Ciência e Fé: Uma Visão Coerente
do Mundo
varios assuntos
Por: Francis Schaeffer
Dando seqüência ao assunto que começamos na última edição (nº
10) da Revista Impacto, começaremos com os pensamentos chaves daquela matéria:
• A maneira como agimos em nosso dia a dia é resultado de uma
“visão de mundo”, e esta visão se baseia no que para nós é a verdade.
• O que tem produzido o dilúvio de maldade na história da
humanidade é a visão de mundo que diz que toda a realidade se compõe somente de
matéria.
• Sem um conjunto firme de valores que fluem de uma visão de
mundo que oferece uma razão adequada para o valor singular de cada vida humana,
não pode haver nem haverá qualquer resistência substancial à maldade atual,
produzida pela visão barata da vida humana que acabamos de considerar. Foi a
visão de mundo materialista que produziu a desumanidade; tem de haver uma visão
de mundo diferente para desarmá-la.
• Um inconformismo emocional sobre aborto, eutanásia e o abuso
do código genético não é suficiente. Protestos não bastam. Ter ideais corretos
não basta. Uma alternativa verdadeiramente radical tem de ser encontrada. Mas
onde? E como?
Antes de considerarmos as possíveis opções de visão de mundo,
precisamos definir melhor quais são as indagações básicas que nossa visão de
mundo precisa responder. Poderíamos considerar muitas coisas, mas no momento basta
concentrar-nos em apenas duas:
1. O Universo e Sua Forma. Primeiramente,
chama-nos a atenção o fato de o universo ao nosso redor ser como um intrigante
quebra-cabeça. Vemos muitos detalhes, e queremos saber como eles se encaixam.
Esse é o papel da ciência. Os cientistas examinam os detalhes e tentam
descobrir como são coerentes. Então a primeira pergunta a ser respondida é como
o universo tomou esta forma, este
padrão.
2. A Pessoalidade” do Homem. Em
segundo lugar, a “pessoalidade” do homem chama nossa atenção para o fato de os
seres humanos diferirem de todas as outras coisas no mundo.Pense, por exemplo,
no fator criatividade. Pessoas
de todas as culturas e de todas as épocas criaram muitos tipos de coisas, desde
a arte mais alta até simples arranjos de flores, desde enfeites de prata até
naves espaciais supersônicas envolvendo a mais alta tecnologia. Também, há
outras diferenças. O ser humano teme a morte, almeja fazer a escolha correta entre o
que pensa ser certo e errado, verbaliza seus pensamentos e, finalmente, possui
uma vida interior da mente; ele relembra o passado e faz projeções para o
futuro. Portanto, a segunda pergunta a ser
respondida é de onde vieram todas estas características marcantes do ser
humano.
Dois Tipos de Respostas para as Indagações Básicas
Não há muitas respostas possíveis a estas perguntas. Embora haja
muitos detalhes que possam ser discutidos, as respostas possíveis – em seus
conceitos básicos – são extremamente poucas. Há duas classes de respostas para
as questões citadas:
1. Não há nenhuma resposta lógica e racionai No final, tudo é caótico,
irracional, absurdo e sem significado. Essa é a visão de mundo de muitas
pessoas hoje. O problema é que ela só pode ser sustentada teoricamente. Na
prática o mundo exterior existe e tem forma e ordem. Não é um mundo caótico e o
homem se conforma a esta ordem a fim de viver dentro dele. Portanto, este tipo
de resposta não é uma resposta.
2. Há uma resposta que pode ser racional e logicamente
considerada, e comunicada a outros. Trataremos, agora, portanto, das
respostas que podem ser discutidas. Curiosamente, há somente três respostas
básicas possíveis para esta questão que podem ser discutidas racionalmente.
Três Respostas Básicas que Podem ser Racionalmente Consideradas
1. Tudo que existe veio de absolutamente
nada. Em outras palavras, para sustentar
esta visão você começa com nada deve ser o que eu chamo de nada de nada. Não
pode haver nenhuma energia, nenhuma massa, nenhum movimento e nenhuma
personalida de. Suponha que tenhamos um quadro negro que nunca tenha sido
usado. Neste quadro desenhamos um círculo, e dentro do círculo está tudo o que
existia – e não há nada dentro do círculo. Depois apagamos o círculo. Isto é
nada de nada.
A verdade é que eu nunca ouvi este argumento sendo sustentado,
pois é impensável que tudo o que agora existe veio do nada absoluto. Mas
teoricamente, esta é a primeira resposta possível.
2. Tudo que existe agora teve um começo
impessoal. Esta
impessoalidade pode ser mas sa, energia ou movimento – para a filosofia não faz
nenhuma diferença básica com qual deles você começa. A partir do momento em que
aceita o começo impessoal de todas as coisas, você está diante de alguma forma
de reducionismo. Reducionismo argumenta que tudo o que existe, desde as
estrelas até o próprio homem, para ser realmente compreendido, deve ser
reduzido a um fator (ou fatores) original e impessoal.
O grande problema em começar com o impessoal é achar qualquer
significado para os particulares. Um particular é qualquer fator ou coisa individual
– as partes separadas do todo como uma gota de água ou um homem. Ninguém, seja
do ocidente ou do oriente, em toda a história do pensamento filosófico tem nos
dado uma resposta adequada para isto.
