Os perigos da secularização nas igrejas (1ª
parte)
Novos Conceitos de Secularização
Igreja e secularização
Charles
Taylor inicia a obra "Uma Era Secular" interrogando a respeito do
significado de se viver “numa Era Secular”. O que significa viver em uma Era
Secular para aqueles que vivem no mundo do Atlântico Norte?
O autor inicialmente restringe sua análise a essa área geográfica, mas especificamente à “cristandade latina”, mas compreende que a secularidade seja um fenômeno que se estende de maneira diferente e parcial para além do norte do Ocidente. Os países islâmicos, a Índia e a África não são classificados como “secularizados”, na perspectiva do teórico. A modernidade, diz o autor, promove a secularidade em três formas distintas, mas inter-relacionadas.
Taylor apresenta três pistas teóricas para distinguir e definir o sentido do termo secularidade. Das três opções, opta pela última, as condições da fé ou crença.
a) A religião como questão privada e sua ausência nos espaços públicos. As sociedades pré-modernas estavam embasadas em certos fundamentos sagrados e organizadas sob a perspectiva da religião. A vida nessas sociedades e a organização do Estado apontavam para o transcendente. Com a autonomia dos estados ocidentais não há mais essa conectividade e dependência da cosmovisão anterior. A religião, portanto, torna-se uma questão privada e de caráter particular na Modernidade. Mais especificamente na Europa, é possível envolver-se em diversas áreas da vida pública e nem sequer ouvir ou reconhecer o sagrado como necessário à manutenção da vida e dos valores morais. Esta mudança acena para a mudança de um paradigma cultural fundamentado no sagrado para um novo paradigma cultural de base secular. Neste aspecto, a primeira via para entender o atual contexto de secularidade da sociedade diz respeito ao esvaziamento da religião nas esferas sociais autônomas, às vezes impostas por um regime totalitário, como no caso da Polônia, às vezes em regime democrático que faz a completa separação entre o Estado e a Igreja, mas não elimina a manifestação do sagrado, como os EUA.
b) Abandono de convicções e práticas religiosas. Essa segunda via para se compreender o conceito de secularidade refere-se ao fato de pessoas abandonarem suas convicções e práticas religiosas, afastando-se de Deus e deixando de frequentar a igreja. Neste aspecto, os países da Europa ocidental se tornaram seculares, mesmo aqueles que mantêm alguma referência do sagrado nos espaços públicos. Especificamente aqui, a secularidade é compreendida como declínio da fé cristã e a substituição desta por outros tipos de crenças, como a crença na ciência e na razão, ou até mesmo na emancipação de certas ciências como a teoria da evolução. Taylor, todavia, não se satisfaz com essa forma de explicação pelo fato de não estar convicto de que as descobertas darwinianas refutam a religião ou que as pessoas abandonam a fé por causa da teoria evolucionária.
c) As condições da fé. Para que a sociedade chegasse a esse terceiro nível de secularização, Taylor afirma que foi implicitamente necessário que houvesse o esvaziamento da religião no espaço público. Embora essa terceira via esteja relacionada às anteriores, Taylor a nomeia como pilar fundamental para se compreender adequadamente o sentido que ele explicita e defende de Era Secular. A secularidade, portanto, consiste na passagem de uma sociedade em que a fé em Deus é inquestionável para uma na qual a fé torna-se mais uma opção entre outras e, em geral, não a mais fácil de ser abraçada. A fé cristã não é a única a disputar pelo interesse e adesão das pessoas, mas divide o espaço público com outras crenças e saberes religiosos opostos.
A fé cristã, por conseguinte, é mais uma no panteão das crenças e dos deuses modernos. Evidentemente, esse fator procede das mudanças culturais e sociais de nossa contemporaneidade, principalmente do pluralismo e multiculturalismo. Há, por conseguinte, uma passagem de uma condição de existência “ingênua” para outra realidade na qual a opção religiosa do indivíduo é uma entre muitas outras. O crédulo logo se dá conta de que é “engajado” a um ponto de vista que expressa melhor suas convicções, mas ao mesmo tempo é “desengajado” pelo fato de ocupar um ponto de vista entre uma gama de perspectivas possíveis.
O que torna possível esse reconhecimento ou mudança é a ruptura com o background, ou pano de fundo que sustentava anteriormente uma perspectiva “ingênua” e possibilita a substituição dela por uma estrutura “reflexiva”. A passagem de uma para outra só foi possível pela mudança de background, isto é, de todo o contexto que sustentava e sustenta cada uma das duas perspectivas. Assim, a fé em Deus, como afirma o autor, não é mais axiomática; e crer em Deus hoje não é mais como em 1500 ou 2000. O autor nesse ponto se interroga acerca da razão pela qual a sociedade passou de uma condição na qual as pessoas viviam ingenuamente por meio de uma cosmovisão teísta, para outra na qual a descrença tornou-se a principal opção padrão. Isto significa interrogar-se acerca do desaparecimento da estrutura “ingênua” e o surgimento da estrutura “reflexiva”.
Segundo Taylor, foi a chegada do humanismo exclusivo como uma opção disponível que possibilitou toda essa nova condição. Esse humanismo é antropocêntrico e se define como a medida de todas as coisas, parafraseando Pitágoras. Trata-se de uma perspectiva da vida que se concentra na capacidade do homem em construir para si um mundo livre e autônomo de Deus ou do sagrado como explicação da existência. Essa perspectiva que se desdobra ainda mais entre os filósofos da suspeita reafirma, se não a “morte de Deus, seu completo banimento do mundo.
