Quando se fala em legalização do aborto, imediatamente é levantada a questão
dos “casos difíceis”: as situações que deixam até mesmo as pessoas mais
compassivas despreparadas diante dos que defendem o direito dessa prática. Uma
menina de 12 anos é sexualmente abusada pelo próprio irmão. Uma adolescente de
16 anos, filha única de uma mãe solteira que tem de trabalhar fora para
sustentar a casa, é brutalmente estuprada por um estranho. Um homem domina uma
jovem em seu primeiro namoro e a violenta. Esses são apenas alguns dos casos
trágicos.
Os que são a favor do aborto tiram vantagem de situações assim para ganhar a
simpatia da população. Quando uma mulher ou menina é vítima de abuso sexual,
dizem eles, o aborto é uma solução. Eles afirmam que “forçá-la” a ter o bebê a
deixará traumatizada. O que poderia ser mais cruel, perguntam eles, do que
insistir em que uma jovem ou mulher gere em seu corpo uma criança concebida num
ato de estupro ou abuso?
Manipulando as “exceções”
Esses argumentos não são novidade. Aliás, a maioria dessas estratégias foi
usada pelos ativistas pró-aborto nos EUA.
Utilizando a questão do “estupro” para persuadir os políticos, os jornalistas e
a opinião pública, as feministas conseguiram, em 1973, legalizar o aborto nos
EUA no famoso caso Roe x Wade, diante do Supremo Tribunal. Neste caso, “Jane
Roe” afirmou buscar uma operação de aborto quando ficou grávida depois de ser
violentada por vários homens. Anos mais tarde, Norma McCorvey, a mulher que
usou o nome de “Jane Roe”, reconheceu que suas advogadas feministas inventaram
toda a história do estupro. Ela só não pôde mais esconder a verdade porque se converteu
ao Cristianismo. Hoje ela conta: “Fui uma boba que fiz tudo o que os promotores
do aborto queriam. Na minha opinião, pode-se afirmar sem sombra de dúvida que a
indústria inteira do aborto está alicerçada em mentiras”.
Então, hoje se sabe que o caso judicial de estupro usado para legalizar o
aborto nos EUA foi uma fraude. Aliás, os argumentos a favor dos direitos ao
aborto foram uma farsa desde o começo. Os advogados pró-aborto descobriram que
poderiam ganhar o apoio popular e a simpatia judicial focalizando os horrores
dos abortos clandestinos e ilegais. Eles argumentavam que centenas de mulheres
estavam morrendo nas mãos de “açougueiros” que exploravam vítimas desesperadas.
Eles até apresentavam estatísticas, afirmando que havia um grande número de
mulheres com problemas de saúde devido ao aborto ilegal e que essas mulheres
estavam dando despesas pesadas para o sistema de saúde pública. Para eles, a
solução era legalizar o que eles chamam de “interrupção da gravidez”.
Depois da legalização, o dr. Bernard Nathanson se tornou o diretor da maior
clínica de abortos do mundo ocidental e presidiu 60 mil operações de aborto.
Como McCorvey, ele também teve uma experiência de conversão. Hoje ele conta o
que alguns especialistas médicos, inclusive ele mesmo, afirmavam antes da
legalização do aborto nos EUA: “Diante do público... quando falávamos em
estatísticas [de mulheres que morriam em conseqüência de abortos clandestinos],
sempre mencionávamos ‘de 5 a 10 mil mortes por ano’. Confesso que eu sabia que
esses números eram totalmente falsos... Mas de acordo com a ‘ética’ da nossa
revolução, era uma estatística útil e amplamente aceita. Então por que devíamos
tentar corrigi-la com estatísticas honestas?”
Para iludir o público, as feministas garantiram que só queriam o aborto
legalizado nos casos de estupro e incesto. Mas aí, quando a questão já estava
avançando nos tribunais, elas passaram a dizer que é injusto permitir o aborto
só nessas situações. Foi assim que os casos de estupro e incesto acabaram se
tornando a porta escancarada que deu às mulheres americanas o direito livre e
legal de fazer aborto por qualquer razão e em qualquer estágio da gravidez,
desde o momento da concepção até o momento do parto. Hoje são realizados por
ano mais de um milhão de abortos nos hospitais e clínicas dos EUA.
