Heresia (2 Pe1-2)
As
similaridades entre o segundo capítulo desta epistola e a epístola de
Judas são tão grandes e óbvias, que quase todos os eruditos admitem
que um deles copiou do outro. Alguns crêem que Judas copiou de 2 Pedro; mas, a
maioria afirma que o presente capitulo foi tomado por empréstimo da epístola de
Judas.
"O livro de Judas era peça literária conveniente como base, porquanto
o autor sagrado desta epístola desejava mostrar que os falsos profetas,
referidos no A.T., podem ser
reputados como progenitores espirituais dos hereges gnósticos da Ásia Menor; o
material da epístola de Judas, que também ataca o gnosticismo, contém muitas
declarações que se adaptam bem a esse tema. Posto que na antiga dispensação havia profetas falsos,
não é de surpreender que encontremos, na igreja moderna, elementos falsos, que
procuram introduzir doutrinas perniciosas no cristianismo. O capítulo segundo
desta epístola é uma exposição sobre a depravação, a falsidade e a natureza
destruidora da heresia gnóstica.
2:1: Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós
haverá faltos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias
destruidoras, negando até e Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos
repentina destruição.
O sistema gnóstico era a suposta descrição de um meio de salvação. Pintava
o homem como criatura decaída, necessitada de ajuda para retornar a Deus. Mas o
caminho de retorno era, pelos gnósticos, tido como possível por uma sucessão
quase interminável de seres angelicais secundários, todos eles mediadores de
alguma maneira. Os gnósticos esperavam que, mediante o «conhecimento», os homens pudessem ser salvos. Mas
o conhecimento deles vinha mesclado com o ascetismo, com a licenciosidade, com
as artes mágicas e com os ritos secretos de um misticismo falso. Este versículo e
Cl 1:20 e ss. mostram que quase
todos os gnósticos negavam a doutrina da «expiação» de Cristo como algo que tem
valor para o retorno do homem a Deus. Para eles, Cristo não era um Salvador
todo-suficiente. Ele seria apenasum outro dos «aeons», que
contribuiria com os demais para a salvação do homem. Alguns gnósticos viam em
Cristo o mais elevado dos «aeons» e também o Deus criador deste mundo, havendo,
naturalmente, muitos outros mundos, com outros tantos deuses e salvadores. Mas alguns
gnósticos nem ao menos atribuíam tão elevada posição a Cristo. Eis por que
passagens como Jo 1:1-3; Cl 1:15 e ss.; e Ef 1:19 e ss. afirmam tão
incisivamente que somente Cristo é o criador de todos os mundos possíveis. E é
também por esse motivo que Cl 1:20 e ss. mostra que Cristo
é o único Salvador. E
é também por isso que 1 Tm 2:5 declara que há «um só Deus» e
também «um só mediador» entre Deus e os homens. Os gnósticos
negavam a ambas essas proposições. Todas as passagens mencionadas rebatem
declarações dos mestres gnósticos. Essa heresia assediou a igreja cristã pôr
cerca de cento e cinqüenta anos.
«...falsos profetas...» O autor
sagrado passa agora a mostrar que não nos devemos surpreender se falsos mestres
surgirem no cristianismo. No antigo Israel também surgiram falsos profetas
entre o povo. Isso subentende que, em qualquer era, a comunidade religiosa
contará com elementos radicais e falsos, destruidores da fé e do bem-estar
espiritual. (Ver Dt 13:1-5; 18:20; Jr 5:31; Ez 13:3 e Lc 6:26
quanto a referências a tais indivíduos, que viveram nos tempos vetotestamentários). Balaão é especificamente
mencionado no décimo quinto versículo deste capítulo, fazendo paralelo com a
referência em Jud. 11. Ele é um exemplo de profeta falso; e o autor sagrado
assevera que haverão muitos iguais a
ele nas igreja do N.T.
«...entre vós falsos
mestres...», a saber, como os
gnósticos que provocavam dificuldades nas igrejas da Ásia Menor. Esses eram
«filhos espirituais» dos profetas falsos do A.T., e eram tão
depravados e perniciosos como aqueles. Indiretamente, o autor sagrado vincula
as comunidades religiosas da antiga e da nova dispensação, dando a entender que
a nova é a continuação da antiga. Ora, isso os gnósticos também negavam. Alguns
deles admitiam que vários dos profetas do A.T. seriam homens
«psíquicos», isto é, dotados de espiritualidade secundária, passíveis de um
baixo grau de redenção e glória; mas os gnósticos se imaginavam os
«pneumáticos», isto é, homens espirituais em elevado grau, capazes de receber a
mais elevada redenção, a saber, a reabsorção na própria essência, com a perda da
personalidade, em que o ego se tornava então o superego. Os «psíquicos» seriam
remidos através da «fé», ao passo que os «pneumáticos» o seriam através do
«conhecimento», o que, na concepção dos gnósticos, era superior à fé. E à
maioria dos homens os gnósticos classificavam como «hílicos», isto é,
«terrenos», totalmente incapazes de serem remidos, porquanto estavam assoberbados pela
«matéria», o «princípio do mal», nunca podendo desvencilhar-se dela, pelo que
deveriam perecer juntamente com a matéria, em meio a grande conflagração.
A passagem de 1 Tm 1:4 contradiz
essas idéias gnósticas, mostrando-nos
que a vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos. Daí
se infere que todos os homens podem ser remidos. Pelo que se tem
dito aqui, pode-se ver que razões há para chamar os gnósticos da Ásia Menor de
«falsos mestres». Além de seus erros doutrinários, eles se mostravam ascetas ou
libertinos, ou seja, negavam o bom senso da ética cristã. A variedade gnóstica que
perturbava as igrejas da Ásia Menor era a variedade libertina, conforme este
capítulo passa a mostrar.
«...dissimuladamente
heresias destruidoras...» Alguns tradutores
preferem dizer aqui «secretamente»; e outros dizem «em particular». Os métodos
de ensino dos gnósticos eram subversivos. Nunca
entravam em uma comunidade declarando em que criam. Mostravam-se
astutos, procurando firmar o pé, antes de dizerem sua posição. O termo grego «pareisago» indica «trazer
secretamente», «trazer maliciosamente». A metáfora tencionada é a de um
«espião» ou «traidor», cujo propósito é o de prejudicar ou destruir, que oculta
o seu verdadeiro intento. (Comparar com o quarto versículo da epístola de Judas—os falsos mestres «...se introduziram
com dissimulação...», isto é, sem serem percebidos ou temidos da parte de
pessoas simples e inocentes, que confiavam demais nos outros).
«...heresias...» O vocábulo grego «airesis» vem do verbo que
significa «escolher», ou seja, indica, basicamente, «selecionar uma doutrina ou
uma atividade». (Ver At5:17; 15:5 e 26:5). No
grego antigo, essa palavra era usada para indicar qualquer «seita», como a dos
fariseus, a dos saduceus, etc., dando-lhe
um sentido em coisa alguma negativo. Gradualmente, porém, o sentido negativo
foi sendo atribuído ao termo. Ficou assim subentendido que tal «escolha»
diferia da escolha normal dos cristãos. O primeiro uso da palavra, no N.T., descreve homens
«facciosos» na igreja, por razão de busca pessoal de poder e egoísmo. Muitos
existem que possuem credos ortodoxos, mas que, de acordo com o ponto de vista
do N.T., são «hereges».
