Unidade e
Verdade
Deveria
ser evidente para qualquer observador das notícias e tendências que estamos
sendo levados (como previu a Bíblia) a um governo e uma religião mundiais - e
que ambos serão unificados. Qualquer "separação entre Igreja e
Estado" acabará. Deveria também estar claro que uma exigência básica da
religião mundial (passos em cuja direção são recompensados pelo "Prêmio
Templeton Para o Progresso na Religião") é que seja inofensiva e
universalmente aceita.
Babel, o modelo de unidade
A
"correção político-religiosa" é essencial para a falsa unidade
desejada por este mundo. A regra para isto será "espiritualidade" sem
verdade. O mundo retornará a Babel, onde a "cidade" (o governo secular)
e a "torre" (a religião) eram unificados: "Vinde, edifiquemos para nós
uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus..." (Gn 11.4). Aqueles
que persistirem em afirmar que alguns ensinos são errados serão silenciados
para o bem da sociedade. Essa tendência já é notada na "Trinity
Broadcasting Network" (maior rede de TV evangélica dos EUA - N. R.) de
Paul Crouch, cuja oração demanda imunidade à correção: "Deus, nós
declaramos a destruição de qualquer coisa ou pessoa que se levante contra este
ministério..."1
Esse
tipo de unidade, integralmente estabelecida em Babel, agrada à sabedoria
humana. Contudo, a resposta de Deus foi "confundir
ali a sua linguagem, ...e dispersá-los dali pela superfície da terra" (vv.
7-8). No Areópago, Paulo explicou o propósito de Deus em fazer
tal coisa: "[Ele]
havendo fixado... os limites da sua habitação; para buscarem a Deus..."
(At 17.26-27).
Ao
invés de buscar ao Senhor, o homem tem procurado tornar-se o senhor do
Universo. A sua capacidade de invenção cumpre a declaração de Deus: "é mau o desígnio íntimo do
homem desde a sua mocidade" (Gn 8.21), e prova a exatidão do
terrível aviso divino: "não
haverá restrição para tudo que intentam fazer" (Gn 11.6). A
maldade e violência do mundo aumentaram com o desenvolvimento da educação, do
conhecimento e da tecnologia humanos. De fato, somos "uma geração de
gigantes nucleares, mas anões morais".
E
agora, em rebelião contra o julgamento de Deus em Babel, o homem está
determinado a unificar o mundo como foi naquela época. A Lockheed Corporation,
num anúncio na revista Scientific
American, vangloria-se de que através de seus computadores está
"desfazendo o efeito Babel", unificando, novamente, o mundo em uma
linguagem. A IBM e outras corporações científicas têm feito alardes similares.
Imagina-se que a unificação do mundo colocará um fim à competição e aos
conflitos entre as nações, e conduzirá a uma era venturosa de paz e
prosperidade. Na realidade, ela trará o reinado do anticristo e a ira de Deus
derramada sobre a terra.
A verdadeira unidade
O
mundo nunca terá unidade e paz até que Cristo, o Príncipe da Paz, governe em
pessoa do trono de Davi. E mesmo assim, depois de 1.000 anos de Seu reinado,
milhões e milhões daqueles que foram forçados a obedecer se rebelarão contra
Ele (Ap 20.7-9). O Milênio será a prova final da incorrigível maldade do
coração humano. A única esperança está na criação de uma nova raça que morreu
em Cristo, aceitando a morte dEle como a sua própria, e que "nasceu de
novo" do Espírito Santo para ser habitada pelo Espírito de Cristo. Cada um
destes que herdam novos céus e nova terra pode dizer confiantemente: "Estou crucificado com Cristo;
logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim..." (Gl 2.19b-20a).
A
verdadeira unidade só é encontrada em Cristo. Aqueles que pertencem a Ele
são "um
corpo", tendo"uma
só esperança... um só Senhor, uma só fé , um só batismo, um só Deus e Pai de
todos..." (Ef 4.4-6). Estes são o Seu corpo, Sua Igreja,
Sua noiva. A respeito destes Jesus disse: "Eles não são do mundo, como também eu não
sou" (Jo 17.14,16). A verdadeira Igreja nunca poderia ser
popular com o mundo, muito menos unida a ele numa causa comum. Cristo
disse: "Se vós
fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do
mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia... Se me
perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros..." (Jo 15.19-20).