Para legalizar o aborto no Brasil, alguns especialistas empregam a mesma
estratégia de exagerar as estatísticas. Anos atrás, a CNN mostrou um
documentário de uma hora sobre o aborto no mundo. Na seção sobre o Brasil, o repórter
da CNN afirmou:
“O aborto no Brasil é uma das maiores causas de morte entre as mulheres.
Estima-se que sejam realizados no Brasil seis milhões de abortos ilegais por
ano. Esses abortos causam 400 mil mortes. Metade dos abortos feitos anualmente,
ou três milhões, são realizados em meninas de 10 a 19 anos. De cada 100 delas,
21 morrerão”.
As estratégias usadas no Brasil são tão parecidas com os argumentos usados nos
EUA porque os mesmos grupos que legalizaram o aborto lá estão atuando em nosso
país. Mas o Instituto de Pesquisa de População de Baltimore, EUA, comenta:
“Já que o número total de mulheres brasileiras em idade reprodutiva (15 a 44
anos) que morrem anualmente de TODAS as causas são apenas umas 40 mil (consulte
o U.N. Demographic Yearbook, 1988, pp. 346-7 ou o World Health Statistics
Annual da OMS, 1988, p. 120) a afirmação de 400 mil mortes de abortos ilegais é
simplesmente impossível. O repórter que fez a notícia não só não se informou
direito mas também demonstra não saber matemática. Ele devia ter percebido que
a afirmação de uma taxa de morte de 21 de cada 100 entre os alegados três
milhões de abortos realizados em adolescentes dá um total de 630 mil mortes, um
número maior do que os 400 mil que supostamente ocorrem de todos os abortos
brasileiros juntos! Mas os lacaios do dono da CNN engoliram esse número e o
noticiaram no mundo inteiro”.
A verdade aparece
O dr. David Reardon, especialista em ética biomédica e pesquisador e diretor do
Instituto Elliot de Pesquisa das Ciências Sociais, diz: “As pessoas pulam para
conclusões sobre estupro e incesto com base no medo...”. O Instituto Elliot
publicou uma pesquisa recente que mostra que o aborto impede as vítimas de
estupro de se recuperar. Durante um período de nove anos, o Instituto coletou o
depoimento de 192 mulheres que engravidaram como conseqüência de estupro ou
incesto. Nessa pesquisa, há também o testemunho das crianças concebidas nessas
circunstâncias.
É claro, os que defendem o aborto gostariam que todos acreditassem que as vítimas
de violência sexual são mulheres desesperadamente necessitadas de serviços
médicos de aborto. Mas a realidade não é bem assim. Apesar das circunstâncias
trágicas, abusivas e muitas vezes violentas em que seus filhos foram
concebidos, a maioria dessas mulheres na pesquisa escolheu lhes dar vida.
Geralmente, a mulher só cede à realização de um aborto por pressão do abusador
ou de outros membros da família.
O Instituto Elliot constatou que 73% das vítimas de estupro escolheram dar à
luz seus bebês. Em 1981, a dra. Sandra Mahkorn conduziu a única e importante
pesquisa anterior de vítimas de estupro que engravidaram. De modo semelhante,
ela constatou que de 75 a 85% das vítimas de estupro escolheram dar vida a seu
filhos.
A pesquisa mostra que praticamente todas as mulheres que realizaram um aborto
lamentaram a decisão. Por outro lado, as mulheres que escolheram dar à luz seus
filhos sentiram-se felizes por tê-los. “Agradeço a Deus pela força que Ele me
deu para atravessar os momentos difíceis e por toda a alegria dos bons
momentos”, disse Mary Murray, que teve uma filha concebida num estupro. “Jamais
lamentarei o fato de que escolhi dar vida à minha filha”. Da mesma forma, os
homens e as mulheres concebidas em situações de estupro e incesto elogiam suas
mães por lhes darem vida. “Cristo ama todos os seus filhos, até mesmo os que
foram concebidos nas piores circunstâncias”, diz Julie Makimaa, cuja concepção
ocorreu quando sua mãe foi estuprada. “Afinal, não importa como começamos na
vida. O que importa é o que faremos com a nossa vida”.
O aborto aumenta o trauma da violência ou abuso sexual
Em vez de aliviar a angústia psicológica das vítimas de violência sexual, o
aborto traz mais angústia. O dr. Reardon, especialista em questões pós-aborto,
diz: “A evidência mostra que o aborto aumenta os traumas e o risco de suicídio.
