A Espantosa Verdade do Arrebatamento
Quando nos sentamos e
contemplamos as grandes verdades contidas no plano de Deus para a história,
como estão reveladas na Bíblia, é verdadeiramente espantoso examinar tal
realidade. Uma listagem parcial incluiria o seguinte: a criação que Deus
realizou a partir do nada; a criação dos anjos de Deus e seu papel na história;
a queda do homem no pecado; a Arca de Noé e o Dilúvio; a torre de Babel; o
chamado de Abraão; o Êxodo e a formação da nação de Israel; a história de altos
e baixos de Israel; a primeira vinda de Cristo; Sua morte, ressurreição e
ascensão; a fundação da Igreja; e a promessa de Cristo de retornar e levar Sua
noiva para o céu no Arrebatamento. Estes fatos reais e históricos são maiores
do que qualquer relato fictício que a maioria dos fazedores de filmes poderia
conceber. Portanto, um dia o Pai dirá ao Filho para ir buscar Sua noiva e,
naquele momento, todo crente que estiver vivo, não importa onde esteja, será
levado para o alto, nas nuvens, para encontrar-se com o Senhor, a fim de ser
conduzido para o céu. Este será realmente um acontecimento fantástico!
O Impacto do Arrebatamento
Romanos 11.25 indica que o
ponto do disparo do Arrebatamento será quando “haja entrado a plenitude dos gentios”. Um dos melhores léxicos gregos de
nossos dias diz que o substantivo traduzido por “plenitude” nesta passagem
significa “o que é levado a ser completo; um número inteiro”.[1] Também Atos
15.14 diz: “Expôs Simão como Deus, primeiramente,
visitou os gentios, afim de constituir dentre eles um povo para o seu nome”. Desta forma, quando aquele
último gentio convertido vier à fé em Cristo, a Igreja, o Corpo de Cristo,
estará completa e o Arrebatamento acontecerá. O número completo dos gentios
terá chegado e então nosso Senhor voltará Sua atenção para a salvação de Israel
(Rm 11.26), durante o subseqüente período da Tribulação.
O Arrebatamento da Igreja
será um acontecimento verdadeiramente fabuloso, que confundirá o mundo. Pense
nele por um momento. Como é que o mundo (que hoje rejeita a possibilidade de
que um Deus que faz milagres esteja vivo) explicará o súbito desaparecimento de
centenas de milhões de pessoas em todo o mundo em um instante de tempo? De modo
geral, as pessoas que forem deixadas para trás não estarão abertas para a
possibilidade do Arrebatamento, embora todos aqueles que tiverem sido levados
sejam cristãos que criam na Bíblia. Seja qual for a explicação das autoridades,
será uma grande mentira que propagarão. No entanto, eu creio que o
Arrebatamento será um chamado para despertar àqueles muitos que estavam
familiarmente próximos dos cristãos antes do acontecimento.
Cônjuges, filhos, parentes,
vizinhos e amigos que ouviram aqueles cristãos tolos conversando sobre seu
súbito e aguardado desaparecimento certamente repararão nesse preocupante
evento global. Muitos começarão a vir à fé em Cristo depois do Arrebatamento e
antes que comece a Tribulação de sete anos. Afinal, haverá um intervalo de
tempo entre o Arrebatamento, que termina a era da Igreja, e o início da
Tribulação, que começa com a assinatura da aliança entre o Anticristo Romano
Reavivado e a nação de Israel (Dn 9.24-27). Esse intervalo poderá ser de dias,
semanas, meses ou até mesmo de anos, uma vez que será removido no Arrebatamento “aquele
que agora o detém”, a
saber, o Espírito Santo que habita na Igreja (2 Ts 2.6-8), possibilitando assim
o surgimento do homem da iniqüidade, isto é, do Anticristo.
Como é que o mundo
(que hoje rejeita a possibilidade de que um Deus que faz milagres esteja vivo)
explicará o súbito desaparecimento de centenas de milhões de pessoas em todo o
mundo em um instante de tempo?