Estas
poucas palavras das Escrituras são suficientes para condenar a igreja católica
romana. Sua longa história de parceria com e até mesmo de domínio sobre os
governos (como foi predito em Apocalipse 17.18), e o poder que ela exerce nos
círculos seculares marcam-na como apóstata. O papa recebe embaixadores de todos
os principais países que vêm suplicar favores, e por onde vai ele é recebido
com muita pompa e cerimônia pelos chefes de Estado, do presidente Clinton a
Arafat ou Fidel Castro.
Do
mesmo modo, reconhecemos o erro dos evangélicos que se esforçam para exercer
influência política através de acordos com os ímpios, procurando ter domínio
dentro de governos em cooperação com católicos e adeptos de outras religiões -
e o fazem em nome de Cristo que foi odiado, zombado e crucificado pelas
líderanças religiosas e políticas.
"Não rogo pelo mundo"
Na
oração de Cristo por unidade, Ele disse especificamente:"Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste
[fora do mundo], porque são teus" (Jo 17.9). Não existe
na Bíblia qualquer referência de que os cristãos devam "mudar o
mundo" (que está debaixo do julgamento de Deus) ou "atender às necessidades
da comunidade". Nós devemos chamar para sair deste mundo "um povo para o seu nome"
(At 15.14). O interesse de Cristo foi por Sua Igreja: "a fim de que todos sejam um; e
como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós... como nós o
somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na
unidade..." (Jo 17.21-23).
A
oração de Cristo foi respondida pelo fato do Filho e do Pai habitarem nos
cristãos por meio do Espírito Santo. Tornando-nos "filhos de Deus mediante a fé
em Cristo Jesus" (Gl 3.26), somos unidos à família de
Deus para sempre. Essa unidade não pode ser compartilhada fora dessa família.
Ela é expressa pela adesão em palavras e atos à Palavra de Deus e à verdade (Jo
17.6, 8, 14, 17).
Nunca
nos foi ordenado estabelecer a
unidade, mas "preservar a unidade do Espírito"
(Ef 4.3), que já temos em Cristo. Nossas vidas e a doutrina sobre a
qual estão fundamentadas devem revelar a Palavra de Deus e a Sua verdade.
Qualquer desvio disso nega a unidade que é nossa em Cristo. Aqueles que não são
membros do corpo de Cristo por não crerem no Evangelho não podem fazer parte
dessa família, e não há "unidade" que os crentes possam fabricar para
conseguir tal coisa.
Divisões entre "cristãos"
Ao
menos certas divisões entre os que se chamam cristãos são devidas a sérias
diferenças doutrinárias. Há fartas evidências atestando a falsidade do
evangelho de salvação do catolicismo romano por sacramentos, obras, sofrimentos
no purgatório, indulgências, orações a Maria, etc.; e que ele, por sua própria
natureza, não oferece nenhuma segurança. Tais diferenças doutrinárias criam uma
barreira intransponível à unidade cristã; e, na verdade, mostram que os
católicos romanos (e os ortodoxos cujas doutrinas de salvação são as mesmas)
estão fora da família de Deus. Promover o engano destas almas perdidas,
acolhendo-as como cristãs, é falta de bondade.
Minha
esposa Ruth e eu passamos recentemente um tempo muito proveitoso na Romênia com
boas reuniões em cinco cidades, inclusive na Universidade de Bucareste, num
anfiteatro esportivo e em outros lugares seculares. A reação foi boa, com vidas
salvas e transformadas. Em todo lugar vimos o mal da igreja ortodoxa, que
cooperou com o comunismo e agora está perseguindo os evangélicos. Esta igreja
não faz objeção que seus membros sejam comunistas ateus. O último censo na
Romênia teve duas categorias de ortodoxos: fiéis e ateus.
