RELATIVISMO
Nenhuma Verdade Significa que Tudo é Verdade, não é mesmo?
Para
alguns de nós, pode parecer ridículo dizer que verdade não existe, porque temos
simplesmente suposto a realidade e existência da ‘verdade’ desde que éramos
muito pequenos. Mas outros por ai têm lutado com a ideia de que possa haver
verdade singular e exclusiva em todas as áreas da vida e, se você pedir a seus
amigos para conversar sobre questões de fé, você descobrirá rapidamente que
poucos deles são capazes de concordar em uma verdade singular e absoluta. De
fato, muitos de nós chegamos à conclusão de que não há uma só verdade sobre
qualquer coisa. E se dissermos que nada é absolutamente ‘certo’ ou ‘verdade’,
na verdade estamos dizendo que TUDO é ‘certo’ e ‘verdade’! Se nenhuma ideia
particular ou realidade for verdade à exclusão das demais que NÃO forem
verdade, então temos que admitir que toda ideia, noção ou realidade é
igualmente válida e ‘verdadeira’.
Agora, podemos discordar acerca
da natureza da verdade no nível espiritual, mas é difícil negar verdades
absolutas no nível físico. Ao passo que eu sair para a rua, ou é verdade ou não
verdade que há carros indo e vindo à minha frente. Tomo a decisão de ir para
fora baseado na verdade que eu observo e reconheço. Se a rua estiver ocupado
com carros indo e vindo rapidamente, não é ambos verdade e não verdade que eu
posso ir ao trânsito com segurança. Se eu for para fora, não estarei ambos
morto e ‘não-morto’ como resultado da verdade da situação. A rua ou está cheia de
carros ou não está. Ou é seguro atravessar ou não é. AMBAS realidades não podem
existir ao mesmo tempo. Uma verdade deve existir com a exclusão da outra.
Vamos
ver isso de outra forma. Ao passo que sair do restaurante hoje à noite e entrar
no estacionamento, precisarei encontrar o meu carro. Embora possa haver outros
veículos semelhantes no estacionamento, somente um deles é o meu; somente um
deles pertence a mim. A minha chave só encaixará em uma porta. Se eu for pego
tentando abrir um carro semelhante, não poderei dizer à polícia que este outro
veículo é ambos meu e não meu. Há uma verdade singular exclusiva sobre o carro
envolvido aqui. Ou é meu, ou não é!
Esta Exclusividade se Aplica às Coisas de Deus?
Mas
enquanto a verdade exclusiva pareça racional e aceitável no mundo material,
algumas pessoas têm muito mais dificuldade em aceitar a possibilidade da
verdade objetiva e exclusiva em relação a assuntos espirituais. Para estás
pessoas, existe qualquer número de verdades diversas e divergentes sobre Deus e
ainda mais caminhos possíveis á este Deus, dos quais é dito ser verdade ao
mesmo tempo! Mas é importante para nós olharmos profundamente a esta afirmação
de diversidade e pluralismo religioso. Precisamos lembrar de que as religiões
maiores (e até as não tão grandes) não fazem as mesmas afirmações sobre Deus e
a natureza da realidade espiritual. E não é uma questão de cada religião
adicionar alguma coisa à questão maior. Cada um dos sistemas religiosos do
mundo fazem afirmações sobre a natureza de Deus (e vida após a morte) que são
diametricamente OPOSTAS As religiões do mundo simplesmente não
concordam entre si! O budismo afirma que não há Deus pessoal, enquanto o
Cristianismo argumenta que há um Deus pessoal. O judaísmo afirma que Jesus foi
simplesmente um homem, enquanto o Cristianismo afirma que ele foi o próprio
Deus! O Islã encoraja os seus seguidores a eliminarem e destruírem todos os
infiéis, enquanto o Cristianismo bíblico encoraja os seus seguidores a amarem
os seus inimigos. Essas noções são muito diferentes e muito opostas e estas são
somente alguns exemplos dos literalmente milhares de pontos em que as religiões
do mundo discordam. É justo dizer que TODAS estas religiões do mundo podem
estar erradas acerca do que acreditam (cada sistema deve apresentar o seu
próprio caso), mas é simplesmente loucura dizer que todas as religiões do mundo
estão corretas ao mesmo tempo; suas afirmações sobre a verdade são opostas umas
das outras! A pesar deste conflito óbvio sobre verdades espirituais (ou talvez
por causa deste conflito), o mundo ao nosso redor está fazendo algumas
afirmações sobre a natureza da verdade.