Começando com o impessoal, tudo, inclusive o homem, deve ser
explicado em termos de impessoal mais tempo mais acaso. Não
deixe ninguém desviar sua mente deste ponto. Não há outros fatores na fórmula
porque não tem como existir. Se começamos com algo impessoal, não podemos
depois ter alguma forma de conceito teológico. Ninguém nunca demonstrou como
tempo mais acaso, começando com o impessoal, pode produzir a complexidade
necessária ao universo, sem mencionar a “pessoalidade” do homem. Ninguém nunca
nos deu uma chave para isto. Este é o dilema da segunda resposta, apesar dela
ser defendida pela maioria das pessoas hoje. Começando com o impessoal, não há
respostas verdadeiras no que se refere à existência com sua complexidade, ou à
“pessoalidade” – a humanidade do homem.
3. Tudo
que existe agora teve um começo pessoal. Isto
esgota as possíveis respostas básicas em relação à existência. Pode parecer
simplista mas é verdade. É claro que há muitos detalhes que podem ser
discutidos, muitas variações – mas essas são as únicas escolas básicas de
pensamento que são possíveis. Alguém disse brilhantemente que quando você chega
a qualquer questão básica não restam muitas pessoas na sala. Significa que
quanto mais avançamos e nos aprofundamos em qualquer indagação básica, no final
as escolhas que restam para ser feitas são bem simples e claras. Não há muitas
respostas básicas para quaisquer das grandes questões da vida.
Começar com aquilo que é pessoal é exatamente o oposto de
começar com o impessoal. Nesse caso o homem, sendo pessoal, realmente tem
significado. O dilema do homem moderno é simples: ele não sabe por que o homem
tem qualquer significado. Ele está perdido. O homem permanece um zero. Esta é a
maldição de nossa geração, o cerne do problema do homem moderno. Porém, se
começamos com algo pessoal como a origem de todas as coisas, então a pessoa tem
de fato significado; o homem e suas aspirações têm sentido. Temos a realidade
do fato de que “pessoalidade” tem significado porque não está alienada daquilo
que sempre era, é e sempre será. Esta é a resposta do Cristianismo, e com isto
temos uma solução não somente para o problema da existência do universo e sua
complexidade – mas também para o fato da existência singular do homem, com uma
“pessoalidade” que o distingue do não-homem.
A seguinte ilustração pode ajudar: imagine-se nos Alpes e de um
pico bem alto você pode ver três cadeias de montanhas paralelas com dois vales
entre elas. Num dos vales há um lago, e o outro está seco. De repente você
testemunha algo que às vezes acontece nos Alpes: um lago se formando no segundo
vale onde antes não havia nada. Enquanto observa a água subindo, você imagina
de onde ela vem. Se parar no mesmo nível do lago do vale vizinho, você poderá,
após medir cuidadosamente, concluir que existe a possibilidade de que a água
tenha vindo do primeiro vale. Porém, se a medição mostra que o nível do segundo
lago é seis metros mais alto que o primeiro, você não pode dar essa resposta e
teria de procurar outra explicação. Com a “pessoalidade” é a mesma coisa: ninguém
até agora conseguiu tirar “pessoalidade” de impessoalidade.
Se começamos com menos do que “pessoalidade”, temos de no final
reduzir “pessoalidade” à impessoalidade. O mundo científico moderno faz isto
com seu reducionismo, pois considera “pessoalidade” como
apenas o resultado do impessoalmais
a complexidade. No
mundo científico naturalista, seja em sociologia, psicologia ou em ciências
naturais, o homem é reduzido à impessoalidade mais complexidade.
Preconceito Contra Deus
Há somente uma visão de mundo que pode explicar a existência do
universo e a singularidade das pessoas – a visão de mundo que nos é oferecida
na Bíblia. Muitas pessoas, porém, reagem fortemente contra este tipo de
reivindicação. Elas vêem o problema – De onde vêm todas as coisas e por que são
assim? -mas se recusam a considerar uma solução que envolva Deus. Deus, elas
dizem, pertence à “religião”, e respostas religiosas não lidam com fatos.
Somente a ciência trata de fatos. Desta forma, segundo eles, respostas cristãs
não são verdadeiras respostas; são “respostas de fé”.
Essa é uma reação estranha, porque pessoas modernas se orgulham
de serem abertas para novas idéias, ou de estarem dispostas a considerar
opiniões que contradizem o que se tem acreditado por muito tempo. Elas acham
que isto é necessário para “ser científico”. Repentinamente, porém, quando
alguém menciona as “grandes” e mais básicas indagações (como essas que estamos
considerando agora) com uma resposta que envolva
Deus, as portas se cerram na hora, a mente aberta se fecha e uma
atitude muito diferente, um racionalismo dogmático, domina.
Isso é curioso – primeiro porque poucos parecem notar que a
explicação humanista das grandes e mais básicas perguntas não passa de
“resposta de fé” tanto quanto qualquer outra poderia ser. Dentro do ponto de
vista humanista, tudo começa apenas com matéria; qualquer coisa que se tenha
desenvolvido desenvolveu-se somente a partir da matéria e o universo representa
uma reordenação da matéria por acaso.
Embora cientistas materialistas não possuam entendimento
científico do por que as
coisas existem nem algum entendimento científico de como a vida começou, e
embora esta visão de mundo os deixe com problemas imensos – os problemas que
Woody Allen, um cineasta ateu americano, descreveu como “alienação, solidão e
vazio beirando a loucura” -muitas pessoas modernas ainda rejeitam de imediato
qualquer solução que use a palavra Deus, em
favor da “resposta” humanista que não responde nada. Isso é simplesmente
orgulho em ação.