Durante
essa visita, vimos com tristeza os fiéis ortodoxos enfileirados numa grande
catedral para beijar os ícones que acreditam serem janelas para o céu, e para
tocar os sarcófagos dos "santos", como um passo duvidoso para a
salvação, ou para pagarem ao sacerdote por orações especiais que poderiam
aproximá-los de merecerem o céu. Típica foi a conversa que tive com o principal
sacerdote na catedral ortodoxa:
Dave
(D): Como posso ir para o céu?
Sacerdote (S): Você tem de rezar.
D: Quanto devo rezar?
S: Você precisa rezar em todo tempo, em todo lugar.
D: Posso ter certeza se conseguirei ir ao céu?
S: Você nunca pode saber. As seitas, como os batistas, ensinam que você pode ter a certeza, mas a doutrina oficial da igreja ortodoxa é que você nunca sabe se irá para o céu.
D: Mas o que Jesus fez na cruz?
S (levando-me para o centro da igreja e apontando para uma suposta pintura de Jesus no alto do teto): Ele está olhando por todos nós! (Neste momento, um grupo de convidados de um casamento entrou. Recém-casados no civil, precisavam da bênção da igreja, pela qual pagaram o salário de um mês. Tendo de atendê-los, o sacerdote terminou a nossa conversa - que me deixou interiormente triste pelo engano em que vivem os "fiéis" ortodoxos!)
Sacerdote (S): Você tem de rezar.
D: Quanto devo rezar?
S: Você precisa rezar em todo tempo, em todo lugar.
D: Posso ter certeza se conseguirei ir ao céu?
S: Você nunca pode saber. As seitas, como os batistas, ensinam que você pode ter a certeza, mas a doutrina oficial da igreja ortodoxa é que você nunca sabe se irá para o céu.
D: Mas o que Jesus fez na cruz?
S (levando-me para o centro da igreja e apontando para uma suposta pintura de Jesus no alto do teto): Ele está olhando por todos nós! (Neste momento, um grupo de convidados de um casamento entrou. Recém-casados no civil, precisavam da bênção da igreja, pela qual pagaram o salário de um mês. Tendo de atendê-los, o sacerdote terminou a nossa conversa - que me deixou interiormente triste pelo engano em que vivem os "fiéis" ortodoxos!)
Fortes movimentos rumo ao ecumenismo
É um
despropósito total acolher o catolicismo romano e a ortodoxia oriental como
verdadeiro evangelho, mas tal insensatez reflete a tendência atual. Até mesmo o
mundo busca a unidade religiosa. Há algum tempo surgiu nos EUA o
movimento Promise
Keepers, uma organização que reuniu milhões de homens e dezenas de
milhares de pastores em defesa do mais flagrante ecumenismo.
No
início de 1997 os Promise
Keepers reuniram 39.000 pastores em Atlanta (Geórgia, EUA). A
conferência juntou representantes dos apóstatas Conselho Mundial de Igrejas e
Conselho Nacional de Igrejas, dos evangélicos, dos mórmons e dos católicos
romanos, incluindo 600 padres. O vice-presidente do Ministério Pastoral
dos Promise Keepers,
Dale Schlafer, afirmou que esta nova unidade não está baseada em doutrinas
(isto é, em verdade), mas em relacionamentos. Em contraste, a unidade bíblica é uma doutrina que
deve ser definida. Algumas diferenças doutrinárias são tão
vastas quanto a distância entre o céu e o inferno.
O que
impressiona é o número de homens e pastores que se deixam levar por este e por
movimentos semelhantes. Quanto a nós, "mantenhamos a unidade do
Espírito" através do apego à sólida doutrina em obediência ao nosso
Senhor. (Dave Hunt - TBC 4/98)
Nota
A Bíblia
tem importância?
A fé
cristã está sendo cada vez mais atacada em nossos dias, até mesmo na América, a
nação que tem se beneficiado tão extraordinariamente de sua influência positiva
na vida nacional e individual. Ironicamente, muitos estão agora expressando
abertamente seu desdém pela fé cristã que lhes tem proporcionado liberdade –
entre eles estão secularistas, liberais, humanistas, multiculturalistas,
políticos e, inclusive, líderes religiosos.