Conclusão
Entre as contribuições mais significativas do autor está o conceito de secularidade como um processo ad intra em vez de ad extra em relação à religião. Até então alguns autores trataram da secularidade como exterior e mesmo contraposto à religião, Taylor, entretanto, a situa como um processo intra-religioso. Isto significa afirmar que a intensidade da secularidade está intrinsecamente relacionada à intensidade com que a religião se manifesta na sociedade. Para Taylor, portanto, a secularidade consiste em novas condições de crença; em uma nova feição da experiência que incita a crença e é definida por ela, em um novo contexto no qual toda busca e todo questionamento acerca do moral e do espiritual devem ser conduzidos. Haveria lugar ainda para se destacar alguns conceitos caros para o teórico, como por exemplo: “contexto de compreensão”; “plenitude”; “religião”, além de analisar a questão fenomenológica no escrito.
Obra
TAYLOR, Charles. Uma Era Secular. São Leopoldo: Unisinos, 2010, p.13-37.
O autor inicialmente restringe sua análise a essa área geográfica, mas especificamente à “cristandade latina”, mas compreende que a secularidade seja um fenômeno que se estende de maneira diferente e parcial para além do norte do Ocidente. Os países islâmicos, a Índia e a África não são classificados como “secularizados”, na perspectiva do teórico. A modernidade, diz o autor, promove a secularidade em três formas distintas, mas inter-relacionadas.
Taylor apresenta três pistas teóricas para distinguir e definir o sentido do termo secularidade. Das três opções, opta pela última, as condições da fé ou crença.
a) A religião como questão privada e sua ausência nos espaços públicos. As sociedades pré-modernas estavam embasadas em certos fundamentos sagrados e organizadas sob a perspectiva da religião. A vida nessas sociedades e a organização do Estado apontavam para o transcendente. Com a autonomia dos estados ocidentais não há mais essa conectividade e dependência da cosmovisão anterior. A religião, portanto, torna-se uma questão privada e de caráter particular na Modernidade. Mais especificamente na Europa, é possível envolver-se em diversas áreas da vida pública e nem sequer ouvir ou reconhecer o sagrado como necessário à manutenção da vida e dos valores morais. Esta mudança acena para a mudança de um paradigma cultural fundamentado no sagrado para um novo paradigma cultural de base secular. Neste aspecto, a primeira via para entender o atual contexto de secularidade da sociedade diz respeito ao esvaziamento da religião nas esferas sociais autônomas, às vezes impostas por um regime totalitário, como no caso da Polônia, às vezes em regime democrático que faz a completa separação entre o Estado e a Igreja, mas não elimina a manifestação do sagrado, como os EUA.
b) Abandono de convicções e práticas religiosas. Essa segunda via para se compreender o conceito de secularidade refere-se ao fato de pessoas abandonarem suas convicções e práticas religiosas, afastando-se de Deus e deixando de frequentar a igreja. Neste aspecto, os países da Europa ocidental se tornaram seculares, mesmo aqueles que mantêm alguma referência do sagrado nos espaços públicos. Especificamente aqui, a secularidade é compreendida como declínio da fé cristã e a substituição desta por outros tipos de crenças, como a crença na ciência e na razão, ou até mesmo na emancipação de certas ciências como a teoria da evolução. Taylor, todavia, não se satisfaz com essa forma de explicação pelo fato de não estar convicto de que as descobertas darwinianas refutam a religião ou que as pessoas abandonam a fé por causa da teoria evolucionária.
c) As condições da fé. Para que a sociedade chegasse a esse terceiro nível de secularização, Taylor afirma que foi implicitamente necessário que houvesse o esvaziamento da religião no espaço público. Embora essa terceira via esteja relacionada às anteriores, Taylor a nomeia como pilar fundamental para se compreender adequadamente o sentido que ele explicita e defende de Era Secular. A secularidade, portanto, consiste na passagem de uma sociedade em que a fé em Deus é inquestionável para uma na qual a fé torna-se mais uma opção entre outras e, em geral, não a mais fácil de ser abraçada. A fé cristã não é a única a disputar pelo interesse e adesão das pessoas, mas divide o espaço público com outras crenças e saberes religiosos opostos.
A fé cristã, por conseguinte, é mais uma no panteão das crenças e dos deuses modernos. Evidentemente, esse fator procede das mudanças culturais e sociais de nossa contemporaneidade, principalmente do pluralismo e multiculturalismo. Há, por conseguinte, uma passagem de uma condição de existência “ingênua” para outra realidade na qual a opção religiosa do indivíduo é uma entre muitas outras. O crédulo logo se dá conta de que é “engajado” a um ponto de vista que expressa melhor suas convicções, mas ao mesmo tempo é “desengajado” pelo fato de ocupar um ponto de vista entre uma gama de perspectivas possíveis.
O que torna possível esse reconhecimento ou mudança é a ruptura com o background, ou pano de fundo que sustentava anteriormente uma perspectiva “ingênua” e possibilita a substituição dela por uma estrutura “reflexiva”. A passagem de uma para outra só foi possível pela mudança de background, isto é, de todo o contexto que sustentava e sustenta cada uma das duas perspectivas. Assim, a fé em Deus, como afirma o autor, não é mais axiomática; e crer em Deus hoje não é mais como em 1500 ou 2000. O autor nesse ponto se interroga acerca da razão pela qual a sociedade passou de uma condição na qual as pessoas viviam ingenuamente por meio de uma cosmovisão teísta, para outra na qual a descrença tornou-se a principal opção padrão. Isto significa interrogar-se acerca do desaparecimento da estrutura “ingênua” e o surgimento da estrutura “reflexiva”.
Segundo Taylor, foi a chegada do humanismo exclusivo como uma opção disponível que possibilitou toda essa nova condição. Esse humanismo é antropocêntrico e se define como a medida de todas as coisas, parafraseando Pitágoras. Trata-se de uma perspectiva da vida que se concentra na capacidade do homem em construir para si um mundo livre e autônomo de Deus ou do sagrado como explicação da existência. Essa perspectiva que se desdobra ainda mais entre os filósofos da suspeita reafirma, se não a “morte de Deus, seu completo banimento do mundo.
