Uma
Resposta ao Ateísmo
. Será que vale a pena um cristão comum como eu, que
tem apenas a Bíblia e um certificado de ensino médio, tentar se colocar contra
esse ateu tão instruído?”.
Resposta: É claro que
sim! Cristo afirmou: “Se vós
permanecerdes na minha palavra [...] conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará” (João 8.31-32). Sua
confiança não está depositada na instrução ou inteligência que recebeu.
Lembre-se de como Davi repreendeu o exército de Israel que estava tremendo
diante de Golias, com medo de partir para o confronto direto: “Quem é, pois, esse incircunciso
filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (1 Samuel 17.26b). Ele não foi se aproximando do gigante
devagar, repleto de admiração ou medo; ele foi correndo, cheio de ousadia e
confiança. Quando os filisteus zombaram dele, Davi gritou: “Tu vens contra mim com espada, e
com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de
Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo, o SENHOR te entregará nas minhas mãos” (1
Samuel 17.45-46). Hoje em dia, estamos
precisando dessa mesma confiança inabalável no Senhor!
Se você realmente
conhece a Deus, conhece Sua Palavra e está andando com Ele, já tem tudo de que
precisa para envergonhar . Não se deixe intimidar por esse homem. Ele
está blefando. Ele não é nenhum especialista na “precisão histórica” dos quatro
evangelhos. Ele leu alguns críticos que partem do pressuposto de que a Bíblia
não é o que afirma ser e então tentam provar isso.
Já foram escritos
muitos livros que provam a historicidade da Bíblia e revelam claramente que as
alegações de contra a Palavra de Deus são mentiras. Eu mesmo já escrevi
muito sobre as provas irrefutáveis da autenticidade da Bíblia. Mas vamos tentar
aqui uma abordagem mais simples. Acompanhe meu raciocínio:
As alegações dos
críticos que atacam a autoria da Bíblia são ridículas. Eles literalmente acusam
a Bíblia de ser uma fraude intencional do princípio ao fim! Eles dizem, por
exemplo, que Daniel não escreveu o livro que traz seu nome. Ele teria sido
escrito séculos mais tarde, por um impostor. E que prova eles têm disso?
Eles estão convencidos
de que milagres não acontecem, de modo que a história dos três hebreus andando
no meio de uma fornalha ardente sem sequer chamuscar os cabelos não pode ser
verdade. Daniel também não poderia ter sobrevivido numa cova de leões famintos;
portanto essa história também é ficção. Essa é a “evidência” que os críticos
apresentam. É claro que é justamente o que está procurando, e ele a
passa adiante como se tivesse comprovado pessoalmente tudo que os críticos
disseram.
O Livro de Daniel
contém profecias precisas a respeito de eventos que a história registra e que
ocorreram quatro séculos depois da época de Daniel. Mas os críticos não
acreditam em profecia inspirada por Deus. Portanto, o que o Livro de Daniel diz
sobre Antíoco Epifânio, por exemplo, não poderia ter sido escrito por alguém
chamado Daniel, que viveu nos dias de Nabucodonosor, que foi testemunha ocular
e participante dos acontecimentos narrados no livro que traz seu nome, e que
recebeu de Deus as profecias ali registradas. “Daniel” tem que ser um impostor
desconhecido que viveu 400 anos depois. O Livro de Daniel precisa ser
desacreditado, ou seus leitores começarão a acreditar em profecia bíblica e
milagres – e, conseqüentemente, em Deus. A única coisa que interessa a Dawkins
é desacreditar a Bíblia; ele não quer a verdade que desmascararia seu ateísmo
como a tolice que obviamente é.
O mesmo acontece com
tudo o que está escrito na Bíblia, dizem os ateus. O nível de irracionalidade
dessa afirmação é inacreditável. Ela equivale a dizer, por exemplo, que não
existe um só autor honesto entre os escritores bíblicos; todos eles mentiram!
Tudo é uma enorme fraude, do Gênesis ao Apocalipse. Os discípulos devem ter
sido personagens fictícios; Jesus provavelmente nunca existiu; Paulo inventou
um evangelho diferente do que Jesus pregou... e os absurdos se sucedem.
Para que uma fraude
dessas proporções fosse tão bem coordenada, século após século,alguém tinha que estar supervisionando a
construção da farsa! Ele teria que ser eterno e ter, pelo menos, acesso
intermitente à mente humana. Quem poderia ser esse personagem?