Tal
desdém pode ser visto como uma das grandes ironias dos tempos atuais. Céticos e
outros, que desejam demolir violentamente a Bíblia e a fé cristã, deveriam, na
verdade, ficar de joelhos, agradecendo a Deus por ela, porque, caso contrário,
eles claramente não teriam as bênçãos e as liberdades para seus empreendimentos
pessoais. Quaisquer inadequações que a fé cristã tenha expressado por toda a
história, elas são totalmente insignificantes comparadas às incalculáveis
bênçãos que tem produzido na América e em todo o mundo. E os benefícios são
amplamente devidos a um fator: os ensinamentos da Bíblia vividos de maneiras
práticas por homens e mulheres que crêem neles. Quando examinamos os benefícios
da fé cristã para a humanidade, devemos nos lembrar de que é a Bíblia que tem o
papel central.
Colocado
de maneira simples, sem a influência da Bíblia, não haveria uma América, quanto
mais uma civilização ocidental na qual as pessoas têm liberdade para censurar
expressões da fé cristã. O cristianismo merece o crédito por muitos dos
grandiosos avanços políticos, sociais, humanitários, científicos, educacionais
e culturais no mundo ocidental. A Bíblia, como parece, tem inspirado a maioria
dos grandes escritores, artistas, cientistas, políticos e educadores.
Contrariamente, aqueles que buscam enfraquecer ou destruir a influência cristã
meramente se engajam em uma forma de suicídio cultural. Eles destroem a exata
possibilidade de construírem a vida melhor que buscam.
O cristianismo merece o crédito por muitos dos grandiosos
avanços no mundo ocidental.
Exemplos
de áreas nas quais o cristianismo tem exercido profunda e positiva influência
na civilização ocidental incluem:
·
Estabelecimento e desenvolvimento da ciência moderna e do
direito;
·
Estabelecimento e desenvolvimento da medicina e dos cuidados com
a saúde, envolvendo o primeiro estabelecimento de hospitais;
·
Educação moderna, inclusive a fundação de quase todas as mais
importantes universidades americanas, tais como Princeton, Harvard, Yale e
Dartmouth;
·
Proporcionar bases lógicas através de valores absolutos para o
avanço da ética em geral, inclusive a moralidade sexual, que apenas em nossa
época já salvou milhões de vidas;
·
Proteger a dignidade do casamento e da vida em família, que
contribui grandemente para a estabilização da sociedade;
·
Instituir liberdade política e direitos humanos de modo geral,
inclusive a abolição da escravatura e a proteção das crianças que estão por
nascer, dos bebês, das crianças e das mulheres;
·
Inspirar grandes contribuições para o melhor da arte,
literatura, música e arquitetura;
·
Fortalecer globalmente os vastos empreendimentos humanitários,
defendendo a dignidade do trabalho e a reforma econômica.
E a
lista é extensa...
Mulheres,
crianças, escravos, enfermos, crianças por nascer, analfabetos, perseguidos,
mentalmente doentes, abandonados, pessoas que estão à morte – virtualmente
nenhuma categoria de pessoas vulneráveis deixou de ser abraçada pela fé cristã.
A Cruz Vermelha, o Exército da Salvação, a educação pública (que teve origem
com os reformadores protestantes), o capitalismo moderno, direitos à
propriedade e propriedades privadas, proteção aos trabalhadores, direitos
humanos das mulheres, liberdade política e democracia, a idéia de liberdade e
justiça social para todos – tudo isto deve seu apoio ou sua existência aos
ideais bíblicos. A diferença entre o mundo pré-cristão e o mundo pós-cristão é
como a noite e o dia e a Bíblia fez a diferença.
