A Verdade
Sobre O Anticristo e o Seu Reino
O Anticristo trará paz ou guerra?
O
Anticristo será um líder que busca a paz e trava guerras. Na busca de paz ele
será bem-sucedido e enganador; ao travar guerras ele será destemido e
destrutivo. O Anticristo geralmente é descrito na Bíblia como um guerreiro.
Suas atividades são resumidas em Daniel 9.27:
"Ele
fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar
o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o
assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre
ele."
Em
Apocalipse 6.2, João apresenta o Anticristo ao escrever: "Vi, então, e eis um cavalo
branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu
vencendo e para vencer."
Nosso
mundo precisa desesperadamente de paz, pessoas sinceras de vários contextos de
vida trabalham e oram diariamente por uma paz duradoura. Na verdade, como
crentes, somos incentivados pela Bíblia a orar por paz. Ainda assim, a
instabilidade política é profunda em muitas regiões do mundo. A busca de uma
paz permanente no Oriente Médio exige muita atenção e produz muitas manchetes;
muitas vidas e carreiras foram sacrificadas na tentativa de trazer paz à
região. Em última análise, no entanto, não haverá paz duradoura no mundo
enquanto ele não for governado por Jesus Cristo, o Príncipe da Paz.
Quando
o Anticristo emergir, será reconhecido e aceito por causa de sua habilidade
como pacificador. Como líder da confederação multinacional, ele imporá paz a
Israel e ao Oriente Médio, iniciando e formulando um tratado de paz para
Israel. O Dr. Walvoord escreve sobre essa paz:
Quando
um gentio, líder de dez nações, apresentar um tratado de paz a Israel, este
será imposto com força superior e não como um tratado de paz negociado, ainda
que aparentemente inclua os elementos necessários para tal acordo. Ele incluirá
a delimitação das fronteiras de Israel, o estabelecimento de relações
comerciais com seus vizinhos – algo que Israel não tem atualmente, e,
principalmente, oferecerá proteção contra ataques externos, o que permitirá que
Israel relaxe seu estado de constante alerta militar. Também é possível prever
que algumas tentativas serão feitas para abrir áreas sagradas de Jerusalém para
todas as religiões a elas relacionadas.[1]
No
decorrer dos séculos, cristãos e judeus fiéis seguiram a exortação de Salmo
122.6 de"orar pela
paz de Jerusalém." Mas a falsa paz do Anticristo não
é a "paz de Jerusalém." O tratado ou aliança de paz do Anticristo só
trará uma paz temporária e superficial à região. A princípio ela poderá ser
eficaz e reconfortante, mas não durará. Depois de três anos e meio ela será
quebrada e os gritos de alegria serão substituídos por gritos de aflição. Como
todas as obras de Satanás, a vitória proclamada acabará em dor e violência:
Apesar
dos detalhes da aliança não serem revelados na Bíblia, aparentemente ela trará
grande alívio para Israel e para todo o mundo. O tempo de paz é previsto nas
profecias de Ezequiel que descrevem Israel como um povo "em repouso, que vive
seguro" nessa época (Ez 38.11). Em 1 Tessalonicenses
5.3 a frase que estará na boca do povo antes da Grande Tribulação cair sobre
eles é: "Paz e
segurança." ...A paz de que Israel desfrutará por
três anos e meio se transformará tragicamente numa paz falsa e no prelúdio de
um tempo de angústia incomparável, quando dois de cada três israelitas morrerão
na terra (Zacarias 13.8).[2]
Num
determinado ponto, por volta da metade da Tribulação, a paz de Israel será
desafiada por exércitos invasores do norte (Ezequiel 38-39). Esses exércitos
atacarão Israel, desafiando a paz estabelecida pelo Anticristo e sua
autoridade. Mas Deus intervirá a favor de Israel, protegendo-o e aniquilando os
exércitos invasores (Ezequiel 38.19-39.5). Isso se realizará em parte por um
terremoto (38.19,20), em parte por confusão militar (38.21), e por uma praga
acompanhada de granizo e fogo (38.22).