As mentiras
intencionais e a falsidade que os ateus atribuem aos homens que afirmaram ter
sido inspirados por Deus para escrever as Escrituras não têm a menor
credibilidade. Por outro lado, o que os escritores bíblicos dizem soa genuíno.
Pedro jura solenemente:“Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós
mesmos fomos testemunhas oculares [...]” (2 Pedro 1.16). João diz: “O que era desde o princípio, o que
temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que
contemplamos, e as nossas mãos apalparam [...] anunciamos também a vós outros
[...]” (1 João 1.1-3). E jura
solenemente: “Este é o
discípulo que dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu; e
sabemos que o seu testemunho é verdadeiro” (João 21.24). Os ateus insistem em dizer que isso
foi escrito séculos mais tarde por um impostor fingindo ser João! Que motivo
ele teria, e quem lhe pagou para fazer isso?
Lucas também
testifica: “[...] muitos houve
que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram,
conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas
oculares [...], igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação
de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma
exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste
instruído” (Lucas 1.1-4). Será
que Lucas também está mentindo? É preciso mais fé para acreditar nessa ridícula
teoria de conspiração do que para crer na verdade. Além disso, se todos esses
homens mentiram e as profecias foram escritas depois dos fatos acontecidos, por
que eles não escreveram as profecias de uma forma mais clara, como impostores
certamente teriam feito?
Profecia
Bíblica - Prova da Existência de Deus
O estudo da profecia
bíblica nos faz cristãos mais qualificados, mais capacitados e ativos, cristãos
que têm Jesus no centro de suas vidas e que vivem e agem adequados a essa
realidade. Cristãos que se aprofundam nas profecias estão convictos que Deus
sempre cumpre o que prometeu e que Ele detém a palavra final acerca da história
mundial e do plano da salvação.
A profecia bíblica não
serve para satisfazer a pura curiosidade nem para especulações malucas ou para
“revelações” particulares. Pelo contrário, ela nos fará praticantes da Palavra,
cristãos com Jesus no centro de suas vidas, que vivem e agem de acordo com essa
realidade. O próprio Senhor nos exorta a analisar o tempo em que vivemos à luz
da profecia bíblica.
Profecia hoje: sinais dos tempos
Quando os fariseus e
saduceus tentaram o Senhor Jesus pedindo-Lhe que mostrasse um sinal do céu, Ele
lhes respondeu: “Chegada
a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está avermelhado; e, pela
manhã: Hoje, haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio.
Sabeis, na verdade, discernir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais
dos tempos?” (Mt 16.2-3). Os religiosos daquela época não
perceberam que o maior sinal de todos os tempos encontrava-se, em carne e
sangue, bem à sua frente, e este era o Salvador Prometido. E hoje, diante dos
acontecimentos característicos do fim dos tempos, qual a nossa situação? Somos
tão cegos como a elite religiosa da época de Jesus, não reconhecendo os sinais
dos tempos?
Profecia bíblica – prova da existência de Deus
Muitas vezes não temos
segurança quanto à questão de quem era um profeta “verdadeiro”, legitimado por
Deus. Tentaremos buscar uma resposta a esta questão. Em 1 Samuel 9.3-5 temos o
relato de Quis, pai de Saul, que mandou seu filho, acompanhado de um servo,
procurar por jumentas que haviam se extraviado. Apesar de todas as buscas, eles
não conseguiram encontrar os animais. Saul já havia decidido voltar para junto
de seu pai quando seu servo teve uma idéia brilhante e lhe disse: “Nesta cidade há um homem de Deus, e
é muito estimado; tudo
quanto ele diz sucede; vamo-nos,
agora, lá; mostrar-nos-á, porventura, o caminho que devemos seguir” (v.6). Movidos
por esse propósito, puseram-se a caminho e encontraram o profeta Samuel. No
desenrolar dos fatos, Samuel ungiu Saul rei de Israel e lhe profetizou
acontecimentos que se cumpriram exatamente como ele dissera:“Tomou Samuel um vaso
de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Não te
ungiu, porventura, o Senhor por príncipe sobre a sua herança, o povo de Israel?