Conclusão
Entre as contribuições mais significativas do autor está o conceito de secularidade como um processo ad intra em vez de ad extra em relação à religião. Até então alguns autores trataram da secularidade como exterior e mesmo contraposto à religião, Taylor, entretanto, a situa como um processo intra-religioso. Isto significa afirmar que a intensidade da secularidade está intrinsecamente relacionada à intensidade com que a religião se manifesta na sociedade. Para Taylor, portanto, a secularidade consiste em novas condições de crença; em uma nova feição da experiência que incita a crença e é definida por ela, em um novo contexto no qual toda busca e todo questionamento acerca do moral e do espiritual devem ser conduzidos. Haveria lugar ainda para se destacar alguns conceitos caros para o teórico, como por exemplo: “contexto de compreensão”; “plenitude”; “religião”, além de analisar a questão fenomenológica no escrito.
Obra
TAYLOR, Charles. Uma Era Secular. São Leopoldo: Unisinos, 2010, p.13-37.
Em Lucas 17.26-30, encontramos um aviso do Senhor Jesus sobre os
males do secularismo e seu avanço como um sinal da proximidade de Sua Segunda
Vinda. Afirma Jesus no versículo 26: “Assim como foi nos dias de Noé, assim
será nos dias do Filho do Homem”.
O que acontecia nos dias de Noé que se assemelham aos nossos dias? Afirma Jesus: “Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento”, v27. A expressão “casavam e davam-se em casamento” quer dizer, literalmente, casar e descasar-se seguidamente. Perceba que não há qualquer menção a Deus nessa passagem. O homem preocupa-se apenas consigo mesmo. Ele é o centro de tudo. Isso é homocentrismo, hedonismo, humanismo, existencialismo, secularismo.
Sobre os dias de Ló quando da destruição de Sodoma e Gomorra, que se assemelham também aos nossos dias, conforme palavras de Jesus, é dito que “Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam”, v28. Perceba quem,aqui, no versículo 28, o casamento já não é mais mencionado, a prioridade é o lazer e o passatempo, e Deus mais uma vez não é mencionado no contexto social.
De Noé a Ló, do contexto social aludido no versículo 26 ao aludido no versículo 28, são mais de 400 anos. O tempo passou, mas o homem não mudou, e ainda hoje é o mesmo, porque a sua natureza é pecaminosa.
Jesus disse: “Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma...”, v29-30. Veja o versículo 31: “Assim será no dia em que...”. Ou seja, os dias que antecedem a Segunda Vinda de Jesus serão semelhantes aos dias da saída de Ló de Sodoma.
O que é secularismo? Termos afins a este conceito são materialismo, humanismo, racionalismo, consumismo, existencialismo, religionismo, nominalismo e mundanismo. Secularismo é o inverso da espiritualidade bíblica na vida do crente. Secularismo é, no caso da vida da igreja, uma forma sutil, capciosa, ardilosa e disfarçada de corrupção na igreja. Seus pecados são, na maior parte, pecados do espírito.
O secularismo exerce grande atração, fascínio, enlevo e efeito anestésico sobre inúmeros cristãos e inúmeras igrejas. A advertência da Palavra de Deus para esse tipo de coisa é: “Afasta-te” (2Tm 3.5).
Há vários textos bíblicos correlatos a esse assunto. Em João 15.19 e 17.14-16, encontramos o termo “mundo”, que é “kosmos” no grego. O crente e o mundo (como sistema maligno) não devem ajustar-se, harmonizar-se, identificar-se, comungar um com o outro. Em Romanos 12.1-2, mundo é, no original grego, “aion”. Em Efésios 2.2, Paulo fala que não devemos andar como dantes, “segundo o curso deste mundo (kosmos)”. Em 1 Coríntios 2.12, ele nos alerta sobre “o espírito do mundo (kosmos)”. Em 1 João 5.19, o apóstolo João assevera que “o mundo (kosmos) está posto na maligno”. Em 1 João 2.15-17, enfatiza: “Não ameis o mundo (kosmos)”. Esse é um amor mórbido, doentio, amor-mentira. Há muitos outros textos correlatos, como Tiago 4.4 e Gálatas 6.14.
Em 2 Timóteo 4.10, Paulo conta que Demas se perdeu, “amando o presente século (aion)”. Demas foi um obreiro que amou o secularismo.
Na semana que vem, daremos continuidade a este valioso assunto, ressaltando a ação do secularismo como fermento na vida da igreja, levedando toda a massa.
A lógica do secularismo
O que acontecia nos dias de Noé que se assemelham aos nossos dias? Afirma Jesus: “Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento”, v27. A expressão “casavam e davam-se em casamento” quer dizer, literalmente, casar e descasar-se seguidamente. Perceba que não há qualquer menção a Deus nessa passagem. O homem preocupa-se apenas consigo mesmo. Ele é o centro de tudo. Isso é homocentrismo, hedonismo, humanismo, existencialismo, secularismo.
Sobre os dias de Ló quando da destruição de Sodoma e Gomorra, que se assemelham também aos nossos dias, conforme palavras de Jesus, é dito que “Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam”, v28. Perceba quem,aqui, no versículo 28, o casamento já não é mais mencionado, a prioridade é o lazer e o passatempo, e Deus mais uma vez não é mencionado no contexto social.
De Noé a Ló, do contexto social aludido no versículo 26 ao aludido no versículo 28, são mais de 400 anos. O tempo passou, mas o homem não mudou, e ainda hoje é o mesmo, porque a sua natureza é pecaminosa.
Jesus disse: “Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma...”, v29-30. Veja o versículo 31: “Assim será no dia em que...”. Ou seja, os dias que antecedem a Segunda Vinda de Jesus serão semelhantes aos dias da saída de Ló de Sodoma.
O que é secularismo? Termos afins a este conceito são materialismo, humanismo, racionalismo, consumismo, existencialismo, religionismo, nominalismo e mundanismo. Secularismo é o inverso da espiritualidade bíblica na vida do crente. Secularismo é, no caso da vida da igreja, uma forma sutil, capciosa, ardilosa e disfarçada de corrupção na igreja. Seus pecados são, na maior parte, pecados do espírito.
