sábado, 2 de agosto de 2014

DILUVIO ,CIENCIA E FÉ

     Ciência e Fé – O Dilúvio e a Formação dos Continentes


Introdução
Pouco mais de 1600 anos após sua criação, o ser humano se afastou tanto dos projetos de Deus, seu Criador, e deu tanto lugar ao pecado que a ira divina foi derramada sobre a Terra de forma nunca mais vista ou experimentada. Essa explosão da ira de Deus, manifestada através do dilúvio, não atingiu apenas a humanidade, mas causou transformações irreversíveis sobre todo o nosso planeta. Essa grande catástrofe universal foi considerada de tamanha importância pelo escritor do livro de Gênesis que lhe dedicou mais espaço do que para o relato da criação.
Resumidamente, a Bíblia nos diz o seguinte sobre o período do dilúvio:
• A humanidade havia-se corrompido em extremo, e foi-lhe dado um prazo de 120 anos para arrependimento (6.3-7);
• Noé entrou na arca 7 dias antes de começar a chover (7.4,10);
• Choveu sobre a Terra durante 40 dias (7.12);
• Os seres vivos que foram preservados ficaram na arca durante 1 ano e 10 dias (5 meses flutuando e 7 meses na montanha) (7.11; 8.14).
No meio cristão ainda paira uma grande dúvida, não em relação à existência do dilúvio, mas se ele foi realmente universal ou apenas regional. Segundo o Manual Bíblico Vida Nova, aqueles que defendem a idéia de um dilúvio regional usam como argumentos o fato de não existir na Terra uma quantidade de água necessária para cobrir as montanhas mais altas (seria necessário um volume oito vezes maior que o total de água disponível no planeta), os problemas práticos para abrigar e alimentar tantos animais durante um ano, a destruição de toda a vida vegetal submersa em água salgada por um ano, e ainda a idéia de que para destruir a raça humana era necessária apenas uma inundação nas áreas habitadas naquele tempo.
Quem assim pensa não levou em consideração: a duração do dilúvio, já que uma inundação local teria baixado em poucos dias; a distribuição humana que não se restringia a uma área geográfica tão pequena; a geografia e o relevo do planeta antes do dilúvio; e a capacidade ilimitada que Deus tem para agir na história.
Um dilúvio regional já seria bastante destruidor, como observamos recentemente com o Tsunami na Ásia e as histórias de alagamentos que ouvimos todos os dias nos jornais. Já um dilúvio em toda a Terra teria um poder de destruição incomparavelmente maior que o alcance de nossa imaginação. Assim, sem dúvida, os argumentos referentes a um dilúvio universal parecem mais fortes, até mesmo pelo fato de que, se o dilúvio fosse mesmo regional, não seria necessária a construção de uma arca imensa, pois bastava uma migração da família de Noé com os animais selecionados. As palavras dos capítulos 6 a 9 de Gênesis são mais bem interpretadas como um dilúvio em toda a Terra (7.19-23).
Existem tradições sobre um dilúvio de proporção universal comuns a muitos povos espalhados pelo mundo (esse fato só pode ser explicado se todos os povos tivessem uma ascendência comum, Noé e seus filhos). Tradições de um dilúvio catastrófico são encontradas em cerca de 200 culturas antigas – egípcia, grega, hindu, chinesa, inglesa, polinésia, mexicana, peruana, dos aborígines americanos e da Groenlândia (Manual de Halley).
A Extraordinária Fonte de Água
Alguns estudiosos que defendem a idéia de um dilúvio apenas regional alegam que não existia água suficiente na Terra para cobrir os mais altos montes, apesar de a Bíblia afirmar que foram cobertos em 15 côvados (7 metros e meio). Mas qual seria a origem de tanta água?
No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites. (Gn 7.11,12).
Esse trecho usa duas expressões muito interessantes sobre a origem das águas do dilúvio:
• romperam-se todas as fontes do grande abismo;
• as comportas dos céus se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra.
A abertura das comportas dos céus fez com que toda a água que estava acima da atmosfera (Gn 1.6-7), formando um grande dossel de vapor (assunto abordado no artigo anterior sobre o efeito estufa), descesse sobre a Terra durante quarenta dias. Alguns estudiosos acreditam que nesse período chuvoso a Terra tenha sido também bombardeada por uma chuva de muitos meteoros.
Toda a água que se encontrava abaixo da superfície da Terra veio para cima, ao “romperem-se todas as fontes do grande abismo”. Antes do dilúvio, havia um bloco único continental também conhecido como Pangéia. Este sofreu imensas rachaduras, sendo destruído pelas chuvas torrenciais e pelas águas subterrâneas que afloravam sobre a Terra. Essa água, acompanhada de grande quantidade de lama, causou a morte de todos os animais, plantas e seres humanos que não estavam protegidos na arca de Noé.
Separação dos Continentes