Quando te apartares, hoje, de mim, acharás dois jumentos junto ao sepulcro de
Raquel, no território de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: acharam-se as
jumentas que foste procurar, e eis que teu pai já não pensa no caso delas e se
aflige por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho? Quando dali
passares adiante e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três
homens, que vão subindo a Deus a Betel; um levando três cabritos; outro, três
bolos de pão, e o outro, um odre de vinho. Eles te saudarão e te darão dois
pães, que receberás da sua mão. Então, seguirás a Gibeá-Eloim, onde está a
guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando na cidade, encontrarás um
grupo de profetas que descem do alto, precedidos de saltérios, e tambores, e
flautas, e harpas, e eles estarão profetizando. O Espírito do Senhor se
apossará de ti, e profetizarás com eles e tu serás mudado em outro homem.
Quando estes sinais te sucederem, faze o que a ocasião te pedir, porque Deus é
contigo. Tu, porém, descerás a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para
sacrificar holocausto e para apresentar ofertas pacíficas; sete dias esperarás,
até que eu venha ter contigo e te declare o que hás de fazer. Sucedeu, pois,
que, virando-se ele para despedir-se de Samuel, Deus lhe mudou o coração; e
todos esses sinais se deram naquele mesmo dia” (1 Sm 10.1-9).
Por meio da boca de
Seu profeta Samuel, Deus citou lugares exatos onde Saul encontraria certas
pessoas, que iriam dizer isto ou aquilo, que estariam carregando certos objetos
e se comportariam de maneira específica. Através do cumprimento exato dessa
profecia foi apresentada a prova consistente e concreta de que era o próprio
Deus Todo-Poderoso que estava em ação, Aquele que está além do mistério do
tempo, o Deus Eterno.
“Sabeis, na verdade,
discernir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?” (Mt
16.3).
Nessa base – de
profecias proclamadas e profecias cumpridas – o Deus de Israel desafiou os
ídolos, os falsos deuses que Israel seguia, a fazerem o mesmo, ou seja,
profetizar algum evento e providenciar seu cumprimento: “Apresentai a vossa demanda, diz o
Senhor; apresentai as vossas razões, diz o Rei de Jacó. Trazei e anunciai-nos
as coisas que hão de acontecer; relatai-nos as profecias anteriores, para que
atentemos para elas e saibamos que se cumpriram; ou fazei-nos ouvir as coisas
futuras. Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que
sois deuses; fazei bem ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente o
veremos. Eis que sois menos do que nada, e menos do que nada é o que fazeis;
abominação é quem vos escolhe” (Is 41.21-24). A questão aqui,
em primeiro lugar, não são os milagres e sinais, mas a argumentação
demonstrando o aviso e o cumprimento do aviso, a chegada de fatos concretos
previamente anunciados. Roger Liebi escreve na contracapa de seu livro “O
Salvador Prometido” (não disponível em português):
Ao ler o Antigo Testamento,
recebemos uma profunda impressão da ânsia, da esperança por um Salvador
vindouro, o Messias, que irá resolver o problema fundamental da humanidade e
introduzirá uma justiça eterna. Esse Messias prometido é descrito em mínimos
detalhes nos textos do Antigo Testamento.
Sobre Ele existem mais
de 330 profecias impressionantemente exatas e extremamente diferenciadas. Neste
livro procuraremos comprovar historicamente que essas profecias se cumpriram
literalmente na pessoa histórica de Jesus de Nazaré.
O Novo Testamento
demonstra que, através das profecias messiânicas, pode-se provar literalmente
que Jesus de Nazaré é o Messias prometido.
Não podemos enfatizar
suficientemente que religião alguma além do cristianismo bíblico dispõe desse
tipo de comprovação!
A profecia bíblica é,
de fato, a prova de que estamos lidando com o Deus vivo, o Deus verdadeiro!
Esse fato deveria ser levado em consideração também pelos cientistas e
intelectuais fortemente influenciados pelo ateísmo. Com equações estatísticas e
leis da probabilidade pode-se provar de forma inequívoca que o Deus da Bíblia,
o Deus de Israel, existe de fato e se revelou no tempo e no espaço.
Profecia e Jesus
Séculos antes de
acontecer, profetas de Deus anunciaram o lugar do nascimento de Jesus, Seu nascimento
virginal e a maneira de agir de Jesus, inclusive com menção de Seu nome:
Nascimento: Onde? “E tu, Belém-Efrata, pequena demais
para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar
em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade” (Mq 5.2).