Daniel 7 e 11 esboçam a
elevação da besta e do Anticristo ao poder e isto levará algum tempo. Primeiro,
haverá necessidade de que o Império Romano Reavivado de dez nações surja porque
será a partir dessa federação que subirá o pequeno chifre (Dn 7.20), e este é o
Anticristo. Isto demorará algum tempo. Depois, o Anticristo negociará ou imporá
a aliança de sete anos com Israel (Dn 9.27) e a Tribulação terá início.
O intervalo entre o
Arrebatamento e o início da Tribulação será, provavelmente, de um ano ou mais,
para que todos estes acontecimentos, que levam ao início da Tribulação, possam
começar. Creio que Deus, o Espírito Santo, conduzirá muitos à fé em Cristo como
o Messias mesmo antes do começo da Tribulação. A mim me parece que o evento do
Arrebatamento dará a ignição a um grande ajuntamento de almas para a fé em
Cristo, uma vez que será uma fantástica demonstração do poder miraculoso de
Deus em conjunção com um mover do Espírito Santo. Este atrairá indivíduos à fé
em Cristo ao abrir suas mentes para receberem a mensagem do Evangelho (At
16.14). Também parece que centenas de milhões de pessoas serão salvas durante o
período da Tribulação em si, como se pode observar em Apocalipse 7.9: “Depois
destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas
as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro,
vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos”.
Uma Atitude Adequada em Relação ao Arrebatamento
Qual é a atitude adequada
que os cristãos deveriam ter à medida que a noiva aguarda por seu Noivo?
Primeiro, não é uma atitude apropriada esperar que o maravilhoso Arrebatamento
ocorra para que possamos escapar das responsabilidades aqui na terra. Lembro-me
que, no Seminário, logo antes do exame de grego, um dos meus colegas disse:
“Não tenho nenhum problema que o Arrebatamento não pudesse resolver neste exato
momento”. O Arrebatamento é, para nós, um escape da ira de Deus, mas isto não
significa que seja uma fuga de responsabilidades. É verdade que “a
ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus” (Rm
8.19); e que “não
somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente
gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso
corpo” (Rm 8.23). Isto
é verdadeiro porque nós experimentamos a dor de viver debaixo de maldição em um
mundo decaído, e aguardamos diariamente a redenção do nosso corpo no
Arrebatamento.
Entretecidas por todas as
epístolas do Novo Testamento estão presentes as mensagens motivadoras sobre
como o retorno do Noivo para a Sua noiva, a qualquer momento, nos capacita a perseverar
na fé, nesta hora atual, a fim de agradá-lO.
Fico especialmente
impactado por aquilo que o apóstolo Pedro diz em 1 Pedro, capítulo 1. Repetidas
vezes, Pedro encoraja seus companheiros crentes judeus a suportarem as
dificuldades atuais à luz de sua futura herança, que eles receberão em Cristo.
Ele nos diz que nossa herança está “reservada nos céus para vós outros” (1Pe
1.4); que ela é uma“salvação preparada para revelar-se no
último tempo” (v. 5); e
que esta salvação“redunde em
louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo, a quem, não havendo visto,
amais” (vv. 7-8). Ainda
no capítulo 1, Pedro continua a admoestar os crentes judeus, da seguinte
maneira: “Por isso, cingindo o vosso entendimento,
sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na
revelação de Jesus Cristo” (v. 13). Vemos que a base de Pedro, assim como
dos outros escritores das epístolas do Novo Testamento, é estimular os crentes
a perseverarem no presente, mantendo o foco em nosso futuro com Cristo. Isto é
contrário ao pensamento de muitos hoje na Igreja, que ensinam que não podemos
falar sobre a profecia bíblica e o futuro porque estamos tratando de questões
no presente. Isso está errado! Os escritores inspirados das epístolas do Novo
Testamento sabiam que o plano de Deus para a Igreja é termos certeza sobre para
onde estamos indo no futuro, de sorte que os crentes tenham uma grande
confiança e esperança no presente.
Experimentamos a dor
de viver debaixo de maldição em um mundo decaído, e aguardamos diariamente a
redenção do nosso corpo no Arrebatamento.