De
fato, para citar um exemplo da nossa época moderna, o mundo em si está mais
seguro no presente e toda uma nação de 300 milhões de habitantes é livre hoje
por causa da fé cristã de um homem – por causa de sua confiança pessoal em
Cristo e sua crença na Bíblia. O presidente americano Ronald Reagan
desmantelou, quase que sozinho, a União Soviética porque cria que fora chamado
para essa tarefa e confiava que Deus traria os resultados. Ele venceu a Guerra
Fria e libertou a União Soviética, revigorou a América e fez muito mais porque
acreditava em Cristo desde tenra idade, passava horas de joelhos em oração e
era dominado por sua fé – indubitavelmente esta é a razão pela qual sua vida
foi tão ricamente abençoada. O objetivo incrível e quase que inatingível de
desmantelar o Estado Soviético ateu nasceu, em parte, por causa do desejo de
Reagan de dar a liberdade de religião ao povo russo por amor às suas próprias
almas. Como foi explicado em seu famoso discurso “Império Mau” de 8 de março de
1983, ele acreditava que “somos encarregados pelas Escrituras e pelo Senhor
Jesus de nos opormos a ele [ao Império Mau] com toda nossa força”. (Ver Paul Kengor, God
and Ronald Reagan [Deus
e Ronald Reagan], 2004).
É por
tudo isso e muito mais que, aqueles que são cristãos, deveriam se orgulhar da
Bíblia, se orgulhar por terem a certeza. Mas aqueles que desejam enfraquecer a
influência cristã no mundo deveriam reconhecer sua responsabilidade por tomar
parte ativa na destruição de tantas coisas boas que há no mundo. É uma pena que
a maior parte das vantagens citadas acima está atualmente em processo de
deterioração, amplamente devido ao alarmante impacto de uma secularização
amoral que luta pelo fim e o desaparecimento da influência cristã. Só
precisamos testemunhar a recente corrosão na educação, no direito, na
moralidade, no entretenimento cultural (como TV e música), na vida em família e
até mesmo na liberdade em si. O que antes era nobre e grandioso está cada vez
mais desgastado e profano.
Quanto mais as pessoas tentam destruir a Bíblia e a fé cristã,
mais elas contribuem para o processo que destruirá seu próprio futuro.
E,
novamente, quanto mais as pessoas tentam destruir a Bíblia e a fé cristã, mais
elas contribuem para o processo que destruirá seu próprio futuro e o futuro dos
outros. Logicamente, o que não poderá jamais ser destruído é aquilo que é
eterno. Os benefícios práticos diários que todos experimentam com base na
Bíblia são poucos em comparação com os benefícios espirituais que a fé cristã
já proporcionou a incontáveis milhões de pessoas globalmente, mas isto é
assunto para outro livro. Aqui estamos discutindoo Livro.
Na
história da humanidade, mesmo que um bilhão de livros tenham sido escritos,
apenas um é extraordinário. Mesmo dentre os livros sagrados do mundo, nenhum
chega nem perto e uma pessoa precisa apenas ler todos para apreciar a verdade
que há naquele único. A influência da Bíblia na história é incalculável. Ela
literalmente mudou o mundo; não apenas a história ocidental, mas toda a
história.
Abraão
Lincoln chamava a Bíblia de: “O melhor presente que Deus deu ao homem”,
enquanto que Immanuel Kant fez-lhe eco: “A Bíblia é o maior benefício que a
raça humana já experimentou”. Patrick Henry entendeu que: “Ela vale todos os
livros que já foram escritos” e assim também pensava William Gladstone: “Uma
distância imensurável a separa de todos os seus competidores”. A. M. Sullivan
corretamente observou que: “O incrédulo que ignora, ridiculariza e nega a
Bíblia, rejeitando suas recompensas espirituais e seu entusiasmo estático, contribui
para sua própria anemia moral”. Tais citações poderiam ser multiplicadas quase
que interminavelmente.[1]
Nenhum
livro escrito teve maior influência sobre o mundo. Dado o impacto, é um tanto
impressionante que milhões de pessoas dentre as nações com mais alto nível de
instrução formal sejam fundamentalmente ignorantes de seus conteúdos. Imagine
isto. Como os ideais da educação não podem explicá-lo, talvez apenas a
incredulidade proposital possa. Como certa vez observou Aldous Huxley: “A maior
parte da ignorância é ignorância superável. Não sabemos por que não queremos
saber”.[2]
Parece
que a maioria das pessoas prefere não estudar a Bíblia porque reconhece
intuitivamente que isso iria interferir em como elas desejam viver. Como
resultado, a Bíblia passa por intermináveis ataques sobre sua credibilidade,
ataques esses vindos de acadêmicos, céticos profissionais, líderes religiosos e
culturais e assim por diante, que são finalmente absorvidos pela população em
geral.