·
A Verdade Não Existe: Primeiro, o mundo tenta nos dizer que a verdade objetiva e
absoluta simplesmente não existe. Isto é uma questão ‘ontológica’. ‘Ontologia’
está relacionada à natureza ou essência do ‘ser’. A afirmação aqui é que TODA
verdade é, por natureza, uma ‘perspectiva’. Em outras palavras, toda verdade
depende da sua perspectiva! O que possa ser verdade para uma pessoa pode não
ser verdade para outra; isto realmente e simplesmente depende do seu ponto de
vista.
·
A Verdade Não Pode Ser Conhecida: Segundo, o mundo ao nosso redor também está fazendo a afirmação
de que mesmo se a verdade objetiva e absoluta não existir, nunca poderemos
saber com certeza o que esta verdade é. Isto é uma questão ‘epistemológica’.
Epistemologia está relacionada com a natureza de ‘saber’ ou poder saber sobre
qualquer coisa. A afirmação aqui é que não podemos simplesmente confiar nas
nossas faculdades mentais humanas para nos dizer o que precisamos saber para
chegar a uma conclusão acerca de qualquer verdade que estamos examinando.
Para
muitos grandes pensadores filosóficos na história, entender a verdade é um
objetivo elusivo baseado em ambos sua natureza e nossa habilidade de
compreendê-lo em primeiro lugar. Mas vamos examinar de perto ambas estas
questões sobre a verdade. Dizer que a verdade não existe é simplesmente fazer
ainda outra afirmação verdadeira e isto nulifica qualquer afirmação contra a
existência da verdade, não é mesmo? E afirmar que toda verdade por natureza é
uma ‘perspectiva’, é novamente fazer uma afirmação que você quer que os outros
acreditem NÃO está simplesmente vindo de sua própria perspectiva. Quando alguém
diz que toda verdade depende do seu ponto de vista, eles querem que acreditemos
que está afirmação é verdade e não simplesmente o ponto de vista deles! Viu o
problema? E dizer que nós simplesmente não podemos conhecer a verdade, mesmo se
está existir objetivamente, é novamente fazer uma afirmação auto-refutante.
Como podemos saber que não podemos saber? Se a certeza for impossível, então
como podemos estar certos de que a certeza és impossível? Você está começando a
entender a bobagem de tudo isto?
A
verdade é bruta na maneira que impõe-se em nossas vidas. É como um cofre caindo
de um edifício de dez andares; ou saiamos de baixo ou seremos esmagados.
Enquanto venhamos não saber tudo que pode ser conhecido sobre algo, e enquanto
podemos todos ter uma perspectiva distinta sobre uma questão, negar a
existência da verdade ou a suficiência de nosso próprio conhecimento da verdade
é começar uma série de experimentos mentais bobos. No final do dia, se olharmos
para cima e vermos o cofre caindo, provavelmente encontraremos a nós mesmos
saindo do caminho deste.
Agora,
nem todos entendem esta abordagem do senso comum como verdade. Grandes
filósofos através dos tempos têm, em certos momentos, sido grandes céticos:
Andre Gide
“Acredite naqueles que estão buscando a verdade; duvidem daqueles
que a encontrarem”.
Molly Ivins
“Acredito que a ignorância é a raiz de todo mal. E que ninguém
conhece a verdade”.
Albert Einstein
“A verdade é aquilo que sobrevive o teste da experiência”.
Buddha
“Não acredite só porque uma pessoa chamada de sábia disse-o. Não
acredite só porque uma crença é geralmente aceita. Não acredite só porque é
dito em livros antigos. Não acredite só porque é dito ser de origem divina. Não
acredite só porque outra pessoa acredita. Acredite só o que você mesmo testar e
julgar ser verdade”.
Como chegamos aqui?
Então
como que chegamos neste lugar em nosso mundo onde tantos grandes pensadores
desconfiam qualquer coisa que seja afirmada como sendo verdade? Como que
chegamos ao ponto onde não confiamos em nada e, ao mesmo tempo, abraçamos tudo?