Esse fato também explica a origem dos fósseis já encontrados, pois a grande maioria desses fósseis foi produzida em rochas sedimentares (processo pelo qual substâncias minerais ou rochosas, ou substâncias de origem orgânica, depositam-se em ambiente aquoso). Esse fenômeno fez também com que os continentes fossem se separando durante o período do dilúvio, encontrando-se atualmente em processo de acomodação. Há considerável evidência de que os continentes se moveram, separando-se. Pode não ter ocorrido que todo o movimento das placas dos continentes fosse completado durante o dilúvio; e movimentos significativos das placas podem ter continuado por algum tempo após o dilúvio.
De qualquer forma, as causas desse movimento não são bem compreendidas. Não se sabe se um movimento rápido das placas pode ter sido facilitado pelas “águas sob a terra” ou o rompimento das “fontes do abismo”, mas vale a pena considerar essa possibilidade. Atualmente, elas se movem muito lentamente, mas poderiam se mover mais rápido se houvesse condições apropriadas. No tempo presente, o monte Everest tem 2 m a mais do que tinha quando medido em 1954 pelos geólogos, devido a esse constante movimento das placas tectônicas.
Atualmente existem duas teorias com o objetivo de explicar o afastamento continental e a deformação da crosta terrestre com a formação das montanhas e outros acidentes geográficos (platôs, bacias oceânicas). Uma delas fala de um lento afastamento continental a partir de forças internas que atuam sobre eles (teoria das placas tectônicas) e a outra defende um afastamento rápido dos continentes, considerando que os mesmos “boiavam” e foram deslizando sobre as águas subterrâneas (teoria da deriva continental).
Embora a Bíblia não ofereça qualquer explicação sobre isso, podemos concluir que o fato do dilúvio tende a favorecer mais a última idéia de um afastamento rápido e cataclísmico, sendo que atualmente esse afastamento ainda continua, mas de forma muito lenta (pois estamos no período de acomodação dessas placas), o que origina os terremotos, maremotos e erupções vulcânicas atuais. Observando essas tragédias atuais causadas por tais fenômenos da natureza, o que não poderíamos imaginar sobre as conseqüências de um movimento rápido dessas placas, durante o dilúvio…?
Existe uma hipótese que diz que os dinossauros morreram com a queda de um grande meteoro na Terra, a qual é ensinada nas escolas como um fato já estabelecido. Costumamos repeti-la sem ao menos pensar no fato de que o meteoro matou animais tão grandes e resistentes como dinossauros, mas deixou vivas outras espécies animais bem mais sensíveis e frágeis. Por outro lado, o dilúvio explica bem a grande mortandade desses animais, pois devido ao tamanho de algumas espécies, seria necessária uma grande quantidade de material e, também, um tempo curto para sedimentá-los.
As águas que desceram do céu e, também, as que vieram do subsolo foram suficientes para cobrir em 15 côvados as montanhas mais altas por dois motivos: 1) a superfície terrestre era bem mais plana naquele período; e 2) as montanhas atuais foram formadas por compressão ou sobreposição da crosta terrestre, na época em que as placas continentais estacionaram e todo esse material foi-se projetando para cima.
Já ouvi alguns estudiosos afirmarem que os continentes se separaram quando houve a divisão da Terra nos dias de Pelegue (Gn 10.25). A idéia que esse texto nos dá é que o território estava sendo dividido entre eles e não que as placas continentais estavam-se separando. Um fato que contribui para essa idéia é que as diferenças entre os animais terrestres da América do Sul e da África são tão grandes que parece pouco provável que esses continentes estivessem ligados após o dilúvio.
Em Que nos Basear?
A Bíblia relata os acontecimentos de forma bastante resumida (2.000 anos de história são relatados do cap 2 ao cap 12 de Gênesis), e seu objetivo não é comprovar cientificamente os fatos, mas traçar a história da humanidade para que possamos compreender melhor a questão do pecado e como o homem deveria proceder para se aproximar novamente de seu Criador. Mas como podemos perceber neste artigo, a história bíblica não está em desacordo com as descobertas científicas, nem com as leis da natureza. Existe sim uma divergência muito grande com algumas hipóteses e teorias (como a da evolução das espécies), que até hoje não puderam ser comprovadas cientificamente, mas que são divulgadas na televisão, nas revistas e nas escolas como um fato concreto e indiscutível. Muitos cientistas atuais ainda insistem em desenvolver suas pesquisas e raciocínios partindo de um princípio de que Deus não existe e que a Bíblia é um exemplo de alienação do verdadeiro conhecimento moderno. Muitas teorias vêm e vão, outras são bastante difundidas e logo caem em desuso, mas a Palavra de Deus permanece para sempre. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Sl 111.10). Milhões de dólares são gastos em pesquisas para se descobrir o que já estava escrito na Bíblia há mais de 3 mil anos. Mas esse é um assunto para os próximos artigos…

Outras passagens bíblicas acerca do dilúvio: Gn 10.1,32; 11.10; Sl 29.10; 104.6-9; Is 54.9; Mt 24.38-39; Lc 17.26-27; Hb 11.7; I Pe 3.20; 2 Pe 2.5;3.3-7
fonte revista impacto

                                  Ciência e Fé: Ciência Também Exige Fé!



