiu fumo, como de um grande
fornalha, de tal maneira que escureceu o ar e o sol. Do fumo vieram gafanhotos
atormentadores, cujo poder era como o dos escorpiões para atormentar os homens
de tal forma que eles busquem a morte. Esses gafanhotos tinham coras nas
cabeças e rostos como de homens, e cabelos como mulheres, e tinham poder para
atormentar os homens por cinco meses. O pior de tudo é que tinham sobre si um
rei, cujo o nome é Abadom, em hebraico, e, em grego, Apoliom, que se traduz por
perdição. Pois é fantástico e inconcebível que Jeová se declara Rei neste
abismo de perdição. O que complica a mente de quem estuda as Escrituras é o
fato de Jeová proclamar-se Deus e reinar sobre uma terra assolada pelo diabo.
Jesus afirma que o Pai só vai reinar após o juízo final… ” ” Entendemos que o
Pai não é Jeová “. Quando lemos tais declarações nos lembramos da expressão de
Apocalipse 16.11: ” blasfemaram do Deus do céu “. O livro não pára por aí. Na
página 99, prossegue em seus absurdos: ” E o escritor aos Hebreus nos alerta
dizendo que nós, os cristãos, nada temos a ver com aquele negócio de Jeová “.
Essa declaração é leviana e sem fundamento bíblico. Na verdade, encontramos no
livro de Hebreus constantes declarações sobre o Antigo Testamento atribuídas a
Jeová como sendo o mesmo Deus revelado no Novo Testamento. Algumas dessas
referências de Hebreus são transferidas pelos os escritores do Novo Testamento
ao Senhor Jesus Cristo, identificando-o como sendo o Deus Jeová.
Primeiro
exemplo
Hebreus
1.5 é um repetição do Salmo 2.7, que diz: ” Proclamarei o decreto: o SENHOR
(JHVH) me disse: Tu és meu filho, eu hoje te gerei “. “… eu hoje te gerei ” é
uma expressão de Jeová, pois no texto aparece o tetragrama onde em nossa Bíblia
lemos a palavra SENHOR. E ele, o SENHOR, é o Pai de Jesus Cristo.
Segundo
exemplo
Em
Hebreus 1.6, lemos: ” E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz:
E todos os anjos de Deus o adorem”. Esse texto é uma citação do Salmo 97.7, que
declara: “Confundidos sejam todos os que servem imagens de escultura, que se
gloriam de ídolos; prostrai-vos diante dele todo os deuses “. Aqui a adoração
se aplica a Jeová Deus, como afirma o primeiro versículo: “O SENHOR (JHVH)
reina; regozije-se a terra; alegrem-se as muitas ilhas “. Em Hebreus1.6 esta
adoração é aplicada a Jesus. O Pai de Jesus é Jeová, e ambos merecem adoração.
Terceiro exemplo
Em
Hebreus 1.8, lemos: “Mas, do filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos
séculos dos séculos; cetro de equidade é o cetro do teu reino”, que nada mais é
do que uma citação do Salmo 45.6, que diz: “O teu trono, ó Deus, é eterno e
perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade”. Esse texto é aplicado a
Jesus. O Deus Jeová do Antigo Testamento chama o seu Filho Jesus de “Ó Deus” !
O Pai de Jesus é Jeová. Jesus e Jeová são Deus, mas duas pessoas distintas:”…e
o Verbo estava com Deus” (Jo 1.1). “Eu e o Pai somos um “(Jo 10.30-33).
Quarto
exemplo
“Tu,
Senhor, no princípio fundaste a terra. E os céus são obra de tuas mãos. Eles
perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, e como
um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não
se acabarão ” (Hb 1.10-12). Essas palavras são uma citação do Salmo 102.25-27,
que afirma: “Desde a antigüidade fundaste a terra, e os céus são obra das tuas
mãos. Quinto exemplo
“Mas
este com juramento por aquele que lhe disse :Jurou o Senhor, e não se
arrependerá; tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb
7.21). Vemos, aqui, mais uma citação dos Salmos, desta feita o 110.4, que diz:
“Jurou o SENHOR (JHVH), e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno,
segundo a ordem de Melquisedeque”. O Senhor que jurou nesse Salmo é o Deus
Jeová que indica seu Filho Jesus como sacerdote eterno da ordem de
Melquisedeque. Como vimos, Jeová é o Pai de Jesus. Os dois são o mesmo Deus,
embora sejam pessoas distintas. Como afirmar então que “nós, os cristãos, nada
temos a ver com aquele negócio de Jeová”?
Exemplos
fora do livro de hebreus
Primeiro
exemplo
Como
Deus Jeová pode ser um falso Deus se Jesus ensinou que o maior de todos os
mandamento é amá-lo: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda
a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37). E cita Deuteronômio 6.4-5:
“Ouve, Israel, o SENHOR (JHVH) nosso Deus é o único SENHOR (Jeová).Amarás,
pois, o SENHOR (JHVH) teu Deus de todo o teu coração, e de toda atua alma, e de
todas as tuas forças”. Não podemos admitir que Jesus nos ensinasse a amar um
deus falso chamado Jeová.