Deixe-me falar-lhe sobre a minha avó. Ela nunca teve qualquer dúvida de que
houvesse uma verdade singular. Ela cresceu em Nápoles, Itália, e viveu sua
juventude em um mundo de sonhos comuns, valores comuns, fé comum, inimigos
comuns, feriados comuns, e vidas comuns. Em um lugar como este, todos concordam
acerca do que é verdade e o que é mentira, pelo menos em relação às principais
questões de cosmovisão. Mas a minha avó eventualmente migrou para o maior
experimento do mundo em multiculturalismo: os Estados Unidos. Não há outro país
na história da humanidade que tem tentado misturar tantas pessoas diferentes
com tantas origens diferentes. Aqui, a minha avó que confrontar a realização de
que há mais de um caminho para considerar o mundo. Ela encontrou-se em um lugar
onde poucas pessoas concordaram sobre QUALQUER COISA. Mas ela aprendeu
rapidamente que discordar sobre a verdade não é a mesma coisa que acreditar que
simplesmente não há verdade a ser discutida; discordar da verdade não significa
que a verdade não pode ser conhecida.
Então, Como Sabemos Se Algo É Verdade?
Como
podemos, como indivíduos, ter certeza de que o conhecimento que temos é
realmente verdade? O que é ‘conhecimento’ em primeiro lugar e como o
‘conhecimento’ é relacionado à ‘crença’? Bem, os filósofos têm pensado sobre
isso por algum tempo e a análise tradicional do conhecimento é geralmente
descrito da seguinte forma:
Conhecimento
= Crença de Verdade Justificada Propriamente
Agora, o que exatamente isso significa? É importante para você e
eu conhecer esta pequena simples equação porque o nosso conhecimento de TODAS
as coisas (incluindo nosso conhecimento de questões espirituais) se resumem em
se ou não nós asseguramos crenças verdadeiras justificadas propriamente.
Portanto, vamos examinar a definição mais precisamente, começando de trás para
frente[1] com ‘Crenças’ à definição de
‘Conhecimento’:
‘Crença’
Vamos
encarar; você não pode ‘conhecer’ algo a menos que você ‘creia’ nisto. Não
posso ‘saber’ que há um Deus a menos que eu creia que Deus existe. Mas a minha
crença simplesmente não é o suficiente; este é insuficiente. Você e eu podemos
ambos crer em coisas que simplesmente não são verdadeiras. É impossível para
nós termos falsas crenças. E pessoas que acreditam em algo que seja falso
frequentemente pensam que SABEM disto. Mas há uma diferença entre ‘crer’ e
‘saber[ou conhecer]’ neste contexto. Você pode ‘crer’ em algo que seja falso,
mas você não pode ‘conhecer’ genuinamente algo que seja falso. Agora, pense
sobre isto por um minuto. Podemos ‘saber’ DE algo que seja falso, mas o que
‘sabemos’ é que isto É falso. Para realmente ‘saber’ algo significa ‘saber’ que
isto é VERDADE. E você e eu não podemos ‘saber’ de que algo seja verdade a
menos que isto realmente É verdade. Em outras palavras, não podemos ‘conhecer’
algo a menos que isto NÃO seja falso.
‘Verdade’
A
maioria de nós gostamos de pensar que temos a verdade, mas quando alguém nos
pressiona para definir o que verdade é, poderemos ter dificuldade em tentar
defini-lo. Como podemos determinar quando algo é verdade? Ao longo dos séculos
muitas teorias surgiram relacionadas à avaliação, apreendimento e entendimento
da verdade:
·
A Teoria Pragmática da Verdade: Um conceito da verdade é chamado de a teoria pragmática da
verdade. Este argumenta que a verdade é simplesmente aquilo que ‘funciona’.
Quantas vezes você já escutou alguém dizer: “O seu Cristianismo poderá
funcionar muito bem para você, mas não funciona para mim”? Esta abordagem à
verdade é bastante prática, para não dizer mais! Se uma afirmação não
funcionar, esta simplesmente não é verdade. Mas o que dizer sobre realidades
como a ‘morte’? A morte não é prática (esta não ‘funciona’ para mim), mas inda
é definitivamente verdade! E o que dizer das coisas que definitivamente não são
verdade, mas são práticas e úteis como, por exemplo, uma ‘mentira
bem-sucedida’? Enquanto uma mentirinha possa ‘funcionar’ para mim e me salvar
de um problema, esta não faz da mentira uma VERDADE, ou faz? Embora a Teoria
Pragmática possa ser prática e útil certas vezes, esta não nos levará à
verdade.