Agora todos podem relaxar
Não surpreende
que, em um mundo de incredulidade, apenas uma porcentagem relativamente pequena
de pessoas aceita a Bíblia como a Palavra de Deus literal e infalível.
Infelizmente, além dos preconceitos culturais e emocionais, outra parte do
problema pode ser encontrada na própria igreja cristã, que tem frequentemente
falhado em ensinar seus membros sobre a Bíblia, não apenas doutrinariamente,
mas também segundo as evidências. É improvável que alguém dê apoio ao conteúdo
da Bíblia a não ser que esteja convencido de que seu conteúdo é exato e digno
de toda a confiança.
Não
apenas o público em geral, mas muitos na igreja permanecem desinformados quanto
à probidade da Bíblia e é por isso que estamos escrevendo este livro. O simples
fato é que 2.000 anos de cuidadosa investigação feita por crentes e por
incrédulos também, provam racionalmente a seguinte afirmação: A Bíblia é a
Palavra de Deus sem erro demonstrável – a despeito de sua idade, autoria e
muitos críticos. É significativo que, dados os 2.000 anos dos mais intensos
exames por críticos e céticos, milhões de pessoas da época atual continuam a
crer que a Bíblia é a Palavra de Deus literal e infalível – e argumentam que
ela pode ser defendida racionalmente como tal. Podem os membros de outra fé
religiosa no mundo provar logicamente tal afirmação relativamente a suas
próprias escrituras?
Notas
1. Citações retiradas de Frank S. Meade, The Encyclopedia of Religious Quotations; Rhoda Tripp, The
International Thesaurus of Quotations; Ralph L. Woods, The
World Treasury of Religious Quotations; Jonathan Green, Morrow’s
International Dictionary of Contemporary Quotations.
2. Aldous Huxley, Ends and Means (London: Chatto & Windus, 1946),
p. 270.
A
Singularidade da Palavra de Deus
A
Bíblia é única. Não existe livro no mundo como ela. Ela cobre um período de
1.600 anos (de 1500 a.C. até 100 d.C.) e foi escrita por 40 homens diferentes
de todas as condições de vida. Alguns eram reis, sacerdotes e profetas; outros
eram simples pescadores e agricultores. Alguns possuíam alto grau de educação
formal, como Moisés e o apóstolo Paulo; outros não tinham nenhuma educação
formal.
Mais
de 3.000 vezes, esses homens afirmaram que o que escreviam vinha diretamente de
Deus (Moisés: Êx 17.14; Êx 24.4; Êx 34.27; Paulo: 1Co 14.37; Pedro: 2Pe
1.16-21; João 1Jo 4.6). Tão completamente impossíveis quanto possam parecer
estes fatos, os registros falam por si mesmos.
Jesus
declarou que o Antigo Testamento é a Palavra de Deus (Mt 5.17-18; Mt 24.15; Lc
24.44; Jo 10.35). Ele confirmou as autorias de Moisés, do rei Davi, e dos
profetas Isaías e Daniel. Ele validou a verdade de eventos históricos, tais
como a criação de Adão e Eva por Deus, Noé e o Dilúvio universal, a destruição
de Sodoma e Gomorra, e Jonas sendo engolido por um grande peixe.
Quando
tentado pelo Diabo, Ele não respondeu com Suas próprias palavras de sabedoria,
mas contrapôs cada tentação com um “Está
escrito”, seguido por citações das Escrituras hebraicas (Mt
4.4,7,10).