Todos quantos causam divisões, criando denominações e erigindo para si mesmos
pequenos reinos, difamando a outros em suas prédicas e se envolvendo em «lutas
de poder» na igreja ou suas organizações, de acordo com essa definição, são
«heréticos». (Ver 1 Co 11:19 e Gl
5:20).
No presente
versículo, porém, certamente está também em foco um sentido que essa palavra
adquiriu posteriormente. Os gnósticos causavam divisões, mas também «preferiam»
um sistema doutrinário contrário ao do cristianismo
moral, sendo assim «hereges» no exato
sentido em que esse vocábulo tem na atualidade. Defendiam doutrinas
não-ortodoxas, criando uma mensagem que não era a boa mensagem cristã.
«...destruidoras...» Essencialmente
por causa da vil posição a que reduziam a pessoa e a obra de Cristo. Para os
gnósticos, em sentido algum Cristo era «ímpar», como «o Filho de Deus», pois
seria apenas uma, dentre muitas emanações angelicais ou «aeons», um, dentre
muitos mediadores e salvadores. A obra de Cristo seria significativa, mas não
sem-par. Evidentemente, não viam valor em sua morte
como expiação definitiva pelo pecado. Imaginavam que a destruição do corpo
físico é que os libertaria do pecado, e de que agora a alma é libertada de seus
maus resultados através de ritos mágicos. Quanto à ética, os gnósticos
combatidos nesta epístola se mostravam totalmente licenciosos. Eles «puniam» o
corpo com a depravação, pois imaginavam que tal ação cooperaria com o desígnio
do sistema do mundo, que visaria destruir eventualmente o corpo, a fim de
libertar a alma, permitindo-lhe o seu vôo para a realidade última. Portanto,
suas doutrinas éticas transtornavam a conduta cristã apropriada, levando os
homens para longe de Deus, e não para perto do Senhor, pois «sem a
santificação, ninguém verá a Deus» (Hb 12:14).
«...renegarem o
Soberano Senhor que os resgatou... » Os gnósticos
negavam que Cristo é «soberano» no sentido afirmado pelo cristianismo normal,
fazendo dele apenas um dos «aeons». Para eles, Cristo não era «Senhor» em
qualquer sentido veraz, porque seria apenas um senhor entre muitos. Mas
o trecho de Cl l:15
e ss. expõe vários pontos da superioridade de Cristo, e essa passagem foi
escrita especificamente para definir o «senhorio» de Cristo, em contraste com a
posição secundária que os gnósticos atribuíam a ele. O termo aqui
usado no grego é «despotes», traduzido aqui
por «Senhor». E esse era o vocábulo que os gnósticos davam ao governante
absoluto. Dentro do sistema deles, havia muitos senhores angelicais, as
emanações divinas ou «aeons», muitos dos quais tinham áreas sobre as quais
governavam. E os gnósticos não tinham Cristo como o Senhor dos anjos, conforme
se aprende em Ef 1:19 e ss. e Cl 1:16. Esse
vocábulo é usado por dez vezes no N.T.; por cinco vezes
com o sentido de «senhor de uma casa», o governante absoluto de um clã. Ao
referir-se a Deus, indicava Deus como o dirigente absoluto do universo. (Ver Lc 2:29 e At 2:24 quanto a
esse vocábulo usado para indicar «Deus». Comparar com Cl 2:19 quanto ao fato
que os gnósticos não reputavam Cristo como «o Cabeça»).
«...os resgatou...» O grego diz aqui «agoradzo», «comprar».
(Comparar com 1 Pe 1:18,19, onde
se vê que é o «sangue de Cristo» que compra, embora ali tenha sido usado um
termo grego diferente do daqui. Assim sendo, a negação feita pelos
gnósticos tinha algo a ver com a rejeição da expiação de Cristo como elemento
de valor no plano de redenção. Eles pensavam que poderiam livrar-se do pecado
abusando do corpo, promovendo a fuga da alma para o campo da realidade final,
mediante ritos mágicos, conhecimento para os iniciados—um falso misticismo.
Tudo isso, segundo a concepção deles, eliminava a necessidade de expiação pelo
pecado, segundo o N.T., ensina. A
maioria dos gnósticos tinham o ponto de vista «docético» sobre Cristo, isto
é, que a sua natureza humana seria ilusória; sua vida como
homem seria apenas um «ato» fingido da parte de um «aeon» qualquer; e os
sofrimentos de Cristo não teriam sido reais, o que eliminava mais ainda
qualquer valor em sua expiação. Essa é a idéia de expiação, subentendida no
presente versículo. Cristo torna os homens propriedades suas, mediante o valor
de seu sangue vertido.
Não precisamos estender a metáfora a ponto de
perguntar «para quem» foi pago o preço. Alguns têm imaginado
que o preço foi pago para «Satanás», e outros pensam que o foi para «Deus»,
como que para aplacá-lo e tirar-lhe da mente a idéia de julgar aos homens. A metáfora usada
não precisa ser desenvolvida a esse ponto; e, se assim o fizermos, cairemos em
problemas teológicos. (Ver Hb 10:29; onde são
mencionados aqueles que pisavam ao Filho de Deus e profanavam o sangue do
pacto, através do qual tinham sido consagrados).
«...repentina
destruição...» O fim de tais
heréticos é a perdição, e não a salvação, embora totalmente imaginassem que seu
sistema, por eles mesmos criado, pudesseleválos à salvação.
(Comparar isso com Judas 4,15,17). A
condenação dos hereges é certa e terrível, sendo pintada como algo que
subitamente lhes sobrevirá. (Ver Cl 3:6). No presente versículo, mui
provavelmente, o autor pensava sobre a «parousia» como aquele
acontecimento que trará súbita perdição para os hereges; e ele esperava tal
acontecimento para seu próprio período de vida terrena, conforme fica
demonstrado no terceiro capítulo desta epístola. Seja como for, conforme Deus
computa o tempo (ver 2 Pe 3:8), esse
acontecimento e a subseqüente perdição eterna dos heréticos não podem estar
mesmo longe.
«Há um melancólico humor na advertência que todo aquele que introduz
heresias destruidoras na igreja, traz súbita perdição para si mesmo, 'reservados
para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios' (2 Pe 3:7). O jogo de palavras com o
termo grego 'apoleia' (perdição) é intencional
e eficaz». (Barnett, in loc).
Se este versículo não ensina outra coisa, pelo menos ensina que Cristo soluciona, em favor do
crente, o problema de
lealdade. Ser alguém cristão
é ter a Jesus como seu Senhor; e ninguém tem a Cristo como seu Salvador se
também não o tem como seu Senhor e vive de modo a ser uma comprovação desse
fato.
2:2: E
muitos seguirão as suas dissoluções e por causa deles será blasfemado o caminho
da verdade;
É impossível alguém salientar em demasia o imperativo moral do evangelho. Ele
nos ensina que a verdadeira santidade, produzida pelo processo santificador, é
imprescindível para a salvação. (Ver 2 Ts 2:13, que
declara exatamente isso; e ver 1 Ts 4:3 quanto a «santificação»). Na vida do
crente, a santidade deve ser algo mais do que meramente «forense», ou seja,
envolve mais do que o decreto divino que nos declara santos em Cristo. Também
deve tornar-se uma realidade vivida diariamente. O trecho de Rm 3:21 mostra que o
crente deve vir a participar da própria santidade de Deus. E isso não é mero
ideal teológico; é mister que se torne uma
realidade na vida do crente. Por essa razão é que o Senhor Jesus ordenou-nos
ser «santos como é santo vosso Pai celestial» (Mt 5:48). De fato,
não pode haver salvação sem essa santidade. (Ver Hb 12:14). A salvação pode
ser comparada a uma corrente com vários elos. Acha o homem em qualquer lamaçal
onde ele se encontra submerso. Desce até qualquer nível de depravação. É nesse
ponto em que o indivíduo pode começar a confiar em Cristo, experimentando a
conversão. Porém, a corrente de ouro da salvação não nos abandona ali e nem
meramente declara que somos santos, se de fato não o somos. Pelo contrário, o
homem sai da masmorra e segura firme o elo da santificação. Por intermédio
disso ele é levado até à «glorificação», ao
elo da corrente de ouro que atinge a realidade final, aos lugares celestiais (Ef 1:3). Sem esse
elo da santificação interrompe-se a corrente e a salvação não pode tornar-se
uma realidade.