Precisamos entender, porém, que este orgulho é recente e
arbitrário. O professor Ernest Becker, que ensinou na Universidade da
Califórnia em Berkeley e na Universidade Estadual de São Francisco, disse que
por milhares e milhares de anos pessoas sempre creram em dois mundos – um que
era visível e outro que era invisível. Este mundo visível era onde eles viviam
sua vida cotidiana; o mundo invisível era mais poderoso, porque o significado e
a existência do mundo visível dependia dele. Repentinamente, no último século e
meio, as idéias do lluminismo se espalharam por toda a cultura ocidental e
temos sido ensinados quase arbitrariamente que não há nenhum mundo invisível.
Isso tornou-se um dogma para muitas pessoas seculares hoje.
Portanto, antes de adotar uma visão de mundo “científica”,
verifique as premissas filosóficas em que esta “ciência” está fundamentada.
Cheque para ver se você mesmo ou aqueles que estão apresentando os argumentos
não foram cegos pelo preconceito contra Deus e analise cuidadosamente se não é
necessário mais fé para acreditar neste tipo de visão de mundo do que para
aceitar aquela apresentada na Bíblia
(Este artigo foi composto de trechos traduzidos dos livros: “O Que Será Que Aconteceu Com a Raça
Humana?” e “Ele Existe e Ele Fala”, ambos
escritos por Francis Scheaffer.)
Ciência e Fé: Nossa Visão de
Mundo
Ciência e Fé: Nossa Visão de
Mundo
Por: Francis Schaeffer
A maneira como agimos em nosso dia-a- dia é resultado de uma
“visão de mundo”, e esta visão se baseia no que nós consideramos ser a verdade.
O que tem produzido o dilúvio de maldade na história da humanidade é a visão de
mundo que diz que toda a realidade é composta somente de matéria. Algumas vezes
esta visão é chamada de naturalismo, porque afirma que o sobrenatural não
existe. O humanismo que se centraliza somente no homem e faz dele a medida de
todas as coisas geralmente é materialista em sua filosofia. Seja qual for o
rótulo, esta é a visão de mundo que permeia nossa sociedade hoje. De acordo com
esta visão, o universo existe, não porque tenha sido criado por um Deus
“sobrenatural”, mas sempre existiu em alguma forma, sendo que a forma atual é
apenas o resultado de acontecimentos que ocorreram por acaso há muitos e muitos
anos.
Por muito tempo a sociedade no ocidente se baseou no fato de que
Deus existe e de que a Bíblia é a verdade. De muitas formas e maneiras esta
visão afetou a sociedade. A visão de mundo materialista, naturalista ou
humanista sempre teve uma atitude de superioridade em relação ao Cristianismo.
Aqueles que sustentam esta visão argumentam que o Cristianismo não é
científico, isto é, não pode ser provado, e que pertence apenas ao campo da
“fé”. Dizem que o Cristianismo se baseia somente em fé, enquanto o humanismo se
baseia em fatos.
Portanto, alguns humanistas agem como se tivessem uma grande
vantagem sobre os cristãos. Agem como se o avanço da ciência e da tecnologia e
um melhor entendimento da história (através de conceitos como a teoria da
evolução) tivessem tornado a idéia de Deus e da criação quase ridícula.
Esta atitude de superioridade, porém, é estranha, porque um dos
desenvolvimentos mais marcantes da última metade do século é o crescimento de
um profundo pessimismo tanto entre as pessoas mais cultas quanto entre as menos
cultas. Os pensadores de nossa sociedade já admitem há um bom tempo agora que
não possuem nenhum tipo de resposta. Eles concluíram, entre outras coisas, que
a vida não leva para nada e para nenhum lugar, que o homem é apenas parte da
natureza, assim como uma pedra, um cacto, ou um camelo. Esta visão é fruto
direto da posição humanista de que tudo que existe não passa de matéria ou de
alguma forma de energia – tudo que existe sempre existiu e tudo que existe em
nosso mundo agora é apenas matéria numa forma mais ou menos complexa. De
acordo com esta visão, homens e mulheres são apenas mais complexos, mas não
singulares. São meramente um arranjo diferente de moléculas. Dentro dessa visão
de mundo, não há espaço para crer que um ser humano possua no final algum
valor que o distinga de um animal ou de matéria inanimada.
Há, portanto, dois pontos que precisam ser afirmados sobre a
visão de mundo humanista. Primeiro, a atitude de superioridade em relação
ao Cristianismo – como se o Cristianismo tivesse todos os problemas e o
humanismo todas as respostas – o que está longe de ser verdade. Os humanistas
do Iluminismo de dois séculos atrás pensaram que iriam achar todas as respostas,
mas à medida que o tempo passou, esta esperança otimista provou-se errônea.
Seus próprios descendentes, aqueles que compartilham sua visão de mundo
materialista, têm dito mais e mais alto com o decorrer dos anos: “Não há
nenhuma solução.”
Em segundo lugar, esta visão de mundo humanista nos tem levado
para a atual desvalorização da vida humana – não a tecnologia ou a
super-população – embora essas coisas contribuam para isso. E esta mesma visão
de mundo não nos tem proporcionado limites para nos impedir de adentrar cada
vez mais numa desvalorização ainda pior da vida humana no futuro. É
ingênuo pensar que um compromisso sério para “fazer o que é certo” reverterá
este quadro no futuro. Sem um conjunto firme de valores que fluem de uma visão
de mundo que dê uma razão adequada para o valor singular de cada vida humana,
não pode haver nem haverá qualquer resistência substancial à maldade atual,
produzida pela visão barata da vida humana que acabamos de considerar. Foi a
visão de mundo materialista que produziu a desumanidade; deve haver uma visão
de mundo diferente para a fazer cessar.
