terça-feira, 29 de julho de 2014

NOVOS PARADIGMAS


A IGREJA E OS NOVOS PARADIGMAS 

INTRODUÇÃO.    A igreja vive, nos dias atuais, cercada com desafios de todos os tipos e tamanhos, a exemplo do desejo de mudança, de novas realizações e de grandes projetos e uma busca incansável de encontrar para as pessoas a solução e uma adaptação para o contexto da vida.

Há grande rotatividade entre os crentes em busca de uma igreja que melhor se adapte ao seu modo de vida. Esse novo fenômeno faz com que muitas igrejas procurem todas as formas necessárias para evitar o fluxo contínuo de idas e vindas, tendo esse novo paradigma se tornado o grande desafio da pós-modernidade, trazendo consigo também a falta de compromisso das pessoas com projetos da igreja, que envolvam um mínimo de tempo semanal. A Igreja é possuidora das suas próprias necessidades, seja na sua estrutura organizacional, como também necessidade de ter um crescimento sadio. Uma gestão organizacional eclesiástica certamente conduzirá o rebanho de Deus a vencer, com a orientação Divina, os desafios dos dias atuais.

IGREJA E OS NOVOS PARADIGMAS

O grande desafio da igreja nos dias atuais é enfrentar as grandes mudanças que ocorrem na igreja. Os antigos cobram da liderança o retorno dos “marcos antigos” e os mais jovens o avanço das “novas conquistas”; é função do líder da igreja não deixar que os “conflitos” separem as gerações do maior e principal objetivo da igreja anunciar a salvação em Jesus e ser possuidora de uma vida regenerada.

O Pluralismo Forçando as Mudanças na Igreja

A principal característica da pluralidade é a opção da escolha. E podemos observar que é algo presente na vida da igreja, até mesmo nas diferentes formas de liturgia existentes em uma mesma denominação.

O pluralismo é uma das principais vertentes da sociedade pós-moderna, onde há uma pluralidade de visões, estilos de vida, valores e credos, forçando as pessoas a entrar em contato com outras culturas, quando antes se respeitavam as pessoas com diferentes modos de vida. Esse novo modelo “mostra” que as igrejas não são mais toleradas no exercício das funções religiosas de antigamente. Ao mesmo tempo, que a sociedade pluralista afirma a liberdade de cada um, restringe o direito à liberdade daqueles que desejam impor seus ideais e pensamentos.

A sociedade pós-moderna acredita que “o sucesso tornou-se uma decorrência da personalidade, da imagem pública, atitudes, comportamentos, habilidade e técnicas que lubrificam o processo de integração humana”. Presenciamos a proliferação de livros de auto-estimulo, motivação própria e poder mental, prometendo uma vida bem-sucedida.

Para muitos “cristãos”, o fazer tornou-se mais importante que o ser; a forma como dizem do que com os princípios que compõem seu comportamento; a preocupação com os resultados do que com seus conteúdos; muitos chegam até afirmar em busca do sucesso: “que é melhor dar certo mesmo sem estar certo”.

A igreja não pode abandonar seus conteúdos sob pena de crescer como um câncer. O câncer acontece com a multiplicação anormal das células que acabam perdendo suas funções vitais e matando o organismo

Quando uma igreja cresce porque buscou resultados imediatos sem se importar com a moralidade dessa decisão, certamente será possuidora de um câncer, e brevemente acontecera a morte desse organismo vivo.

Infelizmente, a cultura que gera relacionamentos superficiais vem afetando diretamente a igreja. Muitas igrejas da pós-modernidade não estão conseguindo alterar essa realidade e não conseguem gerar relacionamentos duradouros. As igrejas do passado eram como centros comunitários nas pequenas cidades e bairros onde se instalavam, onde se desenvolviam ambientes de relacionamento e os laços de amizade eram duradouros. Hoje, as grandes igrejas agregam pessoas não só do bairro, mas de toda a cidade, pessoas habituadas a relacionamentos fugazes, com pouco contato pessoal, sem desejo de se exporem, gente que se encontra aos milhares, porém de uma forma rápida e superficial.