Exatamente nesse ponto é que os gnósticos
tanto falhavam. Transformavam a santidade cristã em licenciosidade. Imaginavam
que toda a forma de depravação corporal ajudaria a destruir o corpo; e eles
pensavam que o corpo físico é a sede do pecado, por participar da matéria, o
princípio pecaminoso, segundo eles pensavam. Daí supunham tolamente que um
homem pode abusar de seu corpo mediante várias depravações, especialmente de natureza
sexual, sem que a alma em nada fosse prejudicada. Portanto, os gnósticos não
entendiam que tanto a alma como o corpo são santos, e que tanto a primeira como
este último serão finalmente remidos (ver 1Co 15:20,35,40).
Portanto, o trecho de Rm 12:1,2 retrata a
santidade como algo obtido mediante a apresentação do «corpo» a Deus, como um
sacrifício vivo.
O que sucedia no sistema gnóstico é que a antiga ética paga veio a ser
aceita como prática oficial, através dessa distorção
teológica. O vício e o pecado
se tornaram a prática oficial e aceita, mediante o truque sofista que a
depravação ajuda na destruição do corpo, e que isso é recomendável. Os
gnósticos, por conseguinte, haviam desistido da batalha moral, tendo divorciado
a santificação da inquirição espiritual. (Isso pode ser confrontado com o
trecho de 2 Tm 3:6, que
afirma: «Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas
casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de
várias paixões»). Os «falsos mestres» incluíam, em suas doutrinas, que a
licenciosidade sexual é benéfica para o progresso espiritual do indivíduo;
sempre conseguiam encontrar certas mulheres, nas igrejas, dispostas a se
submeterem a toda a forma de atos depravados, tendo aceito a posição gnóstica.
«...será infamado o
caminho da verdade...» Os próprios
mestres falsos haveriam de difamar a ética cristã e sua doutrina de santidade.
Mas os de fora, contemplando
a igreja conduzir-se como um bordel, e
seus «líderes» agindo como se fossem os gerentes do mesmo, haveriam de «zombar»
do «caminho cristão»,
e com razão.
Na epístola de Judas, a lassidão em questões sexuais (perversão focalizada
acima de todas, neste versículo), é tratada como um correlato de heresia. (Ver
Jd4,6,8,13,18 e 23).
Notemos que aqui o grego usa uma forma plural da palavra aqui traduzida por
«práticas libertinas», o que provavelmente indica que os falsos mestres se
ocupavam de grande variedade de depravações sexuais, juntamente com outros
hábitos morais duvidosos. Seus atos eram variados e freqüentemente repetidos.
«...caminho...»A fé cristã veio a ser conhecida como «o Caminho».
(Ver At 9:2; 22:4; 24:14 sobre isso). O
«Caminho» seria ridicularizado por estranhos ao virem que tornava os homens
ainda mais paganizados que antes. Tudo isso negaria o poder de Cristo, o qual é «...o Caminho...», no
dizer de João 14:6, transformando-o em agente de depravação, e não de
santidade. (Isso pode ser confrontado com o trecho de Rm 2:24, onde se vê que
Paulo acusou os judeus de fazer Deus ser blasfemado entre os pagãos, devido à
sua conduta, em contradição à doutrina judaica. Comparar também com 2 Co 6:3,
onde Paulo exorta os líderes da igreja a terem cuidado com sua conduta, para
não ser «censurado» o ministério). Se fazemos parte da igreja, e
especialmente se ocupamos posição de liderança, o que fazemos afeta a avaliação
de outras pessoas acerca de Cristo e da fé que ele
ensinou. Somos os únicos representantes de Cristo com que algumas pessoas
contam. Eles o julgam, com a sua fé, por nosso intermédio. De nada adianta
dizer: «Não deveria ser assim». Esse é um fato inegável, que não se pode mudar.
«A semelhança de Pied Pipers, suas palavras
suaves engodam os que buscam o novo ensinamento, conduzindo os inocentes à
lenta mas firme
desintegração de suas mentes, afetos e vontades». (Homrighausen, in loa). Os falsos mestres
transmutam «o Caminho» no «caminho de Balaão» (ver 2 Pe 2:15).
«...verdade...» Temos aqui o
evangelho em sua verdade ética, representado nos
escritos e na predica apostólicos. Provavelmente
os gnósticos exageravam e pervertiam a doutrina cristã (especialmente paulina)
da «liberdade» acerca de questões indiferentes, transformando-a em libertinagem. Desse modo é que
eles «deturpavam» o sentido dos escritos paulinos (ver 2 Pe 3:16). Assim
também Ecumênio descreveu os nicolaitas e os gnósticos
como «extremamente profanos em suas doutrinas e em sua conduta». Clemente de
Alexandria fala acerca das «vidas despudoradas» dos falsos mestres, o que trazia «infâmia»
contra o bom nome do cristianismo.
2:3: também,
movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles faraó de vos negócio; a
condenação dos quais
já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita.
Este versículo é paralelo a Jd 11 e 16. Os falsos mestres abandonam o
juízo correto e o senso espiritual, em troca da «obtenção» do erro de Balaão, tornando-se
lisonjeadores, a fim de obterem vantagens financeiras. Os
falsos mestres, se utilizam da «religião» para obterem vantagens
pecuniárias. Aproveitam-se dos sentimentos religiosos de outros a fim
de promoverem seu próprio enriquecimento. Jesus repreendeu os líderes
religiosos do judaísmo, devido ao seu hábito de «roubarem» as casas das viúvas.
Obtinham as propriedades das viúvas por meios ilegais, ou então encorajavam-nas a doarem as mesmas
ao templo; e daí, o passo era bem curto, até cair tudo nas mãos deles. (Ver Mt 23:14). Quantos
líderes das igrejas evangélicas ortodoxas de nossos dias tiram proveito dos
sentimentos de mulheres idosas e as encorajam a «lembrarem da igreja» em seus
testamentos, assim furtando a família dessas viúvas? Outros se têm
enriquecido através de campanhas de evangelização e de curas, que atraem muitos
milhares de pessoas. Mais de um «evangelista» de nossa época se tem feito um
milionário. Portanto, é possível que pessoas «ortodoxas» se envolvam na
«comercialização» da fé cristã.