O apóstolo João tem a mesma
mentalidade que a encontrada em Pedro, quando diz:“Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se
manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar,
seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo
se purifica todo o que nele temesta
esperança, assim como ele é puro” (1Jo 3.2-3). Observe que tanto Pedro quanto João
admoestam seu rebanho a “ter” a esperança fixada no futuro retorno de Cristo,
que resultará no viver piedoso no presente (1Pe 1.13; 1Jo 3.3). Quando um
crente sabe quem ele é em Cristo, é orientado adequadamente para seu destino em
Cristo, e pensa nas implicações que isto tem para sua vida, como poderia não viver
por Cristo no presente? Parte do problema está em que muitíssimos crentes,
inclusive pastores, não pensam sobre as implicações daquilo que o Novo
Testamento ensina nessas áreas. A lógica do Novo Testamento a respeito do
futuro é que ele causará impacto sobre a vida dos crentes no presente. Pelo
menos ele impactará aqueles que percebem as implicações deste ensinamento, que
está entretecido por todos os ensinamentos das epístolas do Novo Testamento.
Conclusão
Que maravilhoso dia será o
dia do Arrebatamento para todos os crentes que estiverem vivos, mesmo para
aqueles que não acham que ele pode acontecer a qualquer momento. Será
maravilhoso porque nossa salvação estará completa à medida que a Igreja
perceber tudo aquilo pelo que temos aguardado, inclusive vermos o Senhor face a
face pela primeira vez. A maravilhosa esperança do Arrebatamento para a Igreja
deveria ser algo real na vida de todos os crentes, porque as epístolas se
aplicam a nós hoje tanto quanto se aplicavam aos crentes quando elas foram escritas.
Tal maravilhosa esperança é uma das principais razões pelas quais nós
alegremente vivemos por Cristo hoje e priorizamos nossa vida tendo em vista os
valores eternos, sabendo que temos “uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus
para vós outros” (1Pe 1.4) Maranata! (Pre-Trib
Perspectives)
Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center..
Ele é autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia
de Estudo Profética.
Nota:
1. W. F. Arndt, F. W.
Danker, F. W. Gingrich, & Walter Bauer, A Greek-English Lexicon of the New
Testament and Other Early Christian Literature [Um Léxico Greco-Inglês do Novo
Testamento e de Outras Literaturas Cristãs Primitivas], 3ª ed. (Chicago:
University of Chicago Press, 2000), p. 830.
A Verdade
Sobre o Arrebatamento
Uma pesquisa recente da
revista U.S. News &
World Report descobriu que 61 por cento dos americanos
acreditam que Jesus Cristo vai voltar à terra, e 44 por cento acreditam no
Arrebatamento da Igreja.[1] O que é o Arrebatamento? Com tamanha certeza
popular, por que há tanta confusão interpretativa a respeito desses
acontecimentos? A doutrina do Arrebatamento pré-tribulacional é um ensino
bíblico importante não apenas por oferecer percepções interessantes sobre o
futuro, mas também porque oferece aos crentes motivação para a vida
contemporânea.
O Arrebatamento
pré-tribulacional ensina que, antes do período de sete anos conhecido como
Tribulação, todos os membros do corpo de Cristo (tanto os vivos quanto os
mortos) serão arrebatados nos ares para o encontro com Jesus Cristo e depois
serão levados ao céu.
O ensino do Arrebatamento é
mais claramente apresentado em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Nessa passagem Paulo
informa seus leitores de que os crentes que estiverem vivos por ocasião do
Arrebatamento serão reunidos aos que morreram em Cristo antes deles. No
versículo 17 a palavra "arrebatados" traduz a palavra grega harpazo, que significa
"dominar por meio de força" ou "capturar". Essa palavra é
usada 14 vezes no Novo Testamento Grego de várias maneiras diferentes.
