quinta-feira, 2 de abril de 2015

COMPREENDENDO O ARREBATAMENTO

              

               A Espantosa Verdade do Arrebatamento

Quando nos sentamos e contemplamos as grandes verdades contidas no plano de Deus para a história, como estão reveladas na Bíblia, é verdadeiramente espantoso examinar tal realidade. Uma listagem parcial incluiria o seguinte: a criação que Deus realizou a partir do nada; a criação dos anjos de Deus e seu papel na história; a queda do homem no pecado; a Arca de Noé e o Dilúvio; a torre de Babel; o chamado de Abraão; o Êxodo e a formação da nação de Israel; a história de altos e baixos de Israel; a primeira vinda de Cristo; Sua morte, ressurreição e ascensão; a fundação da Igreja; e a promessa de Cristo de retornar e levar Sua noiva para o céu no Arrebatamento. Estes fatos reais e históricos são maiores do que qualquer relato fictício que a maioria dos fazedores de filmes poderia conceber. Portanto, um dia o Pai dirá ao Filho para ir buscar Sua noiva e, naquele momento, todo crente que estiver vivo, não importa onde esteja, será levado para o alto, nas nuvens, para encontrar-se com o Senhor, a fim de ser conduzido para o céu. Este será realmente um acontecimento fantástico!

O Impacto do Arrebatamento

Romanos 11.25 indica que o ponto do disparo do Arrebatamento será quando “haja entrado a plenitude dos gentios”. Um dos melhores léxicos gregos de nossos dias diz que o substantivo traduzido por “plenitude” nesta passagem significa “o que é levado a ser completo; um número inteiro”.[1] Também Atos 15.14 diz: “Expôs Simão como Deus, primeiramente, visitou os gentios, afim de constituir dentre eles um povo para o seu nome”. Desta forma, quando aquele último gentio convertido vier à fé em Cristo, a Igreja, o Corpo de Cristo, estará completa e o Arrebatamento acontecerá. O número completo dos gentios terá chegado e então nosso Senhor voltará Sua atenção para a salvação de Israel (Rm 11.26), durante o subseqüente período da Tribulação.
O Arrebatamento da Igreja será um acontecimento verdadeiramente fabuloso, que confundirá o mundo. Pense nele por um momento. Como é que o mundo (que hoje rejeita a possibilidade de que um Deus que faz milagres esteja vivo) explicará o súbito desaparecimento de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo em um instante de tempo? De modo geral, as pessoas que forem deixadas para trás não estarão abertas para a possibilidade do Arrebatamento, embora todos aqueles que tiverem sido levados sejam cristãos que criam na Bíblia. Seja qual for a explicação das autoridades, será uma grande mentira que propagarão. No entanto, eu creio que o Arrebatamento será um chamado para despertar àqueles muitos que estavam familiarmente próximos dos cristãos antes do acontecimento.
Cônjuges, filhos, parentes, vizinhos e amigos que ouviram aqueles cristãos tolos conversando sobre seu súbito e aguardado desaparecimento certamente repararão nesse preocupante evento global. Muitos começarão a vir à fé em Cristo depois do Arrebatamento e antes que comece a Tribulação de sete anos. Afinal, haverá um intervalo de tempo entre o Arrebatamento, que termina a era da Igreja, e o início da Tribulação, que começa com a assinatura da aliança entre o Anticristo Romano Reavivado e a nação de Israel (Dn 9.24-27). Esse intervalo poderá ser de dias, semanas, meses ou até mesmo de anos, uma vez que será removido no Arrebatamento “aquele que agora o detém”, a saber, o Espírito Santo que habita na Igreja (2 Ts 2.6-8), possibilitando assim o surgimento do homem da iniqüidade, isto é, do Anticristo.
Como é que o mundo (que hoje rejeita a possibilidade de que um Deus que faz milagres esteja vivo) explicará o súbito desaparecimento de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo em um instante de tempo?
Daniel 7 e 11 esboçam a elevação da besta e do Anticristo ao poder e isto levará algum tempo. Primeiro, haverá necessidade de que o Império Romano Reavivado de dez nações surja porque será a partir dessa federação que subirá o pequeno chifre (Dn 7.20), e este é o Anticristo. Isto demorará algum tempo. Depois, o Anticristo negociará ou imporá a aliança de sete anos com Israel (Dn 9.27) e a Tribulação terá início.
O intervalo entre o Arrebatamento e o início da Tribulação será, provavelmente, de um ano ou mais, para que todos estes acontecimentos, que levam ao início da Tribulação, possam começar. Creio que Deus, o Espírito Santo, conduzirá muitos à fé em Cristo como o Messias mesmo antes do começo da Tribulação. A mim me parece que o evento do Arrebatamento dará a ignição a um grande ajuntamento de almas para a fé em Cristo, uma vez que será uma fantástica demonstração do poder miraculoso de Deus em conjunção com um mover do Espírito Santo. Este atrairá indivíduos à fé em Cristo ao abrir suas mentes para receberem a mensagem do Evangelho (At 16.14). Também parece que centenas de milhões de pessoas serão salvas durante o período da Tribulação em si, como se pode observar em Apocalipse 7.9: “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos”.