Os falsos mestres tiravam bom proveito de suas «atividades
religiosas». Eles anelavam por satisfazer seus desejos físicos; cobiçavam
dinheiro. A acusação de avareza é lançada contra os falsos mestres mediante os
termos «...palavras
fictícias...» O evangelho gnóstico, que parecia tão bom e atrativo, uma vez
apanhada a atenção dos símplices, para os falsos mestres se transformava em um
meio de vida, em uma fonte de ganhar dinheiro ilicitamente. O autor sagrado,
pois, contrasta essa corrupta mensagem com a «verdade» (o evangelho pregado pelos
apóstolos, ver o segundo versículo deste capítulo). Assim, também Paulo falou
sobre homens sinceros em contraste com OS que «mercadejam»
com a Palavra de Deus
(ver 2 Co 2:17; comparar também com Tg 4:13). Os
falsos mestres exploravam o sexo e as aventuras financeiras. Eram exploradores
do corpo das mulheres que de nada suspeitavam, bem como exploradores
financeiros dos discípulos que conseguiam fazer. Não
admira que epístolas como as de Colossenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, 2 Pedro, Judas e
as três epístolas de João tivessem sido escritas contra tais homens. É triste a
situação quando homens supostamente espirituais se tornam «comerciantes, e não
profetas».
«...para eles, o juízo
lavrado há longo tempo não tarda...» Isso concorda com
outras passagens bíblicas que pintam o pecado como algo que Se acumula,
envolvendo uma condenação necessária, até que o cálice encha e transborde, na
forma de um severo e final julgamento. A acumulação de pecado não pode resultar
em julgamento «tardio». Espumeja e ferve, até que resulta em julgamento.
«O juízo é representado como algo vivo, desperto e expectante. Desde há
muito o juízo deu início à sua carreira, em sua vereda destruidora; e a sorte
dos anjos que caíram, e o dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra foram apenas
ilustrações incidentais de seu poder; e desde então não se tem mostrado
tardio... “Continua avançando, forte e vigilante como quando a princípio saltou
do peito de Deus, e não deixará de atingir o alvo que lhe foi apontado desde a
antigüidade». (Salmond eLillie).
«O juízo foi proferido desde a antigüidade no caso de muitos pecadores
similares; não é letra morta, e também sobrevirá prontamente a esses homens». (Bigg, in loc).
O autor sagrado tinha em mente o julgamento que será inaugurado pela «parousia», um fato que ele
não via como distante. Então é que o julgamento será levado à sua plena fruição
(ver o nono versículo). O presente versículo ensina, como o N.T. o faz por toda a
parte, que o «julgamento» terá lugar quando da «parousia» ou segundo
advento de Cristo, e não quando da morte física do
individuo. embora, sem dúvida, algumas formas preliminares de
julgamento se verifiquem no «mundo
intermediário», tal como sucede até mesmo neste mundo. O que fica implícito em 1 Pe 4:6, em
vinculação com 1 Pe 3:18-20, é que, até ao tempo da «parousia», a redenção é
possível, embora sempre por intermédio de Cristo e da fé nele.
«...não dorme...» Trata-se o
julgamento de algo como que vivo, que tem um desígnio e um propósito
inevitáveis. O termo aqui traduzido por «dorme» é o mesmo aplicado às virgens
imprudentes da parábola de Mt 25:5. No dizer de Strachen, in loc, em Is 5:27 essa palavra «...é
usada para indicar os instrumentos da ira de Deus, utilizados contra aqueles
que são culpados de abusos sociais». (Este versículo pode ser comparado com 1 Tm 6:5, onde a
obtenção de dinheiro é vinculada à «impiedade», como se a profissão religiosa
falsa fosse meio de iniqüidade).
A justiça é inevitável. A demora aparente
não é prova de que a justiça foi esquecida neste
mundo. Precisamos postular uma justiça eventual, que trará a retribuição ou o
galardão. É óbvio que isso não ocorre plenamente neste mundo. Contudo,
confiamos em Deus, de que ele trará isso eventualmente. De outro modo, este
mundo seria governado caoticamente. Moralmente falando, deve existir Deus,
porquanto somente a «divindade» pode
ter inteligência e poder suficientemente profundos para saber como julgar e
galardoar. Por conseguinte, a imortalidade também deve ser um fato, pois neste
mundo isso não se cumpre. Assim, pois, a concretização da justiça deve esperar
o mundo posterior, e os homens deverão sobreviver à morte física, a fim de
poderem ser julgados. Há uma eterna lei da colheita, segundo a semeadura, a
qual se aplica a todos os homens. (Ver Gl 6:7,8). Até mesmo os
crentes receberão aquilo que tiverem praticado «...por meio do
corpo», no dizer de 2 Co 5:10.
Bibliografia Normam Russel Champlin,enciclopédia
da bíblia.
Prevenção contra heresias
Como as igrejas podem se prevenir em relação a heresias
Quando pensamos em prevenção contra heresias, estamos naturalmente
procurando chegar a tempo de evitar que cristãos sejam enganados com falsas
doutrinas. Paulo, ao escrever aos cristãos de Corinto, recomendou que eles
examinassem a si mesmos se permaneciam na fé, e dizia mais: “Provai-vos a vós
mesmos”, 2Co 13.5. Na verdade, Paulo antevia pelo Espírito Santo aqueles irmãos
que se afastariam da fé por causa de “espíritos enganadores e doutrinas
de demônios” (1Tm 4.1).
Vivemos em um tempo de muitas distorções doutrinárias. Há um sentimento de insatisfação que motiva as pessoas a desejarem coisas espirituais, mesmo que excedam o Cristianismo. As heresias surgem com roupagens de espiritualidade, mas na verdade, são produzidas por “espíritos enganadores”. O fascínio de soluções fáceis; de respostas mentirosas; de paz filosófica se vê estampado nas faces angustiadas e desesperadas das pessoas sem Deus.
CONHECENDO AS SUAS CARATERISTICAS
Como podemos caracterizar uma seita? Os estudiosos das seitas apresentam as mais variadas características desses grupos. Entretanto, queremos considerar, pelo menos, seis dessas características: acréscimo, falsa revelação, distorção, negação, dogmatismo, legalismo.
A primeira característica a considerarmos neste estudo é o acréscimo. Geralmente, as pessoas com tendências heréticas, principalmente, em relação à Bíblia, gostam de acrescentar palavras, idéias e conceitos ao que já está escrito e à interpretação das Escrituras .Temos o exemplo de Guilherme Muller, Ellen White, Josef Smith e outros mais que não se contentaram em aceitar a Bíblia como revelação plena e total, mas preferiram adicionar palavras em nome de falsas traduções e interpretações. As “Testemunhas de Jeová” fizeram sua própria tradução da Bíblia, torcendo os fatos e negando doutrinas fundamentais, tais como a divindade de Jesus, a trindade e outras.
A segunda característica é a pseudo-revelação. Lamentavelmente, no meio cristão, não só no Catolicismo romano, mas também, no Protestantismo, em especial, no meio evangélico, essa característica tem se manifestado fortemente. São pessoas que dão ênfase distorcida às manifestações espirituais adicionando visões, revelações, vozes com idéias e conceitos que confrontam as Escrituras. Esse tipo de experiência extra-bíblica tem provocado desapego à Palavra de Deus e o apego à manifestações exteriores em nome do Espírito Santo. Nesse campo da espiritualidade, a falta de maturidade espiritual e bíblica tem produzido lideres sem identidade bíblica e, por isso, criam revelações espirituais, as quais atribuem a Deus, passando a ensinar doutrinas extra-bíblicas. Atribuindo essas revelações ao Espírito Santo, essas pessoas adicionam, subtraem e fomentam novas doutrinas. As heresias sempre são justificadas por essas pseudo-revelações. Essas revelações agridem os fundamentos doutrinários da Bíblia e, induzem, emocionalmente, as pessoas ao delírio e ao excesso naquilo que passam a acreditar. Fundamentados por essas pseudo-revelações, esses lideres heréticos se apresentam como canais diretos da revelação divina.