Um inconformismo emocional sobre aborto, matança infantil,
eutanásia, e o abuso do código genético não é suficiente. Para se posicionar
contra a presente desvalorização da vida humana, uma porcentagem significante
de pessoas dentro de nossa sociedade tem de adotar e viver uma visão de mundo
que não apenas espere ou tenha intenção de dar uma base para a dignidade
humana. Os movimentos radicais dos anos sessenta estavam certos ao ansiar por
um mundo melhor; estavam corretos ao protestar contra a superficialidade e
falsidade de nossa sociedade hipócrita. Mas seu radicalismo durou somente o
período de adolescência de seus membros. Embora esses movimentos dissessem ser
radicais, não possuíam um alicerce adequado. Sua visão de mundo foi incapaz de
dar vida às aspirações de seus seguidores. Portanto, protestos não bastam. Ter
ideais corretos não basta. Uma alternativa verdadeiramente radical tem de ser
achada. Mas onde? E como?
Ciência e Fé: Os Perigos da
Tecnologia
Não saia de casa. Levante-se, tome seu café da manhã, vá para o seu homeoffice, nos fundos de sua casa, elabore todas suas pesquisas via Internet e conclua seu trabalho enviando uma mensagem via correio eletrônico para sua companhia. Para relaxar, leia um bom livro. Ele pode ser facilmente encontrado em uma lista na Internet, e será remetido à sua casa por correio, e a cobrança será realizada automaticamente no seu cartão de crédito. Está com fome? Pegue o telefone, disque o número de sua pizzaria predileta e peça uma pizza à moda da casa. Em poucos minutos o entregador estará à porta de sua casa com sua encomenda. Se sentindo sozinho? Corra para o computador, não deixe a solidão afligi-lo. Acesse rapidamente um desses sites de bate-papo e com certeza você vai dividir suas necessidades com alguém de seu interesse. Afinal de contas vivemos em um mundo tecnológico. Por que sair de casa?
Ciência e Fé: Darwin no
Microscópio
Ciência e Fé: Os Perigos da
Tecnologia
Não saia de casa. Levante-se, tome seu café da manhã, vá para o seu homeoffice, nos fundos de sua casa, elabore todas suas pesquisas via Internet e conclua seu trabalho enviando uma mensagem via correio eletrônico para sua companhia. Para relaxar, leia um bom livro. Ele pode ser facilmente encontrado em uma lista na Internet, e será remetido à sua casa por correio, e a cobrança será realizada automaticamente no seu cartão de crédito. Está com fome? Pegue o telefone, disque o número de sua pizzaria predileta e peça uma pizza à moda da casa. Em poucos minutos o entregador estará à porta de sua casa com sua encomenda. Se sentindo sozinho? Corra para o computador, não deixe a solidão afligi-lo. Acesse rapidamente um desses sites de bate-papo e com certeza você vai dividir suas necessidades com alguém de seu interesse. Afinal de contas vivemos em um mundo tecnológico. Por que sair de casa?
Esse mundo maravilhoso, que chamamos de mundo tecnológico, diz
trazer inúmeros benefícios para a sociedade. Economia de tempo, redução de
custos, maior agilidade nos serviços etc. Em poucos anos, o funcionamento do
mundo se transformou totalmente trazendo conseqüências enormes a cada um de
nós. O tempo vai ficando cada vez mais escasso, e para nós que vivemos dentro
do sistema desse mundo tecnológico, as coisas estão acelerando e o espaço
encurtando. Temos telefones celulares, pagers, correio eletrônico, sistema
bancário on-line, TV por assinatura, enfim, pressione um botão e esse mundo
está em suas mãos. Mas até que ponto esse tipo de avanço tecnológico e
científico tem auxiliado nossas vidas? Será que tudo isso tem sido realmente
bem utilizado principalmente pelo povo de Deus? Será que ao tornar-nos parte
dessa compulsão frenética por tempo, dinheiro e espaço não nos temos tornado
mais amigos do mundo do que de Deus?
Não é nossa intenção dizer que o cristão deve tomar uma atitude
totalmente irrealista e isolada do mundo. Sabemos que precisamos, de uma forma
ou de outra, interagir com esse mundo tecnológico para extrair dele aquilo que
pode nos servir de apoio para viver uma vida equilibrada. No entanto, temos
observado até mesmo entre os cristãos uma aparente conformidade com este
sistema (Rm12.2); conformidade esta que tem levado muitos a se esquecerem de
suas esposas, de seus filhos, de suas igrejas, de seus irmãos em Cristo, e até
mesmo de seus relacionamentos com Deus.
Vejamos alguns perigos desse envolvimento:
Isolamento
A situação descrita no início desse artigo, embora um pouco
fictícia no Brasil, já é uma realidade nos EUA e em outros países do primeiro
mundo. As pessoas não saem mais de casa. A tecnologia as tem enclausurado,
convencendo-as de que o convívio com o resto do mundo é desnecessário. Será que
isso é benéfico? Será que isso é realmente uma das maravilhosas vantagens de se
viver em um mundo moderno?