O secularismo exerce grande atração, fascínio, enlevo e efeito anestésico sobre inúmeros cristãos e inúmeras igrejas. A advertência da Palavra de Deus para esse tipo de coisa é: “Afasta-te” (2Tm 3.5).
Há vários textos bíblicos correlatos a esse assunto. Em João 15.19 e 17.14-16, encontramos o termo “mundo”, que é “kosmos” no grego. O crente e o mundo (como sistema maligno) não devem ajustar-se, harmonizar-se, identificar-se, comungar um com o outro. Em Romanos 12.1-2, mundo é, no original grego, “aion”. Em Efésios 2.2, Paulo fala que não devemos andar como dantes, “segundo o curso deste mundo (kosmos)”. Em 1 Coríntios 2.12, ele nos alerta sobre “o espírito do mundo (kosmos)”. Em 1 João 5.19, o apóstolo João assevera que “o mundo (kosmos) está posto na maligno”. Em 1 João 2.15-17, enfatiza: “Não ameis o mundo (kosmos)”. Esse é um amor mórbido, doentio, amor-mentira. Há muitos outros textos correlatos, como Tiago 4.4 e Gálatas 6.14.
Em 2 Timóteo 4.10, Paulo conta que Demas se perdeu, “amando o presente século (aion)”. Demas foi um obreiro que amou o secularismo.
Na semana que vem, daremos continuidade a este valioso assunto, ressaltando a ação do secularismo como fermento na vida da igreja, levedando toda a massa.
A lógica do secularismo
O secularismo não é a tentativa de acabar com a religião, mas
sim de fazer com que a sua voz tenha influência somente no
O secularismo não é a tentativa de acabar com a religião, mas
sim de fazer com que a sua voz tenha influência somente no "mundo
religioso". A meta proposta é exatamente dicotomizar a religião e a
sociedade, como espaços excludentes.
Dentro desse raciocínio, leio no Conjur um texto assinado por Paulo Roberto Iotti Vecchiatti que representa muito bem o pensamento secularista.
O título do artigo já diz tudo: Argumentos religiosos não podem ser aceitos. A partir daí o autor aborda a recente decisão do STF sobre a união estável homossexual e sustenta que para que tenha algum significado real, a laicidade estatal tem que significar que fundamentações religiosas não podem influir nos rumos jurídicos e/ou políticos da nação. Ou seja: “(...) fundamentações religiosas não podem ser consideradas pelo Poder Judiciário e, portanto, pelo Supremo Tribunal Federal, na tomada de suas decisões. Somente a racionalidade laica pode sê-lo, sob pena de se impor valores religiosos oriundos de dogmas tidos como indiscutíveis pelas religiões respectivas a pessoas que não compartilham de tais valores religiosos, o que é vedado pelo próprio princípio da liberdade religiosa, que, para Canotilho e Vital Moreira, garante o direito de não ter a vida influenciada pela religião alheia”.
Ele prossegue argumentando que “só a racionalidade laica pode ser imponível a todos, por não se pautar em valores metafísicos que não podem ser provados de maneira empírico-científica e/ou lógico-racional e nem pretendem sê-lo — a diferença básica entre fé e ciência é a de que a fé não pode ser comprovada”.
A ideia secularista utilizado pelo autor é tão falha que expõe as vísceras da incongruência do seu pensamento. Primeiro ele confunde Estado laico com Estado ateu. No Brasil, após o advento da República (por meio do Decreto n.º 119-A, de 17.1.1890A) passou a existir separação entre Estado e Igreja, atribuindo-lhe então as características de um país laico, leigo ou não confessional. O termo laico remete-nos, obrigatoriamente, à idéia de neutralidade e indiferença. Nesse sentido, o Brasil, enquanto Nação, não está ligado a qualquer tipo de religião, seita ou confissão religiosa. Ele é neutro. Se por um lado não se pode adotar uma religião oficial, de forma a apoiá-la; por outro, não se pode embaraçar ou impedir as práticas religiosas qualquer que seja o credo.
Nessa linha, o jurista Ives Gandra da Silva Martins escreve:
“Quando se sustenta que o Estado deve ser surdo à religiosidade de seus cidadãos, na verdade se reveste esse mesmo Estado de características pagãs e ateístas que não são e nunca foram albergadas pelas Constituições brasileiras. A democracia nasce e se desenvolve a partir da pluralidade de idéias e opiniões, e não da ausência delas. É direito e garantia fundamental a livre expressão do pensamento, inclusive para a adequada formação das políticas públicas
Pretender calar os vários segmentos religiosos do país não apenas é antidemocrático e inconstitucional mas traduz comportamento revestido de profunda intolerância e prejudica gravemente a saudável convivência harmônica do todo social brasileiro.”
Além disso, peço vênia para transcrever parte da sentença da juíza da 3ª Vara Cível Federal de São Paulo, Maria Lúcia Lencastre Ursaia, que decidiu em caráter liminar que a presença de símbolos religiosos em prédios públicos não ofende os princípios constitucionais da laicidade do estado nem de liberdade religiosa, para desespero do representante Daniel Sottomaior Pereira, Presidente de uma Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, ligado à Sociedade Terra Redonda.
“Por fim, inobstante o Preâmbulo da Constituição Federal não ter força normativa (como já decidiu o E. STF – Pleno – ADIN nº 2076/AC – Rel. Min. Carlos Velloso – 15/08/2002 – Informativo STF nº 277) o Prêambulo de nossa Constituição Federal é definido como documento de intenções da Lei Maior, representando a proclamação de princípios que demonstra suas justificativas, objetivos e finalidades , servindo de fonte interpretativa para dissipar as obscuridades das questões práticas e de rumo para o governo e a sociedade.
As Constituições brasileiras, com exceção da Constituição Republicana de 1891 e a de 1937, invocaram em seus preâmbulos, expressamente, a proteção de Deus. A nossa Constituição Federal tem seu preâmbulo assim expresso:”Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”.
