A IGREJA E OS NOVOS
PARADIGMAS
INTRODUÇÃO. A igreja vive, nos dias atuais,
cercada com desafios de todos os tipos e tamanhos, a exemplo do desejo de
mudança, de novas realizações e de grandes projetos e uma busca incansável de
encontrar para as pessoas a solução e uma adaptação para o contexto da vida.
Há grande rotatividade entre os crentes em busca de uma igreja que
melhor se adapte ao seu modo de vida. Esse novo fenômeno faz com que muitas
igrejas procurem todas as formas necessárias para evitar o fluxo contínuo de
idas e vindas, tendo esse novo paradigma se tornado o grande desafio da
pós-modernidade, trazendo consigo também a falta de compromisso das pessoas com
projetos da igreja, que envolvam um mínimo de tempo semanal. A Igreja é
possuidora das suas próprias necessidades, seja na sua estrutura
organizacional, como também necessidade de ter um crescimento sadio. Uma gestão
organizacional eclesiástica certamente conduzirá o rebanho de Deus a vencer,
com a orientação Divina, os desafios dos dias atuais.
IGREJA E OS NOVOS PARADIGMAS
O grande desafio da igreja nos dias atuais é enfrentar as grandes
mudanças que ocorrem na igreja. Os antigos cobram da liderança o retorno dos
“marcos antigos” e os mais jovens o avanço das “novas conquistas”; é função do
líder da igreja não deixar que os “conflitos” separem as gerações do maior e
principal objetivo da igreja anunciar a salvação em Jesus e ser possuidora de
uma vida regenerada.
O Pluralismo Forçando as Mudanças na Igreja
A principal característica da pluralidade é a opção da escolha. E
podemos observar que é algo presente na vida da igreja, até mesmo nas
diferentes formas de liturgia existentes em uma mesma denominação.
O pluralismo é uma das principais vertentes da sociedade pós-moderna,
onde há uma pluralidade de visões, estilos de vida, valores e credos, forçando
as pessoas a entrar em contato com outras culturas, quando antes se respeitavam
as pessoas com diferentes modos de vida. Esse novo modelo “mostra” que as
igrejas não são mais toleradas no exercício das funções religiosas de
antigamente. Ao mesmo tempo, que a sociedade pluralista afirma a liberdade de
cada um, restringe o direito à liberdade daqueles que desejam impor seus ideais
e pensamentos.
A sociedade pós-moderna acredita que “o sucesso tornou-se uma
decorrência da personalidade, da imagem pública, atitudes, comportamentos,
habilidade e técnicas que lubrificam o processo de integração humana”.
Presenciamos a proliferação de livros de auto-estimulo, motivação própria e
poder mental, prometendo uma vida bem-sucedida.
Para muitos “cristãos”, o fazer tornou-se mais importante que o ser; a
forma como dizem do que com os princípios que compõem seu comportamento; a
preocupação com os resultados do que com seus conteúdos; muitos chegam até afirmar
em busca do sucesso: “que é melhor dar certo mesmo sem estar certo”.
A igreja não pode abandonar seus conteúdos sob pena de crescer como um
câncer. O câncer acontece com a multiplicação anormal das células que acabam
perdendo suas funções vitais e matando o organismo
Quando uma igreja cresce porque buscou resultados imediatos sem se
importar com a moralidade dessa decisão, certamente será possuidora de um
câncer, e brevemente acontecera a morte desse organismo vivo.
Infelizmente, a cultura que gera relacionamentos superficiais vem
afetando diretamente a igreja. Muitas igrejas da pós-modernidade não estão
conseguindo alterar essa realidade e não conseguem gerar relacionamentos
duradouros. As igrejas do passado eram como centros comunitários nas pequenas
cidades e bairros onde se instalavam, onde se desenvolviam ambientes de
relacionamento e os laços de amizade eram duradouros. Hoje, as grandes igrejas
agregam pessoas não só do bairro, mas de toda a cidade, pessoas habituadas a
relacionamentos fugazes, com pouco contato pessoal, sem desejo de se exporem,
gente que se encontra aos milhares, porém de uma forma rápida e superficial.