Mas o ato de deixar a criança nascer reduz esses riscos”. Nos casos de incesto,
as vítimas que engravidam são muitas vezes meninas novas e não estão
devidamente conscientes de seu estado de gravidez. O dr. Reardon diz que tal
situação as deixa vulneráveis a profundos traumas psicológicos quando, anos
mais tarde, elas percebem o que aconteceu.
A própria experiência do aborto, física e emocionalmente, pesa na mulher tanto
quanto o trauma do estupro. O trauma maior é que, embora saiba que não teve
culpa no estupro, ela sente-se responsável pelo aborto, até mesmo quando o
aceita sob pressão. Algumas conseqüências que um aborto deliberado traz:
Síndrome pós-aborto: Um estudo realizado pela dra. Brenda Major, que é a favor
do aborto, constatou que, em média, as mulheres relataram não ter recebido
nenhum benefício de um aborto.
Abuso de drogas e álcool: Mulheres que realizaram um aborto têm quase três
vezes mais risco de usar drogas e/ou álcool do que mulheres que não abortaram.
Mulheres que nunca usaram drogas ou álcool e abortaram seu primeiro bebê têm
cinco vezes mais risco de começar a usar drogas ou álcool em comparação com
mulheres que tiveram seus bebês. Vinte por cento relataram ter começado a usar
drogas ou álcool um ano depois do aborto, e 67% disseram ter começado num
período de três anos.
Taxas de mortalidade: Um estudo feito na Finlândia revelou que as mulheres que
fizeram aborto tiveram 252% mais de chance de morrer no mesmo ano em comparação
com mulheres que tiveram seus bebês. Em comparação com mulheres que deram à
luz, as chances de morrer dentro de um ano após um aborto foram 1.63% para
morte de causas naturais, 4.24% para mortes de ferimentos relacionados a
acidentes, 6.46% para mortes em conseqüência de suicídio e 13.97% para mortes
em conseqüência de assassinato.
Vítimas de estupro e incesto: O dr. Reardon revela que das 50 vítimas de
estupro que expressaram seus sentimentos sobre o aborto que realizaram, 88%
declararam que foi uma escolha errada. Quarenta e três por cento das vítimas de
estupro avaliadas relataram que fizeram aborto por pressão dos outros. Mais de
90% disseram que desaconselhariam outras vítimas de violência sxual a realizar
um aborto. O dr. Reardon menciona um estudo que mostra que as mulheres que
fazem aborto têm uma probabilidade duas vezes maior de ter partos antes ou
depois do tempo, levando assim a defeito de nascença. Ele também comenta que
filhos de mulheres que já fizeram aborto tendem a ter mais problemas de
comportamento.
Câncer de mama: De acordo com o livro Breast Cancer (Câncer de mama), do dr.
Chris Kahlenborn, a mulher que realiza um aborto tem duas vezes mais
probabilidade de sofrer de câncer de mama.
De que modo a vida traz cura
Kay Zibolsky é fundadora da Liga Vida Depois da Agressão e oferece
aconselhamento por experiência. Quando tinha 16 anos, Kay foi estuprada numa
noite fria e escura por um homem estranho que ela nem mesmo conseguiu ver. Ela
guardou o segredo do estupro, mesmo quando percebeu que estava grávida. “Minha
mãe me ajudou a atravessar o trauma do estupro, mesmo sem saber que era um
estupro, aceitando minha gravidez e dando toda ajuda que ela podia”, diz Kay.
“Eu poderia ter questionado se o ato violento e cruel do estupro desculpava o
ato violento e cruel de destruir um bebê inocente. Escolhi pensar na parte do
bebê que era minha parte”. Ela deu à luz uma filha e lhe deu o nome de Robin.
Hoje Kay tem Jesus na sua vida, é casada e tem outros filhos. E agora usa sua
experiência para aconselhar milhares de mulheres vítimas de estupro e incesto,
inclusive muitas que engravidaram. Ela conta: “Digo a elas que não é pecado ser
estuprada. Estuprar é que é pecado. Isso joga a culpa onde tem de ser jogada.
Digo que pecado é matar a criança concebida num estupro ou incesto. Se fizer um
aborto, você terá de mais cedo ou mais tarde lidar com esse pecado”.