Ocasionalmente o Novo
Testamento usa harpazo com
o sentido de "roubar", "arrastar" ou "carregar para
longe" (Mateus 12.29; João 10.12). Também pode ser usada com o sentido de
"levar embora com uso de força" (João 6.15; 10.28-29; Atos 23.10;
Judas 23). No entanto, para nossos propósitos, um terceiro uso é mais
significativo. Diz respeito ao Espírito Santo levando alguém de um lugar para
outro. Encontramos esse uso em quatro ocorrências (Atos 8.39; 2 Coríntios 12.2,
4; 1 Tessalonicenses 4.17; Apocalipse 12.5).[2]
Esse último uso é ilustrado
em Atos 8.39, quando Filipe, ao completar o batismo do oficial etíope, é
"arrebatado" e divinamente transportado do deserto até a cidade
costeira de Azoto. De modo semelhante, a Igreja será, num momento, levada da
terra ao céu. Não deve-se estranhar, portanto, que um autor contemporâneo tenha
chamado esse evento peculiar de "O Grande Seqüestro".[...]
Por que a doutrina da iminência é significativa para o
Arrebatamento?
O ensino neo-testamentário
de que Cristo poderia voltar a qualquer momento e arrebatar a Sua Igreja sem
sinais ou advertências prévios (i.e. iminência) é um argumento tão poderoso em
favor do pré-tribulacionismo que se tornou uma das doutrinas mais ferozmente
atacadas pelos oponentes da posição pré-tribulacionista. Eles percebem que, se
o Novo Testamento de fato ensinar a iminência, um arrebatametno
pré-tribulacional estará praticamente assegurado.
Definição de Iminência
Qual é a definição bíblica
de iminência?
O Dr. Renald Showers define e descreve iminência da
seguinte maneira:
1.
Um acontecimento iminente é aquele que está sempre
"pairando acima de alguém, constantemente prestes a vir sobre ou a
alcançar alguém; próximo quanto à sua ocorrência" (The Oxford English Dictionary,
1901, V. 66). Assim, a iminência traz consigo o sentido de que algo pode
acontecer a qualquer momento. Outras coisaspodem acontecer
antes do evento iminente, mas nada precisa acontecer
antes que ele aconteça. Se alguma coisa precisa acontecer antes de determinado
evento ocorrer, tal evento não é iminente. Em outras palavras, a necessidade de
que algo ocorra antes destrói o conceito de iminência.
2.
Uma vez que é impossível saber exatamente quando ocorrerá um
evento iminente, não se pode contar com a passagem de determinado período de
tempo antes que tal evento iminente ocorra. À luz disso, é preciso estar sempre
preparado para que ele aconteça a qualquer momento.
3.
Não se pode legitimamente estabelecer direta ou implicitamente
uma data para sua ocorrência. Assim que alguém marca uma data para um evento
iminente, destrói o conceito de iminência, porque ao fazer isso afirma que um
determinado intervalo de tempo deve transcorrer antes que tal evento ocorra.
Uma data específica para um evento é contrária ao conceito de que tal evento
possa ocorrer a qualquer momento.
4.
É impossível dizer legitimamente que um evento iminente vai
acontecer em breve. A expressão "em breve" implica que tal
evento precisa ocorrer
"dentro de um tempo pequeno (depois de um ponto específico designado ou
implícito)". Em termos de contraste, um evento iminente pode ocorrer dentro de um
pequeno intervalo de tempo, mas não precisa fazê-lo
para ser iminente. Espero que você perceba, agora, que "iminente" não
é igual a "em breve".[3]
O fato de que Jesus Cristo
pode voltar a qualquer momento, mesmo que não necessariamente em breve, e sem a
necessidade de qualquer sinal anterior à Sua vinda, requer o tipo de iminência
ensinado pela posição pré-tribulacionista e é um forte apoio ao
pré-tribulacionismo.
Que passagens do Novo
Testamento ensinam essa verdade? Os versículos que afirmam a volta de Cristo a
qualquer momento, sem aviso prévio, e aqueles que instruem os crentes a esperar
e aguardar a vinda do Senhor ensinam a doutrina da iminência.
Observem-se as seguintes
passagens do Novo Testamento:
·
1 Coríntios 1.7 – "...aguardando
vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo".
·
1 Coríntios 16.22 – "Maranata!"
·
Filipenses 3.20 – "Pois
a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor
Jesus Cristo".
·
Filipenses 4.5 – "Perto
está o Senhor".