Uma das lições mais sutilmente ensinadas por essa tecnologia é a
lição da auto-suficiência. O mundo coloca à nossa disposição tudo o que
precisamos para viver sem o auxílio de ninguém. Isso nos leva a uma total
reclusão, tornando-nos alheios ao conceito tão valioso da comunhão expresso em
toda a Bíblia. Tudo é feito para sua maior comodidade, mas essa comodidade
acaba nos fechando em um calabouço de egoísmo, privando-nos de ouvir a voz de
Deus e minando nossas mentes com o pensamento imposto pelo mundo através da
mídia. Já foram colocadas na Internet até mesmo igrejas virtuais, através das
quais os membros não precisam sair de casa para “louvar a Deus”. Esse
isolamento sem dúvida alguma é uma sutil armadilha do inimigo.O autor da carta
aos Hebreus nos adverte sobre a importância da comunhão, ou seja, a
inter-relação que deve existir entre os membros do corpo de Cristo:
“Vede, irmãos, que nunca se ache em qualquer de vós um perverso
coração de incredulidade, para se apartar do Deus vivo; antes exortai-vos uns
aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de
vós se endureça pelo engano do pecado”(Hb 3.12-13).
Com essa influência tão aguda a qual somos expostos, seu amigo
mais íntimo passa a ser o aparelho de TV e seu sábio conselheiro passa a ser
encontrado em seu escritório, personificado na figura de um microcomputador.
Consumismo
Uma outra conseqüência maléfica dessa relação íntima com o mundo
tecnológico é o consumismo impulsivo que ele nos impõe. Tudo fica ultrapassado
no período de dois anos. Tudo perde seu valor mais rápido do que o tempo que
dispomos para desfrutar dele.
As mudanças são inevitáveis, mas as coisas estão mudando mais
rapidamente esses dias. Antigamente, estilos de roupas e mobílias costumavam
tomar novos rumos a cada década. Nos anos 70 essas tendências mudavam a cada
ano. No entanto, hoje esses novos estilos chegam a cada mês e cada vez mais
agressivos. Não conseguimos nos manter atualizados. Novos estilos são impostos
para que as pessoas não se sintam à vontade com o que possuem, e o
comercialismo assegura que as coisas nunca permanecerão as mesmas.
Um dos instrumentos mais usados nessa injeção intravenosa de
necessidade e consumo, é aquele que ocupa a primazia na maioria dos lares – a
Televisão. A mídia tem como principal objetivo tornar o alvo de sua venda uma
necessidade imprescindível à vida humana. Ela faz tão bem esse papel, que hoje
em dia artigos como Coca-Cola, Pepsi, e Lanches McDonald’s são encontrados em
todo o mundo; a Internet se espalha por toda a parte; filmes americanos e clips
musicais da MTV estão em todo o lugar; e o mais intrigante, se você for a
qualquer casa de chão batido no interior brasileiro, pode não encontrar mobília
ou água encanada, mas com certeza encontrará um aparelho de TV ligado a uma boa
antena no telhado.
As prioridades estão cada vez mais invertidas. Parafraseando as
palavras de Jesus em Mateus 6.25-34 e aplicando-as em nossa realidade moderna,
poderíamos ler:
“Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer,
ou pelo que haveis
de beber, ou pelos softwares que haveis de comprar, ou pelas máquinas que hão
de quebrar; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir, ou pela moda
que há de mudar Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o
vestuário?”
Ativismo – E perda de tempo
O principal argumento usado pela tecnologia moderna é a melhor
administração e exploração do tempo. Segundo eles, nada como uma boa rede de
rápidos computadores para realizar o melhor trabalho o mais rapidamente
possível. Será que isso é real? Se for, essa tal tecnologia pode ser a maior
aliada do cristão, pois realizando o trabalho mais rápido, ele tem mais tempo
para Deus. Mas será que isso tem acontecido com os cristãos do mundo moderno? A
resposta é um ressonante “não”. De fato, de alguma forma, os artifícios
tecnológicos têm ajudado muito nossa vida. É evidente que certas tarefas são
muito melhor realizadas com o auxílio de máquinas e equipamentos. Porém, o que
tem acontecido, em termos práticos, é que o tempo que ganhamos com o uso desses
equipamentos, perdemos com a manutenção dos mesmos e com outras coisas que esse
estilo de vida nos obriga a fazer. Ao invés de ganharmos tempo, ganhamos mais
atividades. Somos estimulados a usar cada minuto disponível para satisfazer
nossas necessidades tecnológicas e financeiras. Isso tem levado muitos a uma
vida fútil e superficial, arraigada apenas em conceitos mundanos do sistema que
nos envolve, deixando para depois (que nunca chega), as prioridades
espirituais.
Infelizmente, Deus tem sido substituído pela necessidade
compulsiva de trabalhar mais para ganhar tempo.
Equilibrando para Solucionar
O que fazer então? Jogar fora todos os microcomputadores e
aparelhos de TV que temos? Mudar para uma longínqua região do Alasca em busca
de um aprimoramento espiritual? Óbvio que não. Deus não exige que seus filhos
sejam totalmente alheios à vida. O que deve ser feito é um rearranjo de
prioridades através do uso equilibrado da tecnologia.
“Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por
nenhuma de-Ias”(I Co 6.12).
