A
caracterização das seitas
O método mais eficiente para se identificar uma seita é conhecer
os quatro caminhos seguidos por elas, ou seja, o da adição, subtração,
multiplicação e divisão. As seitas conhecem as operações matemáticas, contudo,
nunca atingem o resultado satisfatório.
1.
Adição: O Grupo Adiciona Algo à Bíblia. Sua fonte
de autoridade não leva em consideração somente a Bíblia. Por exemplo:
Adventismo do Sétimo Dia. Seus adeptos têm os escritos de Ellen White
como inspirados tanto quanto os livros da Bíblia. Declaram: Cremos
que: Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto
dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para os adventistas do
sétimo dia. Negamos que a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen
White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas.7
Essa alegação é altamente comprometedora. Diversas profecias escritas por Ellen
White não se cumpriram. Isso põe em dúvida a alegação de inspiração e sua
fonte.
As Testemunhas de Jeová crêem que somente com a mediação do corpo
governante (diretoria das Testemunhas de Jeová,
formada por um número variável entre nove a 14 pessoas, nos EUA), a Bíblia será
entendida. Declaram:Meramente
ter a Palavra de Deus e lê-la não basta para adquirir o conhecimento exato que
coloca a pessoa no caminho da vida.8 A menos que estejamos em
contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na
estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia.9 Essa
afirmação iniciou-se com o seu fundador, Charles Taze Russell. Ele afirmava que
seus livros explicavam a Bíblia de uma forma única. A Bíblia fica em segundo
plano nos estudos das Testemunhas de Jeová. E usada apenas como um livro de
referência. A revistaA Sentinela tem
sido seu principal canal para propagar suas afirmações. O candidato ao batismo
das Testemunhas de Jeová deve saber responder a aproximadamente 125 perguntas.
A maioria nega a doutrina bíblica evangélica. Certamente, com a literatura das
Testemunhas de Jeová, é impossível compreender a Bíblia. Somente a Palavra de
Deus contém ensinos que conduzem à vida eterna. Adicionar-lhe algo é altamente
perigoso! (Ap 22.18-19).
Nessa mesma linha estão os mórmons, que
dizem crer na Bíblia, desde que sua tradução seja correta. Ensinam:Cremos ser a Bíblia a palavra
de Deus, o quanto seja correta sua tradução; cremos também ser o “Livro
de Mórmon” a palavra de Deus (Artigo
8º das Regras de Fé).
Eles acham que o “Livro de
Mórmon” é mais perfeito do que a Bíblia. Declarei aos irmãos que o Livro
de Mórmon era o mais correto de todos os livros da terra, e a pedra angular da
nossa religião (“Ensinamentos do Profeta Joseph Smith”,
p. 178). Outros livros também são considerados inspirados: “Doutrina e
Convênios” e “A Pérola de Grande Valor”. Usam também a Bíblia apenas como livro
de referência. Se dissermos aos mórmons que temos a Bíblia e não precisamos do
“Livro de Mórmon”, eles responderão com esse livro: Tu,
tolo, dirás: uma Bíblia e não necessitamos mais de Bíblia! Portanto, porque
tendes uma Bíblia, não deveis supor que ela contém todas as minhas palavras;
nem deveis supor que eu não fiz com que se escrevesse mais (LM-2
Néfi 29.9-10). Citam as variantes textuais dos manuscritos como argumento de
que a Bíblia não seja fidedigna. Ignoram, porém, que a pesquisa bíblica tem
demonstrado a fidedignidade da Palavra de Deus.
Os Meninos de Deus (A Família) dizem que é melhor ler os ensinamentos de
David Berg, seu fundador, do que ler a Bíblia. E
quero dizer-vos francamente: se há uma escolha entre lerem a Bíblia, quero
dizer-vos que é melhor lerem o que Deus diz hoje, de preferência ao que disse
2000 ou 4000 anos atrás! Depois, quando acabarem de ler as últimas Cartas de MO
podem voltar e ler a Bíblia e as Cartas velhas de MO! (“Velhas Garrafas” – MO, julho, 1973,
p. 11 n. 242-SD). Práticas abomináveis, segundo a moral bíblica, são
justificadas com a Bíblia.
A Igreja da Unificação, do
Rev. Moon, julga ser seu “Princípio Divino de inspiração mais elevado do que a
Bíblia. A Bíblia… não é a própria
verdade, senão um livro de texto que ensina a verdade. … Portanto, não devemos
considerar o livro de texto como absoluto em todos os detalhes (“O Princípio Divino”, Introdução, p.
7). Outro exemplo da conseqüência de abandonar as Escrituras é observado nesse
movimento. Além da Bíblia, rejeitam também o Messias e seguem um outro
senhor.