Por meio de quem? “Portanto, o Senhor mesmo vos dará
um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará
Emanuel” (Is 7.14).
Como e quem? “Porque um menino nos nasceu, um
filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is
9.6).
Depois de Sua
ressurreição, nosso Senhor Jesus considerou importante que Seus discípulos
reconhecessem o valor da profecia bíblica cumprida: “A seguir, Jesus lhes disse: São
estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se
cumprisse tudo o que de mim está na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.
Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes
disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os
mortos no terceiro dia” (Lc 24.44-46). Também aqui, pelo
exemplo de Jesus, vemos que o importante não era uma fé cega e mística, mas uma
comprovação lógica, embasada nas profecias do Antigo Testamento.
Jesus, o Profeta
Será que somos tão
cegos como a elite religiosa da época de Jesus?
Em uma conversa
noturna com Nicodemos, Jesus refere-se à lógica e ao alvo dos prenúncios
proféticos (veja Jo 3.1ss.). Isso é válido também para nós: por meio do
acontecimento real de anúncios antecipados concretos, que podemos observar
pessoalmente ou cuja confirmação encontramos nos registros históricos, podemos
ser conduzidos um passo adiante na nossa vida de fé. Por meio do cumprimento
das profecias bíblicas devemos aprender a confiar que igualmente se cumprirá no
futuro aquilo que hoje ainda é invisível, a Palavra de Deus celestial? Mas essa
confiança é uma questão de fé: “Se, tratando de coisas terrenas, não me credes,
como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3.12).
Jesus Cristo, a
Palavra de Deus encarnada, o Filho do Deus vivo (Jo 1.14; veja também 1 Tm
3.16), provou diversas vezes e de diversas maneiras, de forma impressionante,
que aquilo que Ele dizia também se cumpriria. Vejamos alguns exemplos: quando
os cobradores do imposto para o Templo vieram pedir as duas dracmas devidas,
Jesus mandou o pescador profissional Pedro pescar, dizendo-lhe que o primeiro
peixe que iria fisgar teria um estáter na boca, ou seja, exatamente o imposto a
pagar por duas pessoas (Mt 17.24-27). Que pensamentos será que passaram pela
cabeça de Pedro, antes e depois da pesca milagrosa?
Noutra ocasião, quando
o histórico “Dia do Messias”, tão significativo no Plano de Salvação, se
aproximava, e fez-se necessária uma jumenta com seu filhote, Jesus descreveu
com exatidão a dois de Seus discípulos onde os mesmos poderiam ser encontrados
e como os circunstantes reagiriam à sua tentativa de soltá-los. Não apenas a
previsão de Jesus ocorreu como Ele dissera, mas nessa ocasião também se cumpriu
outra importante profecia messiânica, de mais de 500 anos, que havia sido feita
em Zacarias 9.9 (veja Mt 21.1-5; Lc 19.29-34).
Que Jesus era o
profeta anunciado previamente por Moisés (Dt 18.15), o próprio Senhor Jesus
confirmou mais uma vez quando disse a Seus discípulos: “Então, Jesus lhes disse: Esta
noite, todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito (em
Zc 13.7): Ferirei o
pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas” (Mt 26.31). Pois
quando Pedro protestou com veemência e auto-segurança: “Ainda que venhas a ser um tropeço
para todos, nunca o serás para mim” (Mt 26.33), Jesus abafou
imediatamente seu entusiasmo, declarando: “Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o
galo cante, tu me negarás três vezes” (v.34). Mesmo que Pedro
tenha proclamado enfaticamente: “Ainda
que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei” (v.35), cumpriu-se
literalmente aquilo que Jesus havia profetizado anteriormente acerca de Pedro e
de como ele reagiria (veja vv.69-75).
Promessas que vão além da morte
Declarações a serem
cumpridas somente depois de alguém morrer podem ser extremamente perigosas. Por
quê? Porque não existe volta para os que se deixam enganar por falsas promessas.
Maomé, por exemplo, para instigar seus guerreiros “santos” (jihadistas) à
coragem e ao destemor, prometeu que depois de morrer entrariam no paraíso, onde
72 huris (virgens) de olhos grandes estariam esperando por eles. Em que ele
baseou essa promessa? Em nada! Ou pensemos nos dois líderes da seita
Heaven’s-Gate, Marshall Applewhite e Bonnie Nettles, que em 1997 praticaram
suicídio coletivo juntamente com 16 homens e 21 mulheres na Califórnia. Eles
prometeram que com esse ato suas almas subiriam a uma nave na cauda do cometa
Hale-Bopp que pretensamente teria Jesus a bordo. Tudo mentira e engano!