A terceira característica é a distorção. Geralmente, as pessoas que tomam o caminho das heresias, abandonam a luz verdadeira e desenvolvem uma visão torcida da verdade. A isto chamamos de visão distorcida das verdades bíblicas. Deixam a luz e tomam o caminho das trevas conforme está escrito em João 3.19-21: “O julgamento é este: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, afim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”. Tudo que se refere a Deus, a Jesus Cristo e ao Espírito Santo é totalmente distorcido, por isso, alguns negam a trindade; outros negam a divindade de Cristo e outros vêm o Espirito Santo como uma mera manifestação de força, de energia ou coisa semelhante.
A quarta característica é a negação ou subtração da Palavra de Deus. Geralmente, os grupos heréticos acrescentam ou tiram as coisas próprias da Bíblia, ou seja, subtraem a Palavra de Deus, negando-lhe as evidencias de ser autoridade plena e única. Os Mórmons tem o Livro de Mórmon como uma escritura superior à Bíblia. Recentemente, um certo líder pentecostal apresentou uma nova revelação para a igreja atual, como a maior revelação depois da bíblia. A seita herética denmominada Ciência Cristã de Mary Baker Eddy coloca o livro Ciência e Saúde como o Livro de autoridade superior, pois nega a existência do Diabo e da dor. Existe uma teoria que nega a inspiração plenária da Bíblia e ensina que a inspiração da Bíblia é parcial, isto é, ensina que “partes da Bíblia são inspiradas, outras partes não”. Por esse modo, a revelação e inspiração fica prejudicada com essa subtração dos defensores dessa idéia.
A quinta característica é o dogmatismo .Não se trata do simples dogmatismo de doutrinas já consagradas da Bíblia. Ora, existem pontos fundamentais dogmatizados nas Escrituras que são imutáveis e orientam a vida dos que servem a Deus. Porém, o perigo do dogmatismo está em tomar conceitos temporais e torná-los doutrinas que implicam na salvação das pessoas. Esse tipo de dogmatismo é doentio e escravisador, pois formam heresias a partir de idéias absurdas de homens e submete as suas vítimas a perigos e ameaças.
A sexta característica é o legalismo instituído. As seitas estabelecem regras para os seus adeptos para os quais o autoritarismo, a intolerância, a perversão e o abuso de valores são, as vezes, absurdos. São regras sem nenhum respaldo bíblico que partem de idéias equivocadas de santidade, de pureza moral, e outras coisas.
Vivemos em um tempo de muitas distorções doutrinárias. Há um sentimento de insatisfação que motiva as pessoas a desejarem coisas espirituais, mesmo que excedam o Cristianismo. As heresias surgem com roupagens de espiritualidade, mas na verdade, são produzidas por “espíritos enganadores”. O fascínio de soluções fáceis; de respostas mentirosas; de paz filosófica se vê estampado nas faces angustiadas e desesperadas das pessoas sem Deus.
CONHECENDO AS SUAS CARATERISTICAS
Como podemos caracterizar uma seita? Os estudiosos das seitas apresentam as mais variadas características desses grupos. Entretanto, queremos considerar, pelo menos, seis dessas características: acréscimo, falsa revelação, distorção, negação, dogmatismo, legalismo.
A primeira característica a considerarmos neste estudo é o acréscimo. Geralmente, as pessoas com tendências heréticas, principalmente, em relação à Bíblia, gostam de acrescentar palavras, idéias e conceitos ao que já está escrito e à interpretação das Escrituras .Temos o exemplo de Guilherme Muller, Ellen White, Josef Smith e outros mais que não se contentaram em aceitar a Bíblia como revelação plena e total, mas preferiram adicionar palavras em nome de falsas traduções e interpretações. As “Testemunhas de Jeová” fizeram sua própria tradução da Bíblia, torcendo os fatos e negando doutrinas fundamentais, tais como a divindade de Jesus, a trindade e outras.
A segunda característica é a pseudo-revelação. Lamentavelmente, no meio cristão, não só no Catolicismo romano, mas também, no Protestantismo, em especial, no meio evangélico, essa característica tem se manifestado fortemente. São pessoas que dão ênfase distorcida às manifestações espirituais adicionando visões, revelações, vozes com idéias e conceitos que confrontam as Escrituras. Esse tipo de experiência extra-bíblica tem provocado desapego à Palavra de Deus e o apego à manifestações exteriores em nome do Espírito Santo. Nesse campo da espiritualidade, a falta de maturidade espiritual e bíblica tem produzido lideres sem identidade bíblica e, por isso, criam revelações espirituais, as quais atribuem a Deus, passando a ensinar doutrinas extra-bíblicas. Atribuindo essas revelações ao Espírito Santo, essas pessoas adicionam, subtraem e fomentam novas doutrinas. As heresias sempre são justificadas por essas pseudo-revelações. Essas revelações agridem os fundamentos doutrinários da Bíblia e, induzem, emocionalmente, as pessoas ao delírio e ao excesso naquilo que passam a acreditar. Fundamentados por essas pseudo-revelações, esses lideres heréticos se apresentam como canais diretos da revelação divina.
A terceira característica é a distorção. Geralmente, as pessoas que tomam o caminho das heresias, abandonam a luz verdadeira e desenvolvem uma visão torcida da verdade. A isto chamamos de visão distorcida das verdades bíblicas. Deixam a luz e tomam o caminho das trevas conforme está escrito em João 3.19-21: “O julgamento é este: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, afim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”. Tudo que se refere a Deus, a Jesus Cristo e ao Espírito Santo é totalmente distorcido, por isso, alguns negam a trindade; outros negam a divindade de Cristo e outros vêm o Espirito Santo como uma mera manifestação de força, de energia ou coisa semelhante.
A quarta característica é a negação ou subtração da Palavra de Deus. Geralmente, os grupos heréticos acrescentam ou tiram as coisas próprias da Bíblia, ou seja, subtraem a Palavra de Deus, negando-lhe as evidencias de ser autoridade plena e única. Os Mórmons tem o Livro de Mórmon como uma escritura superior à Bíblia. Recentemente, um certo líder pentecostal apresentou uma nova revelação para a igreja atual, como a maior revelação depois da bíblia. A seita herética denmominada Ciência Cristã de Mary Baker Eddy coloca o livro Ciência e Saúde como o Livro de autoridade superior, pois nega a existência do Diabo e da dor. Existe uma teoria que nega a inspiração plenária da Bíblia e ensina que a inspiração da Bíblia é parcial, isto é, ensina que “partes da Bíblia são inspiradas, outras partes não”. Por esse modo, a revelação e inspiração fica prejudicada com essa subtração dos defensores dessa idéia.
A quinta característica é o dogmatismo .Não se trata do simples dogmatismo de doutrinas já consagradas da Bíblia. Ora, existem pontos fundamentais dogmatizados nas Escrituras que são imutáveis e orientam a vida dos que servem a Deus. Porém, o perigo do dogmatismo está em tomar conceitos temporais e torná-los doutrinas que implicam na salvação das pessoas. Esse tipo de dogmatismo é doentio e escravisador, pois formam heresias a partir de idéias absurdas de homens e submete as suas vítimas a perigos e ameaças.
A sexta característica é o legalismo instituído. As seitas estabelecem regras para os seus adeptos para os quais o autoritarismo, a intolerância, a perversão e o abuso de valores são, as vezes, absurdos. São regras sem nenhum respaldo bíblico que partem de idéias equivocadas de santidade, de pureza moral, e outras coisas.
No proximo artigo, daremos algumas orientações preventivas.