Em
Lucas 4.25-27, Jesus confirmou os milagres divinos registrados na Bíblia
hebraica e, relativamente à revelação do Antigo Testamento, Ele afirmou: “Porque em verdade vos digo: até que
o céu e a terra passem, nem um i ou um til passará da Lei, até que tudo se
cumpra” (Mt 5.18). Em outras palavras, Jesus afirmou a
inspiração, a infalibilidade e a exatidão das Escrituras hebraicas.
Os
livros do Antigo Testamento foram canonizados no decorrer da história de Israel
e divididos em três seções: o Pentateuco (os cinco Livros de Moisés), os
Profetas, e os Escritos. Jesus aceitou essas três divisões e os livros nelas
contidos como a Palavra de Deus (Lc 24.44); e Ele ensinou a autoridade, a
confiabilidade, a unidade, a clareza, a suficiência, a historicidade, a
inspiração, a revelação, a inerrância, a infalibilidade, e a indestrutibilidade
do Antigo Testamento.
Uma
maneira segura de se provar a precisão e a veracidade da Bíblia é analisar as
profecias das Escrituras hebraicas. O número de eventos preditos pelos profetas
é enorme, e os próprios eventos são tão específicos que só poderiam ter sido
conhecidos e revelados por Deus.
O
pastor e teólogo Mark Hitchcock escreveu:
Diferentemente
dos profetas autoproclamados de ontem e de hoje, tais como Nostradamus, Edward
Cayce, ou Jeanne Dixon, Jesus e os profetas bíblicos não mascatearam predições
tão vagas e gerais que podem se ajustar a qualquer situação. As profecias
registradas na Bíblia são muito precisas e tão específicas que, quando cumpridas,
fica muito claro que existe algo único e especial sobre elas. (...) Mais de um
quarto da Bíblia foi profético no momento em que foi escrito. A Bíblia é um
livro de profecias. Ela contém cerca de 1.000 profecias, das quais cerca de 500
já foram cumpridas em seus mais ínfimos detalhes. Com este tipo de registros
provados – 500 profecias cumpridas com 100% de exatidão – podemos crer com
confiança que as restantes 500 profecias ainda por serem cumpridas também o
serão, em seu devido tempo. (...) A profecia é a prova mais digna de crédito
com relação à singularidade e inspiração divina da Bíblia. (...) Profecias
cumpridas também demonstram que o conteúdo da Bíblia não é obra das mãos de
homens, mas, pelo contrário, tem suas origens fora de nosso próprio continuum de tempo
e espaço.[1]
Por
exemplo, 25 escritores judeus forneceram profecias na língua hebraica
apresentando detalhes da vida e do ministério do Messias. O Messias é a única
Pessoa na história cujos ancestrais, nascimento, caráter, ensino, carreira,
recepção, rejeição, morte, sepultamento e ressurreição foram descritos
previamente, registrados pelo menos 500 anos antes de Seu nascimento. Jesus
Cristo se encaixa claramente em todas as profecias, inclusive naquelas que
previram o local do nascimento do Messias (Mq 5.2; Mt 2.1), a maneira de Sua
morte (Is 53.8; Lc 23.46) e Sua ressurreição (Sl 16.10; At 2.29-32).
Existem
também inúmeras profecias relacionadas à ruína de Israel (Dt 28.15-68) e à sua
restauração (Ez 36.25-37.28). Algumas já foram cumpridas e outras serão
realizadas.
Como você sabe que a Bíblia que nós temos hoje é a Palavra de Deus?
Uma
maneira segura de se provar a precisão e a veracidade da Bíblia é analisar as
profecias das Escrituras hebraicas. O número de eventos preditos pelos profetas
é enorme, e os próprios eventos são tão específicos que só poderiam ter sido
conhecidos e revelados por Deus.
Primeiro,
os escribas judeus foram meticulosos em copiarem o texto hebraico e contavam
cada letra que escreviam. Se um erro fosse cometido, o texto não era corrigido,
mas imediatamente descartado. A nação de Israel colecionou e preservou com
exatidão os manuscritos da Lei de Moisés e dos Profetas através dos séculos (Dt
31.26; 1Sm 10.25; 2Rs 23.24; Ne 9.14,26-30; Dn 9.2,6,13).