Desta forma, o legislador constituinte, invocando a proteção de Deus ao promulgar nossa Constituição Federal, demonstrou profundo respeito ao Justo para conceber a sociedade justa e solidária a que se propôs.Com tais fundamentos entendo neste exame preliminar, através deste meio de controle difuso , não ocorrer a alegada ofensa aos princípios constitucionais mencionados na exordial e indefiro a medida liminar pleiteada.”
Pois bem. De volta ao texto citado, vale ressaltar outro grave equívoco lógico. O autor diz que “argumentos religiosos não podem ser aceitos”. A falha esta em se rejeitar um determinado argumento baseado em um conceito criado antecipadamente. É dizer: rejeita-se a opinião da igreja simplesmente pelo fato de ser um “argumento religioso”. Isso equivale a dizer que uma tese pode ser rejeitada não por aquilo que está contido nela, mas sim, em razão de quem a defende, pouco importando se ela está correta ou não. Dentro dessa linha de raciocínio conclui-se pela possibilidade de rejeitar o argumento de um ateu pelo simples fato dele ser ateu; do negro, pelo fato dele ser negro, e assim sucessivamente.
Ora, o que dá validade ao argumento não é a sua origem (embora tenha o seu valor), antes, a sua validade intrínseca; o seu próprio conteúdo. Desse modo, não se pode afastar a opinião das igrejas simplesmente pelo fato de as rotularem antecipadamente de “religiosas”, com sói pensar que somente o laicismo é racional. Sei. Dá para ver (...).
Dentro desse raciocínio, leio no Conjur um texto assinado por Paulo Roberto Iotti Vecchiatti que representa muito bem o pensamento secularista.
O título do artigo já diz tudo: Argumentos religiosos não podem ser aceitos. A partir daí o autor aborda a recente decisão do STF sobre a união estável homossexual e sustenta que para que tenha algum significado real, a laicidade estatal tem que significar que fundamentações religiosas não podem influir nos rumos jurídicos e/ou políticos da nação. Ou seja: “(...) fundamentações religiosas não podem ser consideradas pelo Poder Judiciário e, portanto, pelo Supremo Tribunal Federal, na tomada de suas decisões. Somente a racionalidade laica pode sê-lo, sob pena de se impor valores religiosos oriundos de dogmas tidos como indiscutíveis pelas religiões respectivas a pessoas que não compartilham de tais valores religiosos, o que é vedado pelo próprio princípio da liberdade religiosa, que, para Canotilho e Vital Moreira, garante o direito de não ter a vida influenciada pela religião alheia”.
Ele prossegue argumentando que “só a racionalidade laica pode ser imponível a todos, por não se pautar em valores metafísicos que não podem ser provados de maneira empírico-científica e/ou lógico-racional e nem pretendem sê-lo — a diferença básica entre fé e ciência é a de que a fé não pode ser comprovada”.
A ideia secularista utilizado pelo autor é tão falha que expõe as vísceras da incongruência do seu pensamento. Primeiro ele confunde Estado laico com Estado ateu. No Brasil, após o advento da República (por meio do Decreto n.º 119-A, de 17.1.1890A) passou a existir separação entre Estado e Igreja, atribuindo-lhe então as características de um país laico, leigo ou não confessional. O termo laico remete-nos, obrigatoriamente, à idéia de neutralidade e indiferença. Nesse sentido, o Brasil, enquanto Nação, não está ligado a qualquer tipo de religião, seita ou confissão religiosa. Ele é neutro. Se por um lado não se pode adotar uma religião oficial, de forma a apoiá-la; por outro, não se pode embaraçar ou impedir as práticas religiosas qualquer que seja o credo.
Nessa linha, o jurista Ives Gandra da Silva Martins escreve:
“Quando se sustenta que o Estado deve ser surdo à religiosidade de seus cidadãos, na verdade se reveste esse mesmo Estado de características pagãs e ateístas que não são e nunca foram albergadas pelas Constituições brasileiras. A democracia nasce e se desenvolve a partir da pluralidade de idéias e opiniões, e não da ausência delas. É direito e garantia fundamental a livre expressão do pensamento, inclusive para a adequada formação das políticas públicas
Pretender calar os vários segmentos religiosos do país não apenas é antidemocrático e inconstitucional mas traduz comportamento revestido de profunda intolerância e prejudica gravemente a saudável convivência harmônica do todo social brasileiro.”
Além disso, peço vênia para transcrever parte da sentença da juíza da 3ª Vara Cível Federal de São Paulo, Maria Lúcia Lencastre Ursaia, que decidiu em caráter liminar que a presença de símbolos religiosos em prédios públicos não ofende os princípios constitucionais da laicidade do estado nem de liberdade religiosa, para desespero do representante Daniel Sottomaior Pereira, Presidente de uma Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, ligado à Sociedade Terra Redonda.
“Por fim, inobstante o Preâmbulo da Constituição Federal não ter força normativa (como já decidiu o E. STF – Pleno – ADIN nº 2076/AC – Rel. Min. Carlos Velloso – 15/08/2002 – Informativo STF nº 277) o Prêambulo de nossa Constituição Federal é definido como documento de intenções da Lei Maior, representando a proclamação de princípios que demonstra suas justificativas, objetivos e finalidades , servindo de fonte interpretativa para dissipar as obscuridades das questões práticas e de rumo para o governo e a sociedade.
As Constituições brasileiras, com exceção da Constituição Republicana de 1891 e a de 1937, invocaram em seus preâmbulos, expressamente, a proteção de Deus. A nossa Constituição Federal tem seu preâmbulo assim expresso:”Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”.
Desta forma, o legislador constituinte, invocando a proteção de Deus ao promulgar nossa Constituição Federal, demonstrou profundo respeito ao Justo para conceber a sociedade justa e solidária a que se propôs.Com tais fundamentos entendo neste exame preliminar, através deste meio de controle difuso , não ocorrer a alegada ofensa aos princípios constitucionais mencionados na exordial e indefiro a medida liminar pleiteada.”