As palavras e
declarações de Jesus, porém, se cumprirão integralmente, pois elas não passam
jamais (Mc 13.31) e são espírito e vida (Jo 6.63). Vejamos algumas dessas
profecias de Jesus:
“Pois assim como o Pai
ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem
quer” (Jo 5.21).
“Em verdade, em
verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a
vida eterna; não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
“Em verdade, em
verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do
Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. Porque assim como o Pai tem vida em
si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (Jo 5.25-26).
Para confirmar e
reforçar que Jesus tem capacidade de dar vida que perdura além do túmulo, Ele
se posicionou diante do sepulcro de Lázaro, que havia morrido há quatro dias
(Jo 11.39) e ordenou em alta voz: “Lázaro,
vem para fora!” (v.43). E o relato continua
imediatamente: “Saiu
aquele que estivera morto...” (v.44). Essa ressurreição foi
confirmada até por inimigos, que depois tentaram matar não apenas ao Senhor
Jesus mas ao próprio Lázaro (veja Jo 12.1-2,9-11).
“Lázaro, vem para
fora!” (Jo 11.43). Na foto, suposto sepulcro de Lázaro.
Mas essa não foi a
única vez em que Jesus demonstrou Seu poder sobre a morte. Vemos, por exemplo,
quando o Filho de Deus tomou a mão da filha morta do chefe da sinagoga e lhe
disse: “Talitá cumi!,
que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te!” (Mc 5.41). E
o que aconteceu?“Imediatamente,
a menina se levantou e pôs-se a andar...” (v.42).
Uma terceira vez Jesus
atestou Seu poder sobre a morte em Naim. Juntamente com muitos discípulos e uma
grande multidão (muitas testemunhas oculares), o Filho de Deus se aproximou do
portão da cidade de onde saía um cortejo fúnebre. O morto era um homem jovem.
Sua mãe, viúva, de quem ele havia sido o filho único, vinha chorando junto ao
esquife. Jesus observou toda essa tragédia, consolou a viúva desolada,
dizendo “Não chores!”
(Lc 7.13), tocou o esquife e falou: “Jovem, eu te mando: levanta-te!”
(v.14). Imediatamente o morto começou a se mexer: “Sentou-se o que estivera morto e
começou a falar” (v. 15). A reação geral foi grandiosa: “Todos ficaram possuídos de temor e
glorificavam a Deus, dizendo: Grande profeta se levantou entre nós; e: Deus
visitou o seu povo. Esta notícia a respeito dele divulgou-se por toda a Judéia
e por toda a circunvizinhança” (vv.16-17).
Profecia cumprida como prova da confiabilidade e do poder de Jesus
No Evangelho de João,
em duas situações o Senhor Jesus sublinha através de profecias a confiabilidade
de Suas Palavras e de Suas obras, profecias que de fato se cumpriram, que
puderam ser vivenciadas na prática e observadas visivelmente: “Desde já vos
digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que Eu Sou” (Jo
13.19). E: “Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me
vereis; porque eu vivo, vós também vivereis” (Jo 14.19).
A crucificação. Jesus predisse e
ilustrou concretamente o tipo de morte que iria sofrer, e para isso usou um
episódio do Antigo Testamento (Nm 21.4-9): assim como Moisés, por ordem do
Senhor, levantou em uma haste uma serpente no deserto, de forma visível, para
salvar os israelitas picados por serpentes venenosas (“...sendo alguém mordido por alguma
serpente, se olhava para a de bronze, sarava”, v.9), também o
Filho do Homem se tornaria sinal de salvação por meio de Seu levantamento na
cruz (Jo 3.14-15). E isso aconteceu, mesmo que, segundo a lei romana, Jesus não
poderia ser crucificado, o que foi confirmado algumas vezes por Pilatos por
ocasião do interrogatório de Jesus. Mesmo assim, Jesus foi condenado à morte e
exposto em uma cruz. A Palavra de Deus, necessariamente, irá se cumprir sempre!