Os Kardecistas não têm a Bíblia como base, mas a doutrina
dos espíritos, codificada por Allan Kardec. Usam umoutro Evangelho conhecido como “O Evangelho
Segundo o Espiritismo”. Dizem: Nem a Bíblia prova coisa
nenhuma, nem temos a Bíblia como probante. O Espiritismo não é um ramo do
Cristianismo como as demais seitas chamadas cristãs. Não assenta os seus
princípios nas Escrituras. Não rodopia junto à Bíblia. Mas a nossa base é o
ensino dos espíritos, daí o nome-Espiritismo (“A Margem do Cristianismo”, p. 214).
Procuram interpretar as parábolas e ensinos de Jesus Cristo segundo uma
perspectiva espírita e reencarnacionista. A Palavra de Deus é bem clara quanto
às atividades espíritas e suas origens.
A Igreja de Cristo
Internacional (Boston)
interpreta a Bíblia segundo a visão de Kipp Mckean, o seu fundador. Um sistema
intensivo de discipulado impede outras interpretações. Qualquer
resistência do discípulo, referindo-se à instrução, desencadeará uma retaliação
social.
Resposta Apologética:
O apóstolo Paulo diz que as Sagradas Letras tornam o homem sábio
para a salvação pela fé em Jesus (2 Tm 3.15); logo, se alguém ler a Bíblia,
somente nela achará a formula da vida eterna: crer em Jesus. A Bíblia relata a
história do homem desde a antigüidade. Mostra como ele caiu no lamaçal do
pecado. Não obstante, declara que Deus não o abandonou, mas enviou seu Filho
Unigênito para salvá-lo. Assim, lendo a Bíblia, o homem saberá que sem Jesus
não há salvação. Ele não procurará a salvação em Buda, Maomé, Krishna ou algum
outro, nem mesmo numa organização religiosa; pois a Bíblia é absoluta e
verdadeira ao enfatizar que a salvação do homem vem exclusivamente por meio de
Jesus (Jo 1.45; 5.39-46; Lc 24.27, 44; At 4.12;10.43;16.30-31; Rm 10.9-10).
2.
Subtração: O grupo tira algo da pessoa de Jesus.
A Maçonaria vê Jesus simplesmente como mais um fundador
de religião, ao lado de personalidades mitológicas, ocultistas ou religiosas,
tais como, Orfeu, Hermes, Trimegisto, Krishna, (o deus do Hinduísmo), Maomé
(profeta do Islamismo), entre outros. Se negarmos o sacrifício de Jesus Cristo
a sua vida, estaremos negando também a Bíblia que o menciona como Messias (Is
7.14 – Mt 1.21-23; Dn 7.13-14). Ou cremos integralmente na
Palavra de Deus como revelação completa e, portanto, nas implicações salvíficas
que há em Jesus Cristo, ou a rejeitamosintegralmente. Não há
meio termo.
A Legião da Boa Vontade (LBV) subtrai a natureza humana de Jesus, dizendo
que Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico, além de negar sua
divindade, dizendo que ele jamais afirmou que fosse Deus.10
Jesus não poderia nem deveria,
conforme as imutáveis Leis da Natureza, revestir o corpo material do homem do
nosso planeta, corpo de lama, incompatível com sua natureza espiritual, mas um
corpo fluídico (“Doutrina
do Céu da LBV”, p. 108).
Agora, o mundo inteiro pode
compreender que, Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou que
fosse Deus (“Doutrina
do Céu da LBV”, p. 112).
Outros grupos também subtraem a
divindade de Jesus: as Testemunhas de Jeová dizem que Ele é o arcanjo Miguel na
sua preexistência, sendo a primeira criação de Jeová.
Os adventistas ensinam que
Jesus tinha uma natureza pecaminosa, caída. Dizem, Santificar
o sábado ao Senhor importa em salvação eterna (“Testemunhos Seletos”, vol. III, p.
22 – 2ª edição, 1956).
Os Kardecistas ensinam
que Jesus foi apenas um médium de Deus.
Dizem que Segundo definição dada por um
Espírito, ele era médium de Deus (“A Gênese”, p. 311).
Resposta Apologética:
A Bíblia ensina que Jesus é Deus (Jo 1.1; 20.28; Tt 2.13; 1 Jo
5.20 etc.). Assim sendo, não pode ser equiparado meramente a seres humanos ou
mitológicos, nem mesmo com os anjos, que o adoram (Hb 1.6). A Bíblia atesta a
autêntica humanidade de Jesus, pois nasceu como homem (Lc 2.7), cresceu como homem
(Lc 2.52), sentiu fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), comeu e bebeu (Mt 11.19; Lc
7.34), dormiu (Mt 8.24), suou sangue (Lc 22.44) etc. Foi gerado pelo Espírito
Santo no ventre da virgem Maria, sendo portanto, santo, inocente e imaculado
(Hb 7.26). É verdadeiramente Deus (Jo 5.18; 10.39-33; 1 Jo 5.20) e
verdadeiramente homem (Lc 19.10).