Kathleen DeZeeuw, que foi estuprada na adolescência, dá o seguinte depoimento:
“Vivi uma experiência de estupro e criei um filho ‘concebido no estupro’. Por
isso, sinto-me pessoalmente agredida e insultada toda vez que ouço dizerem que
o aborto deve ser legal por causa do estupro e incesto. Sinto que estamos sendo
usadas para promover a questão do aborto... Hoje trabalho como conselheira e
muitas vezes uma jovem me diz: ‘Mas você não entende! Como você poderia
realmente compreender?’ Dou meu testemunho, de como Deus usou até mesmo uma
situação de estupro e a transformou para a sua glória”. Hoje o filho de
Kathleen é casado e se dedica ao chamado missionário. Ele diz: “Como alguém
concebido num estupro, tenho um modo especial de ver a questão do aborto. Se o
aborto fosse legal na época em que fui concebido, eu não estaria vivo. Jamais
teria tido a chance de amar e de me dar aos outros. Tenho tido oportunidades
maravilhosas de dar meu testemunho também. Toda vez que alguém diz: ‘Mas, e nos
casos de estupro?’ Tenho a resposta perfeita!”
Um dos testemunhos mais tocantes é o de Myra Wattinger. Ela e o marido haviam
se divorciado há pouco tempo e, como seus pais tinham falecido quando ela era
adolescente, ela estava sem recursos e não tinha a quem recorrer. Então
arranjou um emprego para cuidar de um homem idoso. Certo dia, enquanto estava
só na casa, um dos filhos alcoólatra do homem a estuprou. Nessa situação, ela
se sentiu abandonada e chegou a pensar que Deus não a amava. Mas, para piorar
tudo, ela descobriu que engravidara. Ela não tinha condições de sustentar uma
criança e não estava disposta a cuidar de um bebê concebido num ato de tanta
humilhação e violência. Ela procurou um médico disposto a fazer seu aborto, mas
não encontrou. A solução parecia ser uma só: suicídio.
No exato momento em que essa idéia apareceu, surgiu em seu espírito a
necessidade de orar. Ela olhou para o céu e clamou: “Senhor, estou carregando
essa criança e não sei o que fazer”. Ela nunca teve certeza se a voz era
audível ou não, porém sentiu Deus lhe dizendo: “Tenha o bebê. Ele trará alegria
ao mundo”. Essas duas frases dissiparam todos os pensamentos de suicídio e de
aborto. Hoje, seu filho, James Robison, é um evangelista com um ministério que
tem alcançado e abençoado milhões de pessoas. Sem dúvida, o que Deus disse a
Jeremias também se aplica ao evangelista Robison: “Antes que eu te formasse no
ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às
nações te dei por profeta” (Jr 1.5, versão RC)
A verdadeira compaixão
Mulheres nessas situações precisam do apoio e compaixão das igrejas, amigos e
família para ajudá-las em seu processo de cura dos traumas. O aborto não é uma
alternativa compassiva, pois uma criança concebida num estupro também é vítima
e tem o mesmo valor humano que um bebê concebido num casamento. Além disso,
será que um filho deve sofrer a pena de morte por crimes que o pai cometeu? Não
foi a criança quem cometeu o estupro.
Embora a maioria dos ativistas que defendem a legalização do aborto alegue ser
contra a pena de morte para assassinos e estupradores, eles não conseguem,
porém, poupar dessa mesma pena crianças inocentes concebidas num ato de
injustiça. Alegam que a pena de morte é um castigo cruel para os criminosos.
Mas, estranhamente, nos casos de mulheres grávidas num estupro, escolhem a
morte para a criança inocente. Nem mesmo levam em consideração pelo menos a
opção compassiva de deixar a criança nascer para depois entregá-la para a
adoção. É de admirar então que os crimes de estupro estejam crescendo tanto?
Enquanto o culpado escapa, duas vítimas inocentes ficam para trás para sofrer
abuso, humilhação, preconceito e abandono.
Talvez a pior pressão para a vítima seja o “conselho” de médicos e psicólogos
que, já endurecidos com o procedimento de eliminar uma criança através do
aborto, procuram amortecer os sentimentos da mulher com relação à criança que
ela está gerando em seu corpo e levá-la a uma decisão que, a nível emocional e
espiritual, só lhe causará perdas e traumas.