·
A Teoria Empirista da Verdade: A teoria empirista da verdade afirma que a verdade é qualquer
coisa que possa ser sentida usando-se os cinco sentidos. A experiência é o
principal fator em entender e apreender a verdade. Quantas vezes você escutou
alguém dizer: “Eu sei que é verdade porque eu mesmo experimentei isto!”? Embora
isto possa parecer convincente em princípio, esta teoria da verdade também fica
aquém do objetivo. Penso acerca disto: alguns de nós provaremos uma laranja e
diremos que está doce, enquanto outros provarão a mesma laranja e dirão que
está amarga. Quem está dizendo a verdade? A experiência sensorial é muito
subjetiva para ser confiável!
·
A Teoria Emotivista da Verdade: A teoria emotivista da verdade afirma que a verdade está baseada
naquilo em que sentimos! Quantas vezes você se inclinou em sentimentos para
descobrir se algo era verdade? Ao mesmo tempo, entretanto, quantas vezes você
lutou para convencer a si mesmo de que o que você está sentido não é realmente
verdade, somente a maneira que você se sente naquele dia em particular?
Todos nós conhecemos pessoas que têm medos irracionais, e estes sentimentos não
são o melhor indicador do que é verdade! E se eu te mostrar uma mão cheia de
clips de papel e fizer a afirmação: “Isto é uma mão cheia de clips de papel”?
Como os seus sentimentos te ajudarão em determinar se a minha afirmação é
verdade? Você não se sentirá de uma forma ou de outra em relação aos clips de
papel, mas ainda será verdade que eu estarei segurando os clips de papel! E as
pessoas têm contado com as suas emoções para seguir Jim Jones, para dormir com
um parceiro sexual que mais tarde abandonou-as, fazer uma compra impulsiva. Em
cada e todo caso, os sentimentos falham em providenciar uma medida objetiva
para a verdade! Como as duas primeiras teorias, esta teoria não é uma boa forma
de avaliar afirmações sobre a verdade!
·
A Teoria de Correspondência da Verdade: Essa definição clássica da verdade é a
teoria que você e eu usamos diariamente, quer saibamos ou não. Deixe-me
descrevê-lo em idioma Aristotélico: Se você disser “Algo é”, e isto for, ou
“Não é”, e isto não for, então você fala a verdade. Se você disser “Isto é”, e
isto não for, ou “Não é”, e isto for, então você não fala a verdade. Isto é
chamado de correspondência, em outras palavras, alguma coisa é verdade se, e
somente se, realmente corresponder àquilo que realmente está lá. Por exemplo,
se eu afirmar que há uma cadeira no quarto ao lado, esta afirmação é verdadeira
se, e somente se, eu entrar no quarto e encontrar a cadeira no quarto! A
afirmação corresponde à realidade da situação.
Assim
como a crença somente é insuficiente para determinar se o que eu creio é
verdade, crença e verdade são insuficientes em determinar quer ou não eu
verdadeiramente ‘conheço’ algo. Em outras palavras, posso crer em algo e a
minha crença ser verdade, mas ainda posso não ‘conhecer’ a coisa acreditada.
Você está coçando a sua cabeça? Deixe-me explicar. Vamos dizer que eu estou
imaginando agora que a Paris Hilton está jogando golfe. Tento arduamente
convencer a mim mesmo que isto, de fato, é o caso, e como resultado, agora eu
‘creio’ nisto. Agora imagine que por pura coincidência a Paris Hilton está
realmente jogando golfe nesse exato minuto. Tenho uma crença, não tenho? E a
minha crença por acaso é verdade, não é? Mas há um problema; Não tenho
EVIDÊNCIA de que a minha crença seja verdade. Não tenho confirmação da minha
crença seja fisicamente ou até mesmo psiquicamente, quanto a isto! Fui sortudo;
isto foi totalmente coincidência.
A
partir de uma perspectiva filosófica clássica, eu não possuo ‘conhecimento’
real. Os filósofos requerem mais do que sorte ou coincidência aqui. De acordo
com os filósofos, o conhecimento real requer que haja uma conexão evidencial
entre a minha ‘afirmação’ de que algo seja verdade, e a ‘realidade’ de se isto
realmente É verdade. Isto faz sentido? Conhecimento não é somente crença
verdadeira; isto é uma crença de verdade ‘justificada propriamente’. Se eu
estivesse assistindo a Paris Hilton jogar golfe ao vivo na televisão, minhas
crenças sobre ela estariam justificadas propriamente. Entendeu?
‘Justificado propriamente’
OK,
então que tipo de justificação é suficiente para estabelecer uma verdade como
‘justificado propriamente’? O que exatamente precisamos? Todos nós queremos ser
pessoas razoáveis e racionais que possuem crenças razoáveis e racionais. E
todos nós reconhecemos que a razão pode nos levar e nos ligar à verdade. Então,
a questão real é: “O que é necessário para termos ‘justificação razoável’”?
Bem, a nossa vida diária e a nossa experiência com o sistema tribunal criminal
no nosso país pode nos ajudar a entender a resposta aqui. É algo que eu chamo
de “suficiência evidencial”:
Suficiência Evidencial
Comece
por entender que toda vez que você aceitar uma nova crença, você terá que
abandonar quaisquer velhas crenças que contradizem a nova posição. Então aqui
está o padrão de “suficiência evidencial” em poucas palavras:
·
Somente aceite uma nova crença se a evidência para apoiar esta
verdade supera em muito a evidência que existe para apoiar a crença anterior.
É
realmente simples assim. Este é o padrão que existe no tribunal. Começamos com
a suposição de que o acusado é INOCENTE. Esta é a primeira crença que devemos
assegurar até que haja evidência suficiente para descartar aquela crença e
julgar o acusado CULPADO do crime.
A
suficiência da evidência não tem realmente muito a ver com a QUANTIDADE da
evidência oferecida, mas ao invés está mais preocupada com a QUALIDADE da
evidência. Então, por exemplo, posso assegurar a crença de verdade justificada
propriamente (‘PJTB’) que a Paris Hilton jogou golfe hoje baseado em um único
pedaço de evidência: Eu joguei golfe com ela! Este único pedaço de evidência
(minha experiência como testemunha ocular) seria o suficiente para assegurar o
PJTB. Por outro lado, eu ainda posso assegurar o PJTB mesmo se eu não vi com os
meus próprios olhos. Se ela saísse por três horas, voltasse carregando um
conjunto de tacos de golfe, recebesse um telefonema do clube dizendo que ela
esqueceu os óculos de sol dela no buraco número quatro, e me apresentasse com o
cartão de pontuação dela, eu teria evidência circunstancial e suficiente para
assegurar que o PJTB que ela estava jogando golfe hoje. Às vezes, uma pedaço de
evidência física direta é suficiente (como a minha observação ocular) e às
vezes um caso circunstancial cumulativo é necessário.
Então,
agora que definimos os elementos da nossa equação, vamos visitá-los uma última
vez. O conhecimento é crença de verdade justificada propriamente. Em outras
palavras, o conhecimento é a crença que corresponde à realidade de uma maneira
que seja evidencialmente suficiente. Com base na nossa discussão até agora,
deveria ser claro que (1) a verdade existe, e (2) a verdade pode ser conhecida
suficientemente.
A Verdade Bíblica Sobre a Verdade
Lembre-se
de que ao menos que a verdade exista e possa ser conhecida, nenhuma afirmação
sobre a verdade tem algum valor. Fizemos um bom caso filosófico da verdade, e
acontece que o próprio Jesus afirmou que a verdade existe e que a verdade pode
ser encontrada. Vamos dar uma olhada em alguns exemplos da escritura:
João 17:15-19
Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não
são do mundo, como eu do mundo não sou.
Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim
como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me
santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.
Deus
quer que você reconheça que pessoas estão inclinadas a questionar a verdade, e
até mesmo a verdade sobre a verdade! Deus não está surpreso que fazemos isto,
mas ele se regozija quando finalmente entendemos que há uma verdade absoluta
sobre todas as coisas, incluindo as questões espirituais:
2 Timóteo 4:2-5
Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque
virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos
ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em
tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu
ministério.
3 João 1-4
O presbítero ao amado Gaio, a quem em verdade eu amo. Amado,
desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai
a tua alma. Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram, e testificaram da
tua verdade, como tu andas na verdade. Não tenho maior gozo do que este, o de
ouvir que os meus filhos andam na verdade.
Como Devemos Nós Enfrentar Um Mundo Que Nega A Verdade?
Eu
posso lembrar-me de quando estava na faculdade e observei um professor desafiar
um Cristão solzinho na nossa sala de aula. A discussão sobre filosofia e
sistemas de fé voltou-se para a questão do Cristianismo e verdade absoluta e o
professor começou a questionar o Cristão sobre as crenças dele. Ele acusou o
jovem de ser um intolerante arrogante que julga. Como pode este jovem afirmar
que a verdade DELE era a única verdade? O professor afirmou que a verdade era
pessoal e muda de acordo com a pessoa que a possui.
Mas é
claro que fazer esta afirmação é uma completa contradição. Quando você diz não
haver uma verdade absoluta singular, você está fazendo uma afirmação de verdade
absoluta. Você está, em essência, dizendo “Eu afirmo absolutamente que não
existe verdade absoluta!” É óbvio que este professor está vivendo em um mundo
de verdades absolutas, quer ele queira admitir ou não! Ele requereu de nós para
estarmos lá, sentados na sala dele, no horário todo dia! Para ele, havia
definitivamente uma verdade absoluta sobre o horário de início, e se você
estivesse somente um pouco atrasado, você pagaria por isto! E este mesmo
professor requeria de nós a leitura de um livro. Não qualquer livro, mas o
livro de verdade que ele verdadeiramente designou! E tínhamos que fazer provas.
Muitos destes eram provas de marcar verdadeiro ou falso! Como que você pode
fazer estas provas se não há resposta absolutamente verdadeira? Finalmente, a
própria existência deste professor foi o resultado de uma série de verdades
absolutas que podem ser encontradas na cadeia de DNA dele! A cor dos olhos
dele, a cor do cabelo dele, o sexo [masculino] dele e um número incrível de
outras verdades absolutas eram (e ainda são) baseadas em verdades absolutas
sobre o sequenciamento do DNA dele! Se você fosse perguntar este sujeito se ele
já cometeu um erro durante toda a vida dele, aposto que ele diria: “é claro!”.
Mas isto presume que há uma vara de medida verdadeira que pode ser comparada ao
comportamento dele! Não há verdade, então ninguém pode errar!
Este
professor nos diria que era impossível encontrar e conhecer a verdade, mas isso
foi só porque ele realmente não queria se aprofundar tão duramente. Veja, a
verdade nem sempre é tão fácil quanto 2 +2 = 4. Às vezes, tem que ser
desvendado e considerado e descobertos como o e=mc2. Isto leva tempo. É preciso
vontade, mas acima de tudo, é preciso um entendimento de que há uma verdade e
esta pode ser encontrada. Se Einstein não acreditou verdadeiramente nisto, ele
teria parado de pensar sobre a teoria da relatividade muito antes de jamais ter
começado.
A Importância de Fazer as Perguntas Certas
Às
vezes, o problema real é que estamos fazendo a pergunta errada para começar. É
por isso que não somos capazes de perceber e demonstrar a verdade absoluta. Um
velho professor meu me contou sobre uma disputa que ele foi chamado para
resolver entre um amigo professor e um aluno. Em um exame, o professor fez uma
pergunta simples. “Se eu te levasse a uma alta torre, e pedisse-lhe para levar
um barómetro ao o topo da torre, como você usaria o barómetro para me dizer a
altura da torre?” O professor estava procurando por uma resposta específica que
utilizaria o barómetro para medir a pressão atmosférica ao nível do solo e a
parte superior da torre e, então, medir a distância entre estes dois pontos.
Mas o estudante foi um pouco criativo (e obstinado) e ele deu uma variedade de
respostas que não utilizou o barômetro como ele esperava. Em cada solução, o
aluno usou o barômetro criativamente como um pêndulo, e objeto para medir a
gravidade, como uma ferramenta para comparar proporções de sombra, e como um
suborno simples para alguém que realmente conhece a altura do prédio! Todas
estas formas levaram à verdade da altura do prédio, mas ninguém descobriu a
verdade que o professor estava procurando. Por quê? Primeiramente porque o
professor estava fazendo a pergunta certa da maneira errada! Ele não foi
suficientemente ESPECÍFICO na sua busca pela verdade de seu aluno, e, como
resultado, ele recebeu um número de respostas à questão, sem nunca obter a
resposta que ele estava procurando.
De
forma semelhante, às vezes somos não específicos em nossa busca por respostas;
às vezes fazemos as perguntas espirituais erradas! Se a questão for
simplesmente como eu posso encontrar a felicidade, ou satisfação, ou propósito,
bem, há uma série de maneiras que eu posso fazer isto (embora a maioria destas
são muito temporárias). Pode haver muitas maneiras (muitos caminhos
espirituais) que eu posso tomar na tentativa de ser feliz ou satisfeito, mas
estes objetivos não são específicos o suficiente. Estou fazendo algumas
perguntas boas (assim como o professor), mas estas não são específicas o
suficiente. Felicidade e satisfação são questões secundárias a uma questão
muito mais importante; o que é a verdade sobre a existência e a natureza de
Deus? Pessoalmente, eu não estou interessado em simples felicidade e
satisfação. Estou interessado na verdade absoluta e objetiva sobre Deus, porque
só esta verdade tem significado a longo prazo.
Um
amigo meu recentemente comprou um novo telescópio em preparação para a
localização recente de Marte no hemisfério norte. Houve uma quarta-feira
específica quando Marte estava mais perto da Terra do que tinha sido (ou será
mais uma vez) por outros 550 anos. Naquele dia único de oportunidade, ele armou
o telescópio dele, mas descobriu que NÃO podia ver Marte mais de perto do que
ele podia um mês atrás com o telescópio velho dele! Por quê? Porque ele estava
errado sobre a data de avistar e estava incorreto por exatamente um ANO!
Assegurando a verdade à informação errada com sinceridade, ele se esforçou
sinceramente para ver o planeta vermelho, mas estava sinceramente errado sobre
o tempo. Todas as verdades não são iguais. Somente uma quarta-feira verdadeira
poderia revelar Marte em sua proximidade mais próxima. De forma semelhante, a
natureza da verdade é tal que somente uma verdadeira noção de Deus irá
revelá-lo a você e a mim hoje.
Pode Haver Realmente Somente Um Caminho de VERDADE?
A
realidade é que a verdade não é uma questão de escolha pessoal, e é confortante
saber que o que você descobre que é verdade hoje, ainda será verdade amanhã.
Mas, há uma razão pela qual as pessoas querem negar que há uma verdade
absoluta…
João 3:19-21
E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens
amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo
aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras
não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que
as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.
Jesus
teve que lidar com pessoas que não acreditavam que havia uma verdade absoluta.
Esses tipos de pessoas têm existido desde o início dos tempos, embora haja
definitivamente mais de nós que adotam o relativismo hoje do que em gerações
passadas! Como devemos responder aqueles entre nós que estão questionando a
natureza amorosa de Deus? Como ele pode ser amoroso e ao mesmo tempo ter a
mente tão fechada ao ponto de nos limitar à somente um caminho de conhecê-lo?
Não é isto desamor e injustiça?
Mas se
você olhar para a história do nosso relacionamento com Deus, você verá que ele
realmente tem nos dado um grande número de oportunidades! Apenas relembre da
história. Rejeitamos a Sua graciosa oferta no Jardim, o seu Pacto de acordo
através de Abraão, sua orientação através das leis de Moisés, suas mensagens
conforme entregues pelos profetas e, finalmente, o seu próprio filho. À luz de
todas as maneiras que o rejeitamos, a pergunta não deveria ser: “Por que há
somente um caminho?”, mas ao invés, “Por que há QUALQUER forma?”.
Muitos
de vocês ainda estão lutando com a ideia de que somente pode haver um Deus
verdadeiro e um caminho para chegar até ele. Por que você pense que é assim? É
porque não é justo para nós, apesar da verdade da nossa história com Deus? Ou é
porque ainda queremos controle? Vamos orar sobre estas coisas e pedir a Deus
que nos ajudo a entender a misericórdia dEle e o fato de que Ele é tão paciente
conosco, e pedir a Deus para nos ajudar a aprender a confiar nEle para a
verdade.
Vivendo Acima das Mentiras
Agora,
vamos sair e viver nossas vidas diferentemente. Vamos aceitar a realidade de
que HÁ uma verdade singular sobre a natureza de Deus, para que possamos começar
verdadeiramente a procurar por isto. Então, vamos seriamente começar a busca.
Se estivermos indispostos a até mesmo começar a aceitar a premissa de que HÁ
uma verdade absoluta, nunca começaremos a busca que irá eventualmente nos levar
a Deus. Vamos viver acima das mentiras de que a verdade não existe ou não pode
ser conhecida.
fonte www.napec.org
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