Uma Atitude Adequada em Relação ao Arrebatamento

Qual é a atitude adequada que os cristãos deveriam ter à medida que a noiva aguarda por seu Noivo? Primeiro, não é uma atitude apropriada esperar que o maravilhoso Arrebatamento ocorra para que possamos escapar das responsabilidades aqui na terra. Lembro-me que, no Seminário, logo antes do exame de grego, um dos meus colegas disse: “Não tenho nenhum problema que o Arrebatamento não pudesse resolver neste exato momento”. O Arrebatamento é, para nós, um escape da ira de Deus, mas isto não significa que seja uma fuga de responsabilidades. É verdade que “a ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8.19); e que “não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23). Isto é verdadeiro porque nós experimentamos a dor de viver debaixo de maldição em um mundo decaído, e aguardamos diariamente a redenção do nosso corpo no Arrebatamento.
Entretecidas por todas as epístolas do Novo Testamento estão presentes as mensagens motivadoras sobre como o retorno do Noivo para a Sua noiva, a qualquer momento, nos capacita a perseverar na fé, nesta hora atual, a fim de agradá-lO.
Fico especialmente impactado por aquilo que o apóstolo Pedro diz em 1 Pedro, capítulo 1. Repetidas vezes, Pedro encoraja seus companheiros crentes judeus a suportarem as dificuldades atuais à luz de sua futura herança, que eles receberão em Cristo. Ele nos diz que nossa herança está “reservada nos céus para vós outros” (1Pe 1.4); que ela é uma“salvação preparada para revelar-se no último tempo” (v. 5); e que esta salvação“redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo, a quem, não havendo visto, amais” (vv. 7-8). Ainda no capítulo 1, Pedro continua a admoestar os crentes judeus, da seguinte maneira: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo” (v. 13). Vemos que a base de Pedro, assim como dos outros escritores das epístolas do Novo Testamento, é estimular os crentes a perseverarem no presente, mantendo o foco em nosso futuro com Cristo. Isto é contrário ao pensamento de muitos hoje na Igreja, que ensinam que não podemos falar sobre a profecia bíblica e o futuro porque estamos tratando de questões no presente. Isso está errado! Os escritores inspirados das epístolas do Novo Testamento sabiam que o plano de Deus para a Igreja é termos certeza sobre para onde estamos indo no futuro, de sorte que os crentes tenham uma grande confiança e esperança no presente.
Experimentamos a dor de viver debaixo de maldição em um mundo decaído, e aguardamos diariamente a redenção do nosso corpo no Arrebatamento.
O apóstolo João tem a mesma mentalidade que a encontrada em Pedro, quando diz:“Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele temesta esperança, assim como ele é puro” (1Jo 3.2-3). Observe que tanto Pedro quanto João admoestam seu rebanho a “ter” a esperança fixada no futuro retorno de Cristo, que resultará no viver piedoso no presente (1Pe 1.13; 1Jo 3.3). Quando um crente sabe quem ele é em Cristo, é orientado adequadamente para seu destino em Cristo, e pensa nas implicações que isto tem para sua vida, como poderia não viver por Cristo no presente? Parte do problema está em que muitíssimos crentes, inclusive pastores, não pensam sobre as implicações daquilo que o Novo Testamento ensina nessas áreas. A lógica do Novo Testamento a respeito do futuro é que ele causará impacto sobre a vida dos crentes no presente. Pelo menos ele impactará aqueles que percebem as implicações deste ensinamento, que está entretecido por todos os ensinamentos das epístolas do Novo Testamento.

Conclusão

Que maravilhoso dia será o dia do Arrebatamento para todos os crentes que estiverem vivos, mesmo para aqueles que não acham que ele pode acontecer a qualquer momento. Será maravilhoso porque nossa salvação estará completa à medida que a Igreja perceber tudo aquilo pelo que temos aguardado, inclusive vermos o Senhor face a face pela primeira vez. A maravilhosa esperança do Arrebatamento para a Igreja deveria ser algo real na vida de todos os crentes, porque as epístolas se aplicam a nós hoje tanto quanto se aplicavam aos crentes quando elas foram escritas. Tal maravilhosa esperança é uma das principais razões pelas quais nós alegremente vivemos por Cristo hoje e priorizamos nossa vida tendo em vista os valores eternos, sabendo que temos “uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (1Pe 1.4) Maranata! (Pre-Trib Perspectives)
Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center.. Ele é autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia de Estudo Profética.