A destruição do Templo
e de Jerusalém. Jesus verdadeiramente chocou Seus discípulos quando
anunciou a destruição do Templo (veja Mt 24.1-2), que o rei Herodes havia
restaurado e embelezado durante algumas décadas. Mesmo que o general Tito tenha
ordenado explicitamente, 40 anos mais tarde por ocasião da tomada de Jerusalém
pelos romanos, que seus soldados não tocassem no Templo, muito menos o
destruíssem, foi justamente isso que aconteceu no ano 70 d.C., quando se
cumpriu o que Jesus havia predito (Lc 19.41-44; Lc 21.24). Essa era a
retribuição divina pela rejeição dos judeus ao Messias feito carne. Para nós,
tudo isso já é história! Será que reconhecemos, entrelaçado na história, o cumprimento
da Palavra Profética?
A perenidade da
Palavra de Deus e a proclamação mundial do Evangelho. Que declarações
totalmente absurdas foram aquelas feitas por um jovem pregador itinerante,
seguido por primitivos galileus “caipiras”! “Ele deve ser maluco”, devem ter
cochichado entre si os fariseus e escribas da época. Mas Jesus disse com plena
convicção: “Passará o
céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24.35), e
Ele também profetizou antecipadamente a propagação mundial do Evangelho (Mt
26.13). Hoje muitos ainda podem zombar, mas essa é uma atitude indesculpável:
da Sibéria à Nova Zelândia, passando por Portugal, Tânger e Cidade do Cabo, dos
esquimós até a Terra do Fogo, por todos os lugares da Terra encontramos
seguidores de Jesus Cristo, e a Sua Palavra está disponível em 2426 línguas
(como Bíblia inteira, Novo Testamento ou porções dele).
Todas essas profecias
já cumpridas nos exortam à vigilância e nos desafiam a esperar pelo cumprimento
integral das que ainda faltam cumprir-se – e a nos portar de acordo com o
reconhecimento de que Jesus sempre cumpre o que promete! Pensemos apenas nos
sinais específicos que indicam a proximidade da Tribulação, seguida pela vinda
gloriosa do Rei dos reis, mas pensemos também no ainda anterior Arrebatamento
da Igreja-Noiva de Jesus, e preparemo-nos para esse evento iminente. Para os
cristãos renascidos, o clima é de partida a qualquer hora!
Profecia e o Espírito Santo
A vinda do Espírito
Santo. Jesus prometeu a Seus discípulos a vinda e o apoio do Espírito Santo e
os preparou para isso (veja Jo 16.7-15; At 1.4-5). Então, nos lembramos logo de
Pentecoste, a data do nascimento da Igreja de Jesus, com a chegada real do
Espírito Santo sobre os primeiros cristãos. A Igreja personifica, em todos os
lugares, a ação visível do Espírito Santo quando os cristãos salvos e
reconciliados com Deus se reúnem. Depois de tantas perseguições, das mais
variadas heresias e falsas doutrinas e da constante mundanização e mornidão,
esse é um verdadeiro milagre! Como filhos de Deus experimentamos repetidamente
a interferência vivificadora do Espírito Santo bem como a realidade universal
das palavras de Jesus, de que Ele edificaria Sua Igreja (Mt 16.18) sobre a
confissão de Pedro (“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, v.16).
Existe ainda outro
aspecto que muitas vezes não é levado em consideração: “Tenho ainda muito que vos dizer,
mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade,
ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo
o que tiver ouvido e vos
anunciará as coisas que hão de vir” (Jo 16.12-13). No
versículo 12 Jesus anuncia a chegada do Espírito Santo. Mas muitas vezes lemos
superficialmente e não atentamos para a segunda parte da promessa, onde Ele
menciona que o Espírito de Deus também anunciaria “as coisas que hão de vir”.
Depois de Pentecoste, portanto, haveria declarações proféticas especiais, que
de fato encontramos nas cartas de Paulo, Pedro, Judas e João (Apocalipse de
Jesus Cristo). Segue apenas um exemplo
típico daquilo que o Espírito Santo revelou depois de Pentecoste:
Outra profecia
cumprida: o Evangelho de fato se espalhou pelo mundo.