Segundo
exemplo
” Voz do
que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR (JHVH); endireitai no ermo
vereda a nosso Deus” (Is 40.3). O mesmo texto foi citado por João Batista ao
apresentar Jesus ao público: ” Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías,
que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor,
endireitai as suas veredas ” (Mt 3.3) . Jesus era apresentado como Deus Jeová.
Terceiro exemplo
“Anunciai,
e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a
antigüidade? Porventura não sou eu , o SENHOR (JHVH)? Pois há outro Deus senão
eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis salvos,
vós , todos os termos da terra; porque eu sou Deus e não há outro. Por mim
mesmo tenho jurado, já saiu da minha boca a palavra justiça, e não tornará
atrás; que diante de mim se dobrará todo o joelho, e por mim jurará, toda a
língua ” (Is 45.21-23). Esse mesmo texto foi aplicado ao Senhor Jesus pelo
apóstolo Paulo: “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um
nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho
dos que estão no céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse
que Jesus Cristo é o senhor, para Glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11).
Características
atribuídas a Jeová
O Deus
Jeová do Antigo Testamento é o mesmo Deus Jesus do Novo testamento. Ninguém que
fala pelo Espírito de Deus pode negar essa verdade. Entendemos, pois, que os
escritores do livro Jeová, falso Deus? não foram guiados pelo Espírito Santo ao
produzirem tal obra. Na página 60, declaram: “concluímos que Jeová também não
é’ Jesus…”
Declaração
blasfemas
Primeira
: “A serpente não aparece no capitulo 1, o que dá a entender que da união entre
Jeová e Elohim surgiu a serpente” (p.28). Observação : Jeová e elohim são dois
nomes do mesmo Deus, que também é conhecido por outros nomes, como, por
exemplo, El Shaday, Adonay, El Eliom, El Olam. Entretanto, para os escritores
de Jeová, falso Deus? Esses nomes são atribuídos a outras divindades.
Segunda:
” No Velho Testamento, à primeira visita, em hebraico, parece haver muitos
deuses, cujos nomes são: Elohim, El Shaday, Adonay, El Eliom e Jeová” (p.103).
Observação: É decepcionante alguém alegar que possui quarenta anos de estudo da
Bíblia e afirmar que existem muitos deuses e dar a esses supostos deuses nomes
que pertencem exclusivamente ao Deus verdadeiro. Para nós, os cristãos, existe
um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor,
Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele (1Co 8.6). Os três
nomes básicos de Deus no Antigo Testamento hebraico são Elohim, Adonai e Jeová,
sendo duvidosa a pronúncia Jeová, na qual aparece o tetragrama JHVH.
Jeová
Deus é chamado Pai
É
inadmissível a alguém que pesquisa a Bíblia por anos e anos desconhecer que
Jeová Deus é chamado de Pai no Antigo Testamento. Tal pesquisa só pode ter sido
superficial. Alguns exemplos bíblicos nos quais Jeová Deus é chamado de Pai:
1. ”
Cantai a Deus… pois o seu nome é SENHOR (JHVH), E EXULTAI DIANTE DELE. Pai de
órfão e juiz das viúvas é Deus, no seu lugar santo” (Sl 68.5).
2. ” Ele
me chamará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação ” (Sl
89. 26).
3. Assim
como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR (JHVH) se compadece
daqueles que o temem” (Sl 103.13).
4. ” Mas
tu és nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece;
tu ó SENHOR (JHVH ) és nosso Pai; nosso Redentor desde a antigüidade é o teu
nome ” (Is 63. 16).
5. ” Ao
menos desde agora não chamarás por mim, dizendo: Pai meu, tu és o guia da minha
mocidade? ” (Jr 3.4)
6. ”
Porque sou um Pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito ” (Jr 31.9). É
interessante observar que esse texto é citado por Paulo em 2 Co 6.18: “E eu
serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo –
Poderoso “.
Trindade
Maligna
Davi,
com muita razão, escreveu: ” Um abismo chama outro abismo…” (Sl 42.7). Depois
de todas as declarações acintosamente blasfemas contra Deus, os escritores do
livro ora comentado declara que Jeová Deus faz parte de uma TRINDADE MALIGNA.
Sim, escreveram em letras maiúsculas para ressaltar bem sua blasfêmia. “Não é
possível, nem aceitável que Deus e o diabo usem as mesmas armas, a não ser que
sejam a mesma pessoa, ou, sendo dois, formarem uma TRINDADE MALIGNA, isto é,
JEOVÁ, SATANÁS E O ESPÍRITO QUE OS UNE. Espírito da ira, do furor, da
destruição, da confusão e da vingança ” (p. 93). Esse livro, “Jeová, falso
Deus?” , é uma apostasia teológica!
FONTE CACP
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