O que tem levado muitos a sofrer as conseqüências maléficas
citadas acima é o domínio que tais coisas exercem sobre eles. Domínio que se
torna tão acentuado, que o ser humano perde o poder de decisão, e se vê sem
saída diante de tantas obrigações. Para tais problemas, só existe uma solução:
“Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
O primeiro passo nesse processo de libertação consiste em
colocar Deus no centro de nossas prioridades. Apesar de ser um conceito tão
comumente pregado nas igrejas evangélicas, paulatinamente Deus tem deixado de
ser o centro das prioridades nos lares. Nada substitui nossa comunhão com Deus.
Nada nos faz ganhar mais tempo do que quando paramos para ouvir sua voz. Nada
satisfaz mais nossa necessidade interior do que um bom período aos pés do
Mestre. Uma reorganização de nossas prioridades e preferências pode ajudar e
muito a melhorar nossa qualidade de vida. Defina suas prioridades. Uma boa
receita para tal definição é a seguinte ordem: Deus, família, trabalho. Sempre
tendo em vista que para cada uma delas é necessário estabelecer um tempo
determinado. Não gaste mais tempo trabalhando para compensar as horas que você
passou com Deus. E não limite seu relacionamento com Deus a meras horas de
atividade na igreja aos domingos. Gaste tempo com ele. Confie nele e creia que
todas as demais coisas lhe serão acrescentadas sem a necessidade descontrolada
de fazer horas extras. Reorganize seu tempo. Faça dele um amigo e não uma
compulsão. Use a tecnologia em favor de sua qualidade de vida espiritual,
emocional e familiar. Não se permita ser dominado por ela. Assim sendo, teremos
melhores cristãos, melhores maridos e esposas, melhores pais e filhos e com
certeza melhores trabalhadores.
fonte revita impacto
Ciência e Fé: Darwin no
Microscópio
A idéia que Deus criou o universo está conseguindo a atenção (embora
meio relutante) dos cientistas seculares.
O mundo é resultado de um “projeto inteligente” ao invés de ter
surgido pelo acaso da seleção natural? O cientista que respondesse esta
pergunta no afirmativo teria sido ridicularizado e descartado no ato, há apenas
alguns anos atrás. Mas agora esta questão está sendo discutida em todos os
principais contextos, desde publicações científicas a auditórios
universitários, e até em debates das grandes redes de televisão
norte-americanas.
Intelectuais cristãos que fazem parte do corpo docente de
universidades públicas e federais estão promovendo os debates. Estão defendendo
a idéia minoritária de que o universo é tão espantosamente complexo e
interdependente que contesta qualquer explicação a não ser de um criador
onisciente que o tenha projetado.
Se soltasse uma multidão de macacos um número infinito de vezes,
não poderiam jamais reproduzir Shakespeare, de acordo com o âncora William
Buckley Jr., do programa Firing Line, da
rede PBS de televisão norte-americana. Em outras palavras, a evolução só
consegue explicar algumas coisas, mas nunca justificará a inconcebível
complexidade do mundo. Por outro lado, os defensores da evolução no debate
definiram a idéia da criação como “crenças religiosas fundamentalistas,
conceitos filosóficos desacreditados, ou aquilo que costumamos chamar de pura
bobagem”.
Behe, um professor da Universidade Lehigh, e católico romano, já
escreveu um livro sobre o desafio bioquímico à teoria de Darwin. Ele observou
que o próprio Darwin escreveu na sua obra Origem das Espécies que “se
pudesse demonstrar-se que existe algum órgão complexo que não poderia ser
formado por numerosas e sucessivas modificações mínimas, minha teoria ruiria
por completo”. De acordo com Behe, muitos órgãos — o olho humano por exemplo —
não poderiam ser originados por sucessivas modificações.
Para explicar, Behe usa a analogia da ratoeira. A ratoeira não
funciona se qualquer uma das suas partes for removida, assim como o olho não funciona
se uma parte for removida. “Você não consegue aperfeiçoar gradativamente uma
ratoeira acrescentando uma parte e depois uma outra”, ele diz. “Uma ratoeira
com metade das peças não funciona pela metade. Não funciona nada.” Da mesma
forma, o olho não enxerga se uma ou mais partes forem removidas, e
conseqüentemente não poderia ter “evoluído” lentamente por sucessivas mutações.
Behe chama este conceito de “complexidade irredutível”, e mostra que há muitos
sistemas “irredutivelmente complexos” na natureza. Um acadêmico céptico
argumentou que acreditar em “projeto inteligente” para justificar a origem do
universo é uma saída fácil quando se não tem uma explicação para tudo. Behe
respondeu, mostrando que sistemas irredutivelmente complexos são um desafio sério
à teoria de Darwin, e que os mesmos cientistas que são hostis à religião e
extremamente relutantes a considerar a idéia de projeto inteligente, deveriam
também se tornar cépticos sobre as teorias de Darwin.
Ciência e Fé: A Ciência Defende
a Fé?…
Ciência e Fé: A Ciência Defende
a Fé?…
Com o passar do tempo, a ciência tem deixado se ser inimiga da
fé.
A teoria de conhecimento “queijo suíço” é mais ou menos assim. A
maioria dos cientistas atuais têm um conhecimento muito profundo da sua área
específica. Isto inclui estar bem consciente das fraquezas próprias destas
áreas. Mas a maioria têm apenas um conhecimento superficial das outras áreas e
na verdade acreditam que tudo nelas é muito sólido. À medida que o cientista
coloca sua cabeça para fora de seu buraco no queijo suíço e avista o horizonte,
ele vê alguns grandes buracos na sua área imediata, mas ao olhar além do seu
campo, os buracos parecem deixar de existir. Se ele fosse capaz de se afastar
de seu próprio buraco e enxergar o queijo como um todo, veria rapidamente que o
queijo inteiro está repleto de buracos, Dr. Charles Thaxton, professor da Universidade
Charles, em Praga, falou para sua audiência no encontro recente da Sociedade
Teológica Evangélica que cada vez mais os cientistas estão se afastando dos
seus próprios buracos no queijo suíço do materialismo naturalístico para ver
que todo o sistema está cheio de buracos.