Pois bem. De volta ao texto citado, vale ressaltar outro grave equívoco lógico. O autor diz que “argumentos religiosos não podem ser aceitos”. A falha esta em se rejeitar um determinado argumento baseado em um conceito criado antecipadamente. É dizer: rejeita-se a opinião da igreja simplesmente pelo fato de ser um “argumento religioso”. Isso equivale a dizer que uma tese pode ser rejeitada não por aquilo que está contido nela, mas sim, em razão de quem a defende, pouco importando se ela está correta ou não. Dentro dessa linha de raciocínio conclui-se pela possibilidade de rejeitar o argumento de um ateu pelo simples fato dele ser ateu; do negro, pelo fato dele ser negro, e assim sucessivamente.
Ora, o que dá validade ao argumento não é a sua origem (embora tenha o seu valor), antes, a sua validade intrínseca; o seu próprio conteúdo. Desse modo, não se pode afastar a opinião das igrejas simplesmente pelo fato de as rotularem antecipadamente de “religiosas”, com sói pensar que somente o laicismo é racional. Sei. Dá para ver (...).
Os perigos da secularização nas igrejas (2ª
parte)
O secularismo é como um fermento agindo na massa. Paulo lembra
em 1 Coríntios 5.6 que “um pouco de fermento faz levedar toda a massa”. O
fermento de que Jesus falou tem muito a ver com o secularismo dentro da igreja.
Jesus falou de três tipos de fermentos. Vejamos a seguir.
1) O fermento dos fariseus (Mt 16.6 e Mc 8.15). Os fariseus eram formalistas, religionistas, ritualistas, nominalistas. Eles endeusavam as obras.
2) O fermento dos saduceus (Mt 16.6). Os saduceus eram racionalistas, agnósticos, céticos, materialistas, humanistas. Não criam no miraculoso, no sobrenatural.
3) O fermento de herodes (Mc 8.15). Os herodianos eram liberalistas, iconoclastas, modernistas, politiqueiros, secularistas, irreverentes. Os herodianos profanavam o dia do Senhor.
O fermento na Bíblia representa a corrupção espiritual, agindo ocultamente na massa do povo. A Bíblia fala da corrupção doutrinária (1Tm 4.1), da corrupção no culto, inclusive no louvor e na adoração, como nos dias do Antigo Testamento, e da corrupção no ministério. Alguns exemplos de hoje são a igreja ecumênica, o culto ecumênico, a bíblia ecumênica, o ministério ecumênico etc.
O secularismo e o balaamismo na igreja estão interligados. Balaão foi um estranho profeta-adivinho do Antigo Testamento (Nm 22.5; 23.7; 25.1-3; 31.8,16; Dt 23.4 e Js 13.22). O balaamismo é uma forma de secularismo atuando no Antigo Testamento. O secularismo na “doutrina de Balaão” (Ap 2.14) é a corrupção doutrinária, a qual leva à corrupção do culto e do povo. O texto bíblico fala: “Diante dos filhos de Israel”. É a mistura da igreja com o mundo, como se fosse um só povo.
O secularismo no “caminho de Balaão” (2Pd 2.15) é o profissionalismo material, uma ambição doentia por cargos e consagrações, o mercenarismo religioso, o mercantilismo nas coisas santas do Senhor, a “torpe ganância” citada várias vezes nas Epístolas.
O secularismo no “engano de Balaão” (Jd 11) é a dependência do raciocínio puramente humano, do intelectualismo humano nas coisas do Senhor. Por exemplo: interpretar as Escrituras pelo raciocínio humano somente, administrar a obra de Deus pelo saber humano, e julgar e decidir as coisas do Senhor apenas pelo raciocínio humano.
Devemos nos lembrar que, à luz da Bíblia, alguns “materiais” são imprestáveis na edificação da Igreja. Nesses “materiais”, temos lições preventivas sobre os males do secularismo na igreja. Se não, vejamos:
1) A igreja é comparada a um edifício espiritual em construção. “Eu edificarei a minha igreja”, Mt 16.18. “Sois edificados casa espiritual”, 1Pd 2.5. Podemos ver também essa verdade em Efésios 2.20-22 e 4.12.
2) Em 1 Coríntios 3.10-17, três dos seis materiais mencionados (v12) são impróprios para a edificação da Igreja do Senhor: madeira, feno e palha. São materiais efêmeros, baratos e reprovados por Deus. No sentido figurado da Escritura, esses materiais estão repletos de traiçoeiro secularismo (com outros nomes).
3) Os materiais aprovados por Deus são ouro, prata e pedras preciosas (v12). São materiais duradouros, custosos e especiais.
Na semana que vem, daremos continuidade a este importante assunto, falando dos agentes promotores do secularismo nas igrejas.
1) O fermento dos fariseus (Mt 16.6 e Mc 8.15). Os fariseus eram formalistas, religionistas, ritualistas, nominalistas. Eles endeusavam as obras.
2) O fermento dos saduceus (Mt 16.6). Os saduceus eram racionalistas, agnósticos, céticos, materialistas, humanistas. Não criam no miraculoso, no sobrenatural.
3) O fermento de herodes (Mc 8.15). Os herodianos eram liberalistas, iconoclastas, modernistas, politiqueiros, secularistas, irreverentes. Os herodianos profanavam o dia do Senhor.
O fermento na Bíblia representa a corrupção espiritual, agindo ocultamente na massa do povo. A Bíblia fala da corrupção doutrinária (1Tm 4.1), da corrupção no culto, inclusive no louvor e na adoração, como nos dias do Antigo Testamento, e da corrupção no ministério. Alguns exemplos de hoje são a igreja ecumênica, o culto ecumênico, a bíblia ecumênica, o ministério ecumênico etc.