A fé desempenha um papel importante tanto no cristianismo como na ciência. O cristianismo diz respeito à fé em Cristo, e muitas vezes se pensa que isso evidencia um elemento irracional dele. Pensa-se, por outro lado, que a ciência não envolve fé, repousando inteiramente naquilo que pode ser provado em termos racionais.
Há dois enganos aqui. O primeiro é o de pensar que na ciência não há lugar para a fé. Na verdade, ela é fundamental. Os cientistas crêem, sem que haja prova absoluta (ou seja, têm fé), que o mundo é ordenado de forma racional e que essa ordem é estável. E mais: acreditam sem prova absoluta (ou seja, têm fé) que a mente humana é racional e pode descobrir e compreender essa ordem corretamente. Não é possível fazer ciência sem dar esses passos básicos de fé. Na origem da ciência, essas crenças eram derivadas do ensino cristão. Sem essa base, elas ficam suspensas no ar. Pode- se dizer que elas foram provadas pelo fato de estarem funcionando. Mas será que funcionam mesmo? Será que todos os cientistas não poderiam estar sofrendo uma alucinação coletiva? É o que sugerem alguns filósofos da ciência, sem tempo a perder com o cristianismo como a base da ciência.
A vida cristã começa quando se crê em Cristo como o Salvador, por meio de quem somos reconduzidos a um relacionamento correto com o Criador. O segundo engano é pensar que esse ato de fé seja irracional. É certo que se trata de um passo além daquilo que pode ser provado sem sombra de dúvida. Mas a maioria dos cristãos diria que é um passo sensato. A Bíblia e a experiência dos cristãos através dos séculos dão muitas evidências de que Jesus é o que alegava ser e que, quando alguém entrega a vida a ele, passa a vivenciar Deus da forma como a Bíblia promete. Em outras palavras, a fé cristã é uma confiança racional e sensata em Cristo, baseada numa boa dose de evidências históricas e experienciais acessíveis aos que desejam investigá-la.
PERSPECTIVAS COMPLEMENTARES DA REALIDADE
Considere a relação entre a perspectiva científica do mundo e a perspectiva cristã. Um jeito simples de colocar isso é dizer que são visões complementares da realidade. Precisamos das duas para completar nossa compreensão da realidade. Precisamos de respostas para o “como” e também para o “por quê”. Essas questões não são contraditórias nem mutuamente excludentes. Elas se complementam.
Atualmente, os físicos falam de flutuações num “vácuo quântico” que, de alguma forma, transformou-se numa bola de neve, resultando num big bang que formou o universo da maneira como o conhecemos. Para os cristãos, isso, caso se comprove, é apenas uma afirmação sobre o método que Deus escolheu para criar o universo que conhecemos. A doutrina cristã fornece algumas razões pelas quais ele o fez.
Os cientistas descobriram as leis da natureza. Alguns falam como se isso de alguma maneira expulsasse Deus do mundo e impedisse sua ação nele, se é que Deus existe. Mas para o cristãos, as leis são de Deus e ele é livre para passar por cima delas, se quiser. Mas é mais que isso. A Bíblia não ensina que Deus só criou o mundo e depois o abandonou à própria sorte. Ele o sustenta continuamente. Talvez a forma mais correta de encarar as leis da natureza seja vê-las como o modo normal de Deus atuar em seu mundo, mantendo-o vivo. Às vezes, por algum bom motivo, ele pode optar por uma ação diferente — e isso é o que chamamos de milagre.
Poderíamos continuar mostrando como a perspectiva científica e a perspectiva cristã do mundo se ajustam entre si. Às vezes, usa-se a figura das plantas de um arquiteto em relação a uma construção. O arquiteto desenha plantas para cada pavimento — o térreo, o primeiro andar, e assim por diante. Haverá a fachada frontal, as vistas laterais, a fachada posterior. Tomados em separado, esses desenhos não parecem estar relacionados entre si, mas, para quem sabe do que se trata, todos se ajustam e fazem sentido dando uma noção de toda a estrutura.

Essa ilustração só precisa de uma modificação. A perspectiva cristã da realidade não é apenas um desenho arquitetônico no mesmo nível dos outros desenhos. Parece-se muito mais com a expressão artística de um prédio concluído, ajudando-nos a encaixar devidamente os outros desenhos e a entendê-los melhor. É uma visão global. Essa visão se encontra na Bíblia, mas precisamos ter certeza de que a estamos entendendo corretamente.

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