O primeiro buraco a aparecer foi à idéia de que o universo não
era infinito. A teoria do Big Bang deixou em ruínas a teoria do universo
auto-perpetuante. Alguma coisa ou Alguém causou a nossa existência. E mesmo
dentro do contexto do Big Bang, matemáticos determinaram que ainda não houve
tempo suficiente para o universo produzir vida. Depois, com a invenção do
microscópio eletrônico, começamos a ver que a célula não é apenas um aglomerado
de protoplasma, mas uma máquina altamente complexa, operando numa velocidade e
nível de complexidade que ultrapassa de longe nossos mais avançados
computadores. Para complicar o quadro ainda mais, o período de tempo para
produzir a vida subitamente foi reduzido de 1 bilhão de anos no planeta primitivo
para menos de 100 milhões de anos. A capacidade de formar até mesmo o mais
simples tijolo de vida se tornou impossível de alcançar dentro deste espaço de
tempo no planeta primitivo. Se você é leitor da Revista Time, deve ter visto em
uma recente edição que o primeiro sistema complexo de vida apareceu no que
chamamos de explosão Cambriana. Antes achava-se que esse período durou cerca de
75, depois 30, e agora menos de 10 milhões de anos. Os cientistas estão ficando
muito incomodados com essa idéia porque simplesmente não podem entender como os
processos naturais dariam conta disso tudo. O queijo suíço não só está ficando
cheio de buracos, mas os buracos estão ficando cada vez maiores.
O maior deles, que o Dr. Thaxton descreveu, envolve biologia e a
molécula do DNA. O DNA contém as informações de cada célula viva necessárias
para sua formação e para todos seus processos. Isto é realizado principalmente
pela seqüência de nucleotídeos em segmentos de DNA chamados genes, que
codificam a seqüência de aminoácidos em proteínas. A função da proteína depende
da seqüência de aminoácidos e conseqüentemente da seqüência do DNA. O código
genético é, portanto, um código de informação. A teoria da informação e a
teoria da comunicação são unânimes em afirmar que códigos de informação somente
surgem de uma fonte inteligente. O materialismo naturalístico não pode fazê-lo.
A verdadeira ciência não é um inimigo. Se algo é verdadeiro a ciência pode
comprová-lo. As evidências a respeito do DNA estão disponíveis a todos. Essa evidência
é tão persuasiva que fará com que qualquer mente inquiridora pare para
considerar suas implicações. Para muitos céticos existentes hoje em dia, essa
pequena janela pode ser o suficiente para a verdade do evangelho atravessar.
Ciência e Fé: O Criador Supremo
Imagine-se embarcando em uma espaçonave e viajando a uma
velocidade incomum em direção a outro sistema solar a bilhões de anos luz. Um
planeta, em particular, chama sua atenção, o que o leva a aterrissar e
investigá-lo. Em pouco tempo você descobre que a quantidade de oxigênio
disponível no planeta é compatível com a necessidade humana, então decide
explorar o planeta em busca de alguma forma devida inteligente.
A princípio você apenas observa uma paisagem parecida com a de
um deserto árido.Não parece haver nenhuma forma de vida. Continuando sua
expedição em busca de algo que prove a existência de vida inteligente você nota
uma pequena estrutura. À medida que se aproxima dela, você a reconhece como
sendo algum tipo de habitação. Embora esteja desocupada, ela tem janelas, uma
porta e um telhado inclinado. Depois de observar cada detalhe cuidadosamente,
você continua sua caminhada.
Logo você se depara com uma estrutura semelhante à anterior, um
pouco maior, mas constituída dos mesmos componentes básicos e com design
semelhante. Um pouco mais adiante, observa-se um número crescente de edif
ícios,com estruturas mais complexas. Alguns deles apresentam várias portas,
vários pisos e lances de escadas entre eles.
Finalmente você chega ao que parece ser uma cidade. As
habitações estão sistematicamente posicionadas ao longo de uma rodovia. Alguns
edifícios apresentam grandes detalhes em complexidade, diferente de tudo o que
você observara até agora. Cada um com um estilo distinto. Muitas das estruturas
parecem ter o propósito singular de causar um impacto visual.
No momento em que você chega ao centrada cidade, edifícios
gloriosamente enfeitados o cercam. Você continua tomando notas esperando não
perder nenhum detalhe desta incrível expedição espacial. Enfim, você decide
voltar para a espaçonave.
No seu caminho de volta a frustração começa a tomar conta de sua
mente. Que triste pensar que depois de tantas descobertas fascinantes, você
ainda teria que ir para casa e relatar que nenhum sinal de vida foi observado
naquele planeta.
Seria incrível que alguém chegasse a tal absurda conclusão.
Apesar de não ter sido observado fisicamente nenhum tipo de vida naquele
planeta, é evidente que algum tipo de ser inteligente teria vivido naquele
lugar. Qualquer um que duvida desse fato teria que ignorar o que a maioria
consideraria ser evidência óbvia e insuperável. Construções implicam em
construtores. No exemplo acima é obvio, mas será que é sempre simples chegar a
essa conclusão?