O secularismo e o balaamismo na igreja estão interligados. Balaão foi um estranho profeta-adivinho do Antigo Testamento (Nm 22.5; 23.7; 25.1-3; 31.8,16; Dt 23.4 e Js 13.22). O balaamismo é uma forma de secularismo atuando no Antigo Testamento. O secularismo na “doutrina de Balaão” (Ap 2.14) é a corrupção doutrinária, a qual leva à corrupção do culto e do povo. O texto bíblico fala: “Diante dos filhos de Israel”. É a mistura da igreja com o mundo, como se fosse um só povo.
O secularismo no “caminho de Balaão” (2Pd 2.15) é o profissionalismo material, uma ambição doentia por cargos e consagrações, o mercenarismo religioso, o mercantilismo nas coisas santas do Senhor, a “torpe ganância” citada várias vezes nas Epístolas.
O secularismo no “engano de Balaão” (Jd 11) é a dependência do raciocínio puramente humano, do intelectualismo humano nas coisas do Senhor. Por exemplo: interpretar as Escrituras pelo raciocínio humano somente, administrar a obra de Deus pelo saber humano, e julgar e decidir as coisas do Senhor apenas pelo raciocínio humano.
Devemos nos lembrar que, à luz da Bíblia, alguns “materiais” são imprestáveis na edificação da Igreja. Nesses “materiais”, temos lições preventivas sobre os males do secularismo na igreja. Se não, vejamos:
1) A igreja é comparada a um edifício espiritual em construção. “Eu edificarei a minha igreja”, Mt 16.18. “Sois edificados casa espiritual”, 1Pd 2.5. Podemos ver também essa verdade em Efésios 2.20-22 e 4.12.
2) Em 1 Coríntios 3.10-17, três dos seis materiais mencionados (v12) são impróprios para a edificação da Igreja do Senhor: madeira, feno e palha. São materiais efêmeros, baratos e reprovados por Deus. No sentido figurado da Escritura, esses materiais estão repletos de traiçoeiro secularismo (com outros nomes).
3) Os materiais aprovados por Deus são ouro, prata e pedras preciosas (v12). São materiais duradouros, custosos e especiais.
Na semana que vem, daremos continuidade a este importante assunto, falando dos agentes promotores do secularismo nas igrejas.
Os perigos da secularização nas igrejas (3ª
parte)
Vejamos agora alguns agentes promotores do secularismo
(mundanismo) na igreja. São eles, à luz da Bíblia:
1) 2 Coríntios 4.4: “O deus deste século”. Século aqui é “aion”.
2) 1 Coríntios 2.12: “O espírito do mundo (kosmos)”. Ver também 1 João 4.3.
3) A mídia em geral. Conteúdos de vídeo, áudio, imagem, páginas impressas, internet etc que esteja saturado com o secularismo maléfico e maligno. Exemplo: A mídia principalmente televisiva, que prevalece no lar. Ela orienta os filhos e forma a mentalidade, molda a personalidade das crianças e adolescentes, induzindo-as (bem como os seus pais) ao mal de modo sutil. Atentemos para Deuteronômio 13.5b, Salmos 101.3, Provérbios 23.5 e 1 Coríntios 10.31b. Sim, induz a todos, inconscientemente, ao comportamento reflexo (por aquilo que vê e ouve), ao despudor (Por exemplo: lascívia, luxúria. Ver Oséias 4.12 e 5.4), à permissividade em geral, ao amor-livre, ao sexo-livre, como se tudo fosse natural, normal; à violência e à trapaça, ao engano, ao “jeitinho” e à mentira.
4) O acúmulo injusto, iníquo, de riqueza (Ec 5.10; Ef 5.5; Jr 17.11; Sl 39.6 e 62.10).
5) O trabalho material exagerado e contínuo. A pessoa não tem tempo para Deus, nem para a família, nem para a causa de Deus.
6) A consuetude da sociedade ímpia, incrédula, sem Deus. Paulo nos diz em Romanos 12.2: “Não vos conformeis com este mundo”. São usos, práticas, costumes, tradições e comportamentos sociais na igreja que são anticristãos, anti-Deus, antiéticos e antiestéticos.
7) As mutações sociais na família, constantes e rápidas. Veja 1 João 2.15, onde mundo é “aion”. Essas mutações lentamente enfraquecem, fragmentam, desagregam e arruinam a família, e daí a igreja, pois esta é a constituída de famílias. Em Daniel 7.25, lemos: “E cuidará em mudar os tempos e a lei”. Aqui, devemos conferir 2 Tessalonicenses 2.3, que fala da atividade do “homem do pecado (ho anomos)”.
8) A desumanização do ser humano. Refiro-me ao desaparecimento do amor no ser humano (2Tm 3.1-4). Em Mateus 24.12, Jesus diz: “O amor de muitos esfriará”. 2) No versículo 1 de 2 Timóteo capítulo 3, lemos: “Nos últimos dias”. Atente para a descrição dos últimos dias nesse capítulo. Ali há um aviso profético da Palavra de Deus. No versículo 2: “Amantes de si mesmos (phil/autos)”. No versículo 2: “Avarentos (phil/arguros)”. No versículo 3: “Sem afeto natural (a/storgoi)” e “sem amor para com os bons (a/phil/agathos)”. E no versículo 4: “Mais amigos dos deleites (phil/hedones)”. Como se portará a humanidade sem amor?
9) A multiplicação do conhecimento humano sem sabedoria (Dn 12.4).
Na semana que vem, teremos a última parte desta série, onde falaremos sobre os efeitos maléficos do secularismo nas igrejas.
1) 2 Coríntios 4.4: “O deus deste século”. Século aqui é “aion”.
2) 1 Coríntios 2.12: “O espírito do mundo (kosmos)”. Ver também 1 João 4.3.