Nota:

1. W. F. Arndt, F. W. Danker, F. W. Gingrich, & Walter Bauer, A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature [Um Léxico Greco-Inglês do Novo Testamento e de Outras Literaturas Cristãs Primitivas], 3ª ed. (Chicago: University of Chicago Press, 2000), p. 830.

 

A Verdade Sobre o Arrebatamento

Thomas Ice e Timothy Demy
Uma pesquisa recente da revista U.S. News & World Report descobriu que 61 por cento dos americanos acreditam que Jesus Cristo vai voltar à terra, e 44 por cento acreditam no Arrebatamento da Igreja.[1] O que é o Arrebatamento? Com tamanha certeza popular, por que há tanta confusão interpretativa a respeito desses acontecimentos? A doutrina do Arrebatamento pré-tribulacional é um ensino bíblico importante não apenas por oferecer percepções interessantes sobre o futuro, mas também porque oferece aos crentes motivação para a vida contemporânea.
O Arrebatamento pré-tribulacional ensina que, antes do período de sete anos conhecido como Tribulação, todos os membros do corpo de Cristo (tanto os vivos quanto os mortos) serão arrebatados nos ares para o encontro com Jesus Cristo e depois serão levados ao céu.
O ensino do Arrebatamento é mais claramente apresentado em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Nessa passagem Paulo informa seus leitores de que os crentes que estiverem vivos por ocasião do Arrebatamento serão reunidos aos que morreram em Cristo antes deles. No versículo 17 a palavra "arrebatados" traduz a palavra grega harpazo, que significa "dominar por meio de força" ou "capturar". Essa palavra é usada 14 vezes no Novo Testamento Grego de várias maneiras diferentes.
Ocasionalmente o Novo Testamento usa harpazo com o sentido de "roubar", "arrastar" ou "carregar para longe" (Mateus 12.29; João 10.12). Também pode ser usada com o sentido de "levar embora com uso de força" (João 6.15; 10.28-29; Atos 23.10; Judas 23). No entanto, para nossos propósitos, um terceiro uso é mais significativo. Diz respeito ao Espírito Santo levando alguém de um lugar para outro. Encontramos esse uso em quatro ocorrências (Atos 8.39; 2 Coríntios 12.2, 4; 1 Tessalonicenses 4.17; Apocalipse 12.5).[2]
Esse último uso é ilustrado em Atos 8.39, quando Filipe, ao completar o batismo do oficial etíope, é "arrebatado" e divinamente transportado do deserto até a cidade costeira de Azoto. De modo semelhante, a Igreja será, num momento, levada da terra ao céu. Não deve-se estranhar, portanto, que um autor contemporâneo tenha chamado esse evento peculiar de "O Grande Seqüestro".[...]

Por que a doutrina da iminência é significativa para o Arrebatamento?

O ensino neo-testamentário de que Cristo poderia voltar a qualquer momento e arrebatar a Sua Igreja sem sinais ou advertências prévios (i.e. iminência) é um argumento tão poderoso em favor do pré-tribulacionismo que se tornou uma das doutrinas mais ferozmente atacadas pelos oponentes da posição pré-tribulacionista. Eles percebem que, se o Novo Testamento de fato ensinar a iminência, um arrebatametno pré-tribulacional estará praticamente assegurado.