A resposta a essa pergunta propõe um grande debate. E é nesse
contexto que a controvérsia da Seleção Natural x Criador se desenrola. Mesmo
antes do tempo de Darwin e de suas teorias de seleção natural, um clérigo
anglicano do século XIX, William Paley, escreveu inúmeros artigos na defesa da
evidência natural de um Criador Superior. Embora seus artigos tenham sido
tremendamente respeitados em seus dias, suas idéias foram posteriormente
ridicularizadas pela comunidade científica.
Em um de seus mais conceituados trabalhos, “Teologia Natural” (Natural Theology),Paley
escreve: “Cruzando uma estrada, suponha que eu tenha batido meu pé contra uma
pedra, e que me foi perguntado como aquela pedra veio a estar lá. Eu poderia
responder, possivelmente, que ela sempre esteve lá… Mas suponha que eu tenha
achado um relógio na mesma estrada, e que tentasse descobrir como o relógio foi
parar naquele lugar. Obviamente eu não poderia pensar na mesma resposta que foi
dada em relação à pedra. Mas por que esta resposta não poderia servir para o
relógio da mesma forma que serviu para a pedra?… Ao inspecionarmos o relógio,
percebemos suas várias partes emolduradas, reunidas e ajustadas com um só
propósito: apontar a hora do dia. Se essas partes fossem reunidas de modo
diferente, não obteríamos o mesmo resultado… A conclusão que nós chegamos é
inevitável. O relógio deve ter tido um fabricante que compreendeu sua
construção e projetou seu uso.”
Cientistas mais recentes sentiram grande prazer em tentar
refutar a idéia de Paley. “O argumento usado por ele foi feito com sinceridade
apaixonada e estava fundamentado nas melhores pesquisas biológicas de seus
dias, mas está errado. Gloriosamente e totalmente errado…” declara o
evolucionista Richard Dawkins. Alguns dos mais conceituados cientistas da
atualidade, porém, ainda não descartam os artigos de Paley. “Quem realmente
respondeu satisfatoriamente sua indagação?”, pergunta o bioquímico Michael
Behe. “Como um relógio pode ser produzido sem um fabricante?” É surpreendente o
fato de que o argumento principal de um desacreditado clérigo do século passado
nunca pôde ser refutado.
Nem Darwin, nem Dawkins, nem a ciência, nem a filosofia, ninguém
conseguiu explicar como um sistema complexo, tal como um relógio, pôde vir a
existência sem que alguém o tenha projetado.
Fred Hoyle, um dos maiores astrônomos e matemáticos do mundo,
cujos estudos, ao contrário de Paley, não foram influenciados por sua fé em
Deus, chegou a uma conclusão pura e estrita mente matemática que a existência
de um sistema complexo implica na exis tência de um criador que o tenha projetado
Até mesmo o ser vi-vente mais simples é extremamente complexo. E calculando a
probabilida de de um ser como este vir a existir por acaso, obtêm-se o
resultado de 1 em 1040.000 (isso quer dizer 1
seguido por 40.000 zeros). Os matemáticos consideram qualquer valor maior que
1050uma impossibilidade total.
Hoyle, apesar de evolucionista e agnóstico, foi obrigado a
concluir que “uma interpretação de senso comum destes fatos sugere a existência
de um super intelecto e que não existe explicação plausível da física, nem da
química ou biologia do universo através das forças cegas da natureza”.
Outro associado dele escreveu que as chances da vida ter surgido
na Terra por acaso são tão remotas quanto as de um furacão passar por um
depósito de sucata e produzir um Boeing 747.
Hoyle também fez cálculos matemáticos com um colega sobre a
possibilidade de terem surgido até mesmo as substâncias químicas mais simples
necessárias para a vida. Mesmo acreditando que a Terra teria bilhões de anos de
existência, não seria tempo suficiente para a evolução desses processos. Da
mesma forma, a origem dos genes não teria explicação. Mutação de genes não
ocorrem com suficiente freqüência para justificar a origem das centenas de
milhares de genes que existem. E, de acordo com eles, seria absurdo achar que
as mutações aleatórias poderiam jamais produzir genes capazes de escrever as
sinfonias de Beethoven e as peças de Shakespeare.
A única coisa que a seleção natural resolve é eliminar os não
adaptáveis, ou os menos favoráveis, mas não explica a origem daqueles que são
mais adaptáveis ou capazes de sobreviver. Até cientistas incrédulos estão
chegando à conclusão de que a única explicação racional é um criador ou
projetista inteligente.
Enquanto muitos ainda permanecem em suas infundadas teorias
darwinianas, os cristãos já conhecem a resposta a muito tempo. As Escrituras
proclamam: “Porque toda casa é edificada por alguém, mas quem edificou todas as
coisas é Deus” (Hb 3.4). Toda a forma de vida existe, não por acaso, mas pela
habilidosa mão de Deus que declara:“Plantarei
no deserto o cedro, a acácia, a murta, e a oliveira; e porei no ermo juntamente
a faia, o olmeiro e o buxo; para que todos vejam, e saibam, e considerem, e
juntamente entendam que a mão do Senhor fez isso, e o Santo de Israel o criou”
(Is41.19,20). E ainda:“Porque assim diz o Senhor, que criou
os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu, não a criando
para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o Senhor e não há outro.”(Is
45.18).
fonte revista impacto
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