·
1 Tessalonicenses 1.10 – "e
para aguardardes dos céus o Seu Filho...".
·
1 Tessalonicenses 4.15-18 – "Ora,
ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos
até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o
Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada
a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente
com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos
para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas
palavras".
·
1 Tessalonicenses 5.6 – "Assim,
pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos
sóbrios".
·
1 Timóteo 6.14 – "que
guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor
Jesus Cristo".
·
Tito 2.13 – "aguardando
a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador
Cristo Jesus".
·
Hebreus 9.28 – "assim
também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de
muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a
salvação".
·
Tiago 5.7-9 – "Sede,
pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor... pois a vinda do Senhor está
próxima... Eis que o Juiz está às portas".
·
1 Pedro 1.13 – "Por
isso,... sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo
trazida na revelação de Jesus Cristo".
·
Judas 21 – "guardai-vos
no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a
vida eterna".
·
Apocalipse 3.11; 22.7, 12, 20 – "Eis
que venho sem demora!"
·
Apocalipse 22.17, 20 – "O Espírito e a
Noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem.
Aquele que dá testemunho destas cousas diz: Certamente
venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus!"
Ao considerarmos as
passagens mencionadas acima, observamos que Cristo pode voltar a qualquer
momento, que o Arrebatamento é de fato iminente. Somente o pré-tribulacionismo
pode dar um sentido pleno, literal, a tal acontecimento iminente. Outras
posições sobre o Arrebatamento precisam redefinir iminência de maneira mais
elástica do que indica o Novo Testamento. O Dr. John Walvoord declara: "A
exortação a que aguardemos a ‘manifestação da glória’ de Cristo para os Seus
(Tito 2.13) perde seu significado se a Tribulação tiver que ocorrer antes.
Fosse esse o caso, os crentes deveriam observar os sinais."[4] Se a
posição pré-tribulacionista sobre a iminência não for aceita, então haverá
sentido em procurar identificar os eventos relacionados à Tribulação (i.e., o
Anticristo, as duas testemunhas, etc.) e não em esperar o próprio Cristo. O
Novo Testamento, todavia, como demonstrado acima, uniformemente instrui a
Igreja a olhar para a volta de Cristo, ao passo que os santos da Tribulação são
exortados a observar os sinais.
A exortação
neo-testamentária a que nos consolemos mutuamente pela volta de Cristo (João
14.1; 1 Tessalonicenses 4.18) não mais teria sentido se os crentes tivessem,
primeiro, que passar por qualquer porção da Tribulação. Em vez disso, o consolo
teria que esperar a passagem pelos eventos da Tribulação. Não! A Igreja recebeu
uma "bendita esperança", em parte porque a volta do Senhor é, de
fato, iminente.
A Igreja primitiva tinha
uma saudação especial que os crentes só usavam entre si, conforme registrado em
1 Coríntios 16.22: a palavra "Maranata!" Esta palavra é constituída
de três termos aramaicos: Mar ("Senhor"), ana ("nosso"), e
tha ("vem"), significando, assim, "Vem, nosso Senhor!" Como
outras passagens do Novo Testamento, "Maranata" só faz sentido se uma
vinda iminente, ou seja, a qualquer momento, for pressuposta. Isso também serve
de apoio à posição pré-tribulacionista.
Não foi à toa que os
antigos cristãos cunharam essa saudação peculiar que reflete uma ansiosa
expectativa pelo cumprimento dessa bendita esperança como uma presença real em
suas vidas cotidianas. A vida da Igreja em nossos dias só teria a melhorar se
"Maranata" voltasse a ser uma saudação sincera nos lábios de crentes
que vivem com esta expectativa. Maranata!
Notas
1.
Jeffrey L.
Sheler, “The Christmas Covenant”. U.S. News & World Report, 19
de dezembro de 1994, pp. 62, 64.
2.
Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento,
“harpazo”, editado por Colin Brown. Vida Nova, São Paulo, 1982. Volume 1, p.
239-243.
3.
Ibid., pp. 127-128.
4. Walvoord, The Rapture Question, p. 273.
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