O Arrebatamento. Entre os
cristãos muitas vezes surgem discussões se a volta de Jesus acontecerá uma só
vez ou em duas fases. Isso poderia ser definido como analfabetismo profético,
causador de muita perturbação. Na primeira carta à igreja de Corinto, que Paulo
escreveu aproximadamente 23 anos depois de Pentecoste, o apóstolo faz saber a
seus leitores que lhe foi revelado – sem dúvida por meio do Espírito Santo –
um mistério,um
segredo até então oculto (1 Co 15.51-52). Trata-se da vinda do Noivo celestial
para buscar e levar para casa a sua querida Noiva. Uma vez que a Igreja, a
Noiva comprada pelo sangue do Cordeiro, era mais um mistério (revelado somente
no Novo Testamento), essa vinda especial para buscá-la era igualmente
desconhecida. Aqui, um mistério é descoberto e explicado. Isso é perfeitamente
inteligível no contexto de 1 Tessalonicenses 4.13-18, onde aparece a expressão
“arrebatar” no versículo 17. Como é possível haver pessoas que de fato afirmam
que a expressão “arrebatamento” não aparece na Bíblia? Aliás, no Novo
Testamento são revelados oito mistérios significativos dentro da história da
salvação.
A outra vinda gloriosa
do Messias divino, “...com
as nuvens do céu um como o Filho do Homem...” (veja Dn 7.13-14), era
evidente. Muitas vezes Jesus havia se identificado com o “Filho do Homem” ao
nomear-se assim. A última vez foi diante do sumo sacerdote (Mt 26.63-64), que
rejeitou definitivamente essa reivindicação por considerá-la blasfema (v. 65),
selando assim o juízo divino sobre Israel.
Aplicação prática
Em Lucas 21.28 somos
exortados a observar atentamente os acontecimentos ao nosso redor e avaliá-los
de acordo com a Bíblia: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e
erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima”. Mesmo que muitos
dos assim chamados sinais dos tempos e seus preparativos, anunciados por Jesus,
sejam de natureza negativa, sua aproximação deve nos lembrar que tudo isso é
cumprimento de profecias. Deus o predisse, Ele está no controle de tudo, Sua
Palavra é realidade, e nEle podemos confiar com absoluta segurança. Isso cria
uma alegre certeza, que nos faz olhar agradecidos para “o Autor e Consumador da
fé, Jesus” (Hb 12.2). Declaração semelhante encontramos em Hebreus 10.25, onde
somos conclamados: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns;
antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.
A narcolepsia, o sono
incontrolável ao volante de um carro, pode ter conseqüências fatais. Mas em
relação a Deus, a questão é de vida ou morte espiritual! Ao invés de nós,
cristãos renascidos, nos alegrarmos apenas com nossa própria salvação, as inúmeras
profecias cumpridas e as luzes de alerta apocalípticas piscando deveriam nos
acordar e funcionar como adrenalina espiritual, nos despertando da nossa
auto-satisfação, nossa apatia e sonolência espiritual. Devemos ser ativados
pelo reconhecimento de que Deus está cumprindo Sua Palavra animando-nos a
mostrar a outras pessoas o caminho da Salvação em Jesus Cristo, para que elas
também agarrem a mão traspassada de Jesus na cruz do Calvário e sejam saradas
por suas feridas. Perdão de pecados somente é possível por meio do sangue
derramado do Cordeiro de Deus, o imaculado Jesus, que se fez pecado por nós,
que carregou nossos pecados na cruz e que por nós suportou a vergonhosa morte
no Calvário: “Mas ele
foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados” (Is 53.5). Justamente nestes tempos finais, antes do
Arrebatamento, Deus quer nos usar: “Por
isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, principalmente aos
da família da fé” (Gl 6.10), testemunhando às pessoas que
ainda não têm seus pecados perdoados que Jesus veio a este mundo para chamar pecadores e
não os que pensam que têm justiça própria (Mt 9.13). Deus “deseja que todos os homens sejam
salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4). Por
isso, o Senhor Jesus nos ordena apaixonadamente: “Sai pelos caminhos e atalhos e
obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa” (Lc 14.23). Quem
não pode sair pelos caminhos, seja por razões de saúde ou pela idade, é chamado
a apoiar a proclamação do Evangelho com suas ofertas, quando possível, mas
especialmente com suas orações. A recompensa não falhará, pois está
escrito: “Nem olhos
viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus
tem preparado para aqueles que o amam” (1 Co 2.9).
FONTE CHAMADA.COM