Definição de Iminência

Qual é a definição bíblica de iminência? O Dr. Renald Showers define e descreve iminência da seguinte maneira:
1.     Um acontecimento iminente é aquele que está sempre "pairando acima de alguém, constantemente prestes a vir sobre ou a alcançar alguém; próximo quanto à sua ocorrência" (The Oxford English Dictionary, 1901, V. 66). Assim, a iminência traz consigo o sentido de que algo pode acontecer a qualquer momento. Outras coisaspodem acontecer antes do evento iminente, mas nada precisa acontecer antes que ele aconteça. Se alguma coisa precisa acontecer antes de determinado evento ocorrer, tal evento não é iminente. Em outras palavras, a necessidade de que algo ocorra antes destrói o conceito de iminência.
2.     Uma vez que é impossível saber exatamente quando ocorrerá um evento iminente, não se pode contar com a passagem de determinado período de tempo antes que tal evento iminente ocorra. À luz disso, é preciso estar sempre preparado para que ele aconteça a qualquer momento.
3.     Não se pode legitimamente estabelecer direta ou implicitamente uma data para sua ocorrência. Assim que alguém marca uma data para um evento iminente, destrói o conceito de iminência, porque ao fazer isso afirma que um determinado intervalo de tempo deve transcorrer antes que tal evento ocorra. Uma data específica para um evento é contrária ao conceito de que tal evento possa ocorrer a qualquer momento.
4.     É impossível dizer legitimamente que um evento iminente vai acontecer em breve. A expressão "em breve" implica que tal evento precisa ocorrer "dentro de um tempo pequeno (depois de um ponto específico designado ou implícito)". Em termos de contraste, um evento iminente pode ocorrer dentro de um pequeno intervalo de tempo, mas não precisa fazê-lo para ser iminente. Espero que você perceba, agora, que "iminente" não é igual a "em breve".[3]
O fato de que Jesus Cristo pode voltar a qualquer momento, mesmo que não necessariamente em breve, e sem a necessidade de qualquer sinal anterior à Sua vinda, requer o tipo de iminência ensinado pela posição pré-tribulacionista e é um forte apoio ao pré-tribulacionismo.
Que passagens do Novo Testamento ensinam essa verdade? Os versículos que afirmam a volta de Cristo a qualquer momento, sem aviso prévio, e aqueles que instruem os crentes a esperar e aguardar a vinda do Senhor ensinam a doutrina da iminência.
Observem-se as seguintes passagens do Novo Testamento:
·        1 Coríntios 1.7 – "...aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo".
·        1 Coríntios 16.22 – "Maranata!"
·        Filipenses 3.20 – "Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo".
·        Filipenses 4.5 – "Perto está o Senhor".
·        1 Tessalonicenses 1.10 – "e para aguardardes dos céus o Seu Filho...".
·        1 Tessalonicenses 4.15-18 – "Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras".
·        1 Tessalonicenses 5.6 – "Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios".
·        1 Timóteo 6.14 – "que guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo".
·        Tito 2.13 – "aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus".
·        Hebreus 9.28 – "assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação".
·        Tiago 5.7-9 – "Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor... pois a vinda do Senhor está próxima... Eis que o Juiz está às portas".
·        1 Pedro 1.13 – "Por isso,... sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo".
·        Judas 21 – "guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna".
·        Apocalipse 3.11; 22.7, 12, 20 – "Eis que venho sem demora!"
·        Apocalipse 22.17, 20 – "O Espírito e a Noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem.

Aquele que dá testemunho destas cousas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus!"

Ao considerarmos as passagens mencionadas acima, observamos que Cristo pode voltar a qualquer momento, que o Arrebatamento é de fato iminente. Somente o pré-tribulacionismo pode dar um sentido pleno, literal, a tal acontecimento iminente. Outras posições sobre o Arrebatamento precisam redefinir iminência de maneira mais elástica do que indica o Novo Testamento. O Dr. John Walvoord declara: "A exortação a que aguardemos a ‘manifestação da glória’ de Cristo para os Seus (Tito 2.13) perde seu significado se a Tribulação tiver que ocorrer antes. Fosse esse o caso, os crentes deveriam observar os sinais."[4] Se a posição pré-tribulacionista sobre a iminência não for aceita, então haverá sentido em procurar identificar os eventos relacionados à Tribulação (i.e., o Anticristo, as duas testemunhas, etc.) e não em esperar o próprio Cristo. O Novo Testamento, todavia, como demonstrado acima, uniformemente instrui a Igreja a olhar para a volta de Cristo, ao passo que os santos da Tribulação são exortados a observar os sinais.
A exortação neo-testamentária a que nos consolemos mutuamente pela volta de Cristo (João 14.1; 1 Tessalonicenses 4.18) não mais teria sentido se os crentes tivessem, primeiro, que passar por qualquer porção da Tribulação. Em vez disso, o consolo teria que esperar a passagem pelos eventos da Tribulação. Não! A Igreja recebeu uma "bendita esperança", em parte porque a volta do Senhor é, de fato, iminente.
A Igreja primitiva tinha uma saudação especial que os crentes só usavam entre si, conforme registrado em 1 Coríntios 16.22: a palavra "Maranata!" Esta palavra é constituída de três termos aramaicos: Mar ("Senhor"), ana ("nosso"), e tha ("vem"), significando, assim, "Vem, nosso Senhor!" Como outras passagens do Novo Testamento, "Maranata" só faz sentido se uma vinda iminente, ou seja, a qualquer momento, for pressuposta. Isso também serve de apoio à posição pré-tribulacionista.
Não foi à toa que os antigos cristãos cunharam essa saudação peculiar que reflete uma ansiosa expectativa pelo cumprimento dessa bendita esperança como uma presença real em suas vidas cotidianas. A vida da Igreja em nossos dias só teria a melhorar se "Maranata" voltasse a ser uma saudação sincera nos lábios de crentes que vivem com esta expectativa. Maranata! 

Notas

1.     Jeffrey L. Sheler, “The Christmas Covenant”. U.S. News & World Report, 19 de dezembro de 1994, pp. 62, 64.
2.     Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, “harpazo”, editado por Colin Brown. Vida Nova, São Paulo, 1982. Volume 1, p. 239-243.
3.     Ibid., pp. 127-128.
4.     Walvoord, The Rapture Question, p. 273.


 

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