Segundo,
os Manuscritos do Mar Morto proporcionaram evidências desta extraordinária
preservação. Por exemplo, o Livro de Isaías – descoberto em sua inteireza
dentro dos antigos Manuscritos do Mar Morto, que datam de 125 a.C. a 100 a.C. –
contém o mesmo texto de Isaías que possuímos em nossa Bíblia hoje.
O
mesmo pode ser dito a respeito da inspiração e da infalibilidade do Novo
Testamento, que foi escrito depois que Jesus ascendeu aos céus. Jesus disse que
o Espírito Santo guiaria os apóstolos para escreverem o conteúdo do Novo
Testamento (Jo 14.25-26). O Espírito Santo supervisionou a revelação que os
apóstolos escreveram, fornecendo o conteúdo e garantindo a precisão do Novo
Testamento.
Como cada livro foi selecionado para fazer parte do cânon do Novo
Testamento?
Havia
pelo menos quatro questões básicas que tinham que ser respondidas com um “sim”:
1.
Foi escrito por um apóstolo, ou o escritor tinha relacionamento
chegado a um apóstolo, como Marcos e Lucas?
2.
O conteúdo era de alto caráter espiritual, que merecesse estar incluído
entre os outros livros escritos pelos apóstolos?
3.
A Igreja universalmente aceitava o livro?
4.
O livro trazia evidências internas de ser inspirado?
E o que dizer dos textos variantes no Novo Testamento?
Norman
L. Geisler, estudioso da Bíblia, escreveu:
Quando
uma comparação dos textos variantes do Novo Testamento é feita com alguns dos
outros livros que sobreviveram desde a Antiguidade, os resultados são
impressionantes. (...) À luz do fato de que há mais de 5.000 manuscritos
gregos, cerca de 9.000 versões e traduções, a evidência em favor da integridade
do Novo Testamento está mais que comprovada. (...) Assim, o Novo Testamento não
tem apenas sobrevivido em mais manuscritos do que qualquer outro livro da
Antiguidade, como também tem sobrevivido de uma forma muito mais pura do que
quaisquer outros grandes livros, sejam eles obras sacras ou não, uma forma que
é mais do que 99% pura.[2]
Com o
passar dos séculos, tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento têm sido
submetidos a extensas análises microscópicas realizadas por renomados
cientistas, que se especializaram em história bíblica, literatura, gramática e
arqueologia. Embora alguns críticos textuais tenham apontado o que eles
consideram discrepâncias, erros e contradições na Bíblia, séculos de análises
criteriosas nunca provaram conclusivamente que o texto bíblico esteja errado.
Embora os textos variantes existam entre as cópias, eles são de pouca
importância e se relacionam à ortografia e à ordem de palavras. Eles não afetam
a doutrina principal das Escrituras.
Ter
40 autores diferentes, durante um período de 1.600 anos, que escreveram um
livro unificado, sem erro nem contradição, é fato único tanto na história
antiga quanto na história moderna.
A
Bíblia é única em sua história, mensagem, universalidade, influência, profecias
cumpridas, preservação, poder de transformar vidas, e testemunho em toda a
história. A supervisão e a preservação providencial de Deus nos dá segurança de
que hoje possuímos a Palavra de Deus verbal, inerrante e infalível. Ela
permanece única como o Livro mais singular de todos os tempos. E assim
permanecerá para sempre. (David
M. Levy -
Notas:
1. Mark Hitchcock, The
Amazing Claims of Biblical Prophecy [As Fantásticas Afirmações
da Profecia Bíblica] (Eugene, OR: Harvest House, 2010), 8.
2. Norman L. Geisler e William E. Nix, From God to Us: How We Got Our Bible [De Deus Para
Nós: Como Obtivemos a Nossa Bíblia] (Chicago: Moody Press, 1972), 180-181.
FONTE CHAMADA.COM WWW.ESTUDARESCATOLOGIABIBLICA.BLOGSPOT.COM
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