Depois
desse conflito e da quebra da aliança com Israel, o Anticristo se declarará
líder mundial. Isso poderá ser resultado da sua vitória sobre os exércitos
invasores. O Dr. Walvoord escreve que "o líder da confederação de dez
nações se encontrará numa posição em que poderá proclamar-se ditador mundial, e
aparentemente ninguém será forte o suficiente para lutar contra ele. Sem ter
que lutar para conseguir isso, ele governará o mundo como instrumento de
Satanás."[3] Seu poder e força aumentarão, assim como sua tirania, e isso
resultará num desafio final da sua força militar e política, que culminará na
batalha de Armagedom (Apocalipse 16.14-16). Como tantos líderes e governantes
antes dele, o Anticristo prometerá paz e travará guerras. Ele entrará num conflito
de conseqüências globais – um conflito definitivo do tipo "quem ganhar
fica com tudo" – e será derrotado e destruído por Jesus Cristo (veja Salmo
2).
A Marca da
Besta
Dentre
todos os tópicos da Bíblia, talvez a marca da besta seja o que mais tem
suscitado especulações e argumentações ridículas e bombásticas. Cristãos e
não-cristãos debatem o significado de seu valor numérico. Mas o que diz,
realmente, o texto bíblico?
O Número 666: Marca Registrada da Tribulação?
A
questão central da Tribulação é: Quem
tem o direito de governar, Deus ou Satanás?Deus vai provar que
é Ele quem tem esse direito. Pela primeira e única vez na história, as pessoas
terão uma data limite para aceitarem o Evangelho. Por enquanto, todos podem
aceitar ou rejeitar essa mensagem em diferentes momentos da vida; alguns o
fazem na infância, outros no início da fase adulta, outros na meia-idade, e
alguns até na velhice. Mas, quando vier a Tribulação, as pessoas terão que
tomar essa decisão de forma imediata ou compulsória por causa da marca da
besta, de modo que toda a humanidade será deliberadamente dividida em dois
segmentos. O elemento polarizador será precisamente a marca da besta.
A
Bíblia ensina que o líder da campanha em defesa da marca da besta será o falso
profeta, que está ligado à falsa religião (Ap 13.11-18). Apocalipse 13.15 deixa
claro que o ponto-chave em tudo isso é adorar "a imagem da besta". A
marca da besta é simplesmente um meio de forçar as pessoas a declararem do lado
de quem estão: do Anticristo ou de Jesus Cristo. Todos terão que escolher um
dos lados. Será impossível manter uma posição neutra ou ficar indeciso com
relação a esse assunto. A Escritura é muito clara ao afirmar que os que não
aceitarem a marca serão mortos.
Toda a
humanidade será forçada a escolher um dos lados: "...todos, os pequenos e os
grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos" (Ap 13.16). O
Dr. Robert Thomas comenta que essa construção retórica "abrange todas as
pessoas, de todas as classes sociais, [...] ordenadas segundo sua condição
financeira, [...] abrangendo todas as categorias culturais [...]. As três
expressões são um recurso estilístico que traduz universalidade".[1] A
Escritura é muito específica. O falso profeta vai exigir uma "marca"
em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" –
não a esquerda – "ou
sobre a fronte" (Ap 13.16).
A
palavra "marca" aparece em muitas passagens da Bíblia. Por exemplo,
ela é usada várias vezes em Levítico, referindo-se a um sinal que torna o
indivíduo cerimonialmente impuro, e está geralmente relacionada à lepra. É
interessante notar que o modo como Ezequiel 9.4 usa a idéia de
"marca" é semelhante ao de Apocalipse: "E lhe disse: Passa pelo meio da
cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que
suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio
dela". Nessa passagem, o sinal serve para preservação,
assim como o sangue espalhado nas ombreiras das portas livrou os hebreus
durante a passagem do anjo da morte, como relata o Livro do Êxodo. Em Ezequiel,
a marca é colocada na fronte, semelhantemente à do Apocalipse. Todas as sete
ocorrências da palavra "marca" ou "sinal" (gr. charagma) no
Novo Testamento em grego, encontram-se no Livro do Apocalipse, e todas se
referem à "marca da besta" (Ap 13.16,17; 14.9,11; 16.2; 19.20; 20.4).
O Dr. Thomas explica o significado desse termo na Antigüidade:
A marca
deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os
soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os
seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para
mostrar que serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor
(221-203 a.C.) marcava com o desenho de uma folha de trevo os judeus que se
submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão ao deus Dionísio (cf. 3
Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar marcas para
tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf. Isaías 44.5), e também a
prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário
(cf. Gl 6.17). O termo charagma ("marca")
também era usado para designar as imagens ou nomes dos imperadores, cunhadas
nas moedas romanas e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da besta
colocado sobre as pessoas.[2]
Alguns
se perguntam por que foi usado um termo tão específico para designar a marca do
Anticristo. Essa marca parece ser uma paródia do plano de Deus, principalmente
no que se refere aos 144.000 "selados" de Apocalipse 7. O selo de
Deus sobre Suas testemunhas muito provavelmente é invisível e tem o propósito
de protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o Anticristo oferece proteção
contra a ira de Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e
sua marca é visível e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão
voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão um certo orgulho de terem,
em essência, a Satanás como seu dono. O Dr. Thomas afirma: "A marca será
visível e identificará todos os que se sujeitarem à besta".[3]
Uma Identificação Traiçoeira
Além de
servir como indicador visível da devoção ao Anticristo, a marca será a
identificação obrigatória em qualquer transação comercial na última metade da
Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de todos os tiranos da história
– exercer um controle tão absoluto sobre seus vassalos a ponto de decidir quem
pode comprar e quem pode vender. O historiador Sir William Ramsay comenta que
Domiciano, imperador romano no primeiro século, "levou a teoria da divindade
Imperial ao extremo e encorajou ao máximo a ‘delação’; [...] de modo que, de
uma forma ou de outra, cada habitante das províncias da Ásia precisava
demonstrar sua lealdade de modo claro e visível, ou então era imediatamente
denunciado e ficava impossibilitado de participar da vida social e de exercer
seu ofício".[4] No futuro, o Anticristo aperfeiçoará esse sistema com o
auxílio da moderna tecnologia.
Ao
longo da história, muitos têm tentado marcar certos grupos de pessoas para o
extermínio, mas sempre houve alguns que conseguiram achar um meio de escapar.
Porém, à medida que a tecnologia avança, parece haver uma possibilidade cada
vez maior de bloquear praticamente todas as saídas. Essa hipótese é reforçada
pelo emprego da palavra grega dunétai –
"possa" (Ap 13.17), que é usada para transmitir a idéia do que
"pode" ou "não pode" ser feito. O Anticristo não permitirá
que alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a
implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o
dinheiro vivo como meio de troca. O controle da economia, ao nível individual,
através da marca, encaixa-se perfeitamente no que a Bíblia diz a respeito do
controle do comércio global pelo Anticristo, delineado em Apocalipse 17 e 18.
A segunda
metade de Apocalipse 13.17 descreve a marca como "o nome da besta ou o número do
seu nome". Isso significa que "o número do nome da
besta é absolutamente equivalente ao nome, [...]. Essa equivalência indica que,
como nome, ele é escrito com letras; mas, como número, é o análogo do nome
escrito com algarismos".[5] O nome do Anticristo será expresso
numericamente como "666".
Calculando o Número
Nesse
ponto da profecia (Ap 13.18), o apóstolo João interrompe momentaneamente a
narrativa da visão profética e passa a ensinar a seus leitores a maneira
correta de interpretar o que havia dito. Uma leitura do Apocalipse demonstra
claramente que os maus não entenderão o significado, porque rejeitaram a Jesus
Cristo como Senhor e Salvador. Por outro lado, os demais que estiverem
atravessando a Tribulação receberão sabedoria e entendimento para que possam
discernir quem é o Anticristo e recusar a sua marca. A Bíblia deixa claro que
aqueles que receberem a marca da besta não poderão ser salvos (Ap 14.9-11;
16.2; 19.20; 20.4) e passarão a eternidade no lago de fogo. O fato de João usar
essa passagem crucial para transmitir sabedoria e entendimento aos crentes, com
relação a um assunto de conseqüências eternas, mostra que Deus proverá o
conhecimento necessário para que o Seu povo possa segui-lO fielmente.
Mas o
que essa sabedoria e esse conhecimento permitem que os crentes façam? A
passagem diz que podemos "calcular". Calcular o quê? Podemos calcular
o número da besta.
O
principal propósito de alertar os crentes sobre a marca é permitir que eles
saibam que, quando em forma de número, o "nome" da besta será 666.
Assim, os crentes que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for
sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão direita, deverão rejeitá-lo,
mesmo que isso signifique a morte. Outra conclusão que podemos tirar é que
qualquer marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a marca da
besta que deve ser evitada.
Portanto,
não há motivo para os cristãos de hoje encararem o número 666 de forma supersticiosa.
Se o nosso endereço, número de telefone ou código postal incluem esse número,
não precisamos ter medo de que algum poder satânico ou místico nos atingirá.
Por outro lado, temos que reconhecer que muitos ocultistas e satanistas são
atraídos por esse número por sua conexão com a futura manifestação do mal.
Porém, o número em si não tem poderes sobrenaturais. Quando um crente acredita
nisso, já caiu na armadilha da superstição. A Bíblia ensina que não há nenhum
motivo para atribuir poderes místicos ao número 666.
A Carroça na Frente dos Bois
Muitos
têm tentado descobrir a identidade do Anticristo através de cálculos numéricos.
Isso é pura perda de tempo. A lista telefônica está cheia de nomes que poderiam
ser a solução do enigma, mas a sabedoria para "calcular" o nome não é
para ser aplicada agora, pois isso seria colocar a carroça adiante dos bois.
Esse conhecimento é para ser usado pelos crentes durante a Tribulação.
Em 2
Tessalonicenses 2, Paulo ensina que, durante a presente era da Igreja, o Anticristo
está sendo detido. Ele será "revelado
somente em ocasião própria" (v.6). Ao escolher a palavra
"revelado", o Espírito Santo quis indicar que a identidade do
Anticristo estará oculta até a hora de sua revelação, que ocorrerá em algum
momento após o Arrebatamento da Igreja. Portanto, não é possível saber quem é o
Anticristo antes da "ocasião própria". O Apocalipse deixa bem claro
que os crentes saberão na hora certa quem é o Anticristo.
Como
apontamos acima, o Apocalipse não deixa dúvida de que durante a Tribulação
todos os crentes saberão que receber a marca da besta será o mesmo que rejeitar
a Cristo. Durante a Tribulação, todos os cristãos terão plena consciência disso
onde quer que estejam. Nenhuma das hipóteses levantadas no passado, ou que
venham a ser propostas antes da Tribulação, merece crédito.
Apocalipse
13.17-18 diz claramente que o número 666 será a marca que as pessoas terão que
usar na fronte ou na mão direita. Em toda a história, ninguém jamais propôs a
utilização desse número em condições semelhantes às da Tribulação, de modo que
todas as hipóteses já levantadas a respeito da identidade do Anticristo podem
ser descartadas.
O mais
importante nessa passagem é que podemos nos alegrar em saber que a
identificação do futuro falso Cristo ainda não é possível, mas o será quando
ele ascender ao trono. Com certeza, aquele a quem o número 666 se aplica é
alguém que pertence a uma época posterior ao período em que João viveu, pois
ele deixa claro que alguém iria reconhecer esse número. Se nem a geração de
João nem a seguinte foi capaz de discerni-lo, isso significa que a geração que
poderá identificar o Anticristo forçosamente estava (e ainda está) no futuro.
No passado, houve várias figuras políticas que tipificaram características e
ações desse futuro personagem, mas nenhum dos anticristos anteriores se encaixa
perfeitamente no retrato e no contexto do Anticristo do final dos tempos.[6]
A Relação entre Tecnologia e a Marca da Besta
Muitos
têm feito as mais variadas hipóteses sobre a marca da besta. Alguns dizem que
ela será como o código de barras utilizado para identificação universal de
produtos. Outros imaginam que seja um chip implantado sob a pele, ou uma marca
invisível que possa ser lida por um scanner. Contudo,
essas conjeturas não estão de acordo com o que a Bíblia diz.
A marca
da besta – 666 – não é a tecnologia do dinheiro virtual nem um dispositivo de
biometria. A Bíblia afirma de forma precisa que ela será:
·
a marca do Anticristo, identificada com sua pessoa
·
o número 666, não uma representação
·
uma marca, como uma tatuagem
·
visível a olho nu
·
sobre a pele, e não dentro da pele
·
facilmente reconhecível, e não duvidosa
·
recebida de forma voluntária; portanto, as pessoas não serão
ludibriadas para recebê-la involuntariamente
·
usada após o Arrebatamento, e não antes
·
usada na segunda metade da Tribulação
·
necessária para comprar e vender
·
recebida universalmente por todos os não-cristãos, mas rejeitada
pelos cristãos
·
uma demonstração de adoração e lealdade ao Anticristo
·
promovida pelo falso profeta
·
uma opção que selará o destino de todos os que a receberem,
levando-os ao castigo eterno no lago de fogo.
Talvez
na história ou na Bíblia nenhum outro número tenha atraído tanto a atenção de
cristãos e não-cristãos quanto o "666". Até mesmo os que ignoram
totalmente os planos de Deus para o futuro, conforme a revelação bíblica, sabem
que esse número tem um significado importante. Escritores religiosos ou
seculares, cineastas, artistas e críticos de arte fazem menção, exibem ou
discorrem a respeito dele. Ele tem sido usado e abusado por evangélicos e por
membros de todos os credos, tendo sido objeto de muita especulação inútil.
Freqüentemente, pessoas que se dedicam com sinceridade ao estudo da profecia
bíblica associam esse número à tecnologia disponível em sua época, com o
intuito de demonstrar a relevância de sua interpretação. Mas, fazer isso é
colocar "a carroça na frente dos bois", pois a profecia e a Bíblia
não ganham credibilidade ou legitimidade em função da cultura ou da tecnologia.
Conclusão
O fato
da sociedade do futuro não utilizar mais o dinheiro vivo será usado pelo
Anticristo. Entretanto, seja qual for o meio de troca substituto, ele não será
a marca do 666. A tecnologia disponível na época da ascensão do Anticristo será
aplicada com propósitos malignos. Ela será empregada, juntamente com a marca,
para controlar o comércio (como afirma Apocalipse 13.17). Sendo assim, é
possível que se usem implantes de chips, tecnologias de escaneamento de imagens
e biometria para implementar a sociedade amonetária do Anticristo, como um meio
de implantar a política que impedirá qualquer pessoa de comprar ou vender se
não tiver a marca da besta. O avanço da tecnologia é mais um dos aspectos que
mostram que o cenário para a ascensão do Anticristo está sendo preparado.
Maranata!
1.
Robert L. Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical
Commentary (Chicago: Moody Press, 1995), pp. 179-80.
2. Thomas, Revelation 8-22, p.
181.
3. Thomas, Revelation 8-22, p.
181.
4.
Sir William Ramsay, The Letters to the Seven Churches (New
York: A. C. Armstrong & Son, 1904), p. 107.
5. Thomas, Revelation 8-22, p.
182.
6. Thomas, Revelation 8-22, p.
185.
A Verdade
Sobre Armagedom
No
decorrer da história inúmeras batalhas, campanhas e guerras foram travadas por
toda a terra. Algumas foram limitadas em abrangência, outras foram globais.
Exércitos lutaram por causa de terra e líderes, amor e lealdade, por causas que
foram justas e, na maioria das vezes, injustas. A dor, o sofrimento e a morte
causados por estes conflitos e pelos que vivenciamos hoje não podem ser
calculados.
A
Bíblia nos diz que o futuro também será cheio de guerras. Existe um grande
conflito profético que tem chamado a atenção de crentes e incrédulos no
decorrer dos séculos – Armagedom. Esta batalha é profetizada como o
acontecimento mais catastrófico e devastador da história humana. Quer as
pessoas acreditem que acontecerá ou não, elas logo se identificam com a
magnitude do seu simbolismo. Isso é comentado direta e indiretamente na
literatura, no cinema, na propaganda, nos debates políticos, sermões e
comentários culturais. Parece que todo mundo tem alguma noção ou idéia a
respeito. Algumas das idéias são bíblicas, muitas não.
Só há
um lugar onde se pode encontrar informações precisas sobre Armagedom – a
Bíblia. Nas suas páginas proféticas lemos não só sobre Armagedom, mas também
sobre os eventos que antecedem e seguem essa guerra final da história humana.
Apesar de não termos todos os detalhes de Armagedom, recebemos um panorama
geral dos planos de Deus para o futuro.
Por que
a Bíblia fala de Armagedom? Porque essa batalha afirma a soberania de Deus
sobre a história e nos lembra que há um propósito e plano divino que não será
frustrado. Um dia Deus acertará todas as contas, julgará todo mal e
estabelecerá um reino universal de justiça. A esperança dos crentes no decorrer
dos séculos será realizada com a Segunda Vinda de Jesus Cristo e a derrota
daqueles que se opuseram a Ele em Armagedom. É por causa dessa esperança que
estudamos as profecias, esperando o cumprimento das promessas de Deus.
O Que a Bíblia Diz Sobre Armagedom?
Lemos
sobre Armagedom em Daniel 11.40-45; Joel 3.9-17; Zacarias 14.1-3; Apocalipse
16.14-16. Essa grande batalha acontecerá nos últimos dias da Tribulação. João
nos fala que os reis do mundo se reunirão "...para a peleja do grande dia do Deus
Todo-Poderoso. ...no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse
16.14,16). O local da reunião dos exércitos é a planície
de Esdraelom, ao redor da colina chamada Megido, que fica no norte de Israel, a
cerca de 32 quilômetros a sudeste de Haifa.
Segundo
a Bíblia, grandes exércitos do Oriente e do Ocidente se reunirão nessa
planície. O Anticristo reagirá a ameaças ao seu poder provenientes do sul. Ele
também tentará destruir a Babilônia restabelecida no leste antes de finalmente
voltar suas forças contra Jerusalém. (Durante centenas de anos a Babilônia,
localizada no atual Iraque, foi uma das cidades mais importantes do mundo.
Segundo Apocalipse 14.8; 16.9; e 17-18, ela será reconstruída novamente nos
últimos dias como uma cidade religiosa, social, política e economicamente
poderosa). Enquanto o Anticristo e seus exércitos atacarem Jerusalém, Deus
intervirá e Jesus Cristo voltará. O Senhor destruirá os exércitos, capturará o
Anticristo e o Falso Profeta e os lançará no lago de fogo (Apocalipse
19.11-21).
Quando
o Senhor voltar, o poder e o governo do Anticristo terminarão. O Dr. Charles
Dyer escreve sobre esse evento:
Daniel,
Joel, Zacarias identificam Jerusalém como o local onde a batalha final entre o
Anticristo e Cristo acontecerá. Todos os três prevêem que Deus intervirá na
história para salvar Seu povo e destruir o exército do Anticristo em Jerusalém.
Zacarias prevê que a batalha terminará quando o Messias voltar à terra e Seus
pés tocarem o Monte das Oliveiras. Essa batalha termina com a Segunda Vinda de
Jesus à terra... A batalha termina antes mesmo de começar.*
A
batalha de Armagedom – na verdade em Jerusalém – será o combate mais
anticlimático da história. À medida em que João descreve os exércitos reunidos
de ambos os lados, esperamos testemunhar um conflito épico entre o bem e o mal.
Mas não importa quão poderoso alguém seja na terra, tal indivíduo não é páreo
para o poder de Deus.
O conflito de Armagedom será uma batalha real?
A
profecia de Armagedom não é uma alegoria literária ou um mito. Armagedom será
um evento real de proporções trágicas para aqueles que desafiam a Deus. Será
uma reunião de forças militares reais no Oriente Médio, numa das terras mais
disputadas de todos os tempos – uma terra que nunca conheceu paz duradoura.
Armagedom será também uma batalha espiritual entre as forças do bem e as do
mal. Ela terá o seu desfecho com a intervenção divina e o retorno de Jesus
Cristo. (Thomas Ice e Timothy Demy)
Nota
* Chambers, Joseph. A Palace for the Antichrist:
Saddam Hussein’s Drive to Rebuild Babylon and Its Place in Bible Prophecy.
Green Forest, AR: New Leaf Press, 1996.
FONTE CHAMADA.COM
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