3) A mídia em geral. Conteúdos de vídeo, áudio, imagem, páginas impressas, internet etc que esteja saturado com o secularismo maléfico e maligno. Exemplo: A mídia principalmente televisiva, que prevalece no lar. Ela orienta os filhos e forma a mentalidade, molda a personalidade das crianças e adolescentes, induzindo-as (bem como os seus pais) ao mal de modo sutil. Atentemos para Deuteronômio 13.5b, Salmos 101.3, Provérbios 23.5 e 1 Coríntios 10.31b. Sim, induz a todos, inconscientemente, ao comportamento reflexo (por aquilo que vê e ouve), ao despudor (Por exemplo: lascívia, luxúria. Ver Oséias 4.12 e 5.4), à permissividade em geral, ao amor-livre, ao sexo-livre, como se tudo fosse natural, normal; à violência e à trapaça, ao engano, ao “jeitinho” e à mentira.
4) O acúmulo injusto, iníquo, de riqueza (Ec 5.10; Ef 5.5; Jr 17.11; Sl 39.6 e 62.10).
5) O trabalho material exagerado e contínuo. A pessoa não tem tempo para Deus, nem para a família, nem para a causa de Deus.
6) A consuetude da sociedade ímpia, incrédula, sem Deus. Paulo nos diz em Romanos 12.2: “Não vos conformeis com este mundo”. São usos, práticas, costumes, tradições e comportamentos sociais na igreja que são anticristãos, anti-Deus, antiéticos e antiestéticos.
7) As mutações sociais na família, constantes e rápidas. Veja 1 João 2.15, onde mundo é “aion”. Essas mutações lentamente enfraquecem, fragmentam, desagregam e arruinam a família, e daí a igreja, pois esta é a constituída de famílias. Em Daniel 7.25, lemos: “E cuidará em mudar os tempos e a lei”. Aqui, devemos conferir 2 Tessalonicenses 2.3, que fala da atividade do “homem do pecado (ho anomos)”.
8) A desumanização do ser humano. Refiro-me ao desaparecimento do amor no ser humano (2Tm 3.1-4). Em Mateus 24.12, Jesus diz: “O amor de muitos esfriará”. 2) No versículo 1 de 2 Timóteo capítulo 3, lemos: “Nos últimos dias”. Atente para a descrição dos últimos dias nesse capítulo. Ali há um aviso profético da Palavra de Deus. No versículo 2: “Amantes de si mesmos (phil/autos)”. No versículo 2: “Avarentos (phil/arguros)”. No versículo 3: “Sem afeto natural (a/storgoi)” e “sem amor para com os bons (a/phil/agathos)”. E no versículo 4: “Mais amigos dos deleites (phil/hedones)”. Como se portará a humanidade sem amor?
9) A multiplicação do conhecimento humano sem sabedoria (Dn 12.4).
Na semana que vem, teremos a última parte desta série, onde falaremos sobre os efeitos maléficos do secularismo nas igrejas.
Os perigos da secularização nas igrejas (4ª
parte)
Vejamos agora, como prometido,
os efeitos maléficos do secularismo nas igrejas. Vamos ver apenas alguns desses
efeitos.
1) O crente acostumar-se ao prazer doentio, como se isso fosse natural.
“Tiveram prazer na iniquidade”, 2Ts 2.12. Por exemplo: O crente sentir prazer
em cenas violentas, desumanas, imorais, repulsivas, como luta de boxe, cenas de
tortura, publicações abomináveis, vídeo imoral e violento, e outras fontes de
prazer doentio, sádico, selvagem, anormal, pecaminoso.
2) O crente tornar-se espiritualmente infrutífero, inútil, parasita. “Nenhum de
nós vive para si”, Rm 8.14. “Estrela errante”, Jd 13.
3) O crente tornar-se espiritualmente “pesado”, e daí viver “colado” às coisas
efêmeras desta vida. Apegar-se a este mundo, colocando em detrimento as coisas
do Senhor (Lc 21.34 e Gl 3.19b). São pessoas que só pensam nas coisas terrenas.
4) O crente tornar-se indiferente, apático, enfastiado para as coisas do
Espírito (Ap 3.14,17).
5) A prevalência do nominalismo religioso entre os crentes. “Os discípulos
foram chamados cristãos” (At 11.26) – isto é, eles não chamaram de cristãos a
si mesmo, eles foram chamados assim. Eles não apenas pregavam a Cristo, mas
também viviam, de fato, o Evangelho de Cristo.
6) A inversão de valores espirituais na igreja (Is 5.20; 2Rs 16.10-20).
7) A exagerada institucionalização da igreja. É quando a igreja se torna
apenas uma denominação a mais, uma organização religiosa a mais, apenas uma
máquina religiosa programada. Uma máquina fabrica, mas não cria. Confira, no
original grego, a expressão “criado”, em 1 Timóteo 4.6.
Vejamos a seguir, e para concluir, alguns breves e terríveis exemplos de
secularismo:
a) Esaú como PESSOA. “Profano como Esaú”, Hb 12.16.
b) Israel como POVO. “Engordando-se Jerusum, deu coices”, Dt 32.15.
c) Laodicéia como IGREJA. Era rica espiritualmente, e tornou-se pobre (Ap
3.17).
d) Demas como OBREIRO. “Amou o presente século”, 2Tm 4.10.
Lembremo-nos da advertência de Jesus sobre o resultado do mero religionismo sem
realidade e sem conteúdo espiritual (Mt 7.20-23). Jesus falou: “Para que vejam
a minha glória”, Jo 17.24. “Unjas os teus olhos com colírio para que vejas”, Ap
3.18. Disse o Dr. John Rice: “Se todo crente pudesse (1) apreciar de fato o que
é o Céu, (2) o que é a glória e a majestade de Cristo, e (3) o que nos espera
lá, teríamos tanto desejo de ir para lá que nos desprenderíamos de tudo o que
fosse possível aqui, de modo que o mundo não teria entre os crentes um só
torcedor, um só admirador, um só amigo”.
Vamos todos buscar, receber e conservar o real avivamento bíblico, com suas
infinitas bênçãos, conquistas e triunfos. Essa é a principal resposta divina
para a avalanche de secularismo que investe contra a Igreja do Senhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário