Um Apelo à Razão
“Vinde, pois, e arrazoemos,
diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se
tornarão brancos como a neve... Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor
desta terra. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados...” (Is
1.18-20).
Deus quer salvar a humanidade
Foi assim que Deus procurou
convencer Israel a abandonar a rebelião para que pudesse receber a salvação,
que lhe era oferecida de graça. Ele enviou Seus profetas várias vezes, rogando
ao povo que se arrependesse, mas o arrependimento não veio. Por isso, Deus
espalhou os judeus pelo mundo inteiro para serem odiados, perseguidos e mortos
aos milhões, numa orgia de anti-semitismo que perdura até os dias de hoje,
quando o alvo principal é a nação de Israel, parcialmente restaurada.
Deus continua oferecendo a
salvação ao mundo, e alerta, em Sua Palavra, que Sua própria santidade irá
levá-lO a derramar o juízo sobre todo aquele que exibe sua rebeldia diante da
face do Senhor. Ele insiste, com amor, mas ninguém é obrigado a aceitar Sua
oferta. Deus deseja que Seus servos, como cristãos genuínos, argumentem com os
incrédulos, como fez Paulo com o governador Félix, dissertando acerca “da justiça, do domínio próprio e
do Juízo vindouro” (At 24.25). Félix
ficou “amedrontado”, mas mandou Paulo embora porque não era
“conveniente” para ele submeter-se a Cristo.
Paulo pediu aos crentes de
Tessalônica que orassem para que ele fosse livre“dos homens perversos e
maus; porque a fé não é de todos” (2 Ts 3.2). Os que dão as costas à fé, sem a qual “é impossível agradar a Deus” (Hb
11.6), são perversos e maus.
Os pecados e os sofrimentos do homem são causados por sua rejeição da revelação
dada a toda a humanidade – através da Criação, da consciência (veja Rm 1.18ss.)
e da Palavra de Deus. Em seu livro Irmãos
Karamazov, Dostoyevsky
escreveu: “Sem Deus, tudo é permitido e o crime é inevitável”.
A resposta irracional do homem
A humanidade tem todos os
motivos para corresponder ao amor de Deus.Todos! Porém, a maioria das pessoas,
independentemente de seu grau de instrução, inteligência ou autoconfiança, age
de maneira irracional, e dá provas disso vivendo de maneira
egoísta, dia após dia, completamente esquecida de Deus. Esse é o modo de viver
do mundo; e, infelizmente, assim vivem também muitos dos que se dizem servos de
Cristo.
Segundo pesquisas recentes,
uma ampla maioria de americanos afirma ter alguma “fé religiosa” e a
porcentagem de pessoas que freqüentam a igreja regularmente é muito maior nos
EUA do que em qualquer outro país do mundo. Entretanto, essa “fé” geralmente
não vai além de uma preferência pessoal, o que, dificilmente, poderia ser uma razão para se ter esperança na eternidade! A
maior parte das pessoas religiosas é tão irracional em sua “fé” quanto os que rejeitam a
Deus o são em sua “falta de fé”.
No entanto, todo mundo, até
mesmo um ateu, exercita diariamente algum tipo de “fé”. A partir de uma receita
médica, escrita numa caligrafia incompreensível, um farmacêutico faz uma
mistura de substâncias, cujos nomes nem conseguimos pronunciar direito; e
depois, nós ingerimos esse medicamento por “fé”. Todos nós precisamos confiar
em outras pessoas (nos pilotos de avião, por exemplo), e colocamos a vida nas
mãos de gente que tem mais conhecimento do que nós e que sabe fazer coisas que
nós não sabemos, mas que pode cometer erros fatais.
Quando se trata da verdade
espiritual e da questão de saber onde vamos passar a eternidade, não há margem
para erro. A fé num deus falso ou numa religião vazia não pode ser remediada
depois da morte. A opinião de um pastor, padre, rabino ou de uma
igreja não tem valor nenhum. Só Deus tem a palavra final. A racionalidade desse pensamento é inquestionável.
Não é razoável acreditar que o homem não passa de um
corpo material e que a morte é o fim da nossa existência. As idéias conceituais
que expressamos em palavras não são físicas, e nós também não somos. O papel e
a tinta com que este artigo foi impresso não têm nada a ver com as idéias que
estão sendo transmitidas. Elas poderiam ser comunicadas com a mesma precisão em
fita de áudio ou vídeo, pelo rádio, pelo código Morse ou em código binário.
O cérebro é um
computador programado por algo que não depende dele: a mente.
Somente uma inteligência
não-física pode formar idéias conceituais e expressá-las em palavras; a matéria
não pode fazer isso. Não é a atividade neurológica das células cerebrais que
gera nossos pensamentos, pois, se assim fosse, estaríamos à mercê do cérebro:
“O que o meu cérebro vai pensar agora?!” Wilder Penfield, um dos maiores
neurocirurgiões do mundo, afirmou: “O cérebro é um computador programado por
algo que não depende dele: a mente”.
Essa entidade imaterial que
chamamos de “mente” pertence à alma e ao espírito que habitam temporariamente
no corpo, do qual o cérebro é apenas uma parte. A pessoa imaterial que faz
opções autônomas é tão independente do corpo quanto os pensamentos que ela gera
e exprime em palavras. Há centenas de referências na Bíblia, desde Gênesis 6.5
a Apocalipse 18.7, em que essa mente pensante é chamada de “coração”: “guarda o coração, porque dele
procedem as fontes da vida” (Pv 4.23); “Ó néscios e tardos de coração para crer
tudo o que os profetas disseram!” (Lc 24.25); “se crês de todo o coração...”
(At 8.37); “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu
coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Rm
10.9).
O corpo volta ao pó, mas o
ser pensante, que viveu nele por algum tempo, é imortal e irá experimentar o
gozo eterno, ou a eterna agonia, dependendo das opções que fez durante seu
breve período de vida na terra. Portanto, antes
de morrer, o indivíduo
precisa ter absoluta certeza de onde irá passar a eternidade. Depois da morte,
é tarde demais para se arrepender.
Contudo, a maioria das
pessoas tem três tipos de atitude: ou não pensa sobre a eternidade, ou adia sua
decisão até que seja tarde demais, ou então segue uma religião, ou um líder
espiritual, sem averiguar se está seguindo a verdade ou não.
Tentar a sorte com a
eternidade, confiando numa esperança vaga, sem ter certeza absoluta, é a coisa
mais irracional que alguém pode fazer. No entanto,
essa é a situação da maioria dos indivíduos. Pergunte às pessoas por aí o que
elas acham que acontece depois da morte, e a maioria vai dizer que não sabe
direito. Chegar às portas da morte sem ter certeza do que se vai encontrar do
outro lado é o cúmulo da insensatez. Essas pessoas estão agindo de maneira irracional.
Há alguma razão para crer na Evolução?
Darwin ficaria horrorizado
ao ver sua teoria ser abalada pela descoberta do DNA. Todos nós surgimos como
uma única célula, menor que o ponto no final desta frase.
As instruções para o
desenvolvimento do corpo estão codificadas no DNA, numa engenhosa linguagem que
apenas certas moléculas de proteína conseguem entender. Seguindo essas
instruções, aquela minúscula célula (e todas as outras que serão geradas por
ela) irá produzir trilhões de células vivas, utilizando a matéria bruta. Essas
células se organizarão de maneira precisa para que, no fim do processo, possam
funcionar como um corpo humano.
Obviamente, o
próprio DNA não gera (e nem sequer consegue ler) as informações nele contidas.
Isso indica, de maneira irrefutável, a existência de uma Inteligência capaz de
criar o projeto para a geração do corpo humano.
Obviamente, o próprio DNA
não gera (e nem sequer consegue ler) as informações nele contidas. Isso indica,
de maneira irrefutável, a existência de uma Inteligência capaz de criar o
projeto para a geração do corpo humano. Esse “manual de instruções” não pode
ser o resultado de uma sucessão de saltos evolucionários fortuitos, ao longo de
bilhões de anos. Essa teoria é absolutamente irracional.No
entanto, ela é imposta às crianças em idade escolar no mundo inteiro, por
fanáticos tão inseguros que não permitem que uma visão alternativa seja
apresentada. As pessoas que os ajudam a empurrar o Criador para fora do Seu
próprio universo afirmam que crêem em Deus, mas se esquecem dEle
constantemente. Isso é uma irracionalidade absurda!
Choremos com Jó: “... os meus conhecidos se
esqueceram de mim. Os que se abrigam na minha casa... me têm por estranho, e
vim a ser estrangeiro aos seus olhos. ...até os que eu amava se tornaram contra
mim” (Jó 19.14-15,19).Assim é a “fidelidade” dos homens. Mas Deus não
abandonou Jó.
Ouçamos o triste lamento de
Deus: “Criei filhos e os
engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim. O boi conhece o seu
possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas... o meu povo não
entende. ...abandonaram o SENHOR...” (Is 1.2-4); “...o meu povo se esqueceu de
mim por dias sem conta” (Jr 2.32). Apesar
disso, Deus continua a exortar, cheio de amor e misericórdia; mas, Sua
paciência tem limites.
Que este mundo continue
perseguindo seus objetivos políticos e os indivíduos corram atrás de suas
ambições durante a breve vida, raramente reconhecendo a existência de Deus, é
algo além da compreensão. Que o Deus que criou todo o universo e,
graciosamente, nos dá “vida,
respiração e tudo mais” (At 17.25),ocupe um lugar tão pequeno nos nossos
pensamentos é uma ingratidão que clama até ao céu. Em uma palavra: é irracional. É uma irracionalidade que se vangloria
diante da face de Deus, desprezando Seu apelo para arrazoar conosco.
Toda a humanidade está
entregue à irracionalidade. O universo martela a nossa consciência diariamente,
de todos os lados, com um sem-número das mais óbvias e inquestionáveis provas
de que foi criado por um Projetista e Criador Supremo. Negar as evidências e
continuar afrontando a Deus com a teoria da evolução é irracional ao extremo!
Apesar de não terem nem um
fiapo de evidência que sustente sua teoria, e apesar do fato das evidências
científicas contrárias aumentarem a cada nova descoberta, os evolucionistas
insistem em negar a existência do Criador. Eles vasculham a terra,
obstinadamente, à procura de provas que justifiquem sua rebelião e, como não
conseguem encontrá-las, eles as fabricam. Isso, além deirracional, é desonesto!
Negar que Deus criou as instruções
contidas no DNA e insistir em afirmar que o olho e o cérebro foram produzidos
pela seleção natural, embora sabendo que eles não poderiam contribuir para a
sobrevivência enquanto não funcionassem, é o cúmulo da irracionalidade. Espalhar a mentira de que milhões de
insetos, micróbios e espécies de peixes e outros animais evoluíram uns dos
outros, de alguma maneira, e que esse processo gerou inumeráveis variedades
estáveis, sem formas intermediárias – quando deveria haver trilhões delas, se a
evolução fosse verdadeira – é o tipo mais corrupto deirracionalidade.
E o que dizer dos milhares
de tipos de plantas diferentes, desde a hera até as árvores, flores, frutas,
melões, cerejas, cada uma delas com a sua importância, sem mencionar as abelhas
e outras criaturas aladas que as polinizam, etc., etc? Sugerir que todos esses
seres vivos evoluíram uns dos outros, sem deixar qualquer traço disso é de uma irracionalidade indesculpável!
A falta de princípios é racional?
Os homossexuais e as
lésbicas alardeiam sua perversão nas paradas do “Orgulho Gay”. Orgulho de uma depravação repulsiva, que
diminui a expectativa de vida do indivíduo em 40 por cento ou mais e que
resultaria na exterminação da espécie humana se todos a adotassem?! Será que
eles esperam que a clonagem os perpetuará? Este é mais um dos exemplos
pecaminosos de irracionalidade que assolam a humanidade.
Muitas pessoas que se
autodenominam cristãs desobedecem deliberadamente aos ensinamentos básicos de
Cristo e ao Seu exemplo. Vários pastores e teólogos afirmam que ensinam os
princípios da Bíblia, mas não acreditam que ela seja infalível e suficiente.
Ou, então, declaram que certas porções dela são inspiradas, mas que ninguém
pode ter certeza do que Deus realmente disse. Mais uma vez, isso é irracional.
Imagine um zagueiro,
ao receber um cartão vermelho por causa de uma falta, chamar o juiz de
“intolerante”, dizendo que foi “sincero” e, portanto, não está sujeito às
regras.
Exigir “tolerância” em
questões morais é o máximo dairracionalidade. Não se pode participar nem de um jogo
sem regras. Imagine um zagueiro, ao receber um cartão vermelho por causa de uma
falta, chamar o juiz de “intolerante”, dizendo que foi “sincero” e, portanto,
não está sujeito às regras. Isso é ridículo. No entanto, um número enorme de
pessoas faz exatamente o mesmo com Deus. Elas continuam vivendo como se Deus
fosse suspender a Sua justiça e permitir que elas entrem no céu, não importa o
que pensem, digam ou façam – bastando afirmar que foram sinceras. Essas pessoas (e há milhões delas,
inclusive muitas que se dizem cristãs) são inacreditavelmente irracionais.
Não faz muito tempo, tive
que passar uma noite no hospital para uma intervenção cirúrgica por causa de
uma taquicardia que, vez por outra, me incomodava. Eu gosto de conversar com as
enfermeiras e médicos sobre o que realmente importa, e confesso que fiquei
impressionado com o número de enfermeiras que me disseram: “Eu posso confiar no
que bem entender”. Minha resposta foi: “Então, tirem o soro que eu vou embora
daqui!” As enfermeiras ficaram perplexas e perguntaram: “Mas, por que o senhor
está dizendo isso?” – “Eu não vou ficar num hospital onde as enfermeiras e
médicos podem confiar no que bem entenderem!” Elas responderam: “Estamos
falando de religião. É claro que existem procedimentos médicos definidos que
temos de seguir...” – “Ah! Então, existem regras para cuidar do corpo, mas
quando se trata da alma e do espírito, você pode acreditar em qualquer coisa?
Deus não tem regras para a entrada no céu? Isso é irracional!”
O dever de confrontar a irracionalidade do mundo
Esse é o tipo de pensamento
irracional que a maioria das pessoas adota nos dias de hoje. Elas são muito
sensíveis e cuidadosas com as coisas desta vida, mas, no que se refere à
eternidade, a razão é jogada fora. Precisamos confrontar essas pessoas com sua
irracionalidade e, em nome de Deus, tentar arrazoar com elas sobre a eternidade
e a salvação.
Na noite que antecedeu Sua
crucificação diante de uma multidão de escarnecedores, Cristo, desprezado e
rejeitado, não tendo lugar para morar, dormiu no chão, sobre uma túnica feita
em casa. Apesar disso, mais de um bilhão de pessoas acreditam que um homem que
é aclamado por multidões onde quer que passe, que tem centenas de túnicas
feitas de seda finíssima, bordadas a ouro, que mora num palácio de 1.100
cômodos no Vaticano, que tem um palácio de verão do mesmo tamanho e várias
outras residências, representa Aquele que foi pendurado nu no madeiro. Isso é o
cúmulo dairracionalidade.
Infelizmente, a maioria das
pessoas que espera que os outros sejam “razoáveis”, não é nem um pouco razoável
quando se trata da alma, do espírito, de Deus e da eternidade. A maioria das
pessoas religiosas se contenta em deixar que o pastor, ou a igreja, ou algum
outro líder religioso ou um guru lhes diga no que devem acreditar, e não se dão
ao trabalho de investigar por si mesmas. Isso também é irracional.
Pedro afirmou que devemos
estar “sempre preparados para
responder a todo aquele que... pedir razão da esperança que há em [nós]” (1 Pe
3.15). Nossa fé em Cristo
deve ser tão evidente a ponto de fazer com que as pessoas nos perguntem isso
com freqüência. E nossa resposta não deve ser um “testemunho” do modo como
fomos salvos (embora isso tenha o seu valor), e sim a razão da nossa fé confiante – “linguagem sadia e irrepreensível,
para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que
dizer a nosso respeito” (Tt 2.8).
O Deus da Bíblia fornece
razões mais que suficientes para que creiamos nEle e na Sua Palavra, e convida
a humanidade a arrazoar com Ele. Deus não obriga ninguém a aceitar a salvação
oferecida em Cristo. Ele quer o nosso coração. Que a nossa vida e as nossas
palavras possam convencer a muitos acerca da verdade e da racionalidade da “fé que uma vez por todas foi
entregue aos santos” (Jd 3).
FONTE CHAMADA.COMWWW.PENTECOSTALTEOLOGIA.BLOGSPOT.COM
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