A Igreja e os Efeitos das Mudanças
O crente pós-moderno, na busca do novo, sofre ao se deparar com uma
igreja comprometida com a palavra de Deus e cujo líder procura se manter fiel
aos princípios doutrinários dos apóstolos. Esse desejo de mudança trás consigo
os seus efeitos, pois logo começa a ser gerado conflitos internos que,
certamente, se não forem resolvidos, trarão profundos prejuízos à comunidade.
A igreja não pode negociar os seus princípios bíblicos doutrinários com
a pós-modernidade. A proclamação do Evangelho deve ser mantida com total
fidelidade, procurando trazer as verdades que para muitas pessoas estão esquecidas,
mostrando que na vida do verdadeiro cristão existem prioridades que jamais
poderão ser negociadas com os novos valores da pós-modernidade.
A igreja deve sempre ir a busca da recuperação de valores que para
muitos é somente passado, porém para a verdadeira igreja é presente! A
redescoberta do verdadeiro valor da cruz é algo importante para a igreja
cumprir o seu principal papel na terra, a propagação do evangelho.
Para muitos, na pós-modernidade não há lugar para uma real experiência
com Deus, pois os pecados que os afastam completamente de Deus são apenas os
pecados sexuais, e por este pensamento, muitos estão utilizando “os pequenos
pecados” (mentira, compram e não pagam, negócios escusos, etc...) e não sentem
a sua consciência ferir em nenhum momento.
Quantos que praticam todo tipo de pecado no seu coração, que por muitos
não são vistos, porém são práticas abomináveis diante de Deus.
É esta a igreja que está a cada dia crescendo de uma maneira perigosa,
pois hoje afirmar que é um “cristão” é sinônimo de confiança, lealdade, é um
verdadeiro “artigo de luxo”, usando um grande manto de santidade.
A igreja deve reconhecer a realidade dos problemas existentes, e neste
mundo cheio de novos paradigmas, procurar colocar um ponto de equilíbrio, tomar
consciência do seu dever, ser fiel a todo conselho da palavra de Deus .
Depois de ter reconhecido o problema e analisar a realidades dos fatos,
a igreja encontrará a solução para esse grande problema da atualidade.
A Solução da Igreja para os Novos Paradigmas
A igreja precisa se empenhar na solução dos problemas que o mundo
pós-moderno trouxe, como já foi relatado, o conflito de gerações, as opções de
escolhas, as diversidades de valores e os efeitos que são provocados no seio da
igreja
Porém existe uma saída, uma solução! Deve ser lembrado o que a palavra
de Deus diz, sobre as muralhas que caíram em Jericó; as portas que se abriram
para Pedro na prisão e certamente, para a igreja existe uma solução, as quais
são:
Retornar ao primeiro amor
Retornar a prática da oração e santidade
Um discipulado sadio e efetivo
Resgatar as raízes da verdadeira identidade da igreja
Ser a voz profética de Deus a esta geração
CONCLUSÃO: Ao finalizar este trabalho
quero mostrar que a igreja como organização e organismo vivo precisa estar
atenta a palavra do Apostolo Paulo que diz:
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação
do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus. (Rm 12.2)”.
A igreja precisa a cada dia ser a luz do mundo e permanecer firme no
verdadeiro propósito de servir ao Senhor Jesus de todo coração, lembrando que a
igreja é a vinha que Ele mesmo plantou, e como supremo Senhor, quer que essa
vinha produza frutos de excelente qualidade, pois o próprio Deus afirma:
“Que mais se podia fazer à minha vinha, que Eu não lhe tenha feito? E
como esperando eu que desse uvas, veio a produzir uvas bravas? Ai dos que ao
mal chamam de bem, e ao bem mal, que fazem da escuridade luz, e da luz
escuridade, que põem o amargo por doce, e o doce por amargo. (Is 5.4,20)”.
Certamente a igreja não se deixará levar pelos falsos “mestres”, pois
quando se trata de Igreja, a coisa é bem diferente, pois a nossa maior
responsabilidade não é simplesmente mostrar os nossos valores e a nossa
capacidade de servir as pessoas, mas a maior de todas, é realizar a obra de
Deus, implantando o seu reino e a sua vontade entre os homens.
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