Prevenindo heresias (Parte II)
Não sejamos suscetíveis ao engano
Nos últimos tempos a igreja tem sido ameaçada por perigos que
contagiam os cristãos como uma virose que alcança muitas pessoas. Quando uma
gripe virótica surge a cada ano, muitas pessoas de estrutura mais frágil são
facilmente contagiadas, porque são vulneráveis àquela virose. No campo
espiritual, no seio da igreja, muitos cristãos tornam-se suscetíveis ao
“espírito do engano” por qualquer movimento espiritual que surja.
No campo espiritual, o perigo começa com o Diabo, que é o pai da mentira (Jo 8.44). A primeira seita herética começou no Éden, quando Satanás, como a antiga Serpente, tentou a Eva e torceu o sentido das palavras de Deus para levá-la, juntamente de seu marido Adão, ao desvio doutrinário. Ele aproveitou-se da simplicidade e pureza de mente do casal, que , sem malicia alguma, não percebeu que o poder daquela serpente era do maior inimigo de Deus e da sua obra. A serpente usou os desejos puros de Eva e sob disfarce, de forma sutil, enganou ao casal (Gn 3.1-15; 1Tm 2.14). Os métodos de Satanás continuam os mesmos. Ele explora a inocência dos incautos e lança em suas mentes dúvidas acerca de Deus e da sua Palavra, torcendo o sentido real das palavras de Deus e induzindo essas pessoas ao engano. Muitos filhos de Deus estão se tornando presas fáceis para o inimigo através de conceitos equivocados acerca das coisas espirituais.
No campo espiritual, o perigo começa com o Diabo, que é o pai da mentira (Jo 8.44). A primeira seita herética começou no Éden, quando Satanás, como a antiga Serpente, tentou a Eva e torceu o sentido das palavras de Deus para levá-la, juntamente de seu marido Adão, ao desvio doutrinário. Ele aproveitou-se da simplicidade e pureza de mente do casal, que , sem malicia alguma, não percebeu que o poder daquela serpente era do maior inimigo de Deus e da sua obra. A serpente usou os desejos puros de Eva e sob disfarce, de forma sutil, enganou ao casal (Gn 3.1-15; 1Tm 2.14). Os métodos de Satanás continuam os mesmos. Ele explora a inocência dos incautos e lança em suas mentes dúvidas acerca de Deus e da sua Palavra, torcendo o sentido real das palavras de Deus e induzindo essas pessoas ao engano. Muitos filhos de Deus estão se tornando presas fáceis para o inimigo através de conceitos equivocados acerca das coisas espirituais.
COMO PREVENIR HERESIAS
1) Não dar crédito a todo espírito
João, o apóstolo amado, preocupava-se com a igreja nos “últimos tempos”. Na sua primeira epístola, escreveu para os cristãos alertando-os acerca dos “espíritos enganadores” que se intrometiam na vida íntima das igrejas plantadas pelos apóstolos e exortava-os , dizendo: “Não deis crédito a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus” (1Jo 4.1). Quando João usa a palavra “espírito”, ele a usa no sentido qualitativo. Isto é, a palavra “espírito” refere-se a pessoas sem referência, sem que sejam conhecidos. Ele alertou os cristãos, e os chama de “filhinhos”, para que os mesmos não sejam levados pelo “espírito do erro”, que produz heresias e falsa doutrina. Todo ensino precisa ser comparado e examinado com a Palavra de Deus.
2) Recusar qualquer doutrina ou manifestação que não tenha respaldo bíblico
Lamentavelmente, os grupos modernos do pentecostalismo, conhecidos como neopentecostais, abraçam todas as novidades espirituais surgidas. Tentam justificar suas crendices enfatizando que o Espírito Santo é livre para fazer o que quiser, e acabam expondo-o ao sabor de crendices e heresias. O Espírito é livre, sim, mas sua atuação acontece mediante princípios que Ele mesmo estabeleceu nas Escrituras para as pessoas que o querem em suas vidas. O Espírito Santo não pode ser manipulado por ninguém e não age irracionalmente. Por isso, toda e qualquer manifestação espiritual tem que ter o respaldo bíblico. Caso contrário, constitui-se heresia que precisa ser rechaçada e excluída da experiência cristã.
João, o apóstolo amado, preocupava-se com a igreja nos “últimos tempos”. Na sua primeira epístola, escreveu para os cristãos alertando-os acerca dos “espíritos enganadores” que se intrometiam na vida íntima das igrejas plantadas pelos apóstolos e exortava-os , dizendo: “Não deis crédito a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus” (1Jo 4.1). Quando João usa a palavra “espírito”, ele a usa no sentido qualitativo. Isto é, a palavra “espírito” refere-se a pessoas sem referência, sem que sejam conhecidos. Ele alertou os cristãos, e os chama de “filhinhos”, para que os mesmos não sejam levados pelo “espírito do erro”, que produz heresias e falsa doutrina. Todo ensino precisa ser comparado e examinado com a Palavra de Deus.
2) Recusar qualquer doutrina ou manifestação que não tenha respaldo bíblico
Lamentavelmente, os grupos modernos do pentecostalismo, conhecidos como neopentecostais, abraçam todas as novidades espirituais surgidas. Tentam justificar suas crendices enfatizando que o Espírito Santo é livre para fazer o que quiser, e acabam expondo-o ao sabor de crendices e heresias. O Espírito é livre, sim, mas sua atuação acontece mediante princípios que Ele mesmo estabeleceu nas Escrituras para as pessoas que o querem em suas vidas. O Espírito Santo não pode ser manipulado por ninguém e não age irracionalmente. Por isso, toda e qualquer manifestação espiritual tem que ter o respaldo bíblico. Caso contrário, constitui-se heresia que precisa ser rechaçada e excluída da experiência cristã.
Prevenindo-se das heresias (Parte III)
As Testemunhas de Jeová
Nesta série de estudos
sobre as seitas apresentaremos tão somente aquelas principais destacando suas
principais doutrinas para dar aos leitores uma visão panorâmica dos perigos que
ameaçam a nossa fé e como evitá-las. Neste artigo, destacaremos, inicialmente,
as Testemunhas de Jeová.
TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Fundada em 1874, nos Estados Unidos da América do Norte, por Charles Taze Russell, o qual era advindo do adventismo. Discordando dos ensinos adventistas resolveu interpretar por conta própria as Escrituras. A partir de então nasceu a “SociedadeTorre de Vigia”e “Arauto da Presença de Cristo”. Suas doutrinas discordantes confrontavam com os ensinos da Bíblia e sua idéia sobre a inspiração da Bíblia seguia a teoria da “inspiração progressiva” que acreditava que o que vale das Escrituras são as idéias e os pensamentos contidos na Bíblia e não as palavras. Admitia que a Bíblia pode sofrer mudanças porque a sua inspiração é dinâmica e progressiva. Com esta idéia, Russell se achava com o direito de modificar as doutrinas bíblicas de acordo com as suas conveniências e heresias. Contrariava, portanto, a inspiração verbal e plenária das Escrituras. O criador dessa seita falsa morreu em 1916 e assumiu em seu lugar um juiz chamado Joseph Franklin Rutherford, o qual deu continuidade à organização deixada por Russell. Rutherford exerceu forte liderança sobre os membros dessa nova seita e desenvolveu fortemente as suas doutrinas. Na verdade, uma doutrina instável e contraditória ao longo da sua história. O nome “Testemunhas de Jeová”foi usado pela primeira vez pelos membros dessa sociedade em 1931.
TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Fundada em 1874, nos Estados Unidos da América do Norte, por Charles Taze Russell, o qual era advindo do adventismo. Discordando dos ensinos adventistas resolveu interpretar por conta própria as Escrituras. A partir de então nasceu a “SociedadeTorre de Vigia”e “Arauto da Presença de Cristo”. Suas doutrinas discordantes confrontavam com os ensinos da Bíblia e sua idéia sobre a inspiração da Bíblia seguia a teoria da “inspiração progressiva” que acreditava que o que vale das Escrituras são as idéias e os pensamentos contidos na Bíblia e não as palavras. Admitia que a Bíblia pode sofrer mudanças porque a sua inspiração é dinâmica e progressiva. Com esta idéia, Russell se achava com o direito de modificar as doutrinas bíblicas de acordo com as suas conveniências e heresias. Contrariava, portanto, a inspiração verbal e plenária das Escrituras. O criador dessa seita falsa morreu em 1916 e assumiu em seu lugar um juiz chamado Joseph Franklin Rutherford, o qual deu continuidade à organização deixada por Russell. Rutherford exerceu forte liderança sobre os membros dessa nova seita e desenvolveu fortemente as suas doutrinas. Na verdade, uma doutrina instável e contraditória ao longo da sua história. O nome “Testemunhas de Jeová”foi usado pela primeira vez pelos membros dessa sociedade em 1931.
SUAS PRINCIPAIS OBRAS
Para divulgar suas idéias, Russell escreveu muitos artigos e livros, ajudado por tantos outros que aceitaram suas doutrinas. Entre as principais obras das TJ estão: a "Bíblia Tradução Novo Mundo" ( uma tradução pobre e com o propósito de fortalecer suas idéias absurdas); "Estudos nas Escrituras"; "A Verdade vos tornará livres"; "Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado"; "Cumprir-se-á, então, o mistério de Deus"; "Caiu Babilônia, a Grande"; "A verdade que conduz à vida eterna". Todos esses livros são editados e publicados em mais de 95 idiomas e só as revistas "Sentinela" e "Despertai” são editadas para mais de 10 milhões, para a maior parte do mundo.
PREDIÇÕES FALSAS DE RUSSELL
(1) Russell declarou que os Tempos dos Gentios terminaria em 1914, referente a cidade de Jerusalém e à Palestina na Grande Tribulação. Passaram-se 90 anos e esse tempo ainda não cumpriu-se. Segundo seus cálculos, os Tempos dos Gentios iniciaram no ano 606 a.C. e haveria de continuar por 2520 anos, terminando em 1914.
(2) Declarou que o Cristianismo seria destruído até 1914. (3) Predisse que a Batalha do Armagedom aconteceria em 1915. (4) Predisse que o Papado da Igreja Romana teria sua queda em 1914. (5) Declarou que o milênio começou no ano 1873. Depois corrigiu esse número para 1874. (6) Declarou que a 2ª. Vinda de Cristo aconteceu em 1874. (7) Declarou que os mortos em Cristo ( a igreja) ressucitaram em 1878. (8) Declarou que a 2ª. Vinda de Cristo iniciaria na “colheita”, a última grande colheita de almas e terminaria em 1915. Todas estas delcarações e previsões escatológicas contém erros de interpretação, de datas e locais. Referem-se, antes de tudo, a um tempo futuro, a maioria relativa à Israel. Ao longo dos anos de suas atividades heréticas, tanto Russell quanto Rutherford fizeram declarações absurdas e torceram a Palavra de Deus.
SUAS PRINCIPAIS HERESIAS
(1) Negam a doutrina da Trindade tenazmente em todos os seus escritos. Mt 3.16,17; Mt 28.19; Jô 15.26; 1 Pe 1.2. (2) Negam a Divindade de Jesus Cristo ( Jô 10.30; 17.21; 14.8,9; Cl 2.9; Rm 9.5; Tt 2.13; Hb 1.3,8,9. (3) Negam a ressurreição corporal de Cristo, afirmando que o Cristo ressurreto não era o mesmo Cristo humano, mas que era um espírito invisível. Lc 24.39-43; Jô 20.25-27; At 1.9. (4) Negam a personalidade e a divindade do Espírito Santo. At 8.29 ( fala); Rm 8.26,27 ( intercede); Ef 4.30 (tem sentimentos); At 16.6,7; 13.2 ( ordena, dirige as pessoas); 1 Co 12.11 ( tem vontade própria); Rm 15.20 ( ama). (5)Ensinam que apenas os 144 mil irão para o céu, e o restante viverá aqui na terra no período milenar. (6) Negam a existência da alma imortal depois da morte. A Bíblia indica plena consciência do ser humano após a morte ( 2 Co 5.8; Lc 23.43; Fp 1.23; Lc 16.19-31). Estas doutrinas das TJ além de errôneas e perniciosas, tem produzido grande confusão na cabeça de pessoas simples, especialmente, aquelas que pouco contato tem com a Biblia. É indiscutivelmente, uma seita diabólica que deve ser desmascarada.
Modismos
e desvios modernos (PARTE 1)
Simpatias na igreja, e a
diferença entre fé e superstição
Simpatia não se trata aqui, nessa abordagem que faremos do
assunto, do mero significado desse verbete, isto é, do seu sentido real nos
nossos dicionários. O Dicionário
Aurélio define simpatia como “participação em, ou sensibilidade ao
sofrimento do outro; sentimento caloroso e espontâneo que alguém experimenta em
relação a outrem” etc. Porém, essa palavra tem sido metaforizada, significando
popularmente “ritual posto em prática, ou objeto supersticiosamente usado, para
prevenir ou curar uma enfermidade ou mal-estar”. Existe uma outra definição
mais forte que identifica essa prática supersticiosa como “simpatia como a
maneira ritual de forçar poderes ocultos a satisfazerem a nossa vontade”.
No mundo místico das pessoas que acreditam em “simpatias”, a utilização de rituais e objetos é creditada a forças ocultas invocadas para a realização da prática. Utiliza-se nos rituais folhas de árvores, unhas e pêlos de animais, pingos de vela, gotas de azeite, sangue de animais, flores, fitas coloridas, posturas físicas e um arsenal de coisas. Tudo isso faz parte de um folclore popular injetado, na maioria, pelos cultos afros de ocultismo. Na verdade, esses rituais praticados parecem, à primeira vista, inofensivos, mas escondem na ingenuidade das pessoas o perigo da bruxaria e outras formas de ocultismo.
O pior de tudo é a adesão disfarçada de “simpatias” no seio de algumas igrejas, ao serem utilizados símbolos bíblicos e banalizado-os com práticas inaceitáveis pela Palavra de Deus. Coisas como a utilização de textos bíblicos, especialmente dos Salmos, para servirem de proteção contra mal-olhado, contra doenças, contra espíritos maus, contra azar. São velas acesas, defumadores, azeite de Israel, pano vermelho representando o sangue de Jesus, Salmo 91 e o 113, rosa do amor, madeira tipificando pedaços da cruz de Cristo etc.
No mundo místico das pessoas que acreditam em “simpatias”, a utilização de rituais e objetos é creditada a forças ocultas invocadas para a realização da prática. Utiliza-se nos rituais folhas de árvores, unhas e pêlos de animais, pingos de vela, gotas de azeite, sangue de animais, flores, fitas coloridas, posturas físicas e um arsenal de coisas. Tudo isso faz parte de um folclore popular injetado, na maioria, pelos cultos afros de ocultismo. Na verdade, esses rituais praticados parecem, à primeira vista, inofensivos, mas escondem na ingenuidade das pessoas o perigo da bruxaria e outras formas de ocultismo.