3.Multiplicação: Pregam a auto-salvação. Crer em Jesus é
importante, mas não é tudo. A salvação é pelas obras. Às vezes, repudiam
publicamente o sangue de Jesus:
A Seicho-No-Ie nega a eficácia da obra redentora de Jesus
e o valor de seu sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que se
o pecado existisse realmente, nem os budas todos do Universo conseguiriam
extingui-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo.11
Os mórmons afirmam crer no sacrifício expiatório de
Jesus, mas sem o cumprimento das leis estipuladas pela Igreja não haverá
salvação. Outro requisito foi exposto pelo profeta Brigham
Young, que disse: Nenhum homem ou mulher nesta
dispensação entrará no reino celestial de Deus sem o consentimento de Joseph
Smith.12 O
Homem tem de fazer o que pode pela própria salvação (“Doutrinas
de Salvação”, p. 91, volume III, Joseph Fielding Smith). Por isso, eles têm
grande admiração por Smith.
Os adventistas, por meio de sua profetisa Ellen Gould
White, ensinam que a guarda do sábado implica salvação e que os benefícios da
morte de Cristo nos serão aplicados desde que estejamos vivendo em harmonia com
a lei, que, no caso, é guardar o sábado. Santificar o sábado ao Senhor
importa em salvação eterna (“Testemunhos Seletos”, vol. III, p. 22 –
2ª edição, 1956).
Doutrinas semelhantes são
ensinadas pela Igreja da Unificação do Rev.
Moon, que desdenha os cristãos por acharem que foram salvos pelo sangue que
Jesus verteu na cruz, chegando a dizer que os que assim ensinam estão
enganados. Dizem: Como tem sido vasto o número de
cristãos, durante os 2000 anos de história cristã, que tinham plena confiança
de terem sido completamente salvos pelo sangue da crucifixão de Jesus!13
As Testemunhas de Jeová ensinam que a redenção de Cristo oferece
apenas a oportunidade para alguém alcançar sua própria salvação por meio das
obras. Jesus simplesmente abriu o caminho. O restante é com o homem. Uma de
suas obras diz: Trabalhamos arduamente com o
fim de obter nossa própria salvação.14 Outra declaração: Somos
salvos por mais do que apenas crer na mensagem do Reino de todo o nosso
coração; também temos de declarar publicamente esta mensagem do reino a outros,
para que estes também possam ser salvos para o novo mundo de Deus (“Do
Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado”, p. 249 STV).
Resposta Apologética:
A Bíblia declara que todo aquele que nega a existência do pecado
está mancomunado com o diabo, o pai da mentira (Jo 8.44 comparado com 1 Jo
1.8). A eficácia do sangue de Cristo para cancelar os pecados nos é apresentada
como a mensagem central da Bíblia. E a base do perdão dos pecados (Ef 1.7; 1 Jo
1.7-9; Ap 1.5).
Com respeito à salvação pelas
obras, a Bíblia é clara ao ensinar que somos salvos pela graça, por
meio da fé, e isso não vem de nós, é dom de Deus, não vem das obras, para que
ninguém se glorie (Ef
2.8-9). Praticamos boas obras não para sermos salvos, mas porque somos salvos
em Cristo Jesus, nosso Senhor.
As obras são o resultado da salvação, não o seu agente. O valor
das obras está em nos disciplinar para a vida cristã (Hb 12.5-11; 1 Co
11.31-32). Paulo declara em Cl 2.14-17 que o sábado semanal fazia parte das
ordenanças da lei que foram cravadas na cruz e que não passavam de sombras,
indicando assim que o verdadeiro descanso encontramos em Jesus (Mt 11.28-30).
4.
Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus e a
organização. Desobedecer à organização ou à Igreja equivale a desobedecer a
Deus. Não existe salvação fora do seu sistema religioso da própria organização
ou igreja.
Quase todas as seitas pregam
isso, sobretudo as pseudocristãs, que se apresentam como a restauração do
Cristianismo primitivo, que, segundo ensinam, sucumbiu à apostasia,
afastando-se dos verdadeiros ensinos de Jesus. Acreditam que, numa determinada
data, o movimento apareceu por vontade divina para restaurar o que foi perdido.
Daí a ênfase de exclusividade. Outras, quando não pregam que não integram o
Cristianismo redivivo, ensinam que todas as religiões são boas, e que a sua
somente será responsável por unir todas as demais. Dizem que segundo o plano de
Deus ela foi criada para esse fim, como é o caso da fé Bahá’í e
outros movimentos ecléticos.
Resposta Apologética:
O ladrão arrependido ao lado de
Jesus na cruz entrou no Céu sem ser membro de nenhuma dessas seitas (Lc 23.43),
pois o pecador é salvo quando se arrepende (Lc 13.3) e aceita a Jesus como
Salvador único e pessoal (At 16.30-31). Desse modo, ensinar que uma organização
religiosa possa salvar é pregar outro evangelho (2 Co 11.4; Gl 1.8). Isso implica
dividir a fidelidade a Deus com a fidelidade à organização e tira de Jesus a
sua exclusividade de conduzir-nos ao Pai (Jo 14.6). Não há salvação sem Jesus
(At 4.12; 1 Co 3.11).
FONTE ICP
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