A verdadeira atitude de compaixão seria amparar a mulher em sua situação de
crise. Lembro-me de que anos atrás uma deputada propôs um projeto para que o
governo desse total amparo material e médico às vítimas de estupro que haviam
engravidado. Um belo exemplo de uma mulher ajudando outras mulheres. Ela queria
que o governo se responsabilizasse pelo cuidado e proteção da vítima-mulher e
da vítima-criança. Isso é justiça genuína. Mas então as feministas, que também
alegam estar do lado das mulheres, se opuseram totalmente a esse projeto. Por
quê? Porque ajudar mulheres em tal situação prejudicaria as intenções de as
feministas usarem esses casos para estabelecer e ampliar mecanismos legais,
sociais e médicos para o abortamento de crianças concebidas em qualquer
situação, justa ou injusta, como ocorre hoje nos EUA e na Europa. Assim, a
única opção que elas dão à vítima é abortar ou ficar abandonada. Felizmente, a
solução de Jesus Cristo para a vítima não inclui morte nem abandono. Através de
muitas igrejas e famílias cristãs compassivas, Jesus está de braços abertos
para oferecer a ela acolhimento, amor e assistência.
Conceito bíblico
Provocar intencionalmente um aborto por meios artificiais, por intervenção
médica ou pelo uso de drogas, com o objetivo único de evitar o nascimento de um
filho não desejado, é um grave pecado diante de Deus. É um assassínio (Êx
20.13). A lei dada a Moisés não apenas protegia a vida de um bebê que estivesse
para nascer como também o protegia de um aborto criminoso, pois, se numa briga
entre homens, uma mulher grávida viesse a sofrer um acidente fatal para ela ou
o filho, então a pena de morte seria aplicado ao causador desse mal. “Se alguns
homens pelejarem, e um ferir uma mulher grávida, e for causa de que aborte,
porém não havendo outro dano, certamente será multado, conforme o que lhe
impuser o marido da mulher, e julgarem os juízes. Mas, se houver morte, então
darás vida por vida. Olho por olho, dente, por dente, mão por mão, pé por pé,
Queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe” (Êx 21.22-25).
Como sabemos, a vida é uma dádiva de Deus. Jó se pronunciou nesse sentido
quando declarou: “o Senhor o deu, e o Senhor o tomou” (Jó 1.21). Não podemos
dispor da vida ao nosso bel-prazer, mas devemos respeitá-la, reconhecendo que
só Deus pode tirá-la. “Porque em ti está o manancial da vida...” (Sl 36.9).
“Porque nele vivemos, e nos movemos e existimos” (At 17.28).
A vida de uma criança ainda no útero materno é tão preciosa aos olhos de Deus
quanto à vida de uma criança com mais idade: “Cobriste-me no ventre de minha
mãe. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e
entretecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda
informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em
continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.13-16).
Se alguém viesse a matar intencionalmente um ser humano, mesmo no ventre
materno, certamente estaria praticando um pecado grave aos olhos de Deus. “Quem
derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus
fez o homem conforme a sua imagem” (Gn 9.6).
“E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (1Jo
3.15). Por fim, a Bíblia declara que os filhos são bênçãos de Deus: “Eis que os
filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão” (Sl 127.3).
A ciência médica mostra claramente que a vida começa na concepção.
Considere os seguintes fatos:
Fertilização: O espermatozóide do pai penetra o óvulo da mãe. As instruções
genéticas dos dois combinam para formar uma nova vida individual, única,
dificilmente visível ao olho humano.
Com 20 dias de gestação os olhos do bebê começam se formar e o cérebro, a
coluna vertebral e o sistema nervoso estão completos.
Com 24 dias O CORAÇÃO COMEÇA A BATER.
Com 43 dias AS ONDAS CEREBRAIS DO BEBÊ PODEM SER REGISTRADAS.
Com dois meses o bebê tem aproximadamente sete centímetros de comprimento e
pesa sete gramas. Todos os órgãos estão presentes, completos e funcionando
(exceto os pulmões). As batidas cardíacas são fortes. O estômago produz sucos
digestivos. O fígado produz células sanguíneas. Os rins estão funcionando. As
impressões digitais estão gravadas. As pálpebras e as palmas das mãos são
sensíveis ao toque. O estímulo com batidas leves no saco amniótico faz mexer os
braços do bebê.
“Procure salvar quem está sendo arrastado para a morte. Você pode dizer que o
problema não é seu, mas Deus conhece o seu coração e sabe os seus motivos. Ele
pagará de acordo com o que cada um fizer” (Pv 24.11-12, BLH).
FONTE ICP
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