O pior de tudo é a adesão disfarçada de “simpatias” no seio de algumas igrejas, ao serem utilizados símbolos bíblicos e banalizado-os com práticas inaceitáveis pela Palavra de Deus. Coisas como a utilização de textos bíblicos, especialmente dos Salmos, para servirem de proteção contra mal-olhado, contra doenças, contra espíritos maus, contra azar. São velas acesas, defumadores, azeite de Israel, pano vermelho representando o sangue de Jesus, Salmo 91 e o 113, rosa do amor, madeira tipificando pedaços da cruz de Cristo etc.
Fé e Superstição
É lamentável que cristãos se utilizem desses meios para alcançar
bênçãos em suas vidas, tornando Deus um deus pequeno e manipulado pelas suas
necessidades e interesses. Na verdade, é o Diabo quem tira proveito dessa
ignorância espiritual e que acaba inspirando pseudo-pastores de igrejas a
utilizarem essas práticas. A Bíblia diz que “a fé vem pelo ouvir, e o ouvir
pela Palavra de Deus” (Rm 10.17). Ainda que a Bíblia apresente figuras
materiais em alguns casos para ilustrar a fé, especialmente no Antigo
Testamento, já no Novo Testamento não necessitamos de figuras, porque temos a
fé como o instrumento vital para obtermos as bênçãos de Deus.
Precisamos ter o cuidado para não transformarmos os símbolos evangélicos (bíblicos) em artefatos de superstições. É lamentável quando certos movimentos, especialmente, os neopentecostais, transformam objetos, palavras e fatos históricos da Bíblia em superstições. A fé cristã não pode ser aviltada, mas deve ser exercida como elemento espiritual. Paulo declarou que “tudo o que não é por fé é pecado” (Rm 14.23).
Precisamos ter o cuidado para não transformarmos os símbolos evangélicos (bíblicos) em artefatos de superstições. É lamentável quando certos movimentos, especialmente, os neopentecostais, transformam objetos, palavras e fatos históricos da Bíblia em superstições. A fé cristã não pode ser aviltada, mas deve ser exercida como elemento espiritual. Paulo declarou que “tudo o que não é por fé é pecado” (Rm 14.23).
Modismos e desvios modernos (PARTE 2)
Angelolatria: aberração combatida nos tempos apostólicos e
revisitada em nossos dias
A ênfase exagerada ao papel dos anjos em relação às suas
atividades no tempo presente, especialmente em relação à igreja, tem produzido
crendices que fogem completamente da doutrina sobre anjos na Bíblia.
O texto que melhor explica a angelolatria em nossos dias está na Carta de Paulo aos Colossenses 2.18: “Ninguém vos domine a seu bel prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, mentendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão”. Quando Paulo escreveu essa carta, destacou sua preocupação com a tendência idolátrica resultante do povo daquela região, que costumava freqüentar o lugar dos deuses tutelares da Frígia para ter comunhão com eles.
Os falsos mestres que se introduziram no meio cristão declaravam que haviam tido contato com anjos e, por isso, defendiam a idéia de que os anjos podiam ser mediadores entre Deus e os homens. Insinuavam que, uma vez que Deus parecia tão distante e tão ocupado, os anjos seriam os melhores mediadores de bênçãos aos crentes. Entretanto, essa idéia desfaz a declaração bíblica de que Cristo é o nosso mediador.
Paulo condena aqueles que se metem em coisas que não viram. A igreja de Cristo tem sofrido com falsos líderes espirituais que, “com pretexto de humildade”, mas na verdade orgulhosos e presunçosos, querem dominar as pessoas. O “culto dos anjos” aparece nos hinos cantados, em pretensas visões e revelações. Do ponto de vista bíblico, o culto dos anjos é condenado por Deus. Os anjos são identificados por duas categorias: os que servem a Deus (Hb 1.14) e os que seguiram o caminho da rebelião de Lúcifer (Ez 28.13; Ap 12.9 e Is 14.12). O papel dos anjos de Deus em relação aos crentes é o de servirem em favor deles, e nunca o de tomar o lugar do Espírito Santo, que vive no interior dos crentes.
O serviço dos anjos na Era Neotestamentária difere da Era do Antigo testamento. Paulo começou declarando: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer”, v18. Ora, havia uma preocupação do apóstolo acerca de certos mestres falsos, os quais, para terem domínio sobre as pessoas, aludiam a si mesmos como portadores de poderes espirituais e manifestavam falsa humildade para impressionarem os incautos. Esses mesmos elementos com falsa espiritualidade afirmavam terem contato com anjos e, por isso, deviam ser adorados. Baseando-se em visões que não tiveram, induziam as pessoas à adoração de anjos. Porém, ao entrarem por esse caminho dúbio, aquelas pessoas renegaram a Cristo como “cabeça da Igreja”.
Nenhum anjo de Deus fará qualquer revelação que contrarie o que está revelado nas Escrituras. Nenhum anjo de Deus jamais tomará o lugar de Cristo.
O texto que melhor explica a angelolatria em nossos dias está na Carta de Paulo aos Colossenses 2.18: “Ninguém vos domine a seu bel prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, mentendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão”. Quando Paulo escreveu essa carta, destacou sua preocupação com a tendência idolátrica resultante do povo daquela região, que costumava freqüentar o lugar dos deuses tutelares da Frígia para ter comunhão com eles.
Os falsos mestres que se introduziram no meio cristão declaravam que haviam tido contato com anjos e, por isso, defendiam a idéia de que os anjos podiam ser mediadores entre Deus e os homens. Insinuavam que, uma vez que Deus parecia tão distante e tão ocupado, os anjos seriam os melhores mediadores de bênçãos aos crentes. Entretanto, essa idéia desfaz a declaração bíblica de que Cristo é o nosso mediador.
Paulo condena aqueles que se metem em coisas que não viram. A igreja de Cristo tem sofrido com falsos líderes espirituais que, “com pretexto de humildade”, mas na verdade orgulhosos e presunçosos, querem dominar as pessoas. O “culto dos anjos” aparece nos hinos cantados, em pretensas visões e revelações. Do ponto de vista bíblico, o culto dos anjos é condenado por Deus. Os anjos são identificados por duas categorias: os que servem a Deus (Hb 1.14) e os que seguiram o caminho da rebelião de Lúcifer (Ez 28.13; Ap 12.9 e Is 14.12). O papel dos anjos de Deus em relação aos crentes é o de servirem em favor deles, e nunca o de tomar o lugar do Espírito Santo, que vive no interior dos crentes.
O serviço dos anjos na Era Neotestamentária difere da Era do Antigo testamento. Paulo começou declarando: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer”, v18. Ora, havia uma preocupação do apóstolo acerca de certos mestres falsos, os quais, para terem domínio sobre as pessoas, aludiam a si mesmos como portadores de poderes espirituais e manifestavam falsa humildade para impressionarem os incautos. Esses mesmos elementos com falsa espiritualidade afirmavam terem contato com anjos e, por isso, deviam ser adorados. Baseando-se em visões que não tiveram, induziam as pessoas à adoração de anjos. Porém, ao entrarem por esse caminho dúbio, aquelas pessoas renegaram a Cristo como “cabeça da Igreja”.
Nenhum anjo de Deus fará qualquer revelação que contrarie o que está revelado nas Escrituras. Nenhum anjo de Deus jamais tomará o lugar de Cristo.
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