A Igreja e os Efeitos das Mudanças

O crente pós-moderno, na busca do novo, sofre ao se deparar com uma igreja comprometida com a palavra de Deus e cujo líder procura se manter fiel aos princípios doutrinários dos apóstolos. Esse desejo de mudança trás consigo os seus efeitos, pois logo começa a ser gerado conflitos internos que, certamente, se não forem resolvidos, trarão profundos prejuízos à comunidade.

A igreja não pode negociar os seus princípios bíblicos doutrinários com a pós-modernidade. A proclamação do Evangelho deve ser mantida com total fidelidade, procurando trazer as verdades que para muitas pessoas estão esquecidas, mostrando que na vida do verdadeiro cristão existem prioridades que jamais poderão ser negociadas com os novos valores da pós-modernidade.

A igreja deve sempre ir a busca da recuperação de valores que para muitos é somente passado, porém para a verdadeira igreja é presente! A redescoberta do verdadeiro valor da cruz é algo importante para a igreja cumprir o seu principal papel na terra, a propagação do evangelho.

Para muitos, na pós-modernidade não há lugar para uma real experiência com Deus, pois os pecados que os afastam completamente de Deus são apenas os pecados sexuais, e por este pensamento, muitos estão utilizando “os pequenos pecados” (mentira, compram e não pagam, negócios escusos, etc...) e não sentem a sua consciência ferir em nenhum momento.

Quantos que praticam todo tipo de pecado no seu coração, que por muitos não são vistos, porém são práticas abomináveis diante de Deus.

É esta a igreja que está a cada dia crescendo de uma maneira perigosa, pois hoje afirmar que é um “cristão” é sinônimo de confiança, lealdade, é um verdadeiro “artigo de luxo”, usando um grande manto de santidade.

A igreja deve reconhecer a realidade dos problemas existentes, e neste mundo cheio de novos paradigmas, procurar colocar um ponto de equilíbrio, tomar consciência do seu dever, ser fiel a todo conselho da palavra de Deus .

Depois de ter reconhecido o problema e analisar a realidades dos fatos, a igreja encontrará a solução para esse grande problema da atualidade.

A Solução da Igreja para os Novos Paradigmas

A igreja precisa se empenhar na solução dos problemas que o mundo pós-moderno trouxe, como já foi relatado, o conflito de gerações, as opções de escolhas, as diversidades de valores e os efeitos que são provocados no seio da igreja

Porém existe uma saída, uma solução! Deve ser lembrado o que a palavra de Deus diz, sobre as muralhas que caíram em Jericó; as portas que se abriram para Pedro na prisão e certamente, para a igreja existe uma solução, as quais são:

Retornar ao primeiro amor

Retornar a prática da oração e santidade

Um discipulado sadio e efetivo

Resgatar as raízes da verdadeira identidade da igreja

Ser a voz profética de Deus a esta geração

CONCLUSÃO:      Ao finalizar este trabalho quero mostrar que a igreja como organização e organismo vivo precisa estar atenta a palavra do Apostolo Paulo que diz:

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.2)”.

A igreja precisa a cada dia ser a luz do mundo e permanecer firme no verdadeiro propósito de servir ao Senhor Jesus de todo coração, lembrando que a igreja é a vinha que Ele mesmo plantou, e como supremo Senhor, quer que essa vinha produza frutos de excelente qualidade, pois o próprio Deus afirma:

“Que mais se podia fazer à minha vinha, que Eu não lhe tenha feito? E como esperando eu que desse uvas, veio a produzir uvas bravas? Ai dos que ao mal chamam de bem, e ao bem mal, que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade, que põem o amargo por doce, e o doce por amargo. (Is 5.4,20)”.


Certamente a igreja não se deixará levar pelos falsos “mestres”, pois quando se trata de Igreja, a coisa é bem diferente, pois a nossa maior responsabilidade não é simplesmente mostrar os nossos valores e a nossa capacidade de servir as pessoas, mas a maior de todas, é realizar a obra de Deus, implantando o seu reino e